Na Escada da Escola escrita por Aki Nara
_ Tem que dar certo!
Muito mais tarde ele caminhou para a ala norte. Esperou os sinos tocarem. Era meia-noite, ele subiu contando as escadas.
_ Um, dois, três...
Sorah não era mais um “outsider”. Ele já era um bom aluno, mas suas médias subiram para segundo lugar. Não queria ser o primeiro em nada para ele era suficiente ter nota para entrar na Universidade.
_ Quatro, cinco, seis...
Seu esporte preferido não era basquete, mas suas habilidades no arco o treinavam a ter disciplina, clareza de idéias, destreza e praticidade.
_ Sete, oito, nove...
Não era popular como o pai, pois ainda era quieto e calado. Não fazia questão de quantidade, tinha poucos amigos mas sinceros. Com eles não existiam expectativas do que ele não poderia ser.
_ Dez, onze, doze... – sorriu a espera da última badalada – TREZE!
_ Estou aqui – não se lembrava dela ser tão linda. – O que quer?
_ Você, Maki Ray!
_ Está ciente do que sou?
_ Sim.
_ Tem certeza?
_ Bem... Pensei na probabilidade de alguém me ver falando sozinho e me achar louco, mas pela quantidade de pessoas que fazem a mesma coisa... Acho que estou salvo de ir para o manicômio.
_ Já considerou a probabilidade de me ter grudada pelo resto de sua vida? – ela sorriu.
_ Por favor... só me dê privacidade quando estiver no ofuró e fazendo as minhas necessidades. No mais aceito sua companhia de bom grado.
_ Não tem medo do que está por vir? Você vai passar por muitos perigos.
_ Confio em você.
_ Por que demorou tanto?
_ Por que você não jogou logo aquele livro na minha cabeça?
_ Porque você não disse logo que sentia a minha falta?
_ Bom... É difícil para um garoto saber quando está apaixonado. Ele tem que ter maturidade pra isso e eu só tinha treze anos.
_ É... Você só queria a sua mãe.
_ Teria sido muito ruim... Se você fosse a minha mãe.
_ Mas você pensou – ela lhe deu um meio-sorriso.
_ Você é má! Podia ter poupado minha culpa. Não foi nada agradável pensar que estava gostando da minha mãe.
_ Você vai descobrir que ser má é a característica mais cativante de minha personalidade.
_ Estou começando a me arrepender...
_ Agora é tarde. Vai ter que me aturar – piscou várias vezes com ar angelical.
_ Me tire uma dúvida. Você fez um pacto com a minha mãe?
_ Sim. Não estava na hora dela. Eu retirei sua alma em troca do desejo e lhe restitui quando retirei o de Reiko.
_ Por que não ceifou a vida de minha mãe?
_ Não é assim que funciona – disse sombria. – Não podemos simplesmente tomar uma alma. É preciso julgar corretamente porque cada erro compromete mais meu tempo de escravidão.
_ Espero poder ajudá-la nisso. Venha! – ele estendeu a mão. – Vamos para casa!
Maki colocou as mãos sobre as dele.
_ Engraçado. Agora eu sinto você.
_ Posso montar nas suas costas? Eles parecem mais largos desde a última vez.
_ Se você não pesar uma tonelada pra me deixar corcunda...
_ Isso vai depender da sua conduta!
_ Que conduta? Ainda não fiz nada.
_ Nunca chame uma mulher de gorda...
_ Aahhh! Eu disse isso? Tudo bem! Você é levinha, linda e maravilhosa.
_ Está aprendendo rápido.
_ Eu tento... Agora pode me fazer andar normalmente sem que eu tenha que ficar corcunda como se estivesse carregando um saco de batata?
“A morte não é triste, simplesmente é o começo do fim.”
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Olá pessoal! Acho que vocÊs já devem ter entendido. Maki Ray é a Morte. rsrsrsrss