Kingdom of Dragons:Dawn of the Protected escrita por Tsuki Lieurance Eriun


Capítulo 5
IV - Freefall


Notas iniciais do capítulo

Yo back, galera, voltei o/ *milagre natalino, única explicação para você voltar rápido assim* (atira)
Enfim
Well, como prometi, voltei com um post no Natal :3 Oras, eu tinha de falar com meus queridos leitores hoje ^^
Agora a história começa a ficar interessante hoho *como se você gostasse muito dela* Solare, pode me deixar em paz pelo menos no Natal? u_ú
Well, sem muito a dizer '-' Apreciem a leitura ^^



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Está começando agora

Se eu bater na porta que nos entrelaça

Qual será o futuro a nossa espera? ¹


Algum tempo se passou desde que encontrara Kusachi. Decidira mantê-lo em segredo, afinal um dragão em Radiant Garden só causaria preocupação. Tabitah passava um bom tempo na biblioteca, procurando alguma informação sobre o mundo dele, para que pudesse mandá-lo de volta. Esse era outro motivo para não falar sobre ele: Em breve, ou assim esperava, ele voltaria para seu lar.

Porém, começava a se apegar ao pequeno. Cada vez menos queria mandá-lo de volta, e cada vez mais ficava contente com seus insucessos de pesquisa. Afinal, por que se afastar dele? Era o amigo que tinha desejado. Will só se afastava mais dela, tanto que nem notara o quanto de tempo ela passava na biblioteca. Estava pensando nisso, para variar, quando sentiu as escamas passando por debaixo de seu braço.

–No que está pensando, Tabitah? – o pequeno perguntou, com tom levemente preocupado – Está com o olhar tão perdido...

–Nada de importante, Kusachi... – murmurou a feiticeira, não querendo preocupá-lo

–Tem certeza? – insistiu ele – Você está mesmo bem?

Alguns segundos se passaram antes que ela suspirasse pesadamente, e confessasse

–Eu... estou me sentindo sozinha...

O dragão se aproximou mais dela, chegando a parecer um gato que fica enroscado na dona.

–E por que se sente assim? – questionou – Eu estou aqui, Tabitah. Ou será que não me considera um amigo?

–Desculpe. – disse ela por fim – Não sei o que deu em mim para ficar pensando isso.

Ao terminar de falar, ela abraçou o pequeno. Estava decidida. Desistiria de mandá-lo de volta. Ele caiu em seu mundo por algum motivo, não é? Se ele precisasse voltar, com certeza descobriria uma maneira. Mas, enquanto ele pudesse ficar ao seu lado, não faria nada para mudar isso.


Os dias passaram e a novidade foi rapidamente adaptada à rotina. Ninguém mais sabia dos dragões além dos que os encontraram. O grupo passava divertidas horas junto, sempre tentando esquivar das inquietantes questões que pareciam pairar no ar ao seu redor: Como eles chegaram ali, por que, e como eles voltariam. Se voltassem. Todas as noites, Juno se encontrava perdida nesses pensamentos. Cada vez mais a sensação de que algo aconteceria a dominava.

–Toda vez que você pensa em nós, essa sensação lhe aflige, não é?

Foi inegável o susto que tomou ao ouvir a voz de Kitsuni. Ele estava sentado na janela do quarto, com o olhar distante. Ela sentou-se, observando-o com uma expressão confusa.

–O que está fazendo aqui? – perguntou, enquanto ele descia até sua cama

–Acho que descobri, em parte, por que estou nesse mundo. – a última frase saiu em um sussurro – Embora isso tenha acabado me enchendo de mais perguntas...

–Mesmo assim, fale o que descobriu. – a garota pode sentir a dúvida nele, pensou até que não continuaria, mas o dragão virou seu olhar incisivo na direção do seu

Nós temos algum tipo de ligação.

–O que quer dizer? – indagou, confusa

Caso não tenha percebido, eu não falei isso. Eu pensei. A única coisa que tive de fazer foi me concentrar em estabelecer uma comunicação com você.

Foi então que ela percebeu. De fato, ele não estava falando, não mexera um músculo nas últimas frases. Sem falar que a voz dele ecoava em sua mente, uma sensação bem diferente da sensação de ouvir.

Não conseguiu não ficar abismada. Agora, não só tinha um dragão em seu mundo, como mantinha contato telepático com ele! Ainda pensou em dizer algo, mas decidiu manter a conversa mentalmente. Fazendo como há pouco fora instruída, concentrou-se em estabelecer a comunicação com ele.

Como você descobriu isso? – estranhou aquela maneira de ‘falar’, mas não se desligou do contato

Já faz algum tempo que percebi que podia sentir o que você sente. Não é algo muito exato ou forte, mas consigo. Ontem, enquanto pensava nisso, concentrei-me nessa sensação. Eu cheguei a entrar na sua mente, mas recuei assim que li seus pensamentos. Além de ser um tanto quanto estranho estar na mente de alguém, aquilo foi suficiente para desencadear uma nova série de perguntas.

É por isso que você estava agindo estranho... – a garota interrompeu, lembrando de como ele estava quieto desde então

Exato. E você deve ter sentido algo de diferente em mim, não é? – ao que ela consentiu, continuou – Fiquei o resto do dia tentando me lembrar se houve algum dragão que fizesse isso. Até pensei em ser alguma habilidade dos dragões roxos, mas minha intuição me dizia que não era algo relativo à minha espécie. Então, hoje de manhã, descartei completamente qualquer possibilidade relacionada a isso. – houve uma breve pausa – Foi quando comecei a pensar em nós. Naquele dia, você me achou. Poderia ter sido qualquer um, poderia não ter sido ninguém, mas foi você. E, desde aquele momento, nos tornamos amigos, sem nem perceber ou ter motivos para isso. Foi algo quase automático. Confio em você com a minha vida, e sei que sente o mesmo.

A garota refletiu por um longo minuto. Realmente, o que ele havia dito era verdade. Tinham uma proximidade absurda, e uma amizade inquebrável. Gostava de Hyreon, mas sua companhia não lhe agradava tanto quanto a de Kitsuni. De repente, ao pensar no dragão azul, percebeu algo. Assim como ela passava mais tempo ao lado do dragão roxo, Nick estava constantemente próximo do outro, mesmo que dissesse que ele o perturbava imensamente.

Acha que Nick e seu irmão também têm essa ligação? – manifestou sua dúvida para o dragão

Provável. Mas acho que essa não é a única pergunta em sua cabeça, tampouco a mais importante.

Ela assentiu, jogando-se na cama. Se antes demorava a dormir com as questões que a assombravam, agora duvidava que conseguisse pegar no sono. Como tinha aquela ligação com um dragão? Por quê? Quanto mais pensava, mais perguntas surgiam.

Desculpe ter te falado isso agora. – ‘ouviu’ novamente Kitsuni em sua mente – Sei que você costuma refletir sobre o que te atormenta nessa hora, mas acabei me esquecendo de que isso pode ser prejudicial a seu sono.

–Não, tudo bem. – falou, confusa demais para manter o contato mental – Se tivesse me falado mais cedo, ainda assim perderia algum tempo de sono pensando nisso.

Ambos deram um sorriso cansado. De certo modo, suas mentes eram bem parecidas. Sensitivas e sagazes, buscavam incansavelmente as respostas para todas as suas dúvidas e se atormentavam, principalmente antes de dormir, quando não conseguiam. A garota acariciou o dragão antes de ele alçar voo e sair do quarto.


Queda livre. Essa sensação dominou sua percepção quando adormeceu. Abriu os olhos, vagarosamente, perguntando-se o que acontecia, e onde estava. Parecia estar perdida no espaço, caindo na imensidão azul. E, cada vez mais, esse tom tornava-se mais escuro, passando gradualmente de azul-marinho para negro. De uma hora para outra, parou de cair, sendo colocada suavemente de pé. Quando seus pés encontraram apoio, ela se aventurou a olhar para baixo. Estava pisando em algo que parecia vidro. Era transparente, por isso mal via ele. Só conseguiu perceber o que realmente era quando ouviu o estalido.

Assustada, voltou a atenção para a origem do barulho. Uma rachadura, cujo motivo da existência desconhecia, se formou no local. E ela foi cada vez mais se dividindo e aumentando, até chegar a um ponto que o vidro não aguentou mais. Sem que pudesse fazer nada para impedir, onde pisava partiu-se, mil pedaços cristalinos, tanto pequenos quanto grandes, parecendo se transformar em estrelas, e a garota voltou a cair.

Ao passar pelo lado de cinco desses fragmentos, viu como imagens apareceram neles, como se fossem visores. E, sem que soubesse como, identificou-as como o que vira quando tocara Kitsuni. Uma escada helicoidal, circundada por um brilho lilás; uma brilhante pedra preciosa que irradiava uma metálica luz roxa; um comunicador, que conhecia bem demais para não se perguntar se certos amigos estariam em segurança; uma reluzente pedra azul de forma oval; e um símbolo que lembrava um sol, de contorno vermelho e um ponto preto no centro.

Dessa vez, não pousou suavemente como antes. Atingiu o vitral de maneira bem forte, tanto que chegou a perder o ar, e sentiu-se um pouco zonza. Vários pedaços de vidro caíram no mesmo local, e ela agradeceu muito por nenhum deles ter lhe acertado. Isso sem dúvida seria fatal, levando em consideração as pontas afiadas dos mesmos.

Depois de alguns segundos, necessários para restabelecer sua respiração, levantou-se. Olhou para o vitral onde estava. Diferente do primeiro, este não estava transparente. Azul, verde-água e violeta eram as cores dominantes, que faziam um mosaico por trás da imagem principal. Esta era um desenho de Juno, com sua keyblade em mãos. Sua feição era séria, embora seus olhos estivessem cheios de serenidade. Ela ainda se perguntava o porquê desse sonho, quando ouviu. Foi um barulho sutil, só percebido pelo silêncio em que se encontrava. Alguém tinha retirado um dos pedaços de vidro que estava fincado no vitral. Instintiva e rapidamente, desviou para o lado, bem a tempo de ver uma lâmina cristalina passar raspando por seu corpo. Um segundo antes e ela estaria gravemente ferida, tinha certeza. E então veio a surpresa ao ver quem a empunhava. Era ela mesma, com poucas diferenças. Vestia a roupa que usava antes de chegar a Twilight Town, e seu olhar era sem brilho, opaco. De modo automático, invocou sua keyblade. Mesmo assim, quase foi atingida novamente, pois ainda estava espantada com o que via.

–Sempre insegura. – sua réplica falou, pouco antes de mais uma investida – Sempre correndo, sempre fugindo. Sempre perdedora.

A garota recuou um pouco, tentando escapar dos ataques. Principalmente dos que eram desferidos pelas palavras.


Aquilo estava lhe lembrando muito de quando ganhara sua keyblade. O mesmo sonho realista em um vitral. Porém, agora, a imagem era diferente. Com tonalidades escuras ao fundo, Nick observava o desenho de si mesmo. Era estranho o modo como parecia ser dividida ao meio a imagem. Metade dela estava normal. Porém, na outra metade, um sorriso insano cortava seu rosto, praticamente chegando ao olho, completamente amarelo. Seu cabelo e sua roupa estavam em tom mais escuro, como sinais da escuridão o dominando. E, de repente, enquanto ainda tentava entender o desenho, pedindo mentalmente para que não significasse que perderia novamente o controle, viu uma fumaça negra surgir. De dentro dela, apareceu seu outro eu, alguns fios do cabelo negro caindo sobre os olhos, em intenso contraste com o brilhante amarelo. Antes que pudesse sequer pensar, sacou sua keyblade. Em resposta a isso, o outro deixou escapar uma risada cheia de sarcasmo.

–Vai atacar a si mesmo agora? – falou, fazendo parte da fumaça que ainda estava ao redor de si materializar-se em uma katana negra



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Notas finais do capítulo

¹ - Trecho (traduzido) da música Style, de Nishino Kana
Enfim
Já sabem, com esse final, luta no próximo cap *o que significa que ele vai demorar a sair* Sad but true ç_ç
Bem, um Feliz Natal a todos ^^ Próximo cap só ano que vem *se duvidar muito, os reviews também* (atira)
Bjss e até o//



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