Take My Heart -Em suas mãos tudo começou escrita por M Iashmine M


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Este é só uma rápida abertura a respeito do último caso do detetive mostrada pelo ponto de vista da menina.
Como esta será a primeira história que escreverei em terceira pessoa (ou seja, só como narradora observadora), não sei como ficará, mas espero caprichar.
Boa Leitura!



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Aqueles homens já haviam matado muitas pessoas. Naquela noite foram atrás da sua família e da sua pequena fortuna.

Invadiram a casa e mataram todos os senhores e servos; as mulheres, antes de serem capturadas e torturadas, esconderam as crianças para que nada lhes acontecesse. Mas quando a pequenina ouviu os gritos de sua mãe, saiu do esconderijo e tentou correr ao seu encontro. Ela precisava ajudar sua mamãe, pois era só quem ainda lhe restava, ninguém mais... Ninguém mais além da sua mamãe poderia protegê-la e amá-la, e por isso ela precisava proteger sua mamãe também. Mas estava muito longe...

Ao sair do seu esconderijo e disparar pelo corredor, foi interceptada por um dos homens maus; ele agarrou-a pelo bracinho e riu, enquanto os gritos de sua mãe iam enfraquecendo num outro recinto mais distante, até virarem apenas gemidos tristes de dor.

E então, silêncio. Não, não era um silêncio puro, pois um crepitar baixinho surgiu ao fundo; e uma luz tremeluzindo em amarelo e laranja surgiu na sala de estar, e logo outra veio do quarto maior.

Fagulhas começaram a dançar no corredor surgindo das portas e não havia nenhum outro som além daquele crepitar e das risadas feias e assustadoras daqueles homens maus.

A pequenina sapateou e se debateu ainda presa, gritando pela mãe; num movimento repentino em meio às gargalhadas do seu captor, pulou num de seus pés e conseguiu se soltar enquanto as gargalhadas explodiram em resmungos e ameaças.

Ela correu de volta pelo corredor – as crianças já haviam ido embora por um túnel subterrâneo com uma mulher que ficou para guiá-las em segurança para fora dali – e foi rapidamente cercada. Três, quatro, cinco homens maus, com olhos brilhantes, sorrisos assustadores e roupas ensanguentadas; seguravam sacolas grandes de tecido transbordando de objetos e roupas elegantes. Atrás, o fogo brilhava já alto em mais cômodos e apenas o corredor livre. Mas ela não poderia correr.

Ela sabia que não teria chance alguma de sair dali e sabia que os homens maus pretendiam matá-la, mas não ouvia o que diziam, pois já se sentia entorpecida pelo cheiro da fumaça que se espalhava pouco acima do chão e as palavras não eram mais compreensíveis aos seus ouvidos.

Era o fim.

Ela fechou os olhos e baixou a cabeça, abraçando seu coelho de pelúcia contra o peito. Sua mente estava vazia e seu coração tomado pelo horror daquela noite. Agora era seu fim.

Ela sentiu algo morno respingar sobre seu corpo. Tinha um cheiro estranho que ela nunca sentira antes. Algo agora tomou sua mente: uma curiosidade, e foi essa curiosidade que a fez abrir os olhos e se deparar com uma cena que ela jamais pode processar com exatidão. Um líquido tão escuro e denso quanto vinho a cobria em alguns pontos do corpo... Sangue. Sim, de alguma forma ela soube que era sangue e inconscientemente procurou compreender de onde ele vinha. Seus olhinhos azuis pousaram sobre uma pilha de corpos poucos metros a sua frente. Os homens maus. Eram eles, mas...

Ela olhou além da pilha de corpos e viu que havia mais alguém ali, mas não era um dos homens maus, pois seu cheiro era diferente e ela soube imediatamente a diferença. Era um moço; ela viu pela luz gerada pelas chamas que suas roupas também estavam cobertas de sangue e que por baixo eram brancas.

Ela percebeu que o moço era mais baixo que os homens maus e que era bem jovem, que era apenas um rapaz. Ela viu-o estender a mão; um eco grave e indistinto em seus ouvidos mostrou que ele falava algo, mas o torpor causado pela fumaça começou também a tomar seus movimentos e, antes que ele fosse embora ou que ela ficasse completamente sem sentidos, ela estendeu sua mãozinha para pegar a dele. Quando o fez, sentiu que sua pele era fria e que seus movimentos eram ágeis, pois no segundo seguinte já estava sendo sustentada em seu colo como um bebê é sustentado no colo de sua mãe.

A última coisa que fez antes de desmaiar foi enterrar seu rostinho no ombro do estranho e soluçar “mamãe”.

Quando acordar, ela não sabe onde ou com quem estará, mas sabe que nunca se esquecerá do perfume desse rapaz... O perfume agradável e hipnótico de jasmim.

E sabe também que foi naquelas mãos que sua vida renasceu.


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Notas finais do capítulo

Foi um começo simples, mas tudo esquenta a partir daí.
Obrigada e continue acompanhando!
Não esqueça do review!^^



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