Eternamente escrita por Valentina Cullen


Capítulo 16
Artimanhas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora. Leiam as notas finais depois. É importante.



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Estávamos todos na enorme sala, ainda estava encantada em como toda a casa era aberta e clara. Era estranho, sei lá. Edward estava sentado a meu lado, com Emmett a meu lado. Emmett era assustador, mas me identificava muito com ele.

Eu estava surpresa de achar uma estranha amizade nascendo entre eu e o Emmett, especialmente uma vez que ele, uma vez, foi o mais assustadores de todos eles para mim. Tinha a ver com como nós dois tínhamos sido escolhidos para entrar na família; nós dois tínhamos sido amados – e amado de volta – enquanto ainda éramos humanos, embora muito brevemente para ele. Só Emmett lembrava – só ele realmente entendia o milagre que Edward significava para mim.

Emmett me alegrando calmamente com memórias que eram melhores que contos de fadas, enquanto Edward se concentrava no programa de culinária , queria aprender a cozinhar novos pratos. Sua testa perfeita de enrugou quando a celebridade chef mandou temperar outro prato de acordo com o gosto. Eu reprimi um sorriso.

- Então ele tinha terminado de brincar comigo, e eu sabia que estar prestes a morrer – Emmett se lembrou suavemente, enrolando a história de seus anos humanos com o conto do urso. Edward não estava prestando atenção; ele já tinha ouvido antes. – Eu não conseguia me mexer, e minha consciência estava escapando, quando eu ouvi o que eu pensei que fosse outro urso, e uma luta para ver quem ficaria com a minha carcaça, acho. De repente parecei que eu estava voando. Achei que tinha morrido, mas eu tentei abrir meus olhos mesmo assim. E então eu a vi – seu rosto ficou incrível com a memória; eu me identifique completamente. – e eu soube que estava morto. Nem me importei com a dor – lutei para manter meus olhos abertos, eu não queria perder nenhum segundo do rosto do anjo. Eu estava delirando, claro, imaginando porque não tínhamos chegado no céu ainda, pensando que deveria ser mais longe do que eu esperava. Eu continuei esperando que ela voasse. E então ela me trouxe para Deus – Ele deu sua risada grave e brincalhona. Eu podia entender muito bem que alguém pudesse fazer essa suposição.

- Eu achei que o que aconteceu depois era minha punição. Eu tinha me divertido um pouquinho demais nos meus vinte anos humanos, então não fiquei surpreso pelas chamas do inferno – Ele riu de novo, mas eu tremi. O braço do Edward se apertou ao meu redor inconscientemente. – O que me surpreendeu foi que o anjo não foi embora. Eu não entendia porque uma coisa tão linda podia ficar no inferno comigo, eu estava agradecido. Toda a vez que Deus vinha me checar, eu temia que ele ia levá-la embora, mas ele nunca levou. Eu comecei a pensar que talvez aqueles fiéis que falavam de um Deus misericordioso talvez estivessem certos, afinal. E então a dor sumiu… e eles explicaram as coisas para mim.

- Eles ficaram surpresos no pouco que eu fiquei perturbado com a coisa de ser vampiro. Mas se o Carlisle e a Rosalie, meu anjo, eram vampiros, o quão ruim podia ser? – Eu acenei, concordando completamente, enquanto ele continuava. – - Eu tive um pouco mais de dificuldade com as regras… – ele riu. – Você teve trabalho comigo no começo, não foi? – O soco de brincadeira de Emmett no ombro de Edward fez nós dois sacudirmos.

Edward bufou sem desviar os olhos da televisão.

- Então, o inferno não é tão ruim se você pode ter um anjo com você – ele me assegurou travesso. – Quando ele finalmente aceitar o inevitável, você vai se dar bem.

O punho do Edward se moveu tão rapidamente que eu nem vi o que acertou o Emmett e o fez se estatelar pelas costas do sofá. Os olhos do Edward nem deixaram a tela.

- Edward! – eu censurei, horrorizada.

- Não se preocupe, Bella – Emmett estava sereno, de volta ao seu lugar. – Eu sei onde encontrá-lo – Ele olhou por cima de mim para o perfil do Edward. – Você vai ter que colocá-la no chão alguma hora – ele ameaçou. Edward mal reclamou em resposta sem olhar para ele.

- Meninos! – a voz reprovadora de Esme veio escada abaixo.

Uma coisa havia me intrigado, como que se fica vampiro.

- Emmett, como você foi transformado em vampiro? - Edward a meu lado, parou de respirar e aumentou o aperto em meus braços.

- Isso não vem ao caso Bella.

- Como não. Claro que vem. Se eu quero ficar com vocês para sempre, tenho que sabrr como me tornar uma vampira.

-Não Bella.

-Isso não é justo. - Que droga, eu tinha que se a única que teria que ficar assim, uma humana fraca?

-Você não me quer?

-Mas que idiotice que você está falando agora hein?

-Se você não quer que me transforme, é porque você não me quer com você.

Sabia que ele estava ficando cada vez mais bravo, seu aperto de aço em meus braços estava se intensificando.

- Eu não quero que você seja um monstro.

-Não serei um monstro, serie igual a você. Nenhum de vocês são monstros.

Edward tirou o braço que estava a meu redor. Ele se levantou e caminhou até a janela. Emmett a meu lado estava quieto, nem sabia que isso era possível.

-Não acredito que isso vai acontecer de novo. - Edward falava mais para si mesmo do que para mim.

-Você vai ter que me transformar. Espera o quê? Que eu morra de novo. Você suportaria me perder? - Sabia que estava jogando baixo. Tive essa confirmação quando ele se virou para mim, sua expressão de estrema dor. Queria cortar minha língua nesse instante.

-Não Bella, da próxima vez que você se for, irei logo depois. Não suportaria perdê-la novamente.

-E Nessie?

Ele ficou sem palavras. Mas que merda, tinha que controlar minha boca, nem eu conseguia cogitar a ideia de deixar Renesmee sozinha, ainda mais ficar sem ela.

-Desculpe Edward, de verdade, não deveria ter falado isso. É que é tão injusto.

-Bella, não quero que passe o que passou da primeira vez. Não torne as coisas mais difíceis.

Depois disso, não falamos mais sobre isso. Mas ainda estava curiosa para saber como ocorre a transformação. Não deveria ser um processo tão complicado. Ou seria? Droga, minha cabeça latejava. Era melhor parar de falar sobre isso antes que a enxaqueca aumentasse.

Quando o dia estava começando a escurecer, resolvi ir para casa. Edward iria mais a noite. Isso me fez ficar mais contente. Queria falar com ele a sós. Tinha várias perguntas arruinando minha concentração.

Depois que cheguei em casa. Fugi do interrogatório de meus pais e corri para meu quarto. Tomei um banho demorado. Depois que fiquei pronta, optei por uma camisola mais sexy. Sabia que Edward não iria tentar nada. Mas, a sei lá, a esperança é a última que morre, não é?

Dei boa noite para minha mãe e meu pai e deitei na cama esperando.

Acordei assustada, a cama a meu lado tinha se mexido. Droga, eu dormi. Mas quando olhei para o lado, meu sorriso se formou em meu rosto. Edward estava deitado a meu lado em todo seu esplendor. Mas seu olhar foi descendo pelo meu corpo. Sua expressão era de dúvida.

- Que foi? Sempre durmo assim.

- E quando Jhonny vinha aqui. Vestia o quê? Nada? - Droga. Era o que faltava, ele sentir ciúmes daquele escroto.

-Não Edward, Jhonny não vinha aqui, porque não deixava. Ele tentou uma vez, mas acordou meus pais. E se não fosse pela minha mãe, estaria morta agora.

-Tudo bem. - Falou me abraçando.

-Então, gostou da minha roupa?

-Sabia que não era por acaso esse trapo que chama de roupa. - Ele deu um leve riso em meu cabelo.

-Há, você sabe né.

-Sim , eu sei.

-Tenho umas perguntas.

-Faça.

-Tudo bem. - Mordi meu lábio nervosa, não sabia ao certo por onde começar. - Por que não gostava de Renesmee quando descobrimos que eu estava grávida?

-Bella...

-Não Edward, eu sei como foi, me lembro disso. Você a chamava de coisa. Nossa filha Edward, você não deveria ter chamado ela disso.

-Na época não sabíamos o que era. E ela estava te machucando. E eu imagina que fosse um monstro como eu. Mas estava enganado, era pura, boa. Como você.

-Já falei que você não é um monstro.

-Claro, claro. Mas o que mais poderíamos pensar. Nunca vimos outro híbrido. Isso era completamente novo para todos nós. Nunca imaginamos que poderíamos tal feito.

-Tudo bem. Tinha essa dúvida.

-Porque não quer me transformar. - Perguntei após um tempo em silêncio.

- Já falei.

- Mas Edward...

- Nada de mais. Agora durma.

- Se não quer me contar, então me beije.

Ele deu um leve sorriso. E me beijou delicadamente. Meu corpo fraco já foi se agarrando no corpo perfeito dele. Quando fiz menção de intensificar o beijo, ele me afastou.

-Não Bella. Não posso.

- Você pode sim. Conseguiu da primeira vez, vai conseguir agora.

-Da primeira vez você sabe o que aconteceu. Não quero que me deixe agora.

-Tudo bem. Se esse é o problema, então use camisinha.

Ele gargalhou, não tão alto, para não acordar meus pais.

-Bella, uma camisinha não adiantaria muita coisa.

-Como não?

-Não vem ao caso. Não iremos fazer sexo.

Droga. Saí de cima dele e me joguei no espaço vazio da cama. Se ele não poderia usar uma camisinha isso queria dizer que ela não aguentaria, então...

- Você não pode usar camisinha porque ela não iria aguentar?

-Bella, durma. Você ganha mais.

Ele não iria falar. Mas tinha alguma ideia do porque não poder usar a camisinha. Tive que reprimir o riso. Se nem uma camisinha aguentasse. Imagina como foi... Droga, porque disso não me lembrava.

-Dorme Bella.

-Se você ficar falando é impossível.

Ele bufou e deu um beijo no alto da minha cabeça. Não consegui segurar mais um riso.

Mas logo me acomodei melhor em seus braços e esperei o sono chegar.

Bella, quantas vezes teremos que te dizer que não há perigo pra nós?”
Contudo, você me contaria a verdade?”
Sim. Eu sempre vou te contar a verdade”. A voz dela era intensa.
Eu pensei por um momento, e decidi que ela estava sendo sincera.
Então me diga... como é que você se tornou uma vampira?”
Minha pergunta pegou ela fora de guarda. Ela ficou quieta. Eu me virei pra olhar pra
ela, e a expressão dela parecia ambivalente.
Edward não quer que eu te diga”, ela disse firmemente, mas eu senti que ela não concordava com isso.
Isso não é justo. Eu acho que tenho o direito de saber”.
Eu sei”.
Eu olhei pra ela esperando.
Ela suspirou. “Ele vai ficar extremamente zangado”.
Isso não é da conta dele. Isso é entre eu e você. Alice, como amiga, eu estou te
implorando”. E nós éramos amigas agora, de alguma forma - e ela já devia saber que
seria assim desde o início.
Ela olhou pra mim com seus olhos esplêndidos, inteligentes... escolhendo.
Eu vou te contar o lado mecânico da coisa”, ela disse finalmente. “mas nem eu
mesma me lembro do que aconteceu, e eu nunca fiz isso ou vi sendo feito, então fique
consciente de que só posso te contar o que eu sei na teoria”.
Eu esperei.
Como predadores, nós temos um excesso de armas em nosso arsenal físico - muito,
muito mais do que aquilo que realmente necessitamos. A força, a velocidade, os
sentidos aguçados, sem mencionar aqueles como Edward, Jasper e eu, que temos
sentidos extras também. E então, como uma flor carnívora, nós somos atraentes para
a nossa presa”.
Eu estava muito rígida, me lembrando do quão sugestivamente Edward havia me
explicado esse mesmo conceito na clareira.
Ela sorriu um sorriso largo, nefasto. “Nós temos outra arma um tanto quanto
supérflua. Nós também somos venenosos”, ela disse, seus dentes brilhando. “O
veneno não mata - é meramente incapacitante. Ele se espalha lentamente, se
espalhando na corrente sanguínea, pra que, uma vez mordida, a presa sente dor física
demais para escapar. Um tanto quanto supérfluo, como eu disse. Se nós estivermos
tão perto, a presa não vai escapar. É claro que sempre existem exceções. Carlisle, por
exemplo”.
Então... o veneno é deixado lá pra se espalhar...”, eu murmurei.
Levam alguns dias para a transformação estar completa, dependendo de quanto
veneno há na corrente sanguínea, de quão devagar o veneno entra no coração.
Enquanto o coração continua batendo, o veneno se espalha, curando, mudando o
corpo enquanto passa por ele. Eventualmente o coração para, e a conversão chega ao
fim. Mas durante todo o tempo, durante cada minuto, a vítima estará desejando estar
morta”.
Eu tremi.
Não é muito prazeroso, você vê”.
Edward disse que era uma coisa muito difícil de fazer...eu não entendi muito bem”.
Nós também somos como tubarões, de certa forma. Quando nós experimentamos o
sangue, ou mesmo se tivermos apenas sentido o cheiro dele, se torna muito difícil não
se alimentar dele. As vezes é impossível. Então veja, morder alguém de verdade,
experimentar do sangue, isso começaria o frenesi. É difícil para os dois lados - a
luxúria pelo sangue de uma lado, a dor horrível do outro.”
Porque você acha que não lembra?”
Eu não sei. Pra todos os outros, a dor da transformação é a memória mais forte da
vida humana. Eu não me lembro de como é ser humana”.
Sua voz estava severa.
Nós ficamos em silêncio, cada uma envolvida em seus próprios pensamentos.
Os segundos se passaram, e eu quase esqueci da presença dela, de tão envolvida que
estava nos meus pensamentos.

Acordei com Edward me olhando assombrado.

- O que ouve?

- Meu sonho. - Gargalhei. Edward me olhava como se eu fosse uma louca. - Não vai precisar me contar em como se transforma um vampiro. Já sei. Alice me contou.

E pelo expressão que Edward havia feito. Tinha certeza que ele queria matar Alice quando ela havia me contado.

-Já sei para quem pedir para me transformar em vampira...

Não consegui terminar a frase, Edward já estava deitado sobre mim, me beijando com fúria. Já tinha uma ideia de como fazer ele me beijar assim mais seguido. Mas agora não era hora de ficar pensando nisso. Era melhor aproveitar antes que seja tarde.




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Notas finais do capítulo

Oooooiiiiiiiiiiiiiii meu povo maaais lindo do muuuundo.
Tá, vou dizer logo, me atrasei com esse capítulo né????
Mas a pegação do Ed e da Bella acho que compensou.
Posso falar, essa ideia que eu tive da camisinha, eu ri litros quando escrevi. Espero que vocês também tenham gostado.
Tá, o negócio é o seguinte.
Não sei se vocês já leram os capítulos que a Stephenie, nossa diva, cortou dos livros. Pois é. Não sei se perceberam, mas a parte que que o Emmett conta a história da transformação pra Bella, é uma dessas histórias que foram retiradas do livro original.
Olha, eu fiz isso, porque achei que ficaria interessante. Mas se não gostaram, eu juro, foi só porque eu achei que era mega importante para esse capítulo. Por que daí a Bella tirou a ideia da transformação de vampiro e tals.
Desculpe se não gostaram.
Bom. Queria avisá-los que nos próximos capítulos a história vai começar a ficar, digamos, terá ação. Lutas, essas coisa. Não sei se vai ser meio logo. Não escrevi os outros caps. Mas será daqui a uns 3 ou 4 capítulos.
Também queria dizer, as meninas que pediram se a Bella terá um filho com o Edward, é o seguinte: Ainda não pensei nisso. Mas irei pensar beeem. Eu prometo.
E para as pervas de plantão, sim, terá cenas 100 vezes mais quentes para frente. Mas isso vai demorar, afinal o Ed é difíceeel né???
E pelas ideias que estão saindo da minha cabeça, estou achando que terei que aumentar a classificação da história para +18.
hihihihi
Mas por enquanto, a história vai continuar morna.
E depois dessa nota enooorme, eu me despeço.
E para quem é perva mesmo, leiam minhas outras fics, algumas são beem pervas.
Beijiinhoooos e não se esqueçam dos reviews, afinal, eles me deixam mega feliz e me dão ainda mais ideias.