Os Filhos Do Lorde escrita por Jane Maddison


Capítulo 14
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Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem (:



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Assim que os dois saíram, Harry, Ronald e Hermione me entupiram de perguntas. Praticamente todas eram sobre o motivo da minha briga com Thomas.

 

— Lembra quando você foi lá na mansão Malfoy? - Perguntei a Harry. Ignorei os gritos de Hermione

— VOCÊ FOI NA MANSÃO DOS MALFOY? COMO ASSIM, HARRY?

— Depois te explico, Mione. Continua, Kate. - Harry disse

— Certo, eu te contei da minha “visão”. E o Thomas descobriu e ficou super irritado porque eu não quis contar à ele. Ainda mais sobre o modo que ele estava no sonho, aquilo me deixou completamente assustada. E ele começou a me tratar de um jeito muito ruim, nem quero falar sobre isso. - Desviei o olhar

— O que ele disse? - Harry insistiu

— Disse que eu só era amiga de vocês por fama, que eu era uma interesseira e coisas desse tipo...

 

Os três ficaram em silêncio, completamente chocados para dizer alguma coisa. Eu ficaria chocada também, se comparasse a época antes de Hogwarts e depois. Muita coisa mudou entre mim e Thomas, isso era visível. Thomas, que sempre foi “rejeitado”, agora estava se tornando o verdadeiro herdeiro de Voldemort. Era claro que o poder ia subir na cabeça dele. Esse era a mais clara diferença entre eu e Thomas. Eu sempre fui acostumada com o poder, sempre tive o poder, a admiração, o medo... Já Thomas, poucas vezes experimentou essas sensações. E agora que ele pode experimentar, se sente o próprio Voldemort. Juro por Merlin que se Thomas não fosse meu irmão, lançava um Crucio nele. Quem sabe assim ele abre os olhos...

 

— É melhor nos vestimos, Kate. Já estamos quase chegando - Hermione alertou, com seu malão na mão

— Acho melhor você ir primeiro, Hermione. Iam estranhar se fossemos juntas

— É, tem razão.

 

Hermione saiu e minutos depois voltou, usando seu uniforme vermelho e dourado. Levei meu malão para o pequeno banheiro feminino e me troquei. Coloquei o uniforme da Sonserina e passei um pouco de maquiagem, apenas para desfaçar minha expressão de ódio. Assim que saí do banheiro, dei de cara com Draco.

 

— O que está fazendo aqui? O banheiro masculino é do outro lado - Falei, impaciente. Percebi que o restante da turminha de Draco estava lá também, inclusive Thomas.

— Não fale com o Draco desse jeito, sua... Sua traidora! - Parkinson disse, com desdém. Ela tinha um perceptível medo nos olhos.

— Limpe sua boca antes de falar comigo, Parkinson. E eu falo com as pessoas do jeito que eu quiser - Bufei, irritada. - Agora, se me dão licença... - Sorri falso e passei entre eles, mas Draco puxou meu braço

— Precisamos conversar, Kate.

— Não temos nada para conversar, Malfoy. E me solte, por favor.

 

Ele me soltou e me distanciei deles. Assim que vi que todos estavam de costas para mim, lancei uma azaração na Parkinson que a fez vomitar muitas lesmas. Estava escondida quando lancei, portanto ninguém soube de onde veio a azaração. Entrei no vagão praticamente chorando de rir. Harry, Ronald - que já estavam com seus uniformes - e Hermione me encaravam como se eu fosse uma louca.

 

— Você está bem, Kate? - Harry perguntou assim que me sentei ao seu lado

— Fiz a Parkinson vomitar lesmas. Eu sei, é uma azaração muito infantil, mas é muito engraçado! - Expliquei, relembrando a cena.

 

Minutos depois, ouvimos o barulho de vozes e passos no corredor. Sinal de que já havíamos chegado em Hogwarts. Esperamos as pessoas saírem, para assim, sairmos sem nenhuma confusão.

 

— Esqueci de perguntar. Como passaram o natal? - Hermione perguntou, um pouco animada do que o normal

— Como sempre. Os Dursleys me deram apenas um pedaço de peru assado. Ah, e obrigada pelos doces. Me ajudaram muito. - Harry respondeu, indiferente.

— E o seu, Kate?

— Nós não comemoramos o natal. Na verdade, não comemoramos nenhuma data festiva. Somente o meu aniversário, o de Draco e o de Thomas. - Dei de ombros

— E por que isso? Quer dizer, seus pais podem ser horríveis e tudo mais... Mas privar vocês de comemorarem alguma data já é crueldade demais.

— Hermione, meus pais são Tom Riddle e Bellatrix Lestrange. Você tem certeza que não comemorar alguma data é a pior coisa que acontece naquela casa? - Cruzei os braços

— E-Eles... Eles... Eles machucam vocês? - Harry perguntou, engolindo seco

— Não, nunca. Eles só fazem da nossa estadia naquela mansão, um terror. Gritos toda hora, tortura, mortes... Eu até já me esqueci como é dormir tranquilamente por mais de duas horas.

 

Assim que pisamos no solo, podíamos ver perfeitamente o castelo. Thomas e sua turminha estavam do outro lado, ajudando Parkinson que pelo jeito, não conseguia parar de vomitar lesmas. Ver aquela cena me deu mais vontade de gargalhar, mas me controlei. Não daria o gostinho de descobrir que azarou Parkinson para Thomas. Olhei para eles indiferentemente e me preparei para entrar naqueles barquinhos.

 

— Srta. Riddle, você vai naqueles barcos - Hagrid disse, apontando para o mesmo barco aonde Draco e Thomas entravam

 

Me despedi discretamente de Harry, Ronald e Hermione e entrei no barco, cruzando os braços. Tive que sentar bem ao lado de Draco e aquela aproximação toda estava me arrepiando constantemente. O vento tocava nossos rostos toda hora, trazendo o perfume inebriante dele para mim. E o mesmo vento que fazia isso, também era muito gelado, o que me fazia tremer de frio.

 

— Está com frio? - Draco perguntou divertido

— É claro que ela está. Olha o minúsculo tamanho do uniforme dela! - Thomas disse indignado. Ignorei-o.

— Não estou com frio não, Draco. Obrigada pela sua preocupação

— Você realmente acha que vai me enganar? É claro que está com frio, está tremendo. Pegue - Ele me estendeu seu casaco.

 

Olhei para o casaco hesitante. Se eu usasse aquilo, ficaria com o cheiro de Draco impregnado pelo resto da noite. E se eu não usasse, chegaria ao castelo morrendo de hipotermia. Ainda relutante, coloquei o casaco de Draco. Aquilo realmente me deixou mais quente. Eu já não tremia.

 

— Por nada, Kathelyn - Draco disse, com um sorriso divertido no rosto. Bufei

— Obrigada, querido Draco. - Sorri falso

 

Ouvi Thomas gargalhando, mas não olhei para ele. Ainda estava com muita, muita raiva dele e só voltaria a falar com ele, se ele pedisse desculpas sinceras. Sim, eu sou bem exigente!

 

— Kathelyn, podemos aproveitar esse tempo para conversarmos? - Thomas perguntou me fitando. Olhei rapidamente para ele e desviei o olhar

— O que você quer, Thomas?

— Pedir desculpas. Olha, eu fui um idiota. Eu sei que você não estava com Harry para conseguir mais fama, na hora eu fiquei com raiva que nem pensei. Eu estava com ciúmes, Kate. Ciúmes porque você contou uma coisa para o Potter e não contou para mim. Você nunca fez isso.

— Claro que já fiz! Só que você não ficou sabendo... - Comentei baixinho

— Então, você me perdoa? Oras, somos irmãos Kathelyn. Você não pode ficar me chamando de egoísta, invejoso e não sei mais o que para sempre.

 

 * * *

 


And it`s been a long December and there`s reason to believe / E tem sido um longo Dezembro e há razão para crer Maybe this year will be better than the last / Talvez esse ano seja melhor que o ultimo I can`t remember all the times I tried to tell myself / Eu não consigo lembrar das vezes que eu tentei falar comigo

A Long December Counting Crows

 


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Notas finais do capítulo

Revieeeeeeeeeeeeeews?