World Of Chances escrita por SemiForever


Capítulo 11
Dear God


Notas iniciais do capítulo

Avanged Sevenfold - Dear God
;*



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– Selena, o jantar esta pronto. – chamou a voz abafada de minha mãe atrás da porta.

– Hm, ok. – aumentei o tom de voz para ser ouvida e a ultima linha em meu resumo foi colocada.

Já fazia quase uma semana que não saia de meu quarto, a cabeça literalmente enfiada nos livros de direito. As provas começariam logo e queria estar preparada para honrar todos meus gastos em ótimas notas.

As férias de verão era meu passado mais feliz e não que arrependia nem um segundo que seja desses seis meses atrás, embora meu coração ainda pesa desconfortável por ter deixado a cidade de meu pai. Mas não podia parar minha vida então terminei o ensino médio com êxito tentando esconder o maximo de minha mãe as dores internas.

Tirei os óculos de grau ao focar o bloco de papel quase todo preenchido, porque sempre faltava algo a ponto de não ficar satisfeita?

Rasquei as folhas formadas em mais de duas horas de trabalho, jogando no lixo ao voltar o livro para a pagina um, suspirando pesadamente ao ouvir o segundo chamado de minha mãe.

– Já vou. – disse mais uma vez, mas ambas sabíamos que seria por volta do terceiro aviso que desceria.

As vezes até eu mesmo me perguntava porque escolhi direito. Dentei a justificativa de que gosto de leituras maçantes, mas sabia não ser isso que queria no começo do curso. Embora o tempo tenha me conquistado. Li o primeiro parágrafo de vocabulário avançado já lembrando quase por completo dos exatos dizeres da pagina enfeitadas com letras tamanho dez, começando um novo resumo do livro imenso.

– Selena. – assustei-me com a proximidade da voz de minha mãe. – Não esta com fome?

– Estou. – sorri ao jogar os óculos novamente na escrivaninha de meu quarto. – Mas preciso continuar isso.

– Você vai ficar louca com todas essas horas de estudo, vem, vamos comer. – puxou-me da cadeira me guiando como uma criança até a mesa onde estávamos sozinhas. – Brian não poderá vir hoje.

– De novo. – completei ao sentar novamente a frente meu prato. – Ele anda muito ocupado, não acha?

– Ele quer adiantar o trabalho para nossas férias. – alegrou-se minha mãe.

Suspirei tentando não demonstrar o quanto não gostava da idéia da viagem.

– Ooh sim, Caribe, certo? – perguntei sabendo ser um de seus assuntos favoritos dos últimos dias.

– Sim e será perfeito. – sentou-se ao meu lado. – Só eu, você e Brian longe de tudo.

– Hmm, será ótimo. – sorri escolhendo que concordar seria a melhor saída para voltar logo ao meu quarto, para meus livros. – A carne esta maravilhosa, mãe.

– Obrigada Selly. – sorriu alegre como sempre ao receber um elogio. – Anda tudo bem com você? Você sabe, esse ano você tem ficado mais reservada e agora estou começando a estranhar estar voltando ao normal. É aquela garota?

– Quem? – fiz-me de desentendida, sabendo que não insistiria no assunto após minha atuação.

– Hm, ninguém. – voltou a atenção para o prato, assim como fingi fazer.

Porque alguém sempre faz questão de lembrar dela quando finalmente paro de chorar?


(...)


– Hm, acho que não. – torci o nariz para a voz do outro lado da linha.

Aaah, Selena! – reclamou Dean. – Você nunca mais saiu conosco.

– Não é verdade, teve aquele dia no shopping. – tentei.

É, a três meses atrás. – bufou. – Vamos, falei pra todo mundo que te convenceria.

– Hm, desculpa Dean. – suspirei. – Mas não estou no clima pra festa, tenho que estudar.

Inventei sabendo que minha sessão de estudo terminara a meia hora atrás.

Bem, eu tentei certo? – falou em despedida. – Se cuida.

– Você também. – tentei parecer risonha, mas o sorriso foi desmanchado instantaneamente quando o botão de desliga foi apertado.

Todo esse tempo meus amigos tentando me tirar de casa me fazia mal. Tudo bem que só sair do quarto para a faculdade fazia-me mais, mas não gostava mais das mesmas coisas e tudo parecia tão mais repetitivo. O que não era de todo ruim. Preferia um roteiro de vida, com planos e agendamentos concreto pois nele não há espaço para surpresas e sei exatamente o que, e como, as coisas aconteceram em minha vida.

– Selly, esta acordada? – a voz de minha mãe veio próxima a porta fechada.

– Sim, pode entrar. – passei aos mãos no rosto tentando esconder novamente o desanimo ao assistir minha mãe entrar no quarto. – Que horas são?

– Quase dez na noite. – aproximou-se entrando-me o aparelho telefônico fixo de casa, deixando-me confusa. – Pra você.

– Essa hora? – peguei inserta. – Quem é?

– Vai por mim, só atenda. – sorriu caminhando em direção a porta, um sorriso que escondia algo.

Tentei identificar o numero da chamada, mas nada me via em mente.

Será que era ela? Minha garota?

– Alô? – perguntei, torcendo para que o outro lado na linha ficasse mudo.

Selena? – era uma voz chorosa que reconheceria em qualquer lugar do mundo. – Selly, preciso de você aqui, agora.

– Megan? – assustei-me mais pelo desespero que por ser ela na ligação misteriosa. – O que esta acontecendo? O pai esta bem?

Tudo bem com ele, mas você precisa voltar agora. – implorou, a voz de preocupação em lagrimas quase me fez chorar também. – É ela, de novo.

– Ela quem? – prendi a respiração já sabendo a resposta.

Como se realmente precisasse responder a pergunta. Demi. – a pronuncia do nome vez meu corpo estremecer mais em saudade que medo. – Ela não para! Parece uma maquina com aquela mascara desgraçada de “tudo bem”.

– O que esta acontecendo, me explique certo. – pedi levantando-me da cama e pegando a mala guardada no, fundo do guadaroupa. Que pensei ser para sempre.

Ela não depende mais de mim pra ir em “festas”, o que antes era bom porque a controlava. – começou e podia jurar que também estava andando pelo quarto. – Nós tentamos voltar tudo como era antes quando você foi embora, mas nunca mais foi a mesma coisa. Acho que na cabeça dela esta tudo normal, mas eu vejo o jeito que ela se comporta e estou ficando com medo. Tem tanta heroína no corpo dela que as vezes penso na possibilidade de estar drogada continuamente. E, agora, recebo uma ligação do hospital dizendo que uma certa paciente não se encontra mais em seu quarto. Nem sabia que ela estava no hospital!

– Eu... – queria poder dizer que estava com medo, mas não podia. – Eu estou indo pra ai.

Obrigada Selly, ela precisa tanto de você. – agradeceu como se a própria vida estivesse em risco.

– Desculpa, tudo isso foi culpa minha. – engoli as lagrimas ao fundo. – Sabia que estava sendo fraca demais indo embora sem forçar uma explicação a Demi.

Ela via te ouvir. – falou com certeza. – Você é a única pessoa que ela consegue prestar atenção.

– Como você sabe? – perguntei ao franzir o cenho para as informações que minha irmã, que até então não apoiava nossa antiga relação, tinha.

Ela me disse.



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Notas finais do capítulo

Post de quinta !
Até segunda, beijo.
Review ?