Minha Kate escrita por judy harrison


Capítulo 10
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Kate enfim sabe da verdade, mas isso em nada diminui seu amor por Logan, mas ela agora o quer só para si.



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Kate nada disse, apenas correu de volta para o carro.

Janice esperava aquela reação, havia ligado para Winston antes e avisado que levaria sua filha para conhece-lo. Contou também o que aconteceu com o homem que Laisa deixou por causa da gravidez, e que Kate levaria um tempo para entender a situação.

Mas Kate não queria saber quem ele era, pois não o aceitava como pai. Ela ficou confusa, não achava que Janice a enganaria. Porém, não aceitava também que Logan o fizesse. Seu amor por ele ia além de serem pai e filha ou não, mas ela aprendeu a chama-lo de pai, e não o via de outra forma.

Janice voltou para o carro, esperava a reação negativa de Kate. Então esperou que ela falasse primeiro.

_ Por que fez isso comigo, madrinha? – estava triste e decepcionada.

_ Por que quero o seu bem.

_ Tirando de mim a pessoa que mais amo na vida?

_ Sei que é difícil pra você ouvir isso, Kate, mas Logan mentiu. Ele pode tratar você como filha, e gostar de você, mas não é quem você pensa. – Kate chorou, não suportava ouvir aquilo, não queria aceitar –  Sua mãe estava grávida do homem que você viu. Por esse motivo ela deixou Logan e foi morar com ele. Os dois depois se separaram e ela conheceu seu pai que a criou. Laisa nunca deixou que Winston se aproximasse de você...

Transtornada, Kate aproveitou a parada no semáforo para abrir a porta do carro e correr, sem olhar para trás.

Kate foi andando por algum tempo até se lembrar onde estava e qual condução devia tomar para voltar pra casa. Sentia seu mundo desabar sobre sua cabeça. Ela amava e respeitava tanto a Janice quanto a Logan. Mas decidiu seguir o que em sua opinião era o mais correto. Se Logan a assumiu, por que desistiria dele? E em seu coração  havia a decisão tomada. Ficaria com Logan.

Quando ela chegou, estava exausta. Já era noite, e não havia ninguém na casa exceto Marina.

Marina a recepcionou com um abraço de alívio.

_ Oh. Kate! Graças a Deus você esta bem! Onde esteve!

Kate olhou sobre os ombros de Marina procurando por Logan.

_ Está tudo bem. Eu ia buscar um presente surpresa para meu pai, mas daí uns homens começaram a me seguir. Eu fui parar longe daqui...

_ Meu Deus! E eles fizeram algo com você?

_ Não, nem chegaram a falar comigo. Onde está meu pai?

Ela lamentou.

_ Está dormindo agora, precisou tomar calmantes. Quando seu pai notou sua falta, ele surtou. Ele começou a chamar você por toda a casa e depois saiu com Roby, te procurou pela cidade. Quando não te encontrou, ele ficou ainda pior. Nos tivemos que cancelar a ceia e tudo mais.

_ Eu sinto muito, Marina.

_ Tudo bem, o importante é que você está bem.

_ Eu posso ir vê-lo?

_ Sim, ele está no seu quarto, quis dormir lá para esperar por você.

Kate sentia-se diferente, como se tivesse acordado de um sonho. Saber a verdade sobre sua vida mudou tudo em que ela acreditava, menos o amor que sentia por Logan. Ela olhava para ele, dormindo em sua cama, tão tranquilo. Pensou nas vezes em que o beijou e como foi correspondida, não tinha dúvidas de que ele a respeitava como pessoa, sendo filha ou não.

_ Mesmo que tenha mentido pra mim, eu ainda te amo!

Depois de trancar a porta com a intenção de falar com ele, ela tentou acorda-lo.

Mas Logan dormia profundamente.

Kate ficou pensativa, sabia que ele tinha tomado calmantes e era a razão de não conseguir desperta-lo.

_ Posso fazer o que quiser, que você não vai acordar, não é?

Ela disse passando a mão sobre os cabelos dele.

Inevitavelmente, ela acabou por se lembrar do que houve dois meses atrás, quando teve estranhas sensações durante a noite. Então entendeu tudo, do que se tratava aquele remédio para “curar a tristeza”.

Para ela, porém aquele fato não era visto como delito, mas como um ato de amor.

Depois de um bom tempo dormindo, Logan acordou e viu a bolsa de Kate na poltrona.

Ele correu para a sala e a viu falando com Marina. Ambos se abraçaram.

_ Oh, Kate Graças a Deus!

Enquanto a abraçava, pensava em lhe perguntar se ela foi ver Janice, então com ar de pai bravo, pediu que Marina desse licença para que eles fossem à casa da piscina para conversar.

Lá ele tentou ser natural.

_ Você foi ver sua madrinha, Kate?

_ Sim, papai, mas não se preocupe. Nada que ela disse vai separar a gente.

Ele não queria perguntar se Janice lhe disse algo, pois temia saber que foi enfim desmascarado, como Janice disse que faria.

_ Fico feliz com isso. Mas você não devia ter saído sem avisar. Quase me deixou louco, eu nem quis saber do pessoal que estava aqui. Minha preocupação era te achar, e eu iria até o fim do mundo, mas te encontraria! - ele acariciou o rosto dela com afeto.

_ Me desculpe por estragar seu natal, papai. Achei que daria tempo de voltar.

_ O importante é que você está bem, minha filha. Eu estava muito triste para celebrar...

_ Por isso Marina deu a você aquele remédio que cura tristeza?

_ Como?

_ O remédio, igual ao que você me deu no dia em que eu queria viajar com Marina, não é?

Sem saída ele confessou.

_ Sim, você estava tão triste que eu achei que não conseguiria dormir.

_ Você é muito bom pra mim, papai. Eu amo você!

_ Eu também te amo, querida.

Ela o abraçou com ternura, e começou a beijá-lo, mas daquela vez o beijou nos lábios, ao mesmo tempo em que ele se afastou assustado.

_ Kate, não pode fazer isso!

_ Mas a gente se ama, isso é normal!

_ Não, Kate! Pai e filha não se beijam assim! Olhe, é melhor que desçamos para tomar um chá, está bem?

Ela foi com ele, segurando em sua mão e ele achou aquilo muito estranho. Mas o beijo que ela deu acabou por mexer com seus instintos, de modo que ele precisava cumprir com o que prometeu a si mesmo, que se controlaria.

Com a mesa de chá posta, Kate aguardava por Logan, que pediu que ela esperasse para falar com Marina.

Na verdade Marina era sua via de escape.

Mas Kate cansou de esperar, e foi até o quarto do casal. E ao abrir a porta sem bater se deparou com Logan e Marina nus, sobre a cama e abraçados.

Assustada, Kate correu para a rua, e correu bastante até se cansar. Sentou-se no meio fio e chorou muito, sentia vontade de morrer.


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