Procurando Remo escrita por Blue Jay Way, Bas


Capítulo 10
Boas Notícias


Notas iniciais do capítulo

E o nome da cena é "Boas Notícias"...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16994/chapter/10

Um quadro de um diretor vestido de verde, logo depois que Tiago terminou sua narração, foi correndo contar para outro quadro, num corredor da escola.

            - Eles não conseguiram impedir, eles tentaram impedir, aí os amigos do Remo saíram pelo corredor e encontraram com três... – ele foi contando para outra pintura, e um corvinal que passava pelo corredor ouviu a narração e foi imediatamente contar para um amigo grandão da Lufa-lufa.

            - ...sonserinos ferozes, eles espantaram os sonserinos explodindo eles.

            - Caramba! Que demais!

            - Aí eles andaram metros... – o corvinal continuou narrando sem perceber um grifinório encostado numa parede, tentando escutar também. Ele ouviu tudo, e ansioso, foi correndo contar para seus amigos.

            - ...até uma sala escura...é muito escuro por lá, não dá pra ver nada! Fala, Bob! –ele cumprimentou outro amigo no meio da narração – e a única coisa que eles conseguiam ver lá em baixo era... – dois corvinais do terceiro ano que brigavam no corredor pararam para escutar o que o grifinório contava para os amigos, e os dois, no fim da história, foram imediatamente passar para outro corvinal briguento.

            - ...uma criatura horrível com dentes afiados...bela esquiva, meu velho... – ele narrou, tentando dar um tapa na cabeça do amigo sem motivo aparente. – um lufo que passava saltitante pelo corredor, comendo um bolinho, prestou atenção na história inteira e foi contar para outro amigo lufo saltitante.

            - E os três carinhas...procurando há horas...no corredor da sala dos detentos... – ele contou para o amigo, mastigando o bolinho. Casualmente, duas grifinórias passavam por ali e ouviram tudo. E foram contar para mais um grupo de garotas (e um garoto).

            - Eles já estão chegando por aqui...devem chegar na sala dos detentos em... – o único garoto do grupo prestou atenção na história e foi contar para um grupo de amigos.

            - ...algumas horas. É...parece que esses caras não vão parar por nada até encontrar o amigo...espero que consigam, isso é que são amigos dedicados, se você quer saber.

Um dos garotos desse grupo contava a história para mais dois amigos, enquanto um lufo tentava se livrar de um grupo de alunos do primeiro ano que tentavam convence-lo de dividir um pacote de feijãozinhos de todos os sabores com eles.

            - Ah, vocês querem calar a boca? – ele se virou para os amigos e percebeu qual era o assunto.    - Remo? - o Lufo estranhou o assunto do grupo que conversava por perto. - tá, pega! - ele desestiu de tentar comer seus feijõesinhos e jogou para os garotos do primeiro ano.

            - Ei, ei, espera aí, você disse alguma coisa sobre o Remo, repete isso aí, o que é que é? - ele perguntou interessado para o cara que narrava a história para os amigos.

            - Eles devem estar chegando no corredor, foi o que eu soube.

O lufo (que por aqui já podemos chamar de Nigel) deu um pulo de alegria.

            - Ai, beleza! - ele balbuciou antes de sair correndo esbaforido para a Sala dos Detentos.

 

De onde Remo estava da mesa, dava pra ver pela fresta da porta Filch confiscando um freesbe de um garoto que passava pelo corredor, depois se sentando para esperar pacientemente por Lílian Evans, uma garota ruiva da Grifinória. Devia ser a única aluna que Filch gostava, talvez por dedurar todos os outros alunos. Era monitora, no que parece, Filch escolheu a infeliz pra ser um tipo de ajudadnte, que ajuda a aplicar as detenções e botar defeito na limpeza que os pobres detentos fazem nos troféus (é, ninguém nunca está disposto a inventar uma detenção diferente então vai ficar nessa mesmo). E qualquer Neville Longbotton da vida pode deduzir que ninguém gostava muito dessa Evans.

 

Bom, continuando, ele sabia que se saísse da sala, com certeza seria esmagado por algum sapato, odiado pelo resto dos detentos por ter fugido na maior cara-de-pau e se perderia, porque a escola fica 50 vezes maior pra quem é 50 vezes menor. Mas se ficasse, serviria de brinde para o Filch e pra essa tal de Lílian.

É, por isso ele estava deprimido e  desesperançado em cima de uma mesa.

            - Ele está bem? - Deb cochichou para Bolota, Gurgle e Bolhas.

            - Não sei, mas não fale na E-V-A-N...

            - Tudo bem, eu já ouvi - interrompeu Remo, que se levantou e fou se arrastando até o outro lado da mesa, onde estava Gil. Bolota deu um tapa em Gurgle.

            - Gil?

            - E aí, Minhoca. - Gil respondeu desanimado.

            - Desculpe por ter entalado na gaveta...

            - Não, Minhoca. Eu queria tanto sair dessa sala, queria tanto andar na escola de novo, que acabei te colocando em perigo pra chegar lá. Nada vale tanto. Desculpe por não poder te levar de volta para seus amigos. - Gil discursou.

 

Nigel, correndo pelos corredores, chegou na Sala dos Detentos e se jogou contra a porta para abri-la, fazendo um estardalhaço para entrar. Cambaleou para dentro da sala animado.

            - Ah, Nigel! Acabou de perder uma confiscação de um freesbe. - Estela falou animada.

            - Ele já quebrou os dentes do freesbe pra nunca mais devolver? Ah, bah, deixa pra lá, Remo, cadê o Remo, eu tenho que falar com ele.

            - O que, o que é? - Remo apareceu.

            - Seus amigos estão lutando contra a escola inteira atrás de você.

            - Meus amigos? Jura?

Os outros ocupantes da sala começaram um burburinho animado.

            - Eles andaram centenas de corredores, lutaram contra sonserinos, diabretes... - Nigel começou a contar fazendo gestos largos.

            - Sonserinos? Não podem ser eles...

            - Será? Qual é o nome deles, deixa eu ver...é um do time esportivo, Parker, Portman...

            - Potter? - arriscou Remo.

            - É, Potter! O apanhadorzinho da Grifinória. E outros dois caras bacanas com ele.

            - São eles, são os meus amigos, eles lutaram contra um sonserino! - Remo exclamou alegre.

            - Soube que foram três. - acrecentou Nigel.

            - Três sonserinos! - todos exclamaram surpresos.

            - Depois que você foi levado pelas tais de Aline e Marisa, seus amigos seguiram as duas feito uns doidos. - Nigel começou a contar a história completa, fazendo mímicas e gestos para se explicar melhor.

            - ...mas agora eles estão com o Dumbledore e mais uma porção de quadros da sala dele, e me disseram que já estão chegando aqui, na sala. - ele terminou sua narração contente.

            - Que amigos mais legais... - suspirou Deb.

            - Viu só? Eles estão procurando você, Minhoca. - Gil disse, se virando para Remo.

E cadê o Remo?

            - Ele tá correndo pra gaveta! - Bolota exclamou apontando para um pontinho laranja que já tinha pulado de uma cadeira para o chão e agora corria apara fora da sala.

            - Não, Minhoca! - Gil exclamou disparando atrás do pontinho laranja.

Por sorte, Filch havia ido ao banheiro e não viu os ocupantes da sala correndo para sua sala.

Quando eles chegram lá, Remo já estava escalando uma perna da mesa para chegar na gaveta. Antes que Gil pudesse impedir, Remo entrou na gaveta com um clips que estava no chão.

            - Minhoca!

Eles correram até a gaveta e tentaram abrir de todos os jeitos possíveis.

            - Não! - Deb exclamou.

            - Você tem a vida inteira pela frente...

            - Tira ele de lá!

Pleck. A gaveta soltou um estalo mas não se abriu. Remo não falou nada.

            - Tá me ouvindo, Minhoca?! Remo! Dá pra me ouvir?! - Gil falou desesperado para a gaveta.

Clanck. A gaveta se abriu.

            - Dá. Dá pra te ouvir. - Remo disse saindo de lá satisfeito.

            - Minhoca, você conseguiu! - Gil exclamou.

            - Minhoca, você tá... - começou Gurgle pegando Minhoca na mão - ...cheio de germes! - ele respondeu largando imediatamente.

            - Foi muita coragem. - aprovou Gil pegando Remo em uma mão e o pergaminho na outra. Antes que Filch voltasse, todos voltaram para a Sala.

            - Tá legal, galera. A gente tem quinze minutos até a Evans chegar aqui, essa lista vai ter que ficar limpinha. Vamos ajudar quantos detentos pudermos. Jacques?

            - Oui?

            - Nada de sonserinices.

            - Vou resistir.

            - A gente tem que ser o mais rápido possível, a gente vai deixar essa lista tão limpa, que o Filch não vai ter ninguém pra deter pelo resto do mês.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários fazem atualizações andarem mais rápido! Comentem por favor :]



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Procurando Remo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.