Já era noite no bairro do limoeiro, dona Luiza já tinha feito de tudo pra impedir que seu marido descobrisse que Monica não estava lá, não havia mais nenhuma desculpa para impedi – lo de entrar no quarto dela, Souza já estava ficando desconfiado pela forma que sua esposa tentava chamar sua atenção

Sou_ está acontecendo alguma coisa Luiza?

Lu_ não querido, por que estaria? – diz tentando esconder o nervosismo

Sou_ sei lá você está estranha, mas deixa pra lá eu preciso ver a Monica até agora não fui ao quarto dela

Luiza começa a se desesperar e vendo que não tinha mais jeito resolve contar a verdade

Lu_ não Souza espera... ela não está lá.

Souza leva um tremendo susto e vai pra cima da mulher querendo uma explicação

Sou_ como assim ela não está lá? Onde ela está então?

Luiza respira fundo olha dentro dos olhos do marido e conta a verdade

Lu_ ela está com o cebola ele veio busca- La aqui hoje à tarde e a levou pra casa dele.

Souza fica furioso pega a esposa pelos braços e começa a sacudi- La e gritar

Sou_ e você a deixou ir? Onde você estava com a cabeça pra permitir uma coisa dessas? – ele estava irado com Luiza- a Monica só tem dezessete anos (agora ele já tem 17 ela ficou grávida depois do dia das bruxas que todo mundo sabe que é no fim do ano e já se passaram seis meses) não tem idade pra ir morar com o namorado ainda mais se tratando desse moleque irresponsável do cebolinha.

Luiza se solta das mãos do marido, levanta a cabeça e o enfrenta

Lu_ acontece que esse moleque irresponsável é o pai da filha dela, você queira goste ou não e você também não tinha o direito de proibi-lo de ver a Monica ou saber do bebê, eu sei que os dois erraram, mas é a vida deles e são os dois que tem que decidir o que fazer dela já que vão ter uma filha juntos

Souza olhava Luiza com fogo nos olhos estava revoltado com tudo que avia escutado

Sou_ ora sua... – ele levanta a mão pra bater na esposa e ela reage

Lu_ você vai me bater Souza, então bate! – ela ergue o rosto na direção da mão dele- quero ver você me bater, mas eu já vou avisando que isso vai ser a ultima coisa que você vai fazer na sua vida- ela o encarava com um olhar assassino- vai bater em mim então bate.

Souza recua mesmo sem a ameaça ele não teria coragem de bater na mulher que ama.

Sou_ eu não acredito que isso seja verdade você não deixaria ela ir embora assim- ele se vira e vai na direção do quarto da filha abre a porta e grita o nome dela- Monica, Monica- Luiza sobe atrás dele tentando convence- lo que ela não estava lá, ele pega um ursinho de pelúcia nas mãos e o encara com lagrimas nos olhos- eu não acredito que você deixou a nossa menininha ir embora, como você teve coragem de entregar a nossa filhinha praquele moleque?- as lagrimas já desciam de seus olhos, Luiza sente um aperto no coração, toca no ombro dele e mais uma vez tenta convence- lo.

Lu_ ela não é mais uma menininha querido, ela já é uma mulher e agora vai construir sua própria família a gente só pode desejar que eles sejam felizes, não há nada que nós possamos fazer, eles já têm idade suficiente pra decidirem o que querem da vida.

Souza limpa as lagrimas de seu rosto e olha para sua mulher com um olhar serio e determinado

Sou_ não pense que eu vou permitir uma coisa absurda dessas, a Monica é só uma menina, eu não vou deixar cuidar de uma criança acompanhada de outra criança, por que é isso que eles são, duas crianças que estão esperando mais uma e se soubessem mesmo o que querem da vida não estariam nessa situação. – Luiza se afasta dele assustada com as palavras do marido

Lu_ como assim não vai permitir? Será que você não ouviu nada do que eu falei? O que você está pretendendo fazer?

Sou_ eu vou agora mesmo buscar a minha filha e vou leva – La pra bem longe daqui – ele sai do quarto em direção a rua e Luiza corre atrás dele

A casa dos cebolas era bem próxima da casa dos souzas, apenas umas cinco casas de diferença, então ela saiu correndo atrás do marido que já estava praticamente na porta da casa deles. Ao entrarem no portão antes que Souza entrasse na casa com tudo Luiza que já tinha o encontrado bate na porta e espera ser atendida impedindo o marido de invadir a casa dos outros

Dª CE _ quem é? – ouviu- se uma voz de mulher vindo de dentro da casa, rapidamente Luiza responde.

Lu_ sou eu Maria, a Luiza...

Dona cebola começa a abrir a porta, mas antes que ela terminasse Souza entra gritando.

Sou_ onde está minha filha? Eu vim buscá-la e não vou sair daqui sem ela, então vai agora mesmo chama- La- ele falava em um tom autoritário, mas antes que alguém lhe respondesse olha em sua volta e pergunta- o que foi que aconteceu aqui passou um furacão ou coisa parecida? – os moveis da sala ainda estavam todos revirados, o sofá tinha batido em outras coisas e feito a maior bagunça na sala, os cebolas estavam tentando arrumar, mas com pouco sucesso, Luiza põe a mão meio que nos olhos e na testa e envergonhada fala.

Lu_ por favor, não me diz que foi a Monica que fez isso?

Dª CE_ bom se não é pra dizer então eu não digo.

Sou_ mas por que ela fez isso e cadê ela?

Dª CE_ nós não sabemos onde ela está, apareceram um bichos estranhos aqui, pareciam alienígenas, estavam armados e nos ameaçando, a Monica pra nos salvar jogou o sofá neles, fugiu junto com o cebola e até agora não voltaram.

Luiza se apavora com o que acabou de ouvir.

Lu_ ai meu Deus, a gente tem que procurar os dois, eu vou ligar pra Magali pra ver se eles estão lá.

Dona cebola a interrompe

Dª CE_ eu já fiz isso Luiza, já liguei pra todos os amigos deles e ninguém sabe onde eles estão o cascão e a Magali também sumiram a Lina e a Lourdes também estão muito preocupadas, ninguém sabe o que fazer pra encontrar os quatro.

Souza fica furioso e se intromete na conversa

Sou_ isso tudo é culpa do seu filho, se aquele irresponsável não tivesse seqüestrado a Monica ela estaria bem agora.

Seu cebola que só estava ouvindo a conversa, fica nervoso com a ultima afirmação do ex amigo.

Seu CE_ não se atreva a insinuar que a culpa é do cebolinha, a Monica não foi obrigada a nada, ela veio pra cá por que quis e o cebola não a engravidou a força, até onde eu sei ela também quis e tem a mesma culpa que ele, se ela está grávida foi por que ela quis, ela não é nenhuma santinha não.

Souza fica furioso e vai pra cima de seu cebola, lhe dá um soco na cara o fazendo cair no chão

Sou_ nunca mais se atreva a falar da minha filha seu infeliz ou eu mato você e seu filhinho safado.

Seu cebola se levantou mais bravo ainda e foi com tudo pra cima de Souza, deu um soco no nariz do mesmo o fazendo sangrar de imediato, Souza ficou tonto e seu cebola o empurrou o fazendo cair no chão, quando ia pra cima dele se distraiu com o grito de sua esposa então Souza pulou nele o derrubando no chão, se jogou em cima dele o dado socos repetidos no rosto e na barriga, seu cebola reagiu com socos também, estavam os dois rolando no chão como duas crianças brigando, já era visível os machucados nos rostos de ambos e o sangue sujava o chão da sala enquanto eles se atracavam. Luiza e Maria não sabiam o que fazer estavam apavoradas com tudo o que estava acontecendo, dona cebola pegou o telefone e ligou pro primeiro numero que se lembrou, era casa de Magali, quem atendeu foi seu carlito que se assustou com o desespero da mulher ao telefone e se direcionou correndo a casa deles, enquanto dona cebola estava no telefone Luiza saiu correndo pra rua pedindo ajuda, encontrou Antenor que a acompanhou de volta a casa dos cebolas, chegando lá seu Antenor tentou separar os dois puxando Souza de cima de seu cebola que continuou a chutar Souza mesmo em pé, Souza se soltou da mão dele e pulou novamente em seu cebola dando socos na barriga dele, Antenor tentava separar os dois sem nenhum sucesso, seu cebola segurava o pescoço de Souza em uma gravata o enforcado e recebendo várias cotoveladas na barriga, Antenor não sabia mais o que fazer quando carlito entrou correndo e ajudando a separar os dois que continuarão a gritar um com o outro

Sou_ me solta eu vou matar esse infeliz

Seu CE_ eu é que vou matar você, seu maluco.

Antenor perde a paciência e grita com os dois chamando a atenção de todos

Ant_ chega vocês dois, nós deveríamos procurar nossos filhos e não ficar perdendo tempo com brigas inúteis.

Todos se calam e olham para os dois.

Lu_ o Antenor tem razão nos temos que procurar os quatro eles devem estar em perigo.

Mal sabiam eles que bem longe dali seus filhos estavam passando por momentos marcantes em suas vidas.