Cat And Rat escrita por Ace


Capítulo 5
Rodada 5 - Strawberry Letter




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Morangos; frutas doces e ao mesmo tempo, azedas. Você sabia que a única parte do morango que é, de fato, uma fruta, são só aqueles pontinhos amarelos? Afora isso, o morango comestível pode ser considerado uma flor. Seria legal receber um buque de morangos de dia dos namorados, né?

Os morangos são praticamente, um dos símbolos das sobremesas. Junto com o chocolate, claro. Pense em sobremesa e logo verá um bolo com cobertura branca e decorado de morangos, justamente igual ao pedaço de bolo que eu comia na mesa da sala de castigo.

Uma coisa que eu devia ter comentado: Morangos são conhecidas também como uma das frutas do amor. Pode ser tanto pela sua cor: vermelho, vermelho paixão. Ou pelo seu sabor, doce e azedo.

Tom chegaria a qualquer momento.

4 pessoas já estavam ali. O Coiote. Um cara alto, de aparência magra, mas com alguns músculos embaixo da roupa e com pele levemente bronzeada. Tinha olhos castanho-claro e sua aparência, remetia um tanto às pessoas que viviam nos desertos dos Estados Unidos. Longas orelhas canídeas estavam no topo da cabeça, e do seu lado, na mesa que ocupava, estavam dois patins.

O Gato Preto. Alto, bonito, com um corpo de dar inveja, pele praticamente pálida, só pra poder acentuar seu cabelo e orelhas absolutamente pretas. Ele tinha os primeiros e os últimos botões da camisa desabotoados, usava uma pulseira de tira de couro preta com espinhos metálicos. Tinha grandes botas pretas. Assim como Spike, parecia bastante com um delinquente juvenil. Os olhos verdes se prendiam em qualquer coisa enquanto estava distante.

A sua frente, o Gato Laranja tinha colado duas mesas e agora tirava uma soneca. Com a camisa levemente levantada, via-se um tanquinho sexy básico na pele pouco bronzeada. O cabelo ruivo tinha acima duas orelhas de gato que pareciam as de tigres se não fossem laranjas como o cabelo. Tinha um chaveiro preso na calça que era um pequeno ursinho de pelúcia.

E por fim, O Gato Preto e Branco. Com seu cabelo com uma tira branca se diferindo do cabelo preto, mas destacando as orelhas do mesmo tipo. Ele tinha olhos levemente avermelhados e os focava pela janela em um garoto loiro que estava passeando com Spike e Jerry. Ele usava uma jaqueta e uma corrente no pescoço, ele também era alto e parecia bem pervertido, logo de cara.

Todos pareciam um pouco com gente que não estava muito interessada em porcaria nenhuma, mas com uma boa história, você pode vender gelo até pra esquimó.

Logo depois de algum tempo, Tom chegou, se sentando aparentemente com dor de cabeça por ter que aguentar Jerry corando a cada passo que Spike dava na direção dele. Eu dei uma olhada, o nível de apaixonado do Tom subiu, mas o do Jerry se manteve normal.

Terminei meu bolo e decidi que as coisas deveriam começar. Todos eles estavam alheios a minha vontade, mas afora eles, nada me impedia no mundo isso além de que eu devo preparar algumas coisas em especial, pra isso, um novo personagem me foi trazido e esse era meu aliado, sabia de tudo que estava acontecendo e concordava em me servir, interferindo diretamente onde eu não podia. O papel dele aqui já estava feito, ele só precisou usar o computador um pouco, acho que devo apresenta-lo um dia desses. Cocei o queixo enquanto o toque do Coiote finalmente tocou, anunciando o inicio de tudo. Sorri enquanto olhei pela janela que dava na quadra, O Canário Amarelo, junto com o Rato e o Cão estavam disputando uma corrida, e o canário saia na frente. E o Gato Preto e Branco se deliciava com o movimento das pernas fortes do outro.

-O que tanto olha, Sylvester?  -O Coiote murmurou, sorridente enquanto destravava  celular.

-Já disse pra não me chamar assim droga! –Gritou, se virando pro amigo e olhando nos olhos verdes e sorridentes dele. –Me chama de Frajola.

-Tanto faz. –Falou o Gato Preto. –Você ainda parece um stalker pra mim. Fica vigiando alguém de onde pode, isso é ser stalker. –Falou, rindo baixinho do outro, que logo corou e se afastou da janela.

-Vocês falam muito alto, seus idiotas. –O gato laranja despertou, mostrando os olhos castanhos, mas sem se levantar e logo se preparando pra entrar. –Quem chegou? –Ele se levantou, olhando pra Tom com um olhar estranho. –Prazer, pode me chamar de Garfield, coisinha.

-Não sou uma coisa. –Tom retrucou, se sentando na cadeira ao lado dele.

-Tanto faz, coisinha. –Riu, dessa vez apontando pra Tom.

-Ao menos não sou gay o suficiente pra andar com um ursinho de pelúcia na calça e me achar o tal. –Que merda! Se eles não se aliarem meus planos vão pro inferno. –Além do mais, que nome estranho é Garfield?

-Meu nome. –Ele não estava perdendo a calma, mas estava me fazendo perder a calma, e Tom também, como eu criei alguém tão prepotente?

-Ok, já chega, Garfield, coisinha, eu não aguento mais os dois discutindo. –O Gato Preto interferiu, que Deus o pague! –Ok, coisinha, qual é o teu nome?

-Thompson, mas pode me chamar de Tom. –Revelou. –E vocês, quem são?

-Aquele bronzeado ali atrás é o Wile, ele veio dos desertos pra nos dar o ar da sua graça por essa cidade. –O Gato preto apontou e o Coiote se deu ao mero trabalho de lhe dar um aceno enquanto digitava algo. –O stalker ali é o Sylvester, mas ele prefere ser chamado de Frajola, por que, não me pergunte. Esse amor de pessoa aqui é o Garfield, como já pode conhecer. –Ele chutou a mesa onde Garfield estava sentado, o fazendo cair. –E eu sou o Butch, prazer. –A cara de Butch era semelhante a de um delinquente que encontrava seu próximo escravo sexual, obvio que eu tinha meus métodos de não deixar isso acontecer.

-Você é stalker? –Perguntou, com certa cara de decepcionado pro garoto de aparência emo-core.

-Não exatamente, eu só gosto de observar uma pessoa.

-Stalker. –Wile resumiu. –Mas é só outro apaixonadinho na verdade. Acho que ouviu Simple Plan demais. –Riu de novo o coiote. –Mas quem somos nós pra falar de apaixonadinhos?

-Verdade, todos nós já sofremos com essa maldição. –Garfield continuou, agora sentado ao lado de Butch. –Cara, as vezes você queria não ter encontrado aquela pessoa, por que se não, nem precisaria fazer nada desde o inicio.

-Eu, entretanto, me mantenho invicto, nunca me apaixonei e não pretendo fazer nada disso. –Butch piscou pra Tom. –Nunca me impediu de colecionar alguns casos por essa escola, acredite ninguém sabe usar a língua melhor do que eu desde os 15 anos. –Ele sorriu e então, se aproximou de Tom. –Posso te ensinar, se quiser, quero dizer.

-Não, valeu. –Falou, afastando Butch um pouco e rindo.

-Mas e você, Tom, se é que esse é seu nome, também está caído nas profundezas do amor? –Frajola questionou, sorrindo ao se sentar por perto deles e Wile se aproximou logo depois.

-Mais ou menos. –Tom olhou pros lados, pensando em Jerry. Sim, Tom, você está apaixonado pelo Jerry. –Acho que pode ser, ele meio que não liga muito pra mim.

-Wow. Então é um cara? –Butch perguntou, alto. Fazendo Tom corar e recuar. –Relaxa, estamos todos no mesmo barco, a minha língua também já fez esse tipo de coisa, sabe?

-O-Ok. –Sim! Eles estão fazendo tudo o que eu queria no final. Hora de continuar o plano, apenas espere meu sinal. –Ainda assim, faz algum tempo e ele não que mais falar comigo, mas eu não paro de pensar nele e nós estudamos na mesma turma e agora apareceu um cara que parece ser próximo dele e eu to com medo que…

-É o Jerry, não é? –Wile cortou. Tom esbugalhou os olhos questionando como ele sabia. –Era obvio, quem mais seria? Ultimamente ele tem agido estranho e nem aparece mais na biblioteca, como se não quisesse ficar com ninguém mais. Obvio que ele ta apaixonado também. –Uma pontada de esperança brilhou em Tom. –Mas também é claro que ele não sabe, e se sabe, vai negar.

-Então ta apaixonado pelo Jerry? Vai precisar de ajuda. –Garfield sorriu, voltando a conversa. –Precisamos de um lugar pra vocês dois se encontrarem, onde possam conversar, bebendo um pouquinho de vinho, conversar a sós, respirar ar fresco e que tenham algo doce pra comer.

O celular de todos vibraram, meu ajudante tinha feito o trabalho direitinho. E pegaram, tinham recebido um e-mail de uma cooperativa comercial chamada Panther Co., todos com convites sorteados pra irem a um lugar chamado Campos Eternos de Morangos. Um tipo de parque com hotel, restaurante e campos onde as pessoas podem colher morangos, além de uma doceria 5 estrelas.

O convite incluía passes pra todos passarem 3 dias por lá, com acesso livre e gratuito a toda a área do parque, se chamava Carta de Morango. Me antecipei e mandei o meu ajudante convidar todos os outros participantes relevante, a turma do Tom iria garantir a segurança do momento que eles teriam juntos. Justamente se dedicando aos seus próprios yaois, eu sou um gênio!

A partir de agora é uma questão de tempo. Considerando que nada mudou, vamos dizer que essa rodada empatou e que não serviu pra porra nenhuma, que tal?

E agora, o que eu posso fazer? Talvez eu deva deixar os dois juntos, tomando vinho, comendo morangos e apreciando a lua cheia. Quantas coisas eu posso e quero fazer, quanto calor e atrito eu posso criar entre os dois?

Vai ser muito divertido. Ainda mais agora, que eu empatei com o Jerry no topo do jogo. Mas, ainda assim, meu ajudante já deve estar com tudo pronto, vamos pra próxima rodada, estou muito excitado com isso tudo.

Não entendam o "excitado" mal, bando de pervertidos!


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Notas finais do capítulo

O que acharam dos novos personagens, gente? Falta apresentar o grupo do Jerry e o meu assistente, mas Panther Co. é uma dica, conseguem adivinhar?
Só digo uma coisa, é um dos meus personagens favoritos!