Ela ... Isabela escrita por BarbaraRodrigues


Capítulo 12
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Bom esse é mais um capitulo, espero que gostem.



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Posso confessar que já tive noites melhores, eu estou acabada, com dor no corpo, mais eu me vejo abraçada, tentando consolar uma mãe inconsolável, com meu pai do lado de nós, Gabriel sentado em um canto com algum parente de Gabriela, e na minha frente um caixão bem pequenininho, olho pra traz e lá estava meu amigos Bruno, João, Babi, Mari e Jaci, olhei para todos os lugares procurando por ele, mas foi em vão, ele não estava lá.

Cheguei perto dos meus amigos, abracei o Bruno.

Bruno: tudo vai ficar bem Isa.

Isa: obrigada.

Depois eu abracei  o João, e ele nada disse, só  o abraço que ele me deu falava mais que mil palavras, abracei a Babi.

Babi: pode contar comigo pro que precisar.

Isa: obrigada.

Abracei a Mari.

Isa: cadê ele? Mari.

Mari: ele não esta aqui Isa.

Abracei a Jaciara, e foi no abraço dela que eu fiquei por muito tempo.  Na hora do enterro, eu peguei o Gabriel e fui para casa, não era bom uma criança ver e passar por tudo que ele passou. A Jaci, Babi e Mari foram conosco para nossa casa. Cheguei em casa, Gabriel foi tomar um banho e eu fiz o mesmo.

Debaixo da água, eu me sentia livre, era como se eu estivesse lavando tudo de ruim que estava acontecendo, mas quando acabava, tudo voltava. Coloquei  um pijama e as meninas estavam no meu quarto com uma bandeja cheia de comida.

Babi: tudo vai ficar bem Isa.

Isa: eu quero acreditar, mas sempre quando está tudo bem, sempre acontece alguma coisa ruim, eu queria que o Gustavo estivesse aqui.

Mari:  mais ele não ta Isa, eu não quero te ver assim.

Isa: ta Mari, ele não está aqui, mais onde ele está? É isso que eu queria saber.

Jaci: calma Isa.

Levantei e fui ver como o Gabriel estava. Fui ao quarto dele e ele não estava. Desci e fui para o quarto de brinquedos, ele estava jogando  vídeo game. Sentei do lado dele.

Gabriel: fica assim não Isa, o Matheus, vai ficar com a mamãe, e ela vai cuidar muito bem dele, igual ela cuidava da gente.

Isa: claro que vai Biel. Se precisar de alguma coisa me chama ta, vou estar lá no meu quarto.

Como uma criança pode ser assim, em qualquer hora, em qualquer momento achar uma solução, ele falou aquilo que me deu um alivio, por saber que ele não estava sofrendo.

Voltei ao quarto e as meninas estavam mexendo em alguns filmes.

Babi: vamos ver este.

Pegou um de comedia e colocou, não prestei muita atenção, estava querendo saber onde Gustavo estaria, eu precisava saber.

Meu celular toca, e sem que elas percebam eu desci, para atender na cozinha, olho quem estava me ligando e era o numero dele, meu coração foi a mil.

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Inicio da ligação:

Isa: oi  - ninguém falava nada – Gustavo é você? Por favor, fala comigo.

Gustavo: tchau Isa.

Ligação finalizada.

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O que ele queria dizer com “tchau Isa” sentei no sofá da sala com minha cabeça em minhas pernas e fiquei chorando, quando olho e Mari estava na minha frente.

Isa: ele me ligou, e deu tchau? Não entendi, por favor Mari, se você sabe onde ele esta me fala por favor?

Eu já estava desesperada.

Mari: vai ficar bem Isa.

Subi coloquei um short e uma blusa qualquer. As meninas foram embora e eu fiquei sozinha em meu quarto. Ligava de minuto a minuto para Gustavo, mais dava só desligado, deixava varias mensagens pra ele, mais nada.

Dormir, em meios de tantos pensamentos.

Eu precisava de um tempo pra mim, e era por isso que eu estava com uma mala pequena nas mãos, com a Jaci do meu lado, indo para o aeroporto, como a minha antiga casa estava do mesmo jeito que a mais de um ano a traz, eu iria pra lá, ficar por uma semana ou um pouco mais, na escola meu pais e os pais da Jaci, conversaram e eles deixaram e concordaram de passar as provas quando voltarmos. Eu queria ir sozinha, mais meu pai disse que sozinha não deixaria eu ir.

 Seria bom rever minha antiga cidade, eu queria arrumar as coisas da minha mãe, e algumas coisas eu doaria. A viagem foi bem rápido, chegamos lá e fomos direto pegar um taxi, como era bom estar de volta.

Chegamos na porta de minha casa, eu estava com medo de abrir, e ver tudo que era dela, por mais que eu tenha superado, ainda doía. Entrei , e tudo estava do mesmo jeito. Fui para meu antigo quarto e coloquei minhas coisas lá, fui para o quarto de hospedes para deixar as coisas da Jaci lá.

Jaci: to morrendo de fome.

Isa: quando que você não está em?

Jaci: ta de bom humor é?

Isa: essa casa, esse ar e tudo aqui, me deixam em paz comigo mesma, vai ser bom deixar RJ por alguns dias, porque lá tudo me lembrava o Gustavo.

Jaci: então nada de Gustavo por uma semana ok?

Deixei ela e fui pedir uma pizza, escolhei uma de quatro queijos, amanha teríamos que fazer uma comprinha para a casa.

Comemos e fomos dormir, pois estávamos acabadas.

Acordei no outro dia mais ou menos  umas 09:00, tomei banho e me arrumei para comprar alguma coisa para comer, a Jaci já estava lá embaixo vendo televisão.

Isa: vamos ir na padaria?

Jaci: melhor agente ir no supermercado e comprar as coisas de uma vez , e lá agente toma café.

Isa: beleza então.

Saímos, fechei a casa, e fomos andando mesmo. Nessa caminhada decidi que  o tempo que for ficar aqui, eu vou tentar não pensar no Gustavo, quando voltarmos eu ia procurá-lo, a Mari sabia onde ele estava mais ela não me contaria, então eu começaria uma busca sozinha.

Chegamos no supermercado compramos algumas coisas para  passarmos uma semana aqui, e fomos para a lanchonete de lá. Sentamos e pedimos um salgado.

Jaci: ei Isa, aquele ali, é o Caio não é não?

Olhei para onde ela falou e eu vi que era ele, estava um pouco diferente, estava mais alto e bem mais bonito.

Isa: ele mesmo.

Jaci: vou chamá-lo aqui.

Isa: não jaci, ele não conversa mais comigo.

Jaci: Isa acorda, já passou  mais de um ano.

Isa: por isso mesmo – falei só pra eu escutar, ela o chamou e ele chegou perto de nós.

Estávamos um pouco desconfortáveis, nos cumprimentamos  e foi aquela conversa “ quanto tempo, como está e etc”.

Respirei fundo e desci falar.

Isa: aqui Caio, desculpa por ter agido daquele jeito com  você, eu sei que não mereço suas desculpas, mais eu precisa pelo menos pedir, eu sei que fiz muita coisa errada, mais entenda eu não estava em um bom momento.

Caio: Isa, eu não fiquei com raiva de você, por ter me tratado mal e nem nada disso, eu sabia que você estava precisando de um tempo, eu fiquei muito chateado foi por vocês duas irem embora e nem se despedirem de mim.

Jaci e Isa: desculpa?

Ele nos abraçou e nos desculpou, ele era um grande amigo.

Nós três fomos para minha casa, para conversar sobre esse um ano que ficamos afastados, eu confiava muito em Caio. Nós fomos fazer o almoço, e por um momento eu esqueci de Gustavo, mais só por um momento.

Caio: e namorados vocês não arrumaram não?

Respirei fundo e comecei contar detalhes sobre “eu&Gustavo” .

Caio: se ele disse que ele cuidaria sozinho, Será que ele não foi para uma clinica de recuperação não Isa? Porque deu para ver que vocês se amam.

Isa: como eu não pensei nisso Caio? Então foi isso que ele quis dizer com “tchau Isa”.

Caio: pois é, mais deixa pra você resolver quando você voltar pra lá,  e você Jaci?

Ele explico pra ele, e o resto da tarde, ficamos vendo filme, e conversando.

Amanha eu iria começar a arrumar as coisas da minha mãe, depois que o Caio foi embora, fui tomar um banho e dormir.

Ele me deu uma idéia, como eu não pensei nisso antes? Ele disse que se cuidaria sozinho, e a Mari sabe onde ele está. Mais como prometido eu iria pensar nisso somente quando voltar.

Oi eu sou o Caio, um antigo amigo da Isa e da Jaci, quando éramos mais novos eu tinha uma quedinha pela Isa, mais isso já passou, eu fiquei muito magoada com as duas, não por elas terem me tirado quando a mãe da Isa morreu, mais sim, quando elas foram embora sem se despediram, mais quando eu as vi, senti uma saudades das minhas pequenas, e eu posso dizer que existe sim,amizade verdadeira entre homens e mulheres. Elas precisam de mim em questão do coração, e eu vou ajudá-las.


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Notas finais do capítulo

bom é isso, espero que alguém leia, porque sinceramente eu já estou desesperada.



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