Isabella revirou-se desconfortavelmente na cama. O cansaço estava nítido em seu rosto. Jacob se aproximou da noiva e a fitou de longe. Seus lábios estavam curvados em uma expressão de raiva.

- Acorda Isabella. – O rapaz pronunciou aquelas palavras irritado. A garota apenas se mexeu para o outro lado da cama. – Isabella! – ele praticamente gritou se aproximando da garota a balançando um pouco.

Os olhos da menina se abriram lentamente.

- O que...? – sussurrou tentando olhar para o relógio. – Que horas são?

- São sete da manhã e você ainda está nessa cama, posso saber onde passou a noite?

- À noite? – gaguejou nervosa. – Onde passei a noite? – gaguejou novamente.

 -Passou a noite com algum cara? – Ele a jogou com força contra a cama.

- Não... Eu estava trabalhando.

Jacob olhou a garota de cima a baixo e deu um sorriso irônico.

- Trabalhando? Com uma roupa assim? Isabella, posso está apaixonado mas algo que não sou é burro. – ele pegou a roupa que ainda estava sobre seu corpo. – Você nunca conseguiria pagar uma roupa dessas...

- Essa roupa é do meu trabalho.

- Seu trabalho? – rosnou Jacob. – Por acaso você trabalha como prostituta?

Isabella arregalou os olhos e se sentou na cama, lágrimas jorravam por seus olhos.

- Nunca pensei que conseguiria pensar isso de mim... – ela levantou-se da cama calçando a sandália com facilidade. – Eu nunca faria isso. Nunca. – ela olhou para o lado. – Estava fazendo meu trabalho sim.

- Trabalhando...?

- Sim. – Isabella respirou fundo sentando-se novamente na cama. – Sabe aquela agencia de modelos, da família Cullen?

Jacob assentiu timidamente e deu um meio sorriso.

- Então... Estou trabalhando lá.

- Por que não me contou? – suspirou.

- Porque você odeia modelos? – respondeu rapidamente.

- “Odeio modelos”. Não odeio você, Bella. Não odeio você como pessoa, não odeio a minha noiva. A única coisa que consigo por você é amor, um amor muito maior do qualquer coisa. – ele a puxou para o seu colo abraçando-a com força.

Bella fechou os olhos e respirou fundo sentindo o cheiro de seu amado, seus olhos se fecharam lentamente, seus cabelos se espalharam pelo peito de Jacob. Assim que Bella estava prestes a adormecer ele aproximou sua boca do ouvido da garota e murmurou em voz baixa:

- Eu te amo minha Bella, e sempre amarei.

[...]

Já passava das três da tarde e Edward ainda estava em sua cama, ele encarava o teto impacientemente, era a terceira vez na semana que faltava a escola e ele não se importava com isso. Suas notas pareciam uma montanha russa, mas ultimamente só caiam o que deixava o “Sr. Papai” irritado.

Os olhos de Isabella, o seu cheiro, tudo estava fixado em sua mente. Em cada música que ouvia ela aparecia, em cada sonho que tinha ela era a estrela principal. O que uma garota conseguiu fazer em só uma noite?

- Edward? – A voz baixa da mulher assustou o rapaz. Seu olhar finalmente desviou-se do teto e seguiu em direção à mulher na porta.

- Pode entrar dona Esme. – ele tentou dar uma certa “graça” na frase, mas pelos seus lábios ela apenas saiu fria. Sem luz.

- Dona Esme não. – Esme riu baixo se aproximando do filho. – De você só aceito mamãe.

- Tudo bem... Mamãe. – eles riram baixinho.

- Está com fome? – perguntou Esme cautelosa. – Pedi para que Charlotte prepare algo para você comer... Espero que esteja tudo bem para você.

- É claro que está mamãe... – riram novamente. – Bolo de chocolate?

- Você acha que eu deixaria o meu modelo mais bonito se entupir de bolo de chocolate? – Esme fez cara de indignada. – Sim, é bolo de chocolate.

Edward sorriu abobalhado como sempre faz quando está ao lado de sua mãe e olhou para o lado, ao perceber a preocupação do filho ela logo disse:

- Alice me disse sobre você e ãn... A Isabella.

- Bella. – o rapaz logo a corrigiu. – Não aconteceu nada entre nós dois. – ele deu um meio sorriso amargurado.

- Meu amor. – Esme acariciou os cabelos do filho – Não faça nada com Isabella, ela é uma boa garota, não merece.

- Mamãe, eu não iria fazer nada...

- Ok Edward, Ok. Você fala e eu finjo que acredito.

Aquelas palavras feriram Edward de certa forma, o que fazer quando nem a própria mãe consegue acreditar nele?