The Only Exception escrita por giubsisawarmgun


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ei! Muito obrigada por todos os reviews! Vocês não fazem ideia de como é bom lê-los. Assim fico super animada pra postar! Espero que estejam gostando (: Estou aberta a sugestões pro destino das nossas duas lindas Quinn e Rachel, hm? Beijo e boa noite a todas.



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Rachel – Boba... - A puxei para perto de mim e a abracei. Ela encostou a cabeça no meu pescoço, e ficamos assim, contemplando o momento. O único problema era a minha consciência. Sim, nós estávamos certas em seguir o nosso coração, mas totalmente erradas em ser inconseqüentes. Bom, na verdade EU estava sendo inconseqüente. O Finn não merecia que eu mentisse desse jeito. Depois que passasse essa semana eu tinha que resolver isso. Eu estava o evitando, suas ligações, até mesmo cruzar com ele no corredor.

Quinn – O que te preocupa, Rach?

Rachel – Nada, não se preocupa. Vamos? Tá começando a ficar frio.

Quinn’s POV

Dirigi até a casa da Rachel, enquanto cantávamos junto com um cd muito bom do Queen que ela tinha no carro.  Impressionava-me os tons agudos que ela conseguia chegar. Estacionei na garagem, e entrei.

 Meu celular vibrou, era minha mãe.

Quinn -  Oi mamãe.

Judy Fabray – Oi, querida... Eu estou meio preocupada com você. Você está dormindo há quase uma semana fora.. E com aquela história da gravidez... Você não está com nenhum rapaz né? Espero que não seja aquele Puckermann...

Quinn – Mãe, eu só estou na casa da Rachel, minha.. minha.. –fiquei nervosa, não gostava de mentir para a minha mãe. E se ela descobrisse o que está havendo me mataria- Amiga. Não se preocupe. Não há o menor risco de eu ficar grávida. –ri internamente, mas ainda preocupada-

Judy Febrey – Não gosto de você andando com os Berry! Você sabe que eles são....gays, não sabe? -Sussurrou a ultima parte com vergonha das proprias palavras, como se fosse algo muito errado.

Quinn - Sim, eu sei mãe. Olha, eu e a Rachel temos que práticar a lição do coral, então tenho que desligar. Não se preocupe, não vou fazer nada de errado. Um beijo.

Desliguei o telefone um pouco preocupada. Eu evitava pensar nisso, mas.. Se as coisas com a Rachel continuarem como estão.. Vai ser horrível e dificil esconder isso de todos. Não vou mentir, eu ainda me preocupo com minha reputação, mas isso é o de menos. Meus pais são absolutamente homofóbicos, e o colégio então.. Kurt foi prova do nível de ignorância de todos com esse assunto. Por isso eu queria ir com muita calma, apesar da certeza dos meus sentimentos pela Rachel.

Entramos em sua casa e nos jogamos no sofá. Já eram duas da manhã e amanhã nós teríamos aula, estávamos ambas cansadas. Nos deitamos e nos abraçamos. Me enrosquei nela, e encostei minha cabeça em seu pescoço, sentindo o seu delicioso perfume. Não poderia haver jeito mais perfeito de pegar no sono.  Apaguei.

                                     --------------------

Pais da Rachel – RACHEL?!Acordei assustada, me afastando da Rachel. Ela não me disse que eles voltariam de viagem hoje. Que vergonha! Eles entram na casa deles e eu estou deitada no sofá com sua filha. Eu queria abrir um buraco no chão e me enfiar lá dentro.

Rachel – Pai... Papai... Mas.. Er.. O que vocês estão fazendo aqui?! Vocês  não iam voltar na semana que vem?

Pai da Rachel I – Nós iamos, mas antes de ir pra Chicago queríamos fazer uma surpresa, pra ver como você estava. Mas parece que você se virou muito bem- Disse rindo.

Como assim ele estava rindo? Achei que ele ia ficar uma fera.

Pai da Rachel II – Da próxima vez só nos avise que vai dormir gente aqui. Acho que nós só estamos meio surpresos com isso. – ele riu sem graça – Então, quem é você? – Disse ele se dirigindo a mim – Você é muito bonita.

Rachel – Voce a conhece pai, ela veio aqui no começo da semana. É a Quinn, lembra?Pai da Rachel II – Ah, sim.. Me lembrei agora. Mas eu estou um pouco confuso. Voce não costuma dormir com amigas aqui, er.. Abraçada desse jeito. A não ser que... Ela seja... Mas – Ele começou a se embaralhar nas palavras – sua.. Mas... O Finn e...

Rachel – Pai... por favor – Ela disse vermelha como um pimentão –Agente pode falar sobre isso depois?

Pai da Rachel I – Querida.. Tudo bem. Você não precisa ter medo de falar nada para nós -

Eu nunca senti tanta vergonha na vida, bem, a não ser quando todo o colégio descobriu minha gravidez no ano passado. Eu não queria que ela falasse, apesar dos pais dela serem tranqüilos com o assunto por motivos óbvios. Se isso caísse em bocas erradas ia ser um desastre. Mas pude ver em seus olhos que ela não conseguia mentir para os seus pais, e eu compreendia isso. Ela me olhou como quem pede permissão, e eu assenti com a cabeça. Eu não tinha escolha.

Rachel – Bom, eu e Quinn... Nos  odiávamos alguns dias atrás. Mas o Mr.Shue, professor do clube do coral, nos botou como dupla em uma tarefa. Acabamos ficando próximas e descobrindo que..que... –

O nervosismo na sua voz era claramente perceptível.

Quinn – Que nós nos gostamos. – Segurei sua mão. Mostrando que ela não estava sozinha nisso – E eu sei que precisamos resolver muitas coisas ainda, como ela e o Finn... E não podemos assumir isso de frente agora, por causa da minha família e do colégio. Mas independente disso, saibam que eu realmente gosto da sua filha. Me desculpem por não avisá-los que eu estava aqui, mas isso é muito novo para nós também -

Um silencio constrangedor se instalou na sala -  Bem... -Olhei no relógio e eram duas e meia da manhã- Acho que devo ir para casa, vocês tem muito para conversar. -Puxei Rach pela mão até mim e beijei sua testa - Vejo você amanhã, hm? Hoje foi muito especial pra mim. Obrigada por essa chance - Ela sorriu e assentiu com a cabeça. Me movi em direção a porta e ela me puxou de volta para si, encarando meu rosto. - O que foi Rach? - 

Rachel - É que... -Ela ficou na ponta dos pés, para alcançar perfeitamente meu ouvido. Creio que estava com vergonha que seus pais ouvissem- Eu te amo, hm? - Sorri. E respondi no mesmo tom de sussurro.

Quinn - Eu tambem, sua boba.

Pai da Rachel II - Quinn, tem certeza que não está muito tarde? Não quer ficar por aqui? Não é seguro uma moça da sua idade dirigir a essa hora da noite. -

 Quinn - Muito obrigada, senhor... Mas vocês precisam conversar. Desculpe-me mais uma vez pelo incômodo e bem... Pela surpresa. Boa noite. - Cumprimentei os dois e saí. Apesar de ambas termos levado um susto, sei que vai correr tudo bem para a Rachel. Os pais dela são, por motivos obvios, muito compreensivos com o assunto. Já não posso dizer o mesmo de minha mãe.

O unico lado bom da história é que o meu pai ja não mora mais conosco. Tenho certeza que ele faria coisas horríveis se soubesse com quem estou envolvida. Além de ter um pensamento medieval, seu status social é a coisa mais valiosa em sua vida. Creio, maior até que a família. O que os vizinhos diriam sobre uma filha gay? Bissexual... Ou o que seja..? Apesar desses pensamentos horríveis tomarem minha mente, logo deram lugar aos momentos maravilhosos que passei com a Rachel hoje.

Flashes vinham a minha cabeça como um filme.. Ela, eu, dois corpos... Todas aquelas palavras e olhares cheios de significado. E então, senti algo engraçado no meu estômago, e meu coração voltou a disparar. Agora não havia como fugir, eu estava provando pela primeira vez o que é o amor. Daqueles que vemos em filmes e só acreditamos ser possível na nossa imaginação.

 Vejo como a vida escreve suas linhas de forma irônica. Eu e Rachel, inimigas convictas, nos apaixonamos. Se me contassem isso no começo do ano, eu rolaria de rir. Estacionei o carro em nossa garagem e entrei em casa. Tomei um breve banho e fui me deitar. Agora eu só precisaria manter esse segredo salvo da minha mãe e não dar bandeira na escola... Não pode ser tão difícil.

Rachel's POV

Acordei após uma noite de pouco sono. Meus pais me fizeram contar tudo sobre a Quinn. Bem... Quase tudo. Não estava pronta para conversar sobre a perda da minha virgindade ainda. Mesmo dormindo mal, estava maravilhosamente bem, a noite com Quinn foi perfeita. Fui para o chuveiro cantarolando canções de amor imendadas umas nas outras. Me troquei com um cuidado especial hoje, afinal... Apesar de ela ter que me ''ignorar'' na escola, para não dar bandeira, ela não é cega.

Tentei mudar um pouco o meu visual clássico, deixá-lo um pouco menos... Infantil. Sorri com uma pontinha de malícia. Seria legal provocá-la sendo que no Mackinley ela não pode fazer nada. Tentei fazer o look ''colegial sexy'' sem exagerar ou parecer uma vadia. Coloquei uma saia xadrês antiga, que era mais curta que as antigas por ser mais velha. Ela permitia uma visão melhor das minhas coxas. Vesti uma camisa branca de botões que tambem não era nova, deixando uma pequena parte da minha barriga a mostra, e meus seios mais avantajados no decote. Ondulei a ponta dos meus cabelos, coroando-o com um pequeno lacinho na lateral. Vesti uma meia 3/4 branca mais encrementada que ganhei de aniversário da Mercedes para ''apimentar meu visual nerd" e calcei minhas sapatílhas. Espero não estar ridícula. 

Haviamos combinado por mensagem que eu a pegaria hoje de manhã, então tomei café com meus pais, me despedi deles (que embarcariam para Chicago no período da tarde) e dirigi rumo à casa dos Fabray.

Nossa apresentação era hoje, e eu estava com medo de dar bandeira na frente do coral... Afinal, todos sabem que eu fico um pouco.. Emocional demais cantando. A culpa não é minha, estrelas se entregam de verdade para seus numeros. Acordei de meus pensamentos com Quinn batendo no vidro, linda como sempre. O uniforme das lideres de torcida parecia ser agora uma espécie de fetiche para mim.

Ela entrou no carro e por um impulso fui selar nossos labios. Ela me empurrou.

Quinn - Rach! Você sabe que não podemos fazer esse tipo de coisa na frente de casa. Minha mãe piraria se visse. Ela ja está achando esquisito eu estar andando com uma Berry.... -Fiquei meio triste com sua fala mas ela segurou minha mão e entrelassou nossos dedos. - Eu te amo, ok? Não sou mais a vadia de sempre. Mas temos que ser cautelosas pra isso não virar uma confusão. Eu tenho certeza do que sinto, não tenha dúvidas - Quinn sorriu daquela forma que me deixava tonta.

Quando liguei o carro, tomei um susto.

Quinn - Você..! Rachel Berry, não acredito que você fez isso! - Ela parecia muito corada, até febril.

Rachel - Do que você está falando?! - Ela evitava a todo custo me olhar.

Quinn - Olha como você está vestida, quero dizer... Eu... Você está muito.... muito...

Rachel - Muito o que? - Perguntei apreensiva.

Quinn - Gostosa - Disse sussurrando, como se sentisse vergonha de ter proferido a palavra- Eu... Nem acredito que estou me referindo assim a uma mulher mas.. Só de te ver assim... Eu... 

Rachel - Você........? - Sorri vitoriosa.

Quinn - Tenho vontade de não ir para o colégio e levar você para algum lugar aonde agente repita o dia inteiro o que fizemos ontem a noite - Senti arrepio só de ouví-la mencionar a noite anterior - Só não faço pois hoje temos a apresentação.

Liguei o carro e rumamos para o colégio. Ela pousou a mão sobre minha coxa, acariciando-a de leve com suas unhas. Tentei manter meu foco no volante, mas ela estava me tentando de forma absurda.

Quinn - Você não faz ideia de como me deixa... - E foi subindo sua mão até o meu sexo, que obviamente já estava úmido. Ela tirou o cinto e colou os labios na minha orelha - Principalmente quando está assim... Molhada. - Só Deus sabe como ouví-la falar dessa forma me deixava. Fechei meus olhos com força no sinal vermelho, e senti meu corpo pedindo por ela. Respirei fundo e tentei me controlar.

Rachel - Eu to dirigindo Quinn... Se você fizer isso vou bater. - Sorri, um pouco ofegante. Mas esse argumento não pareceu convencê-la. Então pensei em outro - Alem do mais estamos no caminho da escola, você não vai querer que ninguem veja isso pelas janelas - Ela moveu a cabeça de um lado para o outro, com um sorriso malicioso nos lábios.

Quinn - Insufilme. - Disse, fazendo piada ao me provocar, com os labios movedo-se sobre meu ouvido. Como se o que eu tivesse acabado de falar fosse uma grande tolice. Ela massageava meu sexo, sobre a calsinha, ameaçando penetrar-me.

Fomos interrompidas por barulhos repetitivos de buzina. Olhamos pelo vidro e era o carro do Finn parado ao lado do nosso. Dei um pulo instintivo afastando Quinn. Meu coração batia a mil por hora. A sorte era que o vidro escuro impedia a visibilidade. Ajeitei minhas roupas e abri o vidro, fazendo a cara mais inocente o possivel.

 Finn - Ei, vocês duas! Essa semana eu mal vi minha namorada.. Espero que você não esteja roubando ela de mim, Quinn! - Ele riu de forma gostosa, como se tivesse acabado de contar a piada mais engraçada do mundo.

Nós duas sorrimos sem graça e eu fui me afundando no banco. Ele mandou um beijo no ár para mim, quando o farol abriu. Tentei fazer o mesmo mas creio que saiu de forma ridicula.Não dava mais para adiar nossa conversa. 


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