– Hugo Narrando-

Depois do encontro com Pietro, eu fiquei mais agitado que o normal. A gente quase não dormia mais de dia, ficavamos fazendo estrategia de ataque. A maioria eu sabia que não daria certo, então, teriamos que improvisar na hora. Havia chegado o dia, em que finalmente iriamos atacar. Eu estava no arsenal, escolhendo as melhores armas. Pistolas com bala de madeira, verbena – sim, nós tinhamos um pouco – entre outras coisas. Quando tudo estava pronto, eu peguei as mochilas que havia preparado e fui pra sala. Lumar terminava de fechar suas botas, arqueei a sobrancelha. Ela vestia uma calça de couro, uma blusa branca e uma jaqueta também de couro. Eu balancei a cabeça rindo e entreguei uma mochila a ela.

Nós descemos e fomos até a fabrica, tudo estava silencioso, parecia abandonada. Nós descemos do telhado e entramos. Não havia ninguem lá.

_ Eu sabia que voces viriam – nos viramos e lá estava Sáfirah sorrindo ironicamente como sempre.

_ é sempre tão bom vê-la – Lumar disse mais ironica ainda

Sério, as vezes as duas parecem irmãs. A ironia é tão forte que eu sinto na pele. Enfim, Lumar sacou sua espada e Sáfirah pos as presas pra fora.

– Lumar Narrando-

_ você não é pareo para mim garotinha – Sáfirah disse e eu gargalhei.

_ veremos – ela correu em minha direção, mas eu fui mais rapida e a ataquei com a espada, pegou de raspão no braço dela.

_ Largue as armas Lefreve, lute com o que você tem. Tá com medo de não ser pareo pra mim? – ok, agora ela havia provocado a besta dentro de mim, larguei a espada no chao

_ pode vir honey – arqueei a sobrancelha achando que ela iria recuar, ela correu em minha direção novamente mas eu consegui pular sobre ela e acertá-la bem nas costas com um chute. Sáfirah caiu de cara no chão, olhei para os lados procurando Hugo e ele estava ocupado demais paquerando uma das humanas que estavam por lá. Eu não acredito nisso, eu estava lutando e ele flertando.

_ EI GAROTÃO, QUE TAL DAR UMA AJUDINHA AQUI? – gritei enquanto desviava dos golpes de Sáfirah, ela me acertou em cheio no estomago. Consegui jogá-la longe. Fui em sua direção e a agarrei pelos cabelos e a joguei longe fazendo-a bater na parede. Sáfirah levantou e me agarrou pelo pescoço e ia me morder. Mas eu a derrubei no chao.

– Hugo Narrando-

Eu fiquei assistindo Lumar e Sáfirah lutarem, era divertido pra caramba.

_ NÃO... OUSE... A... ME... MORDER - Lumar disse pausadamente pegando a espada que estava no chão e Sáfirah riu.

_ pequena Lefreve, você acha que com uma espadinha vai me derrotar?

_ sou mais forte do que pensa - Lumar impôs a espada indo em direção de Sáfirah que pegou uma espada também. Ficaram frente a frente e Lumar antes de lutarem disse:

_ Como me ensinaram, devemos fazer uma comprimentação no adversário, e a minha é assim - E Luuh deu um soco na cara de Sáfirah

_ quem te ensinou a fazer isso? O Hugo?- ela riu - Mas a minha é assim - e então Sáfirah cravou a espada na barriga de Lumar.

_ Você realmente acha que vai me matar cravando essa espadinha de merda na minha barriga? - Luuh riu tirando a espada de seu ventre

_ Vamos acabar logo com isso - Sáfirah disse

Elas começaram a lutar, como Sáfirah não sabia que Lumar era ótima lutadora, logo com um golpe tirou a espada das mãos dela.

_ até que você é boa Lefreve, mas eu sou melhor - Ela chegou perto de Luuh e a agarrou pelos cabelos a puxando até o chão, num movimento rápido, Luuh se soltou de Sáfirah e a derrubou colocando os pés no pescoço dela

_ Quem é a melhor agora Sáfirah?

_ Guardas! - Sáfirah gritou

_ Isso não acaba aqui - Luuh disse e dando um chute na cara dela e depois a soltando e correndo até mim. – você é um idiota! – e saiu correndo, e eu fui atrás.

_ Lumar, a sua luta foi...

_ Não fala nada. Custava você ter me ajudado?

_ seria injusto – ela parou e me encarou

_ Injusto? SERIA INJUSTO? Seria muito injusto tambem se ela me matasse, seria injusto se eu não conseguisse me soltar e ela me machucasse como da ultima vez. Isso seria injusto... Tchau Hugo

_ Onde você vai? – gritei

_ vai pra casa, nos vemos depois – e virou as costas me deixando sozinho na rua.