Give It Up escrita por Niin


Capítulo 32
I love you


Notas iniciais do capítulo

Heey guys!
O nome do cap vem da música da Avril: http://www.youtube.com/watch?v=MDQk0IOSDHM
Não, eu não sou fã dela, mas eu achei que ia funcionar bem com o capítulo... Tem o aviso para vocês darem play lá em baixo
Enfim, eu estou decepcionada com vocês! =x Não teve muitos reviews!
E também, mal pelo atraso do cap, eu tava viajando... ^^
Espero que gostem



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Acordei e sentei na cama, o quarto estava escuro e eu estava sozinha, coisa que estranhei.
Levantei e fui até o banheiro, lavando o rosto, voltei ao quarto e vi que meu celular tinha três chamadas não atendidas do meu pai.
Bufei e sentei na cama, ligando para ele.
– Por que não atendeu quando eu te liguei? - Perguntou no mesmo tom frio e irritado de sempre
– Sinto muito, deixei o celular no quarto dele e nós estávamos lá em baixo com a fa…
– No quarto dele?
– Sim pai, deixei meu celular aqui e desci, mais alguma dúvida?
– Esteja em casa antes das dez. - Disse e desligou.
Olhei no visor e vi que eram quase oito horas. Respirei fundo e resolvi procurar por Brian.

Desci as escadas e virei para ir para a cozinha, mas ouvi um latido, não o latido fino do monstrinho de Gates, um latido alto e grosso.
Virei lentamente e meu coração parou quando eu vi o gigantesco Dobermann parado no meio da sala.
– Oi cunhada. - Kenna disse do alto da escada, com um tom divertido.
Eu não consegui responder, na verdade nem me mover eu consegui, então o cachorro latiu de novo e começou a andar em minha direção.
– Mas que porra, por que esse bicho está latindo? - A voz de Brian veio da cozinha, então eu ouvi seus passos.
Pedi mentalmente para que ele chegasse em mim antes do cachorro, não que eu acreditasse nessa possibilidade, mas é sempre bom ter pensamentos positivos. Ou não?

No segundo em que o cachorro encostou o nariz em mim, fui puxada para trás.
– MAS QUE PORRA É ESSA? - Ele gritou para a irmã no alto da escada - VOCÊ SABE QUE NÃO PODE DEIXAR ESSA CRIATURA SOLTA QUANDO A VAMPIRA ESTÁ AQUI!
– Qual é Bri, eu nem sabia que ela estava aqui. E outra, não é criatura! O Thor não vai fazer mal para ela.
– Imagina se não vai. - Ele disse irônico - É bom essa menina voltar de viajem logo ou eu prendo o Thor até ela vir buscar.
– Você sempre gostou de cachorros, não sei porque essa frescura.
Minhas mãos estavam tremendo e eu sentia uma náusea grande, enquanto o cachorro me olhava, sentado aos pés de Syn.
– Não é frescura pirralha. E deixa de ser idiota Kenna, eu sei o porque de você fazer isso. Não vai funcionar. Ok? Então deixa a Vampira em paz! - Disse irritado - E tira esse bicho de dentro de casa.
Ela fez careta e ele se virou para mim, segurando meu rosto e me obrigando a olhar para ele.
– Tudo bem? - Perguntou calmo e com a voz macia.
Pisquei várias vezes, enquanto o olhava meus olhos tentavam desviar para o lugar onde a menina levara o cachorro, mas ele me puxava de volta.
– Ah, acho… Acho que sim.
– Vem. - Ele disse me puxando, tropecei nos primeiros passos, mas depois voltei a andar normal.
Voltamos para o quarto e eu percebi que ainda tremia, sentei na cama e respirei fundo algumas vezes.
– Por que você tem medo de cachorros? - Ele perguntou sentando do meu lado e me puxando para perto, me abraçando.
– Fui perseguida quando era pequena, fiquei presa em cima de uma árvore por três horas, o cachorro que me perseguiu quebrou minha boneca favorita e mastigou ela toda. Depois disso eu desenvolvi medo de cachorros, qualquer um.
Ele beijou minha cabeça e acariciou meu braço e minhas costas enquanto eu me acalmava.

Após um tempo, lembrei que eu tinha que ir para casa, Gates tentou me fazer ficar, mas o lembrei do meu castigo e ele me levou para casa.
Assim que fechei a porta atrás de mim, vi meu pai me olhando feio.
– Você estava de castigo, por que saiu?
– Mãe…
– Da próxima vez você consulta a mim.
– Sim senhor.
– Pode ir para o seu quarto, lembre-se que suas aulas começam amanhã.
Concordei e subi as escadas bufando.

Acordei no outro dia e me arrumei, descendo as escadas e encontrando John sentado no sofá com cara de sono.
– Bom dia mana.
– Bom dia. Desculpe por fazer você acordar tão cedo.
– Tudo bem. - Disse e bocejou - Vamos?
– Vamos.
Ele me levou para a escola e eu entrei pelo portão principal, olhando as pessoas passarem animadas.
Fui para a sala, onde Matt e Jimmy conversavam e riam, joguei minha bolsa na mesa e sentei cruzando os braços.
– Bom dia Vamps!
– Não sei o que tem de bom em acordar cedo.
– Nossa, que mau humor. - Matt comentou fazendo careta.
– Não que eu não costume estar de mau humor, certo? - Perguntei irônica.

A aula se passou com os dois rindo e tentando melhorar meu humor, mas isso nem todos os filmes de terror do mundo conseguiriam.
Fui para a aula de espanhol com Matt, sentei em minha carteira e coloquei os fones, ouvindo All Nightmare Long, do Metallica no último volume.
Estava de olhos fechados e cantarolando até sentir alguém puxar minha mão, puxei de volta e olhei feio, então descobri Gates rindo.
Rolei os olhos e tirei um dos fones - O que você quer?
– Bom dia para você também.
– Bom dia.
Ele me puxou e me beijou por um tempo, então eu quebrei o beijo e voltei a ouvir música, meu mau humor estava maior do que normalmente, acho que estou de TPM.
Brian passou um braço por trás dos meus ombros e eu encostei a cabeça em seu ombro, ele e Matt conversavam sobre alguma coisa, então eu olhei para a porta e vi as clones entrando na sala, as duas me lançaram o olhar mais fulminante que conseguiram e eu rolei os olhos, começando a encarar minhas unhas pretas.
Meu fone foi arrancado e eu fiz careta.
– O professor chegou Jade.
Desliguei o ipod e sentei-me normalmente, a aula estava me irritando profundamente, Gates estava concentrado no que quer que estivesse fazendo e eu estava incrivelmente irritada, então comecei a rasgar uma das folhas do meu caderno.
– Tudo bem com você? - Ele perguntou me impedindo de continuar a rasgar o papel.
– Não, estou irritada e meu castigo maldito implica em ficar presa a porcaria do meu dia inteiro.
– Posso ficar com você depois do ensaio se quiser.
Dei de ombros e ele riu.

No intervalo, sentei em uma mesa e Fernanda veio saltitante até mim.
– Olá ranzinza!
– Oi baleia.
– Se eu ficar anoréxica a culpa é sua.
Ri e concordei, então ela sentou do meu lado.
– O que você quer?
– Nada. E ai? Já saiu do castigo?
– Não, e acho que eu nunca vou sair.
– Que foda.
Respirei fundo - Acho que vou encerrar a escola por hoje.
– Sério?
– É. Avisa o Gates pra mim. - Disse levantando e pegando minha bolsa - Até amanhã.
– Até.

Saí da escola pelo portão dos fundos, fui caminhando para casa e vi uma mulher sentada em um banco próximo a minha casa, já tinha a visto antes, mas não conseguia me lembrar aonde.
Ela se levantou e atravessou a rua enquanto eu me aproximava de casa, ela parou na calçada e me encarou.
– Jade? - Chamou quando eu estava próxima.
– Sim?
– Meu nome é Jen. Você pode me ouvir por um segundo?
– Eu… Ah, quem é a senhora?
Ela sorriu um pouco fraco - Jen Gera, mas antigamente meu sobrenome era Haner. - Disse e eu arregalei os olhos
– Anh… Olha, eu ficaria muito feliz se não me metesse nisso. - Pedi
– Sinto muito, mas você é minha última esperança.
– Eu entendo que a senhora queira conversar com o seu filho, mas eu não sou muito boa com essas coisas e preferia não me intrometer… Então, tente falar com o Brent, ou talvez o senhor Haner, mas…
– Eu já conversei com ambos, Brent me perdoou, mas Brian não olha na minha cara direito, eu preciso falar com ele. Você não é mãe ainda, mas quando for me entenderá. Não há nada pior do que saber que seu próprio filho te odeia. - Disse com a voz embargada.
– Desculpe, mas eu sinceramente… - Comecei, mas minha voz foi cortada por uma buzina alta e contínua, ela dirigiu o olhar para algum lugar atrás de mim e eu virei para ver.
– VAMPIRA! - Ele gritou irritado do carro - ENTRA NO CARRO.

Olhei a mulher por um segundo, depois andei até lá, ele estava nervoso e arrancou com o carro assim que eu fechei a porta.
– Agora você mata aula para conversar com essa mulher? - Perguntou irritado.
– Não. Eu ia para casa e ela apareceu no caminho, começou a falar…
– Começou a mentir para você, provavelmente.
– Brian, não me coloca nisso ta legal? Eu quero ser legal e tudo o mais que uma namorada é. Mas eu não quero que você brigue comigo por uma coisa que eu não tenho nada a ver. - Disse calma, eu normalmente brigaria de volta, mas aquele era um assunto delicado e eu sabia disso há muito tempo.
Ele ficou em silêncio por um tempo longo e parou na praia afastada que, aparentemente, era o seu lugar de fuga.
Brian soltou o cinto e encostou a cabeça no banco fechando os olhos, soltei meu cinto e virei-me para ele, tocando seu braço de leve. Ele não reagiu ao meu toque, então suspirei, odiava quando alguém me culpava por algo que eu não tinha absolutamente nenhum envolvimento.


Ajeitei-me melhor no banco e peguei sua mão, usando-a para me puxar para perto, acariciei seu rosto e cabelo enquanto beijava seu ombro.
– Escuta… - Eu disse baixo - Te apoio na decisão que fizer, mas talvez fosse melhor ouví-la.
– Não quero ouvir mais nenhuma mentira dela. - Ele disse abrindo os olhos e me encarando por longos momentos.
Coloquei minhas pernas por cima das dele e puxei seu corpo em minha direção, fazendo-o deitar a cabeça em meu ombro, ele se ajeitou e abraçou minha cintura.
– E qual outra mentira ela te contou? - Perguntei acariciando seus cabelos.
– Eu tinha dois anos e ela foi embora… Fiquei sete anos sem saber de nada dela, uma carta, um telefonema… Meu pai disse que ela tinha que ir cuidar de uma pessoa, ele já tinha se casado, mas tinha esperança que ela procurasse os filhos. Quando eu fiz nove anos ela me ligou, disse que ia vir me ver. Eu acreditei… Mas ela nunca veio. Aconteceu mais umas duas ou três vezes, até eu fazer dezesseis, então ela me ligou e eu disse a ela que nunca mais me ligasse ou procurasse, porque além de ela ter me abandonado e mentido para mim, eu não precisava de uma mãe, não mais. Meu pai era bom o suficiente e Suzy sempre foi ótima conosco. - Disse e deu de ombros - Eu estava bem sem ela, não precisava de mais mentiras de ninguém.
– Sinto muito. - Eu disse lhe dando um selinho - Mas… Ela veio Syn, talvez esteja arrependida. Se você esperou tanto tempo, teve tanta esperança… Talvez fosse melhor ouví-la.
Ele sorriu triste - Eu cansei de decepções Vampira. Minha infância foi um inferno por causa dela, sabe quantos dias das mães eu fiquei chorando no meu quarto? Eu só não quero escutar palavras carregadas de falsa culpa, ela não vai melhorar nada, não pode mudar o que me fez sofrer com uma desculpa. Ela não pode chegar e exigir que eu seja filho dela, eu nunca tive uma mãe, e a coisa mais próxima disso foi Suzy, então ela pode voltar para o lugar que ficou dezesseis anos sem lembrar de mim ou se preocupar se eu precisava dela. Agora eu estou muito bem.


Música: http://www.youtube.com/watch?v=MDQk0IOSDHM


A voz dele trazia uma dor profunda enterrada por baixo, senti minha garganta travar e me senti realmente mal por ele.
Puxei-o e beijei sua boca calmamente, apertando-o em meus braços com força.
Quando quebramos o beijo, olhei em seus olhos e ele sorriu, percebi que eu comecei a chorar e ele riu baixo, limpando as lágrimas dos meus olhos.
– Desculpe. - Pedi esfregando o rosto - Eu sou idiota.
– Não. Você gosta de mim. - Disse rindo e eu sacudi a cabeça concordando.
Ele me puxou de novo, então eu percebi o quanto eu gostava dele, e o quanto isso era perigoso para mim.
Odiava a ideia de ficar exposta, odiava a ideia de ser vulnerável e ter pontos fracos, mas ainda assim, não conseguia evitar de ficar feliz por estar com ele.

Brian me soltou e foi para o banco de trás, me puxando para seu colo, beijando meu pescoço e me apertando entre os braços e acariciando minha pele lentamente.
Nos beijamos com calma e carinho, de uma forma diferente do comum, eu recebia carinhos calmos e fortes, não os violentos e cheios de tesão.
Tiramos as roupas vagarosamente, e fizemos tudo com calma, com muito mais amor do que paixão.
Ele beijava cada pedaço de pele que alcançava e massageava meu corpo, ele me puxou para baixo enquanto me beijava, senti-o entrar em mim e suspirei, movimentando meu corpo para cima e para baixo, enquanto uma de suas mãos me ditava o rítimo, puxando minha cintura.
Gemíamos juntos, os vidros do carro já estavam embaçados a tempos, e quando chegamos ao ápice, deitei a cabeça em seu ombro, sentindo sua respiração rápida e falhada bater contra meu cabelo.
– Eu te amo. - Ele disse puxando meu rosto, fazendo-me encará-lo.
Sorri - Eu também. - Disse e ele me puxou, beijando-me com força e urgência.


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Notas finais do capítulo

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Beijo galera



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