Rachel – Pode ir embora se quiser, Quinn. Não tava pedindo para sermos amigas, nem nada, mas achei que pelo menos essa semana agente podia tentar cessar as hostilidades e fazer um bom trabalho para o New Directions. Você sabe que pra mim é tão difícil conviver com você quanto pra você é conviver comigo. 
Quinn – Impossivel – Droga! Porque eu não consigo abrir mão da hostilidade? Prometi pra mim mesma que tentaria ser mais tolerante com as pessoas. – Tá bom... Olha.. Me desculpa. Você tem razão. Vamos tentar fazer este trabalho direito então - Deixei meu orgulho ceder por um momento. Eu devia isso a Rachel, depois de um ano e meio tratando-na como lixo injustamente.
Rachel – Uau, Quinn Febrey pedindo desculpas?  Vão cair pom-pons do céu.
Quinn – HÁ-HÁ-HA! Engraçadinha, Berry –
Rachel – Bom, vamos prometer então. Vem cá, me dá a sua mão. 
Rachel – Isso já é contato físico demais pra mim - Falei com uma careta forçada.
Ela riu baixinho.
Rachel – É, vou te passar o único germe que você não tem, talento vocal - 
Ri também. E quando percebi, segurei. É estranho pra mim ter esse tipo de contato com minha rival, especialmente quando estamos acostumadas a nos metralhar com olhos pelos correfores do colégio. Bom, não havia nada demais em ceder essa semana, certo? Assim que acabar a semana tudo voltará a ser como antes. Apertamos as mãos e prometemos trégua para esses dias. Por incrível que pareça o quarto era de muito bom gosto, apesar de infantil.. Tinha um cheiro gostoso. Era engraçado conhecer o universo de Rachel Berry, sorri ao ver as fotos de estrelas de musicais em sua parede. Eu adimirava essa certeza que ela tinha em relação a musica, coisa que eu nunca tive coragem de lutar. 
Rachel – Bom namorada, vamos começar nosso primeiro encontro? – Ela disse pegando a minha mão. Exitei por um segundo, mas logo relaxei – Como isso é estranho! – Riu baixinho.
Acho que foi a primeira vez que não senti ódio dela, ou pelo menos não tanto.
Quinn – Que namorada mais podre que eu fui arranjar, hein?! Então.. Qual é  o encontro?
Rachel – Bom, você vai me ajudar a cozinhar e depois agente vai assistir um filme de terror, pensei em “Amaldiçoem as líderes de Torcida” – Rimos juntas.
Descemos até a cozinha e começamos a preparar a comida. Na verdade, ela preparava e eu tentava ser útil, em vão. Ela me mandou picar uma cebola e eu quase quebrei a cozinha. Para a minha surpresa ela veio por traz de mim, e colocou a mão sobre a minha, senti o perfume gostoso que senti no quarto dela, mas vinha de sua pele.
Rachel – Viu, é assim que se pica – Ela sorriu e aquilo por alguma razão me distraiu.  Acho que é porque ela não está de boca aberta falando idiotices de Rachel Berry. Fomos tomando o vinho que estava na pia. Por incrível que pareça eu estava me divertindo, e ela não era entediante como eu pensava que fosse. Fazia coisas idiotas, como sorrir com uma salsa no dente,  mas me faziam rir. Ela também me dava liberdade para fazer coisas estupidas. Senti algo me atingir no rosto. Rachel tinha jogado um pedaço de comida em mim e segurava o riso fingindo não ter feito nada. 
Quinn – Ei! – Ri baixinho pegando uma azeitona que estava em cima da mesa e arremeçando de volta.
Rachel – Ei! É guerra então? -  
Quinn – Pode apostar! - 
Começamos a jogar tudo o que era comida uma na outra, enquanto riamos compulsivamente. Fizemos uma bagunça. Ela tentava me derrubar, ameaçando despejar molho em cima de mim. E conseguiu, o vinho já tinha nos deixado moles mesmo. Caí no chão e ela caiu logo em cima de mim. Não sei o que o álcool estava fazendo em mim, mas ela parecia bem bonita desse ângulo. Digo, er.. Para uma mulher é claro.  Paramos aos poucos de rir, e fixamos nossos olhares.
Rachel’s POV 
Os olhos de Quinn eram muito bonitos. E o calor vindo de sua respiração me fez lembrar do sonho que eu tive. Um arrepio estranho subiu por minha espinha. O que seria? Isso era muito estranho. Nos olhamos sem falar nada...
Quinn’s POV
O celular da Rachel tocou, acordando-me do transe. O que foi  isso? Melhor parar de beber.. 
Rachel – Alô, oi Finn... Claro, claro... Não, ela ainda está aqui. É, anhan... Tá bom. Eu também. Beijo – Desligou o telefone – Me desculpa ter caído em cima de você, er..
Quinn – Ah, não.. Sem problemas – Sorri sem graça – Bom, vamos limpar essa bagunça e comer.
Rachel – Eca, eu não vou comer! Quinn Fabray pois a mão na minha comida - 
Quinn – Não sou eu que sou a loser aqui, tá? – Mostrei a língua ainda rindo. Comemos o macarrão, que estava delicioso por sinal. Não sabia que a Rachel cozinhava tão bem.. É, acho que tem muitas coisas que eu não sabia sobre ela. Fomos ver o filme, era um de terror que eu nunca tinha ouvido falar. Rachel se sentou no sofá. 
Rachel – Olha, como você é minha namorada agora, vai ter o privilégio único de deitar no colo de uma estrela. - Toda essa proximidade é estranha, mas eu ela estramente fazia com que eu me sentisse a vontade. É como se eu não precisasse me esforçar pra ser sempre perfeita, manter a imagem de abelha rainha.
Quinn – Pra mim isso parece mais o inferno – Sorri de canto, com sarcasmo na voz e fui me deitar no sofá. Ajeitei minha cabeça no colo da Rachel, que era bem confortável. Rachel não era como minhas amigas, elas só pensam no campeonato das cheerios,  homens, como torturar os nerds, coisas fúteis.. Mas nunca se divertem de verdade.. Sendo idiotas e fazendo coisas simples, bobas e incrivelmente legais. Acho que é porque hoje eu fui eu mesma, como eu não era a um bom tempo. 
Rachel – Aaaah! -
Sai dos meus pensamentos com Rachel gritando com o susto que levou do filme. Achei fofa a forma como ela escondeu o rosto na almofada e apertou minha mão. Meu orgulho tentava evitar o fato de ela ser uma pessoa legal. 
Quinn – Medrosa! – Ri baixinho e ajeitei minha cabeça na perna dela novamente. Estava me sentindo sonolenta por causa do vinho, e o treino das cheerios foi bem puxado. Acabei pegando no sono.

Eu estava na cozinha da casa dos Berry. Rachel estava do meu lado, apenas de lingerie. Totalmente diferente do visual nerd habitual.  Sorriu e olhou nos meus olhos penetrantemente. Ela foi andando em minha direção, me encurralando contra a bancada de inox. Levantou-me pela cintura para me sentar sobre a bancada. Pousou as mãos sobre minhas pernas, abrindo-as devagar, enquanto mordia maliciosamente o próprio lábio. Ela encostou os lábios macios no meu ouvido e sussurrou um pedaço de “Love the way you lie” com sua voz angelical. Me empurrou devagar, fazendo-me deitar sobre a bancada fria. Senti sua boca sobre meu joelho, úmida e quente. Ela ia subindo agora pela minha coxa. Aos poucos alcançou minha barriga, passando os lábios levemente sobre a mesma. Tirou a parte de cima do meu uniforme das cheerios, me deixando de sutiã. Levou seus lábios ao meu colo, enquanto abaixava as alças com as mãos. Arrastou, lentamente sua boca para o meu seio, beijando-o com calma. Senti a ponta da sua língua fazendo movimentos sutis sobre meu mamilo, sulgando-o sem força, enrijecido. 
Rachel’s POV
Eu estava quase cochilando vendo o filme quando algo estranho aconteceu. Quinn que dormia no meu colo, passou a se contorcer e apertar com cobertor. Já ia acordá-la, pois achei que estava tendo um pesadelo. Mas olhei para seu rosto, que tinha uma expressão de prazer e seus lábios entreabertos soltavam gemidos abafados. De início fiquei desconfortável com a situação, mas fui sentindo um calor percorrer meu corpo. Aquilo era muito estranho, ela é uma mulher, e pior, minha rival. E eu ainda sim começava a sentir uma espécie de tesão. Meu corpo latejava ao vela se contorcendo.. Só pode ser o vinho. É, tem que ser o vinho. Senti minha respiração ficar mais rápida e Quinn, que se mexia, colocou a mão involuntariamente sobre minha coxa, apertando-a. Fiz de tudo para mentalizar Finn, mas depois do ocorrido broxante de hoje foi difícil.  Num susto, Quinn acordou, fazendo minha ficha cair. O que eu estava pensando? Rachel Berry! Você é uma nojenta!