She was Innocent. escrita por Cibelly H


Capítulo 13
Marvel e Meena resolveram ser Romeu e Julieta


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas sou perfeccionista e refiz esse capítulo 7 vezes.



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                                                                 Parte  dois O roubo.

Cheguei em casa exausta. Meu erro fatal e a visão de Marvel tinham me esgotado. Joguei-me na cama e tentei dormir. Talvez eu pudesse dormir para sempre. Algum dia as coisas poderiam melhorar. Marvel não estaria mais com raiva de mim. Eu seria um cupido de verdade. Lágrimas desceram coléricas dos meus olhos.

— Desculpe minha estupidez. — murmurei para o nada.

— De jeito nenhum. — uma voz respondeu.

As portas do meu closet se abriram e deram lugar a Meena. Ela não parecia alegre ou animada em me ver, mas também não estava furiosa. Era um progresso.

— Fique quieta. Passamos duas semanas planejando isso, então é melhor colaborar. — sussurrou.

Levantei a sobrancelha. Desde quanto se esconder dentro do meu closet levava semanas de planejamento? Meena era minha melhor amiga desde sempre, poderia entrar e sair da casa quando quisesse. Todos os empregados a adoravam, principalmente Maria de Lourdes.

Mais rápido do que eu pensasse que fosse capaz de ser, ela saiu catando roupas pelo meu quarto e as colocando em uma grande mochila que deveria ter pegado do baú de coisas velhas no closet. Meus olhos a questionavam, mas obedeci e continuei calada. Maria de Lourdes apareceu com outra mochila lotada. Meu olhar se revezava entre as expressões das duas.

— O que está acontecendo aqui? — perguntei.

Maria de Lourdes entregou a mochila a ela.

— Cuidado! — ela advertiu em seu forte sotaque espanhol.

Meena assentiu e me arrastou pelo ombro pela casa até a garagem no subsolo. Eu sorri com a nostalgia de Afrodite me colocando em uma limusine. Daquela vez, quando acordei, eu estava em outro país.

— Eu já entendi que você está me sequestrando. — falei com um sorrisinho.

Eu sentia falta dela também. Meena era dramática, brusca e ao mesmo tempo sensível. Era cômico observá-la ter crises de histeria sobre algum fio de cabelo fora do lugar, mas por detrás de tudo aquilo havia alguém que entendia o significado de lealdade. Nós nunca brigamos, exceto quando éramos bem pequenas. Talvez isso fosse ruim, mas eu sentia que estava perto de acabar. Em alguns segundos eu seria o motivo de sua histeria.

— É mais uma intervenção.  — chegamos à garagem e ela retira algo do bolso. Ela pressiona um botão e algum carro pisca. Ela retira a lona preta de um dos carros e percebo que nunca havia o notado antes.

— Você só deveria recebê-lo no natal, então Edward vai ficar furioso comigo. Mas não temos escolha, nunca vou viajar em uma Chevy 86. Nem morta!

Franzi o cenho. Eu deveria recebê-lo no natal? Isso era uma novidade. Eu não recebia muitos presentes grandes no natal.

— É um Audi, certo? — eu não entendia de carros. Meena entendia. Seu irmão mais velho, Michael, era piloto de fórmula Indy.

— Sim. Um Audi Q3, um SUV pequeno em comparação aos outros. Ele é a sua cara. — suspirou.

Observei mais atentamente o carro branco. De alguma forma desconexa, ele realmente parecia comigo. Meena entrou no banco do motorista e o motor não rangeu como a velha picape faria. Ele pareceu quase ronronar. Era algo com o qual eu tinha de me acostumar. Coloquei as mochilas no banco traseiro e sentei no banco do passageiro. As portas da garagem se abriram e eu soube que Maria de Lourdes deveria realmente gostar de Meena para colaborar com um plano como aquele.

O assento de couro branco era confortável. Mais confortável que minha própria cama, provavelmente. Mas havia algo errado. A forma como o carro se movia silenciosamente, os assentos confortáveis, tudo era tão... Novo. Não seria desse tipo de coisa que eu deveria fugir? Carros caros, namorados bonitos...

Não sei como Rife foi parar no meio das minhas filosofias. E eu nunca tive muitos namorados, na verdade só tive um, chamado Ben. Ele protagonizou a famosa história do garoto-que-trai-a-namorada-com-a-amiga-dela. A coadjuvante ficou tão envergonhada que mudou de cidade.

É. Eu causo esse efeito nas pessoas.

Vasculhei todo o carro. Estava completamente vazio e cheirava a novo, exceto por uma caixa de lenços curiosamente colocada no porta-luvas e nossas mochilas de sobrevivência. Deduzi que Meena talvez estivesse tentando me levar, ou nos levar, a um retiro budista ou um acampamento hippie. Ou talvez ela quisesse montar o nosso próprio acampamento. Não importava, eu daria um jeito de pará-la e ligar para Kate ou qualquer pessoa que pudesse me socorrer no próximo posto de gasolina.

Duas horas passaram até que ela falasse algo.

— Você tinha ficado maluca ou simplesmente quis fingir que eu não existia? — começou, segurando firmemente o volante.

Um nó se formou em minha garganta e eu encarei a paisagem. Eu sabia como aquilo iria terminar: O garoto está roubando você de nós.

— Muitas coisas aconteceram. Eu tentava falar com você, ir a sua casa, mas você nunca estava lá. E quando estava, bem, estava com ele. Aparentemente você só consegue enxergar vocês dois em sua bolha feliz quando ele está presente.

Os pinheiros dançavam na minha vista. Ela acelerava cada vez mais e eu me senti apreensiva. A chance de batermos em uma árvore e acabarmos mortas era considerável. Eu deveria deixar algum indício que a culpa era dela ou a perícia descobriria isso?

— Mas não foi ele quem te ensinou a ver as horas. Ou quem te salvou quando você caiu do quarto andar da sua própria casa.

Fechei meus olhos. Em poucos minutos as palavras se tornariam tão afiadas que eu seria obrigada a ligar o rádio ou simplesmente desistir e pedir desculpas.

— Marvel e eu estamos namorando. — soltou.

O carro parou bruscamente e ela berrou. Percebi que fora eu que o parei, me esticando para pisar no freio com uma elasticidade digna de ginastas olímpicas. Era muito tarde para voltar a mim mesma, então apenas saí do carro e corri o mais longe que pude.

Estávamos em uma rodovia vazia rodeada de pinheiros cheios de neve. Adentrei a floresta cegamente vagando em direção leste, recebendo arranhões de galhos e tropeçando em tanta neve fofa.

Meu instinto natural era me esconder. Vasculhei aquela floresta nívea pontilhada com o verde das suaves folhas de pinheiro e encontrei um tão poderoso que não pude resistir a me esconder embaixo de seus galhos.

Meena não viera ao meu encontro. Percebi que ela já estava preparada para isso, o motivo de não poder conversar comigo em casa. A razão de colocar a caixa de lenços no porta-luvas.

Tomei fôlegos lentos e pensei em quão idiota eu deveria estar parecendo agora. Quase provocando um acidente e fugindo as pressas para a mata desconhecida só por que recebi uma notícia um tanto surpreendente. Marvel e Meena estavam namorando. O quão ruim isso era?

Ruim o suficiente para me dar náuseas. Isso era errado. Eles nunca foram muito amigos desde que ele ‘acidentalmente’ explodiu o armário dela na quarta série. Sempre implicaram um com o outro. Eles não poderiam ser um casal! Nunca seriam um casal certo.

E a probabilidade sempre está a favor dos casais errados.

Esqueça isso. Ordenei.

Fechei meus olhos e me imaginei sendo abraçado por Rife, mas por algum motivo isso piorava a sensação.  Pus-me de pé e tentei me localizar. Eu deveria ter andado mais de dez metros para longe da rodovia.

Ouvi o som de passos. Eram passos que ecoavam como um baque surdo, fazendo passarinhos voarem de seus ninhos e espalhando neve por todo canto.

Passos presunçosos de alguém presunçoso.

— O quê? Ela não foi forte o suficiente para cuidar disso sozinha? — provoquei.

Ele se aproximou cuidadosamente, como se tivesse medo que eu o atacasse como uma fera. Bem, eu estava prestes a fazer isso.

— A única pessoa que não está sendo forte o suficiente aqui é você, com suas fugas dramáticas e se escondendo na floresta. Da última vez eu compreendi, mas você tinha dez anos e haviam sacrificado seu cachorro por que ele estava doente. Agora você é quase uma adulta e não tem cachorros. — seus olhos penetravam os meus e isso, junto de suas palavras, me fizeram corar de vergonha. Havia algo em seus olhos, uma pureza e sinceridade que pareciam me condenar em cada passo que eu dava.

Desviei o olhar e me concentrei num raio de sol refletido em um cristal de gelo. Em ambientes onde o frio é menos rigoroso as folhas de pinheiros são macias, mas submetidas a esse frio são cobertas por cristais de gelo. Um espetáculo visual, ao mesmo tempo em que é absolutamente cortante. Meu caos interno se transformou em irritação e quase cedi ao impulso de cravar um daqueles lindos cristais de gelo em alguém. Provavelmente esse alguém se chamasse Marvel King.

— Você me traiu! — ao invés, arremessei o cristal o ar. Ele atingiu o pinheiro mais próximo e se desintegrou em vários pedaços de gelo.

— Não. Nunca traí você. Nem mesmo quando éramos apenas crianças. — ele respondeu.

Ele tinha razão. Ele não poderia estar me traindo — nem devia satisfações a mim. E o fato de ele estar certo só me deixou mais irritada.

— Mas será que não existem outras garotas de Edmonton? É uma cidade enorme! E você escolhe justamente a minha melhor amiga. — gritei.

Ele suspirou e sentou-se ruidosamente na sombra de um pinheiro. Deu uma batidinha no chão ao seu lado, me chamando para sentar-se ao seu lado.

— Não. Já estou molhada demais. — resmunguei, mas mesmo assim sentei ao seu lado.

— Quando você começou a sumir lentamente, ficou muito desconfortável para Meena. Eu sempre fui acostumado a ser solitário, mas ela não. E você é a única amiga dela. A única pessoa que ela ao menos estava habituada era eu, então começamos a passar muito tempo juntos. Consumir o tempo livre que você nos deixou. E foi acontecendo até que percebemos que éramos um casal.

Engoli a seco. Eu continuava irritada, mas agora também me sentia culpada.

— Eu não queria te magoar. Nem ela, eu posso dizer isso com toda a certeza. Você só precisa aceitar que vai ser assim daqui em diante. Nada vai mudar, além do óbvio. Mas se isso machucar você de verdade... Eu paro tudo agora. — ele falava lentamente e sua voz estava cheia de emoção.

Engoli a seco de novo. Não bastavam seus olhos, agora o seu coração estava sendo gentil. Nunca pedi opiniões sobre Rife e sequer quis saber como ele se sentia sobre isso e ele estava prestes a desistir de tudo com Meena se isso me machucasse.                                                                                                            Esse era Marvel. Sempre me dando todo o seu afeto em troca da minha arrogância.

Engoli todo o meu orgulho e sentei-me ao seu lado, embora hesitante e cuidadosa para que nossas peles não se tocassem. De agora em diante eu teria o máximo de cuidado e colocaria limites em nossa relação, tudo para deixar ele e Meena mais confortáveis.

— Não precisa exagerar. Ela não tem ciúmes. Não de você. — murmurou sobre a sua respiração.

Não respondi ou me movi.

— Ela não tem ciúmes. Só de mim. — corrigi.

Ele passou um braço pelo meu ombro e eu automaticamente o abracei. Enterrei o meu rosto em seu peito e comecei a chorar de novo. Meu aperto aumentou e então eu estava ensopando seu casaco.

— Não posso perder você, não de novo. — choraminguei entre fungadas.

— Você não vai perder. — riu.

— Prometa.

Ele não hesitou em responder.

— Prometo. — e então seu dedo mindinho se entrelaçou no meu — Promessa do dedinho.

                                                                                                                                                         Aos poucos, as lágrimas foram parando de descer, mas não nos soltamos do nosso abraço. E então outro abraço, quentinho, nos envolveu, e por algum tempo éramos nós três, June, Meena e Marvel um só. Até Meena partir o abraço e me arrancar para longe dele.

— Vamos, chega de “melhores amigos para sempre”. Ainda preciso cumprir minha promessa. — disse.

— Promessa? E por que isso envolve mochilas de sobrevivência? — perguntei.

Ela mordeu o lábio e desviou o olhar. Uma forte suspeita cresceu no meu peito e comecei a temer por Meena.

— Que promessa, Meena? — repeti.

— Preciso te levar a um lugar e ter certeza de que ficará em segurança.

— E quem te pediu que prometesse isso? — indaguei.

Ela engoliu a seco.

— A sua amiga loira. A estrela de cinema.

Olhei desesperada para Marvel. Eu estava certa, Afrodite tinha ultrapassado a fina barreira qu eu tanto lutei para construir em torno de Meena. Agora ela provavelmente sabia demais, ou sabia de alguma coisa, o que já era perigoso.

— O que exatamente ela disse a você? — Marvel perguntou.

Meena deu de ombros.

— Ela só disse que eu deveria levar você até a casa do Tio Frank e te dar o tablet. Todas as instruções estarão lá.

Nós dois suspiramos de alívio e então ficamos curiosos. Levar-me a casa do Tio Frank?

Isso significaria ir a Quebec. O que Quebec teria que interessasse a Afrodite?

— Onde está o tablet? — perguntei.

— Coloquei dentro da sua mochila. Ela disse que você só poderia conferir as instruções quando estivesse perdida.

— Bem, estou perdida. — dei de ombros.

— Não, só estará quando não houver mais instruções. Então vamos logo acabar com essas. — sorriu.

Olhei para Marvel em busca de uma confirmação. Ele deu um sorriso torto e deu de ombros. Eu sabia o que isso significava: “Bem, é a Meena. Ela não deixaria Afrodite nos enganar. Não sem voar no pescoço dela”.

— Se vamos a Quebec, e de carro, vamos demorar.  Deixou algum bilhete comprovando que estamos vivas? — perguntei.

— Já cuidei de tudo isso, não se preocupe. Agora temos que nos apressar, nosso tempo é curto e a viagem é longa. — Meena apressou-se, me puxando.

Sem nenhum adeus para Marvel, corremos em direção ao carro que estava parado no acostamento da rodovia que começava a ficar cada vez mais rural.

— Esperem! — gritou Marvel.

Ele correu até nós e entrou no carro. Eu e Meena levantamos a sobrancelha, mas entramos mesmo assim.

— Marvel, você não vai a lugar algum. A loira me deu ordens diretas de deixar June em Quebec e voltar para cá. — Meena sibilou.

— Mudança de planos. Você não é louca ao ponto de querer viajar mais de três mil quilômetros de carro, é? Eu tenho um amigo que me deve uns “favores”. E ele tem um jatinho esperando por ocupantes em Regina. — ele sabia que havia ganhado no segundo em que falou “jatinho”.

Meena pareceu sem reação. E então corou de raiva.

Eu vou leva-la. — articulou.

— Parem! — interrompi — Os dois irão comigo até Regina e tentaremos o jatinho. Se não der certo, eu e Meena seguimos de carro e eu encontro um voo para você. Agora precisamos nos apressar se estiverem me levando para fazer o que penso que Afrodite quer que eu faça.

— Afrodite? Então a loira se chama Afrodite? E eu achava que meu nome era ridículo. — comentou Meena.

Meena deu a partida e então os pinheiros começaram a dançar em minha janela. Por alguma razão eles me lembravam de Rife. Talvez fosse a sensação de segurança que eles me transmitiam, exatamente como Rife. E ele já estava tão cercado de pinheiros que frequentemente cheirava a folhas de pinheiro. E esse havia virado meu aroma favorito.

— Então, que favor você fez para merecer uma carona em um jatinho? — perguntei a fim de me livrar dos pensamentos sobre Rife e de como ele ficaria preocupado com meu desaparecimento.

Pelo reflexo do vidro, vi Marvel sorrir.

— Digamos que eu havia dado um jeito em alguns ‘monstros’. — para Meena, monstros talvez significasse valentões, mas eu sabia que ele estava sendo literal.

— Oh, compreendo. Alguma filiação suspeita? Por que isso significa que não estamos exatamente sós. — tentei soar o mínimo suspeita que pude. Talvez Meena só ignorasse e pensasse que eu estivesse falando sobre famílias ricas.

— Ah... Sem filiação. Ele é apenas... Uma pessoa comum, mas com uma visão de... De horizonte bem singular.

Um mortal que enxergava através da névoa. Extremamente raro e Marvel tinha simplesmente topado com um.

— E você tem alguma ideia de por que o ‘monstro’ quis acabar com esse cara? — coloquei um bom tom de indiferença para não causar qualquer interesse em Meena, que olhava atentamente para a rodovia.

— Absolutamente não. — Marvel respondeu — Senhoritas, meu dia foi bem cheio. Se me permitem, vou dormir. Acordem-me quando chegarmos a Regina.

Suspirei e me aninhei no banco de modo que a minha bochecha ficou grudada no vidro do carro. Uma boa lembrança me inundou e sorri. Devo ter ficado por horas lá, sorrindo e olhando fixamente para o nada, pois quando Meena falou alguma coisa o céu já estava escuro.

— Se importa se dormimos aqui mesmo no carro? Não acho que haja hotéis por aqui e estou começando a cochilar. Além de que você está tão acostumada a aquela picape pré-histórica que não vai andar nem meio metro sem bater. — sua voz estava sonolenta e eu podia ver seus olhos lutando para ficarem abertos.

— Não, eu não me importo — dei de ombros.

Depois de algum tempo de procura achamos um acostamento adequado e regulamos os bancos. Confortável, aquecida e com boa parte da culpa dissolvida eu teria perfeitas condições de dormir no instante em que meus olhos se fechassem, mas não foi assim que aconteceu. A primeira coisa que veio em minha mente foi uma imagem que me apavorou: Marvel e Meena patinando.  Nós três costumávamos fazer isso em grupo, mas sempre éramos humilhados por Meena com suas manobras. Marvel fingia indiferença no momento, mas quando estávamos a sós ele comentava que o jeito que ela saltava era mágico. Que ela parecia voar e que ele a invejava por isso. Percebi que nunca dei crédito a esses comentários — ele a estava admirando. Provavelmente debaixo de toda aquela rivalidade infantil havia muitos sentimentos reprimidos. E isso me indignava de tal forma que encontrei meus punhos fortemente cerrados contra o banco. Não, eu não me sentia bem sobre isso. Meena poderia ter qualquer um que quisesse, ela era o protótipo da garota perfeita. Só não era por causa do seu enorme ego e altivez, que faziam as pessoas se afastarem dela. Ela faria um lindo casal com um típico colegial bonito e popular, não com Marvel. Marvel nunca fora dela, não estava disponível. Não para ela.

Minha raiva era puramente mimada e sem fundamentos, eu sabia, porém continuava a nutrir esse sentimento. Quando as respirações ao meu redor ficaram ruidosas e profundas, não tive escolha a não ser me aninhar novamente e fechar os olhos, tentando em vão banir toda a sorte de imagens torturantes de um possível futuro entre Marvel e Meena. Até elas abandonarem meus pensamentos para adentrar meus sonhos.


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Notas finais do capítulo

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