Vento no Litoral escrita por Janine Moraes, Lady B


Capítulo 38
Capítulo 38 - Aceitação


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo se desenvolveu meio rápido, mas mesmo assim gosto dos momentos Igor e Malu, pq flui tão fácil.
Capítulo dedicado a Claudia Boo, pela LINDA, maravilhosa e incrível recomendação. Não tenho palavras pra agradecer, uma das coisas mais bonitas que já ouvi sobre a história sem dúvida. Obrigada do fundo do coração pela recomendação tão perfeita e por todo o carinho, viu? ♥♥



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Igor me empurrou em direção a porta da casa de minha mãe. Era estranho me sentir tão nervosa. A manhã na praia fora incrível, no apartamento assistir o filme também e ter Eduardo adormecido segurando minha mão me enchera de doçura. E agora a noite, todos de banho tomado e prestes a ter o famoso jantar com a minha mãe, algo tão comum, me deixava tensa. Acho que era porque, quando éramos somente, Edith, eu, Pablo, Igor e até mesmo Eduardo, a situação parecia muito normal. Muito... perfeita. Mas entrar naquela casa e dar de cara com Ceci, Alexandre e minha mãe e me lembrar de tudo que passara me deixava desconfortável. Afinal de contas, Igor fora meu cunhado e Eduardo era a prova que ele seria lembrado por isso para sempre.

– Ei, vamos lá. – Ele sorriu, me empurrando por trás, as mãos na minha cintura. Eduardo já dentro da casa com Edith e Pablo. – Eu estou aqui, lembra?

– Só isso que importa. – sussurrei, ainda temerosa. Ele beijou minha nuca, seu hálito quente me dando uma leve segurança.

– Exatamente. – O deixei me guiar e segurar minha mão quando entramos na casa. Todos sorriram, nos cumprimentando, mas logo o choque abateu em suas expressões quando notaram nossas mãos unidas. Procurei me soltar, mas Igor a apertou ainda mais. Firme, me passando segurança. Então minha mãe abriu um sorriso enorme e correu em nossa direção, nos prendendo em um abraço.

– Aleluia! – Ela disse, fazendo Igor gargalhar. Logo, se afastou, segurando a minha mão livre. – Oh, querida!

– Mãe, você está entendo meio errado. – cocei a cabeça, embaraçada com a situação e meio surpresa com sua reação.

– Então não me esclareça nada! Estou tão feliz! – Ela sorriu, puxando Igor para o sofá como se fosse realmente seu genro, já que agora ela tinha realmente motivos. Ceci estava me olhando curiosa, se aproximando.

– Finalmente? – Ela perguntou insegura.

– Mais ou menos. – respondi, mordendo o lábio enquanto observava Igor beijar minha mãe no rosto carinhosamente. Ela me olhou curiosa, sua expressão tristonha.

– Malu?

– Sim?

– Me faz um favor? – Fiquei atenta a sua pergunta, era tão raro Ceci pedir algo para mim. – Não pensa em mim, ou no que todos vão pensar.

– Eu...

– Ta na sua cara isso. Passou. E... Igor ama tanto você. E ele faz meu filho tão feliz. Eu o amo de certa forma, entende? E cansei de ser egoísta em relação a ele. Você é a única pessoa que sei que vai o fazer feliz. Então, por favor...

– Ei. Para de se sentir culpada, ok? – segurei suas mãos geladas entre as minhas. – Como você disse, passou. E eu amo tanto, tanto o Eduardo também. Não o vejo como um problema e nunca poderei, ok?

– Só se você parar de ser tapada e não deixar esse homem escapar.

– Acho que nem se eu quisesse eu poderia, porque vocês todos sabem que não quero. – revirei os olhos e ela me abraçou com força. Minha mãe logo nos puxou para a conversa, falando de assuntos leves, claramente mostrando que estava contente por nós sem precisar de muitas preocupações. Alexandre parecia estupidamente feliz junto com Ceci enquanto falavam sobre o casamento bem próximo agora. E quando Edith deu a notícia de que estava grávida, minha mãe chorou como se os dois fossem seus filhos. Deixando ambos vermelhos e fazendo Igor e eu ficarmos as gargalhadas. E assim o jantar transcorreu mais feliz do que nunca. O ambiente calmo e acolhedor.

No final das contas, depois do jantar, acabei na cozinha ajudando minha mãe com a louça. Minha cabeça dando leves voltas, toda aquela aceitação me confundia. Tudo esquecido, enterrado, como se algumas semanas eu não estivesse noiva e quase matando Igor, como se todos aqueles anos não tivessem existido.

– Mãe... – pigarreei, tentando iniciar o assunto, secando o prato com cuidado especial. – Você realmente acha isso... certo? Mesmo com Ceci, Eduardo e tudo o mais...?

– Sabe o que eu realmente acho, Maria? – A encarei com atenção. – Todos nós temos e teremos algumas chances no amor, querida. Assim como eu tive com meus últimos maridos, que não deram certo, infelizmente. Você teve com Igor várias e várias chances e; por motivos maiores, não deu certo, mas isso não significa que não vá dar certo agora. Não podemos desistir do que a gente ama só por causa do que os outros pensam. Sabe quantas vezes já ouvi que estou velha demais para conseguir um novo namorado? Tantas e tantas vezes que me deram novos cabelos brancos e nem por isso quero desistir de encontrar alguém que me queira, alguém que me queira como vejo seu Igor te querer, mesmo eu sendo tão ‘velha’. – estremeci ao ver minha mãe chamar Igor de ‘meu’. – É tão óbvio o quanto que vocês se amam, todos nós vimos isso. E só o que importa é que você não desista desse sentimento por opiniões alheias, entende? Decida se você realmente quer Igor, por si mesma, sem julgamento dos outros. Tudo que eu quero é ver vocês dois felizes. Mas antes de você pensar em iniciar tudo de novo, me diga, tem certeza de que é isso que você quer?

– Eu quero viver um dia de cada vez. – Queria me sentir em paz comigo mesma, sem tentar manter-me inteira ou fazer algo errado. E eu me sentia assim nos últimos dias, com... Igor. Sem pressões, só indo com a maré. – É isso que eu quero.

– Então, que assim seja! Não tente colocar a carroça na frente dos bois. Deixa Igor te mostrar como você o faz sentir, mostre a ele como ele a faz sentir. Vocês ainda vão discutir e ter muitos ciúmes um do outro, também porque ambos são bem explosivos e diferentes um do outro. Mas se no final isso bastar, fiquem juntos. Não fique pensando nos ‘e se...’ E em ‘certo’ e ‘errado’. Ou nos outros.

– Eu não consigo evitar.

– Então tente, mude seus hábitos, querida. – Ela disse, os olhos doces. – É só costume que a faz pensar assim.

– Obrigada. – sorri de leve para minha mãe, me sentindo mais tranquila. Notando agora como ela me parecia mais sábia e também um pouco mais velha, com seu cabelo castanho começando a adquirir em alguns pontos específicos um tom meio grisalho, mas ainda assim ela estava muito bela.

– Disponha. – Ela sorriu, voltando atenção a sua louça.

– E aí, alguém quer ajuda com a louça? – Igor apareceu sorridente.

– Claro. – Minha mãe piscou para mim marota e caminhou até Igor, lhe entregando a bucha, fazendo com que Igor adquirisse uma cara impagável enquanto minha mãe se retirava da cozinha. Ri baixo de sua expressão, secando um copo e o guardando no armário, o vendo vacilante dar de cara com a grande quantidade de louça que ainda sobrara.

– Eu podia jurar que ela ia negar ou pedir para que eu guardasse a louça. – Ele confessou, isso me fez rir mais.

– Pelo visto você não conhece a Dona Betty tão bem.

– Fui enganado.

– Lave logo a louça, seu dia de escravo do lar não acabou.

Ele bufou, me sujando levemente na bochecha com a espuma da bucha, me fazendo rir de seu bico infantil enquanto começava a lavar a louça. Volta e meia tentando me sujar com a espuma e se molhando no processo. Me fazendo praticamente ficar sem ar de rir com seu jeito desajeitado. Algo remexia-se em meu peito, em vibrações felizes, era quase felicidade que tomava conta de meus poros, fazendo com que o sorriso não abandonasse meu rosto. Um dia de cada vez eu havia dito. Talvez minha mãe tivesse certa, eu devia começar a ver no que era melhor especificamente para mim e afogar meu orgulho de vez.


~*~



Depois de um jantar animado, lavar a louça e ver Eduardo caindo de sono durante a conversa, vimos que estava tarde demais para quem passou uma tarde bem agitada, precisávamos dormir. Voltamos os quatro para casa e Edith resolveu dormir na casa de Pablo sem cerimônia, então lá estávamos nós, subindo as escadas apoiados um no outro. O braço de Igor jogado sobre meus ombros; quando chegamos ao nosso andar me afastei de seu toque com relutância, procurando minhas chaves na minha bolsa. A voz de Igor me surpreendeu.

– Sua mãe gostou em relação a tudo e etc. Sei que estava preocupada com isso. – Ele sorriu para mim.

– É... É meio que um alívio. – Não queria nem pensar em como seria lidar com algum tipo de olhar reprovador de minha mãe, tornaria tudo ainda mais difícil.

– Isso a ajudou a escolher a ficar comigo, certo?

– Sempre forçando a barra, Igor. – escondi um sorriso.

– Faço o que posso ué. – ri baixo, parando em frente a minha porta.

– Então... Boa noite. – Me virei para abrir a porta, mas Igor me prendeu, suas mãos tirando a chave dos meus dedos e seus lábios procurando os meus, me deixando surpresa. Enquanto ele abria a porta do meu apartamento, sua mão na minha cintura ia me guiando para dentro habilidosamente enquanto eu me distraia com o movimento de sua língua entre meus lábios, me arrancando suspiros involuntários ao sentir seu gosto em minha língua. Ele havia me enganado, pois logo estava dentro do meu apartamento, a porta fechada, a sala a penumbra e um olhar malicioso estampando seu rosto.

– A senhorita se lembra daquele tapinha que me deu?

– Ops... – ri baixinho, sentindo um comichão me dominar o ventre, as pernas tremendo levemente e meu coração acelerando de antecipação, o sorriso se recusando a deixar meu rosto.

– Sabe o que eu reparei? Você não tem nenhuma desculpa pra me mandar embora agora, porque o Eduardo ficou com a mãe hoje. Ou seja, a inocência dele estará a salvo, enquanto a nossa não.

– Igor! – corei levemente, o fazendo sorrir mais ainda.

– Sabe o que eu reparei também?

– O que?

– Eu nunca dormi no seu apartamento. – Ele continuou sorrindo. – Não é interessante?

– O meu sofá vai ficar contente em te receber. – indiquei o sofá, enquanto ele me forçava a andar para trás segurando minha cintura.

– Um espaço tão pequeno pra nós dois, Malu. Realmente não quer desgrudar de mim, hein?

– Idiota.

– Não, não... Só feliz. – joguei meus braços ao redor seu pescoço, o puxando pela nuca, o deixando me beijar Suas mãos acariciando minhas costas por dentro a blusa, descendo vagarosamente, me fazendo rir de sua vingança. – Eu avisei que você me pagava.

Ri baixinho, notando agora que a sala estava na penumbra e um olhar malicioso estampando seu rosto, eu não teria escapatória e ele sabia que eu não tentaria fugir. Deixei-o voltar a me beijar e me deitar no sofá em um movimento rápido, me fazendo arquejar, suas mãos subindo pela minha perna vagarosamente, meu corpo ardendo lentamente. Fiquei a mercê de seus beijos e toques, com uma satisfação quase imprópria.


~*~


O dia no planetário passara estupidamente rápido. Pablo e Edith haviam ido hoje ao obstreta, para sua primeira consulta, ambos absolutamente elétricos e paranoicos, fazendo com que nos divertíssemos muito com a situação. Eu e Igor combinamos de nos encontrar no estacionamento para jantarmos e irmos juntos para casa, coisa que praticamente virara rotina, já que provavelmente ele zanzaria pelo Planetário todo o dia, fazendo com que fosse quase impossível nos encontrarmos e de lá seguirmos para o hospital, mas olhando meu relógio vi que ele estava atrasado.

Encostei-me ao carro de Igor, um dos primeiros da vaga colocando minha pasta no teto e cruzando as pernas. Ameaçando ligar para ele. Então olhei para a entrada do estacionamento, para minha surpresa Carlos conversava com o senhor Gasques, pareciam estar se despedindo, pois vi Carlos caminhando nesta direção sem me notar sequer. Tentei ficar parada e cogitar me esconder atrás do carro, mas foi um pensamento inútil, ele me vira. Não parecia nem um pouco surpreso ao caminhar em minha direção.

– Acho que na verdade você está me seguindo, Malu. – Ele disse, enquanto se aproximava de mim.

– Eu trabalho aqui. Já você...

– Sou amigo do Gasques. – Ele explicou. – Estudei com a mulher dele na faculdade, coincidência, hã?

– Demais. – Ridículo até toda essa coincidência, pensei.

– Você está muito bonita hoje. – Ele sorriu, gentil.

– Obrigada. – disse, friamente. Queria entender o que se passava na mente de Carlos, mas era quase impossível decifrar sua expressão. – Não estava indo embora?

– Me parece muito mais interessante ficar aqui, conversando com você;

– Estou esperando alguém. – avisei, tentando dar a entender que queria que ele fosse embora. Não queria nem ver o que Igor faria se o encontrasse aqui.

– Não faz diferença por mim, exatamente por isso não perguntei.

– Sua arrogância é admirável. – disse, insuportavelmente ironia. Ele sempre tivera toda essa arrogância, terrivelmente irritante.

– Um começo essa sua admiração. – revirei os olhos. – Que tal repensar um almoço ou jantar?

– Alguém já disse que você é super irritante?

– Vamos lá. – Ele sorriu. – Não custa nada.

– Esqueça. – recusei, firmemente. – A Malu de antigamente teria horror a sair com você e pelo visto a de atualmente também.

– Está me vendo com seus olhos adolescentes, Malu. Sou mais do que isso.

– Claro. – disse, ironicamente. Não me sentia confortável em sua presença, ele me deixava... desconfortável, absolutamente desconfortável. Então, para meu horror ele se aproximou subitamente, sua proximidade me incomodando.

– Comece a pensar diferente.

– Não. – respondi duramente, isso fez algo queimar em seus olhos. Então ele me puxou pelo braço e antes que eu pudesse perceber seus lábios cobriram os meus violentamente. Espalmei minhas mãos atrapalhadamente em seu peito, o empurrando com brutalidade. Ele tropeçou levemente e eu dei alguns passos para trás, esbarrando novamente no carro de Igor. Meus olhos arregalados.

– O que pensa que está fazendo? – disse, absolutamente chocada. Ele se aproximou a passos rápidos novamente, suas mãos tentando voltar a me puxar.

– Eu vou arrancar suas mãos se você não a soltar agora, filho da puta! – No choque Carlos realmente me soltara quando ouviu a voz de Igor. Fui para perto do mesmo, tentando contê-lo de fazer bobagem e também porque me sentia mais segura e calma quando era ele com os braços ao meu redor. – Eu vou matar você.

– Igor. – sussurrei.

– Tente encostar nela mais uma vez e eu realmente mato você. – Ele disse, a voz dura e rígida, rouca de raiva, seus braços me apertando contra si, indicio claro de que se não fosse por mim Carlos provavelmente não estaria consciente ainda. Já este continuou em silêncio, os dois medindo olhares.

– Vá embora de uma vez, Carlos. – pedi, prevendo que logo teríamos uma catástrofe aqui. Carlos olhou para mim por alguns segundos, então virou as costas e caminhou até seu carro, passando rapidamente por nós. Enquanto a mão de Igor mantinha-se rígida em meu braço. O apertei no abraço, levantando a cabeça, deixei minhas mãos subirem até seu rosto, passando pelos seus ombros tentando fazê-lo relaxar, o puxando para baixo, o fazendo me olhar.

– Desculpe por isso.

– Não foi sua culpa. – Ele disse, mas seus olhos me pareceram um pouco vagos.

– Obrigada por me ‘salvar’.

– Malu, por favor, fique longe dele. – Ele disse, a voz rouca, seus olhos agora nos meus. – Não gosto do jeito que ele te olha. Do jeito que...

– Ei, não se preocupe. Ele só se exaltou.

– Ele é um tarado! – Ele disse alto, a voz firme e sem um pingo de gentileza. Definitivamente estava alterado. – Que droga, Malu. Não o defenda!

– Não estou defendendo, ta legal? – expliquei, o apertando contra mim, tentando fazer com que sua rigidez diminuísse, que seus olhos deixassem de serem tão duros e queimarem nos meus. – Só quero que você relaxe.

– Não consigo relaxar. Só consigo me sentir arrependido de não ter quebrado ele ao meio. – ele disse, entre dentes, a voz rouca de raiva.

– Igor, por favor. Não quero discutir. – bufei, sentindo o estresse ameaçar me castigar ainda mais.

– Certo. Tudo bem. Tudo bem. – Ele respirou fundo, segurando meu rosto entre suas mãos, me fazendo olhá-lo, seus olhos lentamente fazendo eu me sentir quente e tonta. – Mas eu vou realmente matá-lo da próxima vez. Você é minha. Sabe disso, certo?

– Só sua. – sussurrei, quase hipnotizada.

Igor me abraçou, o momento tenso se dissipando. Me abracei a ele, sentindo que ele relaxava ainda mais enquanto eu acariciava minhas costas. Sussurrou no meu ouvido:

– Jantar?

– E depois ficar em casa? – perguntei, pensando se conseguiríamos esquecer esse momento dessa vez. Sentia repulsa só de pensar novamente no toque de Carlos.

– Na minha ou na sua? – Ele perguntou, claramente curioso.

– Na sua. – respondi, ele sorrindo lindamente para mim ao saber o que aquilo significava.





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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi mesmo rápido, seguiu a mesma linha do outro paz~amor~tensão. Mas acabou calmo até. Cara, estou com praticamente todos os capítulos escritos e talz. Review ajudam bastante a finalizar os dois que faltam e pãns. Então, né KKK Obrigada aos lindos reviews que recebi e até breve :))) Ahhh e Feliz dia dos Pais!



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