Percy Jackson - Vida Normal escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 13
Capítulo 13




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PERCY

            Eu estava deitado, em um gramado e esse gramado se estendia até o horizonte. Eu estava sozinho ali, pelo menos era o que eu pensava, senti uma presença atrás de mim, me virei e a vi, como se nada nunca tivesse acontecido, Valeria.

-V-Valeria?

-Oi Percy – ela disse com um sorriso no rosto

-Você está viva!

-Não Percy, eu continuo morta

-Então isso significa que eu...

-Não, você não morreu, e nem vai

-Então como eu estou falando com você?

            Ela olhou para o horizonte pensativa e depois voltou a me olhar

-Você está sonhando agora, então eu aproveitei essa brecha e entrei

-Entendo – falei baixando a cabeça

-Não fique assim Percy

-E como não ficar? Você morreu por minha causa

-Não foi por sua causa e você sabe disso

-Ele queria me atingir Valeria

-Eu sei Percy, eu estou te acompanhando, vi a gigante imprudência que você fez indo até debaixo daquela ponte

-Não consegui me conter

-Então Percy – ela disse se sentando ao meu lado – Você tem que continuar vivendo

-Mas...

-Pense desse jeito Percy, tem muitas pessoas que amam você, e que ficariam do mesmo jeito que você está agora caso você morresse. Sua mãe, seus amigo. Você mesmo viu que no final seus verdadeiros amigos te ajudaram

-Eu sei, mas mesmo assim...

-Mesmo assim nada Percy Jackson, você precisa continuar vivendo, eu morri, mas você não precisa morrer também, não pense que o que aconteceu comigo vai se repetir com todos, não. Gabriel vai ser preso por muito anos, quem sabe até pela vida toda.

-Eu não sei se consigo Valeria, não sei – a essa hora eu já estava com lágrimas nos olhos, mas de novo, eu não conseguia chorar

-Lembre-se de quem te ofereceu o ombro pra chorar na hora que você precisou, na pessoa que arriscou a vida por você e na pessoa que está aflita na sala de espera do hospital esperando notícias suas

-Você está falando da...

-Sim Percy, você não pode se prender a mim, um dia nós vamos nos ver de novo, mas até esse dia chegar, viva, viva como se fosse seu último dia

-Valeria – falei e ela olhou pra mim – Obrigado, por tudo

-Eu que devo agradecer Percy, os melhores momentos da minha vida foram ao seu lado, mas lembre-se, que lá fora, ainda há pessoas que te amam.

            Então o sonho se desfez, e eu acordei em uma cama, um médico estava verificando os equipamentos ligados a mim, quando ele me viu, abriu uma cara de espanto, provavelmente não era pra mim acordar tão cedo.

-Garoto, como está se sentindo? – ele me perguntou

-Bem – falei, meus machucados não doíam mais, estavam enfaixados, reparei que eu estava sem camisa, minha camisa preta ensangüentada estava em cima do criado mudo, espera, não estava ensangüentada, e nem tinha buracos das balas mais, estava limpa, como se fosse nova – Quanto tempo eu estou aqui?

-Uma semana – ele disse com espanto, até eu me espantei, a última vez que eu apanhei eu fiquei dois meses em coma e agora que tomei dois tiros só uma semana.

            Eu acho que eu to ficando demais na coma, tenho que parar de brigar um pouco

-Provavelmente amanhã você receberá alta, quer ligar para sua mãe? – perguntou o médico

-Eu quero ligar pra alguém, mas não é pra minha mãe, você pode alcançar meu celular?

            Meu celular estava em cima da cômoda que ficava ao lado da porta, ele foi até lá, pegou o celular, me entregou e saiu do quarto, vi a hora, eram três da tarde, então me toquei, eu não tinha o número dela, era o que eu achava, na minha lista tinha de contatos tinha uma Annabeth, e entre parênteses ao lado do nome dela tinha “Por:Thalia” .

            Chamei o número, ele chamou uma três vezes até...

-Alô? – Annabeth perguntou do outro lado da linha, por mais que eu tivesse o número dela, ela não devia ter o meu

-Oi Annie

-Quem ta falando?

-Não reconhece minha voz? Faz só uma semana

-Não acredito! Percy? É você?

-Sim, você podia vir aqui agora?

-C-Claro, mas por que?

-A hora que você chegar vai ver

Então desliguei o celular, Valeria tinha razão, ela me ajudou na hora que eu mais precisei, e não me abandonou nem quando eu pedi isso a ela, por mais que eu ainda esteja meio triste por Valeria, eu realmente preciso dizer isso a ela.

            Passou-se alguns minutos, cerca de quinze até ela abrir a porta, vestindo uma camisa azul claro, uma jeans branca, e seus olhos ao encontrarem os meus brilharam, ela veio até mim e me abraçou

-Eu não acredito! Você acordou! Os médicos falaram que ia levar no mínimo um mês!

-Eu acordei, por um motivo só

            Então eu beijei ela, e ela retribuiu, um pouco da minha memória começou a aparecer, o momento em que eu avisei a ela sobre o ataque, depois quando eu chorei no ombro dela, quando eu me levantei mesmo baleado e me botei entre o bandido e ela, quando ela se botou entre o bandido e eu, e por último ela me beijando e eu ficando inconsciente.

            Quando nossos lábios se separaram, estávamos ofegantes, e ela vermelha como uma pimenta

-P-Percy – ela mal conseguia formular uma palavra, então ao invés de falar ela me beijou de volta, sem dúvida ações valem mais que palavras, de novo nos separamos ofegantes, então eu abracei ela e sussurrei em seu ouvido

-Obrigado Annie

-Pelo que? – ela sussurrou de volta

-Por não ter me obedecido

-Essa é a primeira vez que ouço alguém falar isso pra mim

-Mas isso você já ouviu?

-O que?

-Que namorar comigo?


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