Evil In Love escrita por LittleSet


Capítulo 16
Capítulo 16




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Leah saiu meio zonza e desnorteada da sala de Lucius. Era informação demais para um dia, quanto mais para uma manhã. A loira saiu com os braços cruzados e um olhar perdido. Sean estava com os olhos fechados e a cabeça para trás, então não percebeu a presença da garota na sala de espera.

- Pode me levar para casa agora? – Leah perguntou.

Sean olhou para ela surpreso, ela havia aparecido tão furtivamente, que o pegara desprevenido.

- Eu deveria levá-la para treinar com minha irmã agora. – Sean disse, a voz fria como o inverno que se aproximava da cidade.

- Tanto faz só me tire daqui. – a loira pediu, esquecendo por um minuto o quanto odiava aquele garoto e usando o tom de sua voz para rogar-lhe que pelo uma vez em toda a sua existência atendesse seu único pedido.

Sean não era lerdo e não estava enferrujado como o pai, ele entendeu o tom da garota. Dando a conversa como encerrada, se levantou confirmando e saiu da sala de espera, com a loira em seu encalço.

Entraram no elevador, descendo os 25 andares do prédio até o térreo. No meio do caminho, o celular de Sean tocou, e o mesmo caçou o aparelho pelo bolso de seu casaco, olhando rapidamente o numero na tela e atendendo em um tom neutro.

- Alo. – ele disse.

- Onde vocês estão? – a voz feminina do outro lado exigiu. Era Megan, com sua paciência nada suportável.

- Saindo do prédio. – seu irmão respondeu.

- Como ela esta? – Megan perguntou, no mesmo tom apressado.

- Eu por acaso tenho cara de quem é psicólogo ou de quem liga para saber uma coisa dessas?

- Não use esse tom para mim, Sean! – a morena vociferou.

- Que seja, Megan. Chego ai em 15 minutos. – o garoto disse, e desligou o telefone na cara de sua irmã.

Só leva 10 minutos para chegar ao porto dessa distância. Pensou Leah, desconfiada. Mas não disse ou fez nada que deixasse Sean desconfiado. Seria o tempo necessário para que ele atirasse em mim e escondesse meu corpo não seria? Afinal ele é um matador profissional, 5 minutos seria tempo suficiente para ele, não seria?

Sean saiu do elevador, e Leah o seguiu ainda um pouco hesitante. Os dois entraram no carro do garoto, e Sean dirigiu habilidosamente pela cidade. Leah estava enganada, eles levaram 5 minutos para chegar ao porto, graças aos atalhos que o garoto pegara.

O moreno entrou no prédio antigo e subiu os andares até a grande sala de estar onde Leah já havia estado. Sean sentou confortavelmente em uma das poltronas roxas, perto da janela e Leah se acomodou no sofá vermelho.

Um silêncio desconfortável se abateu no lugar, mas ao contrario do que a loira achava, o desconforto era só da parte dela, já que Sean não estava se importando muito se ela falava ou não. A garota não sabia ao certo o que sentia em relação ao moreno.

Poderia ser apenas uma grande raiva e ódio por seu comportamento rude e frio, apenas um medo obscuro quando ele pegava uma de suas armas, ou um desejo irrefreável pela beleza enigmática que ele tinha.

Ela não sabia ao certo o que era, ou se queria ao menos descobrir o que aquele turbilhão de pensamentos em relação a ele significava. Ela até considerou estar se apaixonando por ele, mas com um riso de escárnio mental, desconsiderou a ideia.

Leah não conseguia olhar para Sean naquele momento, não enquanto ele estava se mostrando tão superior, com as pernas em cima de um encosto da poltrona e se mantendo ocupado com seu iPod e com a música alta que com certeza estava prestes a estourar seus tímpanos.

A garota guardou sua raiva para si mesma, assim que Megan irrompeu pela sala apressada.

- Sean! – a morena gritou e seu irmão levantou os olhos preguicosamente. – Por que não começou?

- Talvez porque esse trabalho seja seu. – Sean respondeu calmamente.

Megan andou de um lado para o outro da sala, parecendo mais atormentada e preocupada do que nunca. Deixando até Leah um pouco incomodada, com a agitação da amiga.

- Scott. – Megan chamou, aproveitando que o garoto saia de seu quarto. – Poderia aprontar Leah para a primeira parte do treinamento?

- Claro. – Scott disse, dando de ombros.

Leah se levantou, e sem dizer nada seguiu Scott até as escadas. Sean esperou que eles já tivessem descido para continuar a falar.

- Vai me dizer que esta preocupada com ele... – Sean começou.

- É claro que estou. Ele não da noticias há três dias, não sabemos de nada e seus dados sumiram. Como eu poderia não ficar preocupada? – Megan disse.

- Por favor, Megan. Ele é um profissional como nós, é claro que você não conseguira segui-lo ou contatá-lo, isso poderia acabar com a missão dele. – Sean disse, pacientemente.

A morena se virou para seu irmão, com os olhos em navalha e uma expressão mortal.

 - Por que eu pensei que você entenderia?! É óbvio que você não entende! Você nunca se apaixonou, e as que ficaram com você morreram! Por que eu pensei que em algum momento você fosse sequer entender a razão de eu estar assim?! – Megan gritou, irritada.

A morena saiu da sala as presas, não dando a oportunidade que Sean queria de se defender. O garoto permaneceu de olhos fechados depois de sua irmã sair, apoiando a cabeça na mão e olhando através da janela as embarcações indo em direção ao oceano.

Se ele conseguisse esquecer tudo o que uma vez o afligiu, tudo que uma vez o machucou tanto, talvez, só talvez, ele pudesse se apaixonar como Megan. Só que como irmão mais velho, Sean teve que amadurecer mais rápido, esquecer mais rápido, se curar mais rápido. Nada daquilo havia feito bem ao garoto, mas ele tinha superado, por hora.

Enquanto esperava, algum chamado para alguma missão, ou algum trabalho para ocupar sua cabeça. O garoto rogava a qualquer divindade existente, que o poupasse de se apaixonar outra vez. Era a única coisa com que ele não podia enfrentar e lidar no momento. Não agora... 


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Notas finais do capítulo

Uuuhh, mistérios... kkk
iai, o que acharam? comentem...



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