L.C. - Hogwarts. escrita por IuriGomes


Capítulo 3
A Varinha.




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Capítulo 3

 A Varinha

   Matthew continuou o resto da semana em seu quarto, ou assim pareceu. Landon se empenhou para descobrir o que seu irmão tanto fazia. O gato também o intrigava, sempre que alguém fazia referência a seu dono, o felino se dirigia o mais rápido que podia para o quarto de Matt. Mesmo fazendo o possível, Landon não descobriu nada e na sexta-feira a noite decidiu tomar alguma atitude, se não conseguia descobrir nada sobre onde seu irmão visitava toda tarde, ele descobriria sobre o gato.
- Matt, onde você comprou esse gato mesmo? – Disparou Landon quando, finalmente a porta se abriu.
- Ah, você está aí?! – Disse Matthew parando logo que viu seu irmão – Ganhei de um professor... Mencionei isso em uma das minhas cartas, não?
- Sim, só achei estranho – Disse Landon, pensativo – No primeiro ano quando nossos pais o ofereceram um animal você recusou...
   Um silêncio constrangedor desceu sobre eles.
- Bom... Preciso enviar uma carta – Disse Matthew apontando para sua mão esquerda que segurava um envelope.
   Dizendo isso, fechou a porta de seu quarto e dobrou o corredor. Landon desceu as escadas e foi para a sala onde seus pais jogavam xadrez e mais uma vez, sua mãe ganhava.


   Logo que amanheceu todos estavam de pé. Meio sonolentos, eles tomaram café e comeram suas torradas.
- Landon me dê a lista dos seus materiais, quero ver o que teremos que comprar – Disse Sue enquanto seu filho desdobrava a lista.



ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

 Uniforme
           Os estudantes do primeiro ano precisam de:
                       1. Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (pretas)
                       2. Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário
                       3. Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar)
                       4. Uma capa de inverno (preta com fechos prateados)
           As roupas do aluno devem ter etiquetas com seu nome.

          Livros
          Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:
                Livro padrão de feitiços (1ª série) de Miranda Goshawk
                História recente da magia de Dion Scarlet
                História da magia de Batilda Bagshot
                Transfiguração: A arte de transformar de Samuel Slukinshaper
                Mil ervas e fungos mágicos de Fílida Spore
                Bebidas e poções mágicas de Arsênio Jigger
                As forças das trevas: Criaturas, maldições e contra-feitiços de Petrus Schmidt


          Outros Equipamentos
                1 varinha mágica
                1 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)
                1 telescópio
                1 balança de latão
         Os alunos podem ainda trazer uma coruja
OU um gato OU um sapo.

         LEMBRAMOS AOS PAIS QUE OS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM USAR VASSOURAS PESSOAIS.

- Temos um bocado de coisas para comprar – Disse Sue passando os olhos na lista mais uma vez.
- E então pessoal? Podemos ir agora? – Disse Paul entrando na cozinha com um saco pequeno, cor de sujeira, na mão – Temos que comprar pó de flu, querida.
- Sim, sim, resolveremos tudo hoje.
   Então os quatro se dirigiram a sala, lá ficaram parados a frente da lareira enquanto Paul sacava a varinha e, no momento que ele apontou para a lareira, grandes chamas apareceram no interior dela.
- Eu vou primeiro – Anunciou Paul.
   O homem pegou uma pitada de um pó negro no saco que segurava e jogou no fogo, as chamas se tornaram verdes e cresceram em demasia. Ele entrou na lareira e lá disse em alto e bom som “Beco Diagonal” e com um rodopio, sumiu e as chamas voltaram a sua cor original. Depois foi a vez de Matthew, entrou nas chamas verdes e logo desapareceu. E então foi a vez de Landon, ele entrou nas chamas verdes-esmeraldas que eram como uma brisa morna, quando anunciou “Beco Diagonal” seu corpo girou no mesmo lugar e tudo escureceu, várias lareiras apareceram como num filme e então ele parou. Quando saiu da lareira, estava em um bar com suas mesas ocupadas por homens que riam e bebiam uísque de fogo. Seu pai e seu irmão estavam parados a alguns metros e quando se juntou a eles, sua mãe saia da lareira. O bar, Caldeirão Furado, era o meio mais usado e comum de se chegar ao Beco Diagonal, que era o maior comércio bruxo em Londres.
   Os quatro andaram em direção a uma porta, Landon foi o ultimo a passar e quando todos estavam reunidos, se viram parados em frente a uma alta parede de tijolos. Paul sacou a varinha e com ela tocou alguns tijolos em uma certa ordem e quando terminou, o muro de tijolos começou a tremer e aos poucos eles foram se reorganizando até formarem um grande arco para a rua bruxa.
   Landon já estivera ali várias vezes, mas estar lá para comprar seus materiais era diferente. A rua de pedra se estendia, cheia de lojas das mais variadas coisas: lojas de ingredientes para poções, lojas para artigos de quadribol, de vestes, de varinhas...
- McGray... Ei, McGray – Ouviu-se uma voz rouca.
   Lá estavam, um homem gordo, corpulento de cabelos castanhos e olhos verdes, um garoto que parecia  uma miniatura do pai e uma mulher gorduchinha com os cabelos pretos enrolados em um coque.
- Como vai Sra. O’Donnel? – Disse Paul cumprimentando a mulher – E o jovem Brian? – Disse enquanto bagunçava o cabelo do garoto.
  Depois de todos se cumprimentarem, decidiram ir ao banco. Gringotes, o banco dos bruxos se erguia ao final da rua, era branco e imponente. Logo que se aproximaram puderam ver a entrada. Uma grande escadaria de pedras brancas, grandes portas de bronze encerravam a escadaria e ao lado de cada uma, um duende com uniforme vermelho e dourado. Pareciam anões, possuíam mãos e pés desproporcionais e orelhas pontudas, e o que mais chamava a atenção eram suas expressões sérias. Brian pareceu notar também.
- Caras estranhos, esses duendes, não? – sussurrou Brian para Landon assim que cruzaram as portas de bronze – Parece que fortaleceram a segurança desde que o banco foi assaltado... Não sei a história direito, mas os ladrões fugiram montados em um dragão!
- Sim, já ouvi contarem... Impressionante! – Comentou Landon, imaginando a cena.
  O saguão do banco era grande e atrás dos balcões, dezenas de duendes estavam realizando suas atividades diárias. As duas famílias se separaram e os McGray encontraram um balcão vazio no canto esquerdo do saguão.
- Bom dia – Cumprimentou Paul cordialmente – Quero fazer uma retirada – Disse Sr. McGray mostrando uma pequena chave dourada.
- E qual o número do cofre? – Perguntou o duende.
- Mil seiscentos e seis.
- Nosso duende irá acompanhá-los até seu cofre – Disse o duende entregando a chave a um segundo.
   O duende se dirigiu a uma porta próxima e a abriu para que eles passassem, o corredor a seguir era de pedra como uma masmorra e archotes acesos nas paredes iluminavam o local, o corredor dava em algo que parecia muito uma montanha-russa, a espera deles estava um vagonete que coube todos bem acomodados. Essa era a parte que Landon mais gostava. O cofre de sua família não era o que podia se chamar de próximo, assim, viagem de vagonete poderia ser aproveitada. Enquanto eles desciam e subiam por aqueles trilhos, era possível ver várias passagens e cofres passando a alta velocidade. O cofre da família não era muito profundo no subsolo do banco. Quando chegaram. Com a chave em mãos, o duende a encaixou na fechadura, levantou seu braço direito, e foi descendo-o devagar enquanto girava a chave da porta. Quando a porta se abriu, um morro de pequenas moedas de bronze, prata e ouro se erguia no interior do cofre. Depois de apanhar uma boa quantia, Sue voltou para o vagonete e este, voltou a correr sobre os trilhos. Ao chegarem ao saguão do banco viram que os O’Donnel já haviam terminado suas atividades.
   Assim que saíram do banco, enquanto o sol queimava suas cabeças, eles se dividiram.
- Iremos comprar os livros e as vestes – Disse Sue para as crianças – Vocês compram o resto e nos encontramos no Caldeirão Furado em uma hora.
   Com os bolsos cheios de moedas, eles subiram a rua imaginando o que deveriam comprar primeiro.
- Vamos comprar nossas varinhas primeiro – Sugeriu Landon a Brian.
E os dois foram em direção a uma loja com o nome Olivaras: Artesãos de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C.,pois Matthew já sumira na multidão. A primeira impressão que tiveram do local era que ali não teria espaço para mais nada, as paredes estavam abarrotadas de pequenas caixinhas, um menino acabara de comprar sua varinha. Depois que ele e seus pais saíram, a loja esvaziou um pouco. O vendedor que já parecia bastante idoso, com seus cabelos inteiramente brancos, começou a andar pela loja e retirar algumas caixinhas das prateleiras e colocou-as no balcão.
- Sr. McGray... Lembro-me do senhor quando veio comprar as varinhas de seu irmão certo? – Disse o homem examinando o outro garoto – E o Sr. É...
- Brian O’Donnel, senhor.
- Ah sim, me lembro do seu pai... Mogno, vinte e seis centímetros, flexível – Disse o homem, mais para si do que para os meninos.
   Depois de selecionar as caixinhas, ele chamou Brian para comprar a sua.
- Lembre-se garoto, a varinha escolhe o bruxo e por isso experimente algumas – Disse o homem abrindo uma caixinha e tirando uma varinha de lá – Macieira, trinta e dois centímetros, rígida.
   Quando O’Donnel segurou a varinha e fez um movimento amplo, uma grande nuvem de fumaça negra saiu de sua ponta e com ela um cheiro de ovo podre.
- Não, não... Experimente esta, mogno e fibra de coração de dragão, trinta centímetros, flexível.
 Ao realizar um movimento como o anterior, faíscas de diversas cores saíram da ponta da varinha.
- Parabéns! Espero que o senhor e essa varinha produzam grandes feitos – Disse o senhor apertando a mão de Brian. – Agora, é sua vez, Sr. McGray.
   O homem sumiu no meio de estantes apinhadas de caixinhas, depois do que pareceu muito tempo, ele retornou.
- Experimente esta, macieira com pêlo de unicórnio, trinta centímetros, flexível e maleável.
   Landon procurou fazer um movimento curto com a varinha e quando o fez, ela soltou um forte assovio e poucas faíscas saíram de sua ponta.
- Muito bem, muito bem! – Aplaudiu o homem – Realmente incrível, de primeira...
   Com a sensação de que eram realmente bruxos, agora que possuíam uma varinha, os dois visitaram todas as lojas que puderam e quiseram. Depois de comprar todos os itens que faltavam de sua lista, deram uma pequena olhada na loja de animais. Corujas, gatos e até sapos estavam em gaiolas espalhadas pela loja.
- Eu até gosto deles, mas não vou comprar nenhum. Dão muito trabalho. Precisam ser alimentados e cuidados. Isso não é para mim – Respondeu Brian, quando Landon perguntou se ele não compraria um animal.
   Landon também não se familiarizou com nenhum daqueles animais.
   Eles passaram boa parte do tempo em Gemialidades Weasley, uma loja com vários artigos incomuns e curiosos. Brian gastou seus últimos galeões comprando algo chamado Kit Mata-aula, apenas para precauções, segundo ele.
   Depois de uma hora, os meninos com suas compras e sem boa parte do dinheiro, foram para o Caldeirão Furado, onde Matthew já se encontrava sentado em uma mesa e aos seus pés, muitas sacolas. Depois de um certo tempo, os adultos chegaram. Os homens carregavam braçadas de livros e as mulheres coisas menos pesadas. As duas famílias almoçaram juntas no Caldeirão Furado e depois cada uma voltou para seus afazeres habituais. Em casa, Landon guardou todo seu equipamento em seu quarto e assim que teve tempo, começou a ler seus livros didáticos e estava fascinado com tudo que aprenderia aquele ano. Não poderia se agüentar de ansiedade. Faltava apenas um mês para o inicio de seu ano letivo.


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