Intrigas De Uma Vida Sem Roteiro escrita por Bicc
Notas iniciais do capítulo
E ai, como ces tão??
Mais um cap. pra vcs binitinho!!
Espero que gostem e comentem, isso me deixa feliz!! :)
– Filha acorda, todo mundo já ta lá em cima – minha mãe disse as onze da manhã. Acordei tomei um banho e subi pra casa da minha vó.
– Oi bia como foi ontem, Cristina já me contou quase tudo – minha tia falou me abraçando.
– Não aconteceu nada de mais não eu só encontrei meus ídolos e eles me deram varias coisas, – disse sentando em um banco – eu não acredito nisso ate agora, não caiu a ficha.
– E como você dormiu. Eu já tive essa época de fã e quando fui no meu primeiro show do Guns N' Rose, não consegui dormir por duas noites – ela disse sentando do meu lado. A gente conversou muito, comemos muito e meu primo chegou super alegre e atrasado é claro.
– Bia, você ta com muitos seguidores no twitter, o dobro do que você tinha. Como isso aconteceu? O que você fez ontem? – ele disse descendo as escadas.
– Calma Diogo nem sei do que você ta falando, não entrei na twitter ontem – disse sem entender.
– É isso mesmo você ta com muitos seguidores.
– Ta bom daqui a pouco eu vou entrar e ver.
– Diogo aconteceu uma coisa ontem com sua prima que tua tia me falou hoje pelo telefone – minha tia disse e em seguida bebendo um copo de cerveja.
– Ah é mesmo, como foi que aquilo aconteceu bia. – ele disse pegando um pedaço de carne. Depois de ter cotado tudo, ele ficou de boca aberta. – Então deve ser por isso que tu tem muitos seguidores, porque eles te seguiram.
– Velho, você só pensa em twitter, eu não sei se é por isso mesmo. Eu devo ter ganhado quatro ou cinco seguidores como você é exagerado da pra se desconfiar – falei rindo pra ele.
– Bia, telefone pra você, acho que vai gostar quem vai falar com você. – minha mãe gritou da porta de casa.
– Já to indo – falei correndo. Desci as escadas e entrei em casa, minha mãe me deu o telefone sorrindo.
– Vou subir e deixar vocês falar a sós, depois me conta o que você vai fazer ele já me contou. – disse ela e eu desconfiando "como assim que é?"
~~telefoneon~~
– Pode falar – eu disse.
– Nossa, é assim que se atende ao telefone? – alguém disse.
– Não. Quem é?
– Não desconfia quem seja não.
– Claro que não, né – disse com raiva – Fala logo quem é?
– Ta bem, é o Koba – ele disse. Não impossível aquilo, não acreditei.
– Olha aqui velho, não to pra brincadeira não, ta. Vai enganar tua tia. Se enxerga moleque – disse pensando como minha mãe caia nas palhaçadas de telefone fácil. Um dia ela quase passou o numero da conta bancaria para uma "tia".
– Não é verdade, sou eu mesmo. Desliga não, por favor – ele disse.
– Ta, então como eu posso saber que você é ele? – disse ironica.
– Uma coisa muito simples, ontem a gente se falou na praia com os meninos e levamos você ate um ponto de táxi – ele disse. Gente era ele mesmo só tinha eles na praia e nenhum carro estava "seguindo" a gente.
– Sim, posso ajudar? – disse muito envergonhada e nervosa, o que ele queria comigo e o que ele falou pra minha mãe.
– Não, só tem que aceitar uma coisa. Tem como?
– Depende do que seja – disse morrendo.
– Bom, eu só queria que você que a gente se encontrasse para conversar mais – falou devagar. Que isso, não posso acreditar nisso.
– Os meninos também vão? – disse quase chorando.
– Não eles vão resolver uns probleminhas particular, só eu que to sem fazer nada – Não, eu vou sair com o Lucas e minha mãe já sabe disso.
– Onde? – não consegui dizer nada mais.
– Sei lá – "cara pra onde você quiser eu vou, ate pra marte" pensei. – Já sei, que tal algum lugar perto da Quinta, lá naqueles gramados. Que tal? – Morri depois dessa, claro que eu vou, e não é longe da minha casa.
– Ta bom, pode ser. Que horas?
– Pode ser as cinco – "não, pode ser agora mesmo" pensei.
– Tudo bem.
– Então ta bom, nos vemos lá.
– Tchauzinho, ate mais tarde Lucas.
~~telefoneoff~~
Desligamos o telefone e deitei na cama, botei o travesseiro no rosto e gritei muito. Parei e pensei como eu ia falar aquilo pro pessoal, eu estava com muita vergonha, muita.
Subi as escadas com calma pra não cair. Cheguei na casa da minha vó e todo mundo olhando pra minha cara.
– Que foi gente? – disse
– E ai filha vai ou não? – minha mãe disse amarrando o cabelo.
– Vô sim, perder uma oportunidade dessa só me matando, mas você já contou pra eles? – Do jeito que minha mãe é, ela já deve ter contado.
– De um jeito ou de outro eles iam saber, como você ai ficar com vergonha, contei – ela disse.
– Quer que eu te leve? – meu primo disse, batendo um prato enorme de comida.
– Seria legal, quero sim. – assim eu não demoro muito. Era três e meia da tarde, eu já estava muito nervosa e não consegui ficar sentada por um minuto.
– Filha vai se arrumar logo, assim você fica mais tranqüila. – minha mãe disse me acalmando. Só que não conseguiu.
– Ta bom, vamos ver se eu consigo me acalmar. – disse. Fui pra casa, tomei banho. Coloquei uma roupa muito simples, calça jeans preta, camisa azul escuro escrito "I LOVE PHOTO" e um All Star roxo de cano médio. Pronta, mais nervosa ainda.
– Vamos? – meu primo falou pegando a chave do carro.
– Vamos sim. – me despedi de todos, e pegamos a estrada. Não demoramos muito pra chegar e já estávamos na Quinta. Quase desmaiando desci do carro.
– Valeu Dio, daqui eu me viro. – disse.
– Ta bom, boa sorte, ate mais. – ele disse voltando a ligar o caro e indo embora.
"Deus me de forçar pra agüentar o tranco" pensei. Um pouco longe vi um carinha de boné mostrando um pouco do cabelo, sentado em um banco, numa praça vazia. Fui lá, era ele, o Lucas estava lá me esperando, faltando dez minutos para dar cinco horas.
–E ai Lucas, ou melhor, Koba – disse mais tranqüila.
– Oi, senta ai. – ela disse. Sentei, parecia que eu estava em um encontro de amigos, tava tranqüila, querendo fazer muitas piadas. Ele ma passava um ar de tranqüilidade que me tranqüilizava também.
– Pra que tu me chamo aqui? – meu deus eu mudei completemente, não era mais aquele garota nervosa e ansiosa de antes, que isso.
– Primeiro de tudo que eu queria te ver – "ele queria me ver", quase surtei depois disso – Segundo eu pedi que você viesse para te fazer uma proposta em nome de todos os meninos, - "que proposta?" – e te avisar que o Thomas e o Pelu querem falar com a dona Cristina amanhã no jardim botânico. – "jardim botânico? Cada lugar exótico que eles escolhem".
– Que proposta é essa? – disse frisando minha sobrancelha.
– A gente queria saber se você podia ficar uma semana com a gente, lá em sampa? – "nem precisa perguntar pra minha mãe, já to lá".
– Interessante.
– Sim ou não.
– Por mim sim, mas minha mãe, não sei, se o Pelu for bom de convencer as pessoas, ele pode consegui.
– Então você vai? - ele disse animado.
– Por mim eu vou, mais eu não tenho dezoito anos.
– Ta eu entendi.
– Onde eu vou ficar, que dia vou ir, hein?
– Tranqüilo tudo no esquema – "esquema? Que esquema" – a gente vai falar pra sua mãe que você vai ficar na casa de uma das nossas mães, assim ela fica tranqüila e não vai ficar ligando toda hora pra você. Mas você vai ficar no meu apartamento – tentando entender como eles vão falar aquilo para dona Cristina. – é grande, tem um quarto sobrando e tudo que uma pessoa precisa.
– Ta, entendi.
– Porque vocês só escolhem esses lugares estranhos para se falarem? – essa pergunta estava martelando minha cabeça.
– Sei lá, deve se porque tem bastante lugar vazio e não dar pra perceber a gente.
– Ta, e outra coisa que história é essa de querer me ver? – muito medo da resposta.
– Isso já é uma longa história.
– Temos a tarde toda, pode começando essa história.
– Tudo bem – "que história é essa?" – vô mandar a real – "falou o carioca" – desde a primeira vez que vi você na praia, tirando fotos, comendo, conversando com a gente, não parei de pensar em ti. – "nossa, depois dessa eu tinha que me jogar em cima dele" – e isso raramente acontece comigo, - "ai que bonitinho". Não sabia o que falar, as palavras fugiram da minha boca.
– É, não sei o que te dizer.
– Nada, você não precisa dizer nada, só me escuta – balanceia cabeça que sim – eu não posso deixar isso passar, como se fosse uma nuvem de chuva, porque isso me possuiria e eu não iria conseguir conviver com você. – cada palavra que ele falava ia la no fundo e não voltava mais – é difícil eu te dizer isso no segundo dia que te vi. É difícil pra mim e espantoso pra ti.
– Lucas se não quiser, deixe isso pra depois, ate eu to meio confusa – não sabia o que falar mais.
– Não posso deixar isso pra depois, tenho que falar aqui e agora – balancei a cabeça – eu acho que te amo.
– Lucas não é pra toda garota que você vê numa praia, que você no outro dia diz que a ama, isso é uma frase muito forte, que pode... – ele não me deixou terminar a frase.
– Com certeza, não é pra toda garota, e isso não acontece comigo há muito tempo. A mesma coisa. Percebo a menina, vejo todo o movimento dela e eu te amo. Pode ser simples pra você, mas pra mim é mais que difícil. Isso deve ter acontecido comigo umas duas vezes.
– Aconteceu comigo uma mix de sentimentos, de coisas quando cheguei aqui – não sei porque eu iria falar isso, mas tive a necessidade de contar pra ele, pelo menos o que eu conseguia colocar em palavras. – em casa eu estava muito nervosa quando você marcou isso aqui, e simplesmente sumiu quando eu sentei do teu lado e comecei a conversar contigo, sumiu todo o nervosismo, eu pensei que não conseguiria falar, com tigo e eu to aqui falando uma coisa que não era necessária, super tranqüila como se você fosse alguma coisa minha, como se você parte de mim – tudo ficou em silencio, só se ouvia as crianças e adultos conversando ao longe.
– Bia, eu... você deve saber, sou muito reservado e muito ate demais de tímido, com esse tipo de conversa, e pra eu esta ti falando isso aqui, agora, é porque eu to falando a verdade, e eu vi alguma coisa em você que eu jamais vi em ninguém.
– Desculpa Lucas. Eu sei o que você quis dizer e eu queria muito falar isso tudo pra você também, só que não tem como eu te dizer... – não me deixou falar de novo.
– Ta entendi o que você ta querendo dizer... – agora eu vou falar.
– Deixa eu acabar de falar. – ele calou-se – eu me identifique muito com tudo o que você me falou, e... – dei um sorrisinho de leve, ele ficou quase azul de vergonha dava pra ver nos olhos dele e eu quase igual a ele – pra mim acho que é muito cedo pra dizer 'eu te amo', claro que eu te amo, como fã e tal err... mas com certeza esse 'eu te amo' como pessoa, só eu sem fanatismo nem nada, ta aumentando e vai chegar um dia que eu vou ter que dizer – falei sorrindo – eu gosto muito de você Lucas. talvez 'eu te amo' agora seja precipitado demais e... - Chegamos mais perto um do outro, ele pegou minha mão e nos beijamos. Eu nunca na minha vida senti aquilo o que eu estava sentindo. Eu gostava dele de verdade e era diferente dos garotos que já namorei de verdade.
Abrimos os olhos e pareceu que eu estava num sonho, naquela hora os pensamentos de fã sumiram da minha cabeça, naquele momento era Beatriz e o Lucas, só.
– É... – não saia nada. Ficamos totalmente em silencio, só nos acariciando. Por um longo tempo.
– Foi o momento mais lindo da minha vida – ele disse. "O que eu falo, eu não sei, não consigo, a primeira vez que me sinto assim perto de um garoto".
– O momento mais lindo – rimos e ficamos muito tempo lá naquele mesmo lugar.
Já era quase dez horas da noite e já tinha umas quinze ligações da minha mãe.
– É melhor você ir, sua mãe deve estar preocupada – ele falou enquanto eu mexia no telefone.
– Verdade. Mas não quero sair daqui, desse lugar lindo, com esse menino lindo – falei. Andamos ate um ponto de táxi.
– Tchau, linda – ele disse me dando um beijo.
– Tchau – e o táxi foi embora. Não acreditei nisso que aconteceu a minutos atras.
Chegue em casa sã, salva e muito feliz. Agora ia ser duro convencer minha mãe de deixar eu ir pra São Paulo.
– Beatriz, já viu que horas são? – minha mãe disse apontando para o relógio.
– Já sim, mãe – disse sorrindo
– O que houve, menina?
– Nada de mais, só queria te pedir uma coisa.
– O que é?
– Amanhã você vai comigo ao jardim botânico?
– Pra que?
– Pra você, o Pelu e o Thomas conversarem sobre um assunto.
– Pode adiantar? O que é?
– Se você deixa eu ir para são Paulo passar uma semana lá na casa de alguma das mães dos menino – disse tirando os sapatos.
– Como é que é?
– Amanhã se você for eles vão te explicar melhor.
– Ta eu vou, mas o que vocês fizeram lá na quinta, – "curiosa" – pra você chegar tão sorridente?
– Mãe eu vi o meu ídolo, - não vou contar pra ela agora não – e falei com ele, e ele me chamou pra passar uma semana em sampa. Isso é pouco?
– Ta, vai tomar banho e dormir pra gente ir amanhã.
– Cadê meu pai?
– Já ta dormindo.
– Ta, vô lá - tomei banho, coloquei uma roupa de dormir e peguei meu celular e tinha duas mensagens. Uma do Thomas e outra da Lucas, primeiro li a do Lucas: "Boa Noite, Minha Linda. Dorme Bem. Beijos Lucas :)" Depois a do Thomas: "Fala ai Bia, amanhã as duas horas da tarde no jardim hein Não esquece. :P Thomas". Desligue o celular e não respondi ninguém. Fui dormir.
Acordei dez e quarenta da manhã com o telefone tocando. Atendi.
~~telefoneon~~
– Pode falar – disse sonolenta.
– Acorda, dorminhoca – alguém disse, não consegui identificar a voz e não vi o identificador de chamada.
– Quem é a pessoa ingrata que me acordou?
– É o ingrato do Lucas – ele riu
– Sim, desculpa não é ingrato não – disse levantando rapidamente da cama – bom dia – disse rindo
– Bom dia, né.
– O que foi?
– Nada não, só queria ouvir tua voz – morri depois dessa.
– Ah, que bonitinho, to com saudades de ti. Tenho quase certeza que minha mãe vai deixar eu ir. Tomara.
– Tomara mesmo, to torcendo muito.
– Olha, daqui a pouco vou almoçar e minha mãe quer que eu faça comida, mais tarde eu te ligo – eu não queria desligar o telefone, mas minha mãe estava chamando.
– Ta bom lindinha, ate mais tarde. Beijos
– Beijos tchau.
~~telefoneoff~~
Já tinha almoçado, lavado a louça e tomado banho.
– Bora mãe, é duas horas o negocio lá – falei apressando ela.
– Já to indo. Se eles querem isso eles que esperem, quem mandou o lugar ser la no fim do mundo – ela disse passando lápis de olho.
– Não é longe.
– É sim – já arrumada e pegando a bolsa – vamos embora – disse fechando a porta. Demorou muito pra chegar porque estava um engarrafamento gigante. Depois de uma hora conseguimos andar. Chegamos lá umas duas e meia. Eles estavam lá sentados como dois garotos que acabaram de sair do colégio.
– Ola meninos – minha mãe disse, eles viraram para traz – vocês queriam falar comigo.
– Sim tia, queremos falar com a senhora. Sobre a Bia passar uma semana lá na casa da minha mãe – Thomas disse empurrando o Pelu pra sentar do lado da minha mãe sentar – é melhor o Pedro te explicar melhor, vou dar uma volta por ai.
– Ta ok, Thomas – o Pelu disse com cara de bravo – vai logo.
– Vamos lá Bia, comprar uma Coca? – Thomas falou pra mim. E eu pisque pro Pedro, para ele falar tudo o que o Lucas disse pra ele. E fui com o Thomas.
– E ai como foi a pegação ontem o com o Lucas?
– Que isso menino, ta pirando – disse
– O Koba já me contou, menina, pode falar.
– Não teve nenhuma pegação, satisfeito.
– Me da quatro cocas – o Thomas disse ao vendedor, ele deu o dinheiro e pegou as latas – toma.
– Valeu. E tu não pega ninguém não é? – disse tentando muda de assunto.
– Não, a menina que gosto esta com outro garoto e ela nem liga pra mim. – ele disse fazendo cara de triste.
– Fica assim não. Tem muitas pessoas que pode te fazer feliz nesse mundo – disse batendo no ombro dele.
– Senta ai – ele disse apontando pro banco da praça – mas ela é a única pessoa que eu gosto de verdade e ela ta com meu melhor amigo.
– Ai complica, tu tem que falar com ela pra ela saber o que tu sente.
– Eu to tentando, mas ela não se liga, ela pensa que é com outra garota.
– Quem é essa guria? Sem quere ser intrometida.
– Você – "que? Nada a ver? Piro esse menino".
– Thomas fala a real, que é essa menina?
– Já disse, você.
– Thomas eu to aqui querendo te ajudar, e você fica com essas palhaçadas – disse meio confusa. "Mas nada a ver, pirei na maionese agora" pensei.
– Ta já vi que agora com você não da pra falar – ele falou se levantando – vamos lá e Pedro já ta chamando a gente.
– Ficou nervosinho agora – "cara mais estressado. Quem manda ficar fazendo essas brincadeirinhas, sem graça" pensei enquanto a gente voltava. Chegamos e o Thomas deu a coca do Pedro e da minha mãe.
– E ai mãe, resolveu? – disse ansiosa.
– Sim já resolvi e você pode ir. Só que vai se comportar lá se não vai voltar pra casa na mesma hora e o Pelu vai me deixar atualizada sobre você – ela disse.
– E quando eu vou? – disse me sentando do lado dela.
– Amanhã de manhã – o Pedro disse,
– Serio, que legal – disse me levantando.
– Mas só uma coisa, você vai sozinha, porque a gente vai hoje de noite e amanhã o Lucas te pega no aeroporto e leva você pra casa da mãe do Thomas. – o Pedro disse se levantando também.
– Ta tranqüilo – quando o Pedro disse 'pra casa da mãe do Thomas', eu olhei pra ele e não estava com uma cara feliz, nem nervosa, ele parecia estar bem pra baixo – só isso?
– Eu já dei a papelada da passagem pra sua mãe e é só isso – disse o Pedro. Nos despedimos e fomos pra casa. Só uma coisa estranha o Thomas só falou com minha mãe, não falou comigo, estranho.
Chegando em casa minha mãe me perguntou:
– Bia, o que houve com o Thomas quando vocês foram comprar o refrigerante? – ela disse olhando pra mim – ele voltou tão estranho e não falou contigo quando viemos embora.
– Bom mãe, não sei o que houve, e gente só sentou no banco de uma praça ali perto e ele me perguntou como foi ontem com o Lucas – não quis entrar em detalhes sobre aquele assunto – só isso.
– É que ele voltou tão pra baixo, que pensei que vocês discutiram ou algo parecido.
– Não, nada de mais – encerrei o assunto. Fiquei pensando nisso ate meu telefone tocar as sete e meia da noite. Era o Thomas. "e ai atendo ou não atendo", pensei.
~~telefoneon~~
– Alô – falei meio devagar.
– Oi, já sabe quem é, né? Então só queria me desculpar do que aconteceu hoje de tarde – ele disse meio triste.
– Não, que isso – falei um pouco aliviada, não queria tocar naquele assunto mas tive que tirar uma duvida – só queria saber o porque você ficou daquele jeito todo pra baixo, depois de ficar nervoso.
– Você não vai entender e eu não vou te contar. Você esta amando alguém que eu gosto muito e não vou fazer isso com o Koba. – ele disse muito rápido que não deu pra entende direito – então é só isso. Tchau.
– Tchau.
~~telefoneoff~~
Fiquei meio perturbada, mas esqueci isso por um tempo ate acabar de fazer minha mala. Eu ai ter que acordar cinco da manhã, pra não pegar transito e não perder o avião. Jantei, entrei um pouco no computador, mas sai rapidinho e fui dormir.
Acordei super cedo ainda era cinco pras quatro da madrugada, demorei muito pra me arrumar, já minha mãe, ela queria se ver livre de mim o mais rápido possível estava com uma pressa. Pegamos dois ônibus ate o aeroporto, ainda pegamos um leve engarrafamento. Chegamos cinco minutos antes do vôo, mas ele atrasou uma hora, então ficamos tranqüilas. Era quinze pras sete e o vôo era pra seis horas.
– Chegou a hora de ir mãe, acabaram de chamar o vôo – eu falei a abraçando.
– Tchau filhinha, ate daqui a uma semana, tomara que passe rápido – ela disse quase chorando. Ai meu deus, minha mãe chorando.
– Fica tranqüila te ligo todo dia, ta. Te amo – disse.
– Te amo filha, ate logo. – entrei no avião e peguei as vias aéreas rumo a São Paulo. Rumo ao meu Lucas.
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Espero que gostem...
Em breve tem mais...
Comentem...