– Então retire seu filho de lá. - falou Gakupo com certa raiva na voz.

– Minha vez de cuidar do Ryuuto! - exclamou Luka feliz puxando a primeira moça na direção dos três – LILY, TETO! Minha vez!

As duas olharam para a rosada e para uma segunda loira de cabelos longos com um curto sorriso. A loira mais velha logo deu um sorriso sacana.

– Riin, necessito de sobrinhos! - pediu Lily sendo arrastada pela ruiva que tinha uma gota na cabeça.

Alguns minutos de silêncio foram necessários após esta frase, Ryuuto olhava para as mais velhas esperando que alguma delas começasse a falar para irem em um brinquedo qualquer.

– Como você aguenta a Lily como melhor amiga? - perguntou Rin pegando a mão do esverdeado enquanto se dirigiam para um brinquedo escolhido por ele.

– Experiência com pessoas assim é que vai lhe acostumar a aturar sua irmã. - respondeu a rosada com um pequeno sorriso.

– Posso fazer uma pergunta? - pediu a loira entrando na fila com os outros dois.

– Claro, estou aberta a perguntas! - comentou a moça, estava vestindo uma blusa longa com um short que ia até a metade das coxas.

– Foi a Lily que... Contou para nossos pais aquilo? O motivo deles terem se separado? - questionou Rin olhando para baixo, fitando seu par de sapatilhas brancas com listras laranjas, usava uma calça jeans azul escura com uma blusa cinza sem estampa por baixo de uma blusa xadrez branca, rosa, laranja, azul e amarela em tonalidades claras.

– Bem... Este é um assunto meio complicado. Acredito que não, pelo o que me lembre, no dia que seus pais descobriram aquilo, vocês três estavam lá em casa. - admitiu Luka olhando para a pequena criança que as encaravam com um olhar interrogativo, sem entender nenhuma palavra sobre o que elas falavam – Acho que tinha sido uma empregada novata naquela época, que tinha entrado na casa de vocês e achou que vocês eram namorados e comentou com eles.

– Não queria que tivesse sido assim... - Rin suspirou dando um pequeno sorriso para o esverdeado, bagunçando o cabelo do mesmo com a mão livre e entrando na fila do brinquedo da Disney que o mesmo queria ir.

– Pobre Rinny. - A mais velha deu um longo suspiro cansado, sabia que a vida da garota não tinha sido uma das melhores depois da separação dos pais.

– Papai, nós vamos nos mudar? - perguntou a garota de doze anos olhando para seu pai de forma interrogativa, vendo as várias malas que tinham espalhadas pela casa.

– Nós? - repetiu o mais velho com um sorriso sarcástico no rosto – NÓS PORRA NENHUMA, NUNCA MAIS SEREMOS UMA FAMÍLIA FELIZ COMO ÉRAMOS ANTIGAMENTE, CULPA SUA E DO ESTÚPIDO DO SEU IRMÃO.

– MEU IRMÃO NÃO É UM ESTÚPIDO! - revidou Rin com lágrimas nos olhos, era difícil ver seu pai assim.

– LEON, NÃO ACUSE NOSSOS FILHOS! - gritou Sweet Ann aparecendo na sala e começando a discutir com Leon.

A mais nova chorava até ser arrastada pelos irmãos para um quarto onde Luka se encontrava tampando os ouvidos, mas ao ver o estado da loira menor correu para abraçá-la.

– Calma querida, se acalme. Isso irá acabar. - contava a mais velha acariciando os cabelos da mais nova.

Len pediu para ficar com a gêmea, a rosada apenas concordou com um aceno de cabeça e desfez o abraço com a pequena, as mais velhas olhavam a cena com pena nos olhos, os gêmeos se abraçaram como se fosse um último momento juntos. Era doloroso ver como a garota se agarrava-se ao gêmeo, pareciam amantes na noite de despedida. Depois deste acontecimento, os gêmeos nunca mais se viram durante cinco anos e as melhores amigas ficaram na promessa que nunca seriam que nem os pais dos três loiros.

– Seu pai iria pirar se descobrisse que você se casou com Len. - disse a mais velha com um pequeno sorriso no rosto, era engraçado pensar na futura reação dos pais do casal de loiros ao descobrir algo tão "absurdo" para os mesmos.

Assim seguiu os mais novos para a fila do brinquedo, já que a loira acenava chamando a de shorts. O brinquedo era um de xícaras giratórias, que cabiam em média quatro pessoas no máximo, rodando ao redor de um bule gigante, Luka olhou uma grande placa que tinha em cima da entrada do brinquedo: Mad Tea Party.

– Lembre-se que este brinquedo é em homenagem ao filme Alice no País das Maravilhas, ouviu? - falou Rin com um sorriso no rosto enquanto via a felicidade nos olhos do esverdeado júnior.

– CHAPELEIRO, CASE COMIGO! - a japonesa mais alta enquanto todas as pessoas olhavam para os três tentando entender o que os mesmos falavam.

Os dois acompanhantes da rosada riram da leseira de Luka e entraram no brinquedo, passaram uns minutos na curta fila do brinquedo e foram, para a infelicidade do trio eles tinham que se dividir, então a Kamui aproveitou para ir com o Chapeleiro Maluco que a chamava com a mão. Rodar em xícaras giratórias não havia sido tão engraçada quanto o esperado, mas o esverdeado se divertida vendo os surtos da rosada enquanto tentava falar com o chapeleiro

– Tiia Luuka, vamos naquele brinquedo, vamos! - pedia o garotinho puxando a mais velha pela mão em direção ao brinquedo desejado.

– Espera menino! - A de shorts corria atrás do pequeno garoto deixando a loira sozinha.

– Forever alone, I wanna be, forever alone. - cantou a de calças começando a rir depois de cantar uma falsa versão de uma propaganda de carro.

Pouco aproveitou da solidão, já que seu marido-gêmeo apareceu logo em seguida com uma face fofa, as garotas japonesas chamariam-o de shota se o visse naquele exato momento.

– Riiin, Cinderela nos deixou um presente. - comentou com um sorriso nos olhos e nos lábios, a moça corou levemente.

– Presente? - repetiu ela deixando a cabeça cair um pouco para a esquerda como um cachorrinho que não entendeu o que o dono disse.

– Sim, ela me emprestou a carruagem dela. E eu não fiz simplesmente nada, ela somente chegou falando "Tome conta desta carruagem" e me deu a chave. - contou com um sorriso já safado presente no rosto, fazendo sua esposa ter um rosto extremamente corado.

Ele puxava a irmã pela mão em direção a tal carruagem que estava falando, que estava em um dos cantos do grande parque, parando ao ver uma abóbora gigante laranja com rodas, quase uma réplica perfeita da carruagem do desenho animado. Assim, ele abriu a porta da mesma após subir os três degraus existentes, deixando sua esposa entrar primeiro, como um cavalheiro.

Dentro da carruagem havia um espaço um pouco apertado, porém espaçoso. A Kagamine estava parada na porta encantada com a pequena beleza do local enquanto era empurrada pelo irmão para entrar no local, fechando a porta logo depois de ambos entrarem.

– Ai menino apressado você se tornou hein. - repreendeu a loira fazendo careta.

– Culpa sua de não ter entrado antes. - argumentou Len olhando para a gêmea com um sorriso um pouco malicioso no rosto.

– Daddy, Mommy! A carruagem da Cinderela está ali!– diziam as crianças do lado de fora apontando para a mesma, enquanto se alojavam ao redor dela, formando um círculo – E existem dois loirinhos dentro!

– Viramos um circo, droga. - comentou o rapaz dentro da abóbora gigante em tristeza.

– Será que eles vão se beijar?– perguntou uma garotinha de aparentemente cinco anos de cabelos castanhos e olhos da mesma cor.

– Não sei, mas espero que sim!– Irradiava-se uma segunda garotinha ao lado dela, esta porém tinha cabelos caramelados com olhos da mesma cor que sua coleguinha.

– Singing with me!– Apareceu um rapaz de cabelos pretos com sotaque forte americano, enquanto começava a cantar, acompanhado pelas outras pessoas, a música Kiss The Girl do filme A Pequena Sereia.

– Nunca, mas nunca mais, lembre-me de alugar a carruagem da Cinderela. - pediu o gêmeo enquanto encarava a multidão de crianças juntamente com seus pais esperando alguma cena dos dois.

A moça já ia protestar sobre o fato dele ter dito que alugou uma carruagem se as pessoas já estivessem no refrão da música.

Sha la la la la la la

My oh my looks like the boy too shy

Ain't gonna kiss the girl

Sha la la la la la la

Ain't that sad

Ain't it a shame too bad

You're gonna miss the girl

Go on and kiss the girl

(kiss the girl)

O irmão sorriso sacana, obedecendo então o que estava sendo mandado, puxando sua esposa para perto de si e assim finalmente beijando-a, fazendo acontecer maior gritaria da parte de fora do automóvel. O beijo ia se intensificando ao dançar das línguas do casal que fazia o uso das mesmas para explorar a boca tal conhecida por ambos.

– Mammá, o que eles estão fazendo agora?– perguntou uma garota random de no máximo oito anos.

– Se beijando minha filha, demonstrando o amor existente entre eles.– respondeu com um sorriso no rosto ao ver que o marido a abraçava sorridente.