Wanted - Dead Or Alive escrita por Bellah102, CaahOShea


Capítulo 1
Capítulo 1 - Tentando ser útil


Notas iniciais do capítulo

Ai primeiro capítulo que emoção! Acho que eu já disse tudo que tinha para dizer em um primeiro momento nas notas da história, então vamos à história!



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POV. Peg:

            -Me deixa ir, Peg, por favor, por favor, eu quero ir, prometo que não atrapalho...

            -Jamie, sinceramente, se a Mel não deixou porque eu deixaria?

            Perguntei guardando a louça seca no lugar. Jamie viera implorar por mim assim como implorara a Mel para ir na nossa próxima incursão. Eu sabia que ele tinha esperado todo mundo ir embora para poder me incomodar até eu não agüentar mais. Desde que ele fora junto achar um corpo para mim, Jamie queria se juntar em todas as incursões, porém era vetado por todos. Eu não o culpava por querer ser incluído, mas ele tinha que entender que aquilo era uma operação de guerra, altamente profissional, séria e não uma festa que ele parecia achar que era.

            -Porque você se importa com o que eu quero. Não se importa?

            -Claro que me importo, e você sabe disso. – Eu disse bagunçando seus cabelos com a mão livre de pratos. – Mas é perigoso e você sabe disso também. Será que você está tentando ser pego?

            Ele bufou, sentando na bancada, balançando as pernas para frente e para trás. Sorri. Seis meses ainda não tinham mudado seu jeito de garotinho querendo ser grande.

            -Claro que não. É só que já fazem 6 meses que eu saí e depois de todo aquele ar fresco eu estou enlouquecendo aqui dentro.

            Balancei a cabeça. Como era dramático, o garoto. Guardei os últimos copos e sentei ao seu lado na bancada. Ainda era estranho ser mais baixa do que ele mesmo sentada. 6 meses não fizeram muita coisa na minha altura, mas na dele. Eu me sentia diminuindo quando estava perto dele.

            -Isso não é verdade.

            -Eu sei. Só quero sair... Por favor... Prometo que não faço bagunça. Eu faço o que você quiser.

            Olhei-o severa e entoeei meu melhor tom maternal.

            -Eu já tomei a minha decisão, já a disse e já repeti. A resposta é...

            -Sim?! – Mel suspirou frustrada na mesa do trailer – Não acredito que disse sim para ele! Que tipo de irmã mais velha você vai ser se dá tudo o que ele quer?

            Suspirei observando-o brincar com o teto do trailer no beliche de três camas do nosso novo trailer.

            -Eu juro que tentei. Mas tente resistir àqueles olhinhos brilhantes te encarando.

            Ela fez que sim.

            -Eu sei que ele pode ser bem manipulador quando quer. Mamãe sempre dava os biscoitos maiores para ele.

            Disse de cara feia. Tive que me segurar para não gargalhar.

            -Melanie Stryder, isso no canto da sua boca é inveja do seu irmãozinho?

            -Inveja é uma palavra forte, Peregrina.

            Ela rebateu, sorrindo. Ian parou o trailer no acostamento e trocou com Kyle que dirigiria a noite toda. Sorri quando ele sentou-se ao meu lado e passou o braço por cima dos meus ombros. Os seis meses só mudaram em um aspecto nosso amor. Ele estava maior e maior aos pouquinhos, a cada beijo, abraço e sorriso. Quando a noite chegou, dividimos uma das minúsculas camas do trailer. Jared e Mel dividiram outra, Sunny dormiu sozinha porque Kyle estava dirigindo, e Aaron e Brandt se alojaram nas camas restantes.

            Por algum motivo, eu tinha um mal pressentimento para o dia seguinte.

            POV. Jamie

            Acordei com um bom pressentimento. Algo grande iria acontecer naquele dia, eu podia sentir na pele e nos ossos por baixo dela. Acordei antes de todos e tomei suco de laranja direto da caixa, torcendo para que nenhuma das meninas acordasse e visse. Sentei na mesa e olhei o camping em que havíamos parado, a grama estava úmida de orvalho e de um verde lindo iluminada pela luz do sol. Fazia tanto tempo que não via grama daquele jeito!

            Aos poucos, todo mundo foi acordando, alguns mal humorados, outros nem tanto. Mel deu um beijo na testa e Peg bagunçou meu cabelo enquanto colocava café na cafeteira. Logo depois de todos termos comido o café e de Ian finalmente se dignar a levantar, nos reunimos na pequena mesa para discutir como tudo aconteceria naquela tarde. Peg faria as compras naquele dia em um grande supermercado, lembrando que a atenção era algo que não queríamos. Ela pegaria metade do que precisávamos e Sunny pegaria a outra metade no outro dia.

            Quando o trailer roncou e começou a se mexer fui para o banco do carona, ansioso por ver um pouco de Tucson. Se você já viu uma cidade, você já viu todas. Prédios, casas, calçadas, almas alienígenas que querem apagar tudo o que você é, foi ou poderia ser, não tem muita variação. De qualquer modo eu me senti bem estando ali, à luz do dia do que escondido como uma fuinha. Não que eu não gostasse das cavernas, eu as adorava. Mas eu gostava de ver o sol normalmente e não através dos espelhos do Salão Principal. Paramos no estacionamento do maior Wal-Mart que conseguimos encontrar.

            Peg olhou-se no retrovisor, bagunçou meu cabelo de novo, beijou Ian, se despediu de todos e saiu do trailer indo em direção ao supermercado. Ficamos algum tempo em silêncio, Ian se recostou para dormir, Jared e Mel sussurravam coisas melosas um para o outro e Sunny foi para o banheiro, deixando Kyle sozinho encostado à bancada da mini-cozinha a frente da mesa. A voz dele foi a que cortou o nosso silêncio.

            -O que é isso?

            Olhei para trás, me distraindo da pobre abelha que ficava batendo no vidro. Ele segurava um pedaço de papel, e lia com sua carranca habitual um pouco mais acentuada.

            -Parece a lista de compras.

            Mel se levantou e tirou o papel da mão dele. Claramente não confiava na leitura de Kyle, e eu não podia culpá-la.

            -Ah não! Peg esqueceu a lista! Ela não vai lembrar tudo!

            Ela deixou a lista em cima da mesa e foi bater na porta do banheiro onde Sunny fazia sabe Deus o que. Vi ali um oportunidade. Algo que eu normalmente não faria, mas era como se uma vozinha atrás da minha cabeça me dissesse que devia. Levantei-me, peguei a folha e saí pela porta do trailer antes que alguém pudesse me impedir. Andei com confiança pelo estacionamento banhado pelo sol. Ouvi me chamarem no trailer e olhei para trás, colocando a mão por cima dos olhos para poder vê-los. Estavam todos mandando que eu voltasse com movimentos enérgicos.

            Levantei a lista e a balancei entre o polegar e o indicador, mostrando que iria entregar para Peg. Sunny e Mel se aglomeraram a Kyle, Jared, Aaron e Brandt e sinalizaram para que eu voltasse. Mel sugeriu em gestos muito meigos que se eu não voltasse naquele momento ela ia esmagar meu crânio. Virei-me e continuei andando em direção ao mercado, a passos decididos. Chegando à porta, Peg estava escolhendo um carrinho que não gemesse como uma porca machucada, o que era um grande desafio. Encostei-me ao porta carrinhos e balancei o papel à sua frente.

            Ela levantou os olhos e eles se esbugalharam ao me ver ali.

            -Jamie! O que pensa que está fazendo aqui?

            -Eu quero ajudar. E você esqueceu sua lista.

            Ela pegou a lista a minha mão e olhou em volta como se fosse uma prisioneira de guerra com medo de ser descoberta.

            -Se eu não fosse contra a violência, eu te daria um tapa. Mas atenção é tudo, então só volte para o trailer.

            -Mas eu não quero voltar.

            Ela me encarou com um olhar assassino que eu julgava que ela não possuía. Ela escolheu um carrinho e o testou umas duas vezes, para frente e para trás.

            -Não estou brincando Jamie. Você prometeu que ia se comportar.

            -Estou me comportando. Mas quero caminhar.

            Ela suspirou frustrada. Ela me pegou pelo pulso e me arrastou até o setor de roupas, onde colocou um par de óculos Ray-ban no meu rosto. Ela rasgou a lista ao meio e me entregou uma das metades.

            -Você tem uma hora. Não olhe para ninguém, só fale se falarem com você e se isso acontecer, seja gentil. Se achar que for pego, grite. Você já vai ser penalizado o bastante quando voltar para dentro do trailer, e mais ainda quando voltar para as cavernas. Acho que merece um tempo aqui fora. Uma hora.

            Ela ficou na ponta dos pés e beijou minha testa.

            -Obrigado, Peg! Garanto que não vai se arrepender!

            -Será que não? – Ela perguntou se afastando voltando para buscar o carrinho que deixara para trás. Quando voltou a passar na minha frente, apontou um dedo para mim. – Cuidado.

            Feliz com a nova confiança que me fora confiada sorri, olhando em volta. Peguei apenas uma cesta da pilha de cestinhas de mercado azuis, porque se eu precisasse de mais espaço poderia colocar tudo no carrinho de Peg, afinal, ela estava apenas no corredor ao lado. Entrei no corredor olhado com fascínio as prateleiras cheias de refrigerantes coloridos. Tio Jeb pedia para que só trouxéssemos água das incursões porque outras bebidas estragariam. Eu não bebia uma Coca-Cola há anos! Pegando algumas garrafas de água, segui, tentando me desviar das garrafas de refrigerante clamando para que eu as abrisse.

            Ao virar a esquina, esbarrei em alguém. Para falar a verdade, eu derrubei alguém, que me fez perder o equilíbrio e cair também. Para quem visse aquilo parecia uma batida de carro entre cestinhas de mercado. Ao invés de destroços havia potes de nozes e garrafas de água espalhadas pelo chão.

             -Me desculpe – Disse a garota que eu derrubara, sem erguer os olhos do chão, virando a cesta para catar os potes de nozes. – Muito distraída.

            Ela olhou para mim e tirou o fone com um sorriso frágil. Ela tirou o cabelo castanho da frente dos olhos azuis pálidos feridos pelas Almas e checou as caixas uma a uma antes de voltar a colocar na cesta. Guardei minhas garrafas de água e me levantei antes dela, oferecendo a mão para que levantasse. Isso era algo que uma Alma faria certo? Ser gentil, Peg tinha dito. Isso era gentil. Ela aceitou de bom grado sorrindo um sorriso branco e sem falhas.

            -Desculpe a mim – Eu disse. – Pensando demais.

            Justifiquei-me.

            -Tudo bem, mas eu preciso ir agora.

            Ela disse desviando-se de mim e entrando no corredor onde eu estava. Voltei alguns passos e ergui a voz para que ela me escutasse.

            -Desculpe estranha, mas isso foi realmente rude.

            Eu disse provocando-a sutilmente. Peg tinha dito para não chamar atenção? Ops esqueci! Gostei da garota, mas o modo como saíra correndo como se fosse um empresário de Wall Street atrasado para uma reunião de negócios me deu vontade de gritar para que se acalmasse e relaxasse. Mas quebrar a confiança de Peg desse jeito seria demais. Sutileza era mais a minha. A garota olhou o caixa no fim do corredor, olhou para mim e voltou relutante mente alguns passos até mim.

            -Perdão. Minha Mestra é muito rígida e irritadiça, e só se acalma com nozes, que por sinal eu odeio. Eu só preciso levar isso para ela, eu nem devia estar aqui para começar.

            Algo em seu olhar se parecia com... Terror? Medo? Talvez receio? Estranho. Uma Alma irritadiça? Essa eu pagaria para ver. Em um mundo onde todos eram calmos, o que era ser irritado? Sorri.

            -Sou Jamie.

            -Ryden – Ela olhou para o relógio digital de pulso – Podemos retomar essa conversa sem rumo mais tarde? Que tal o parque?

            Espera. A Garota-Alma-Irritadiça-Que-Odeia-Nozes que eu atropelara momentos atrás estava me chamando para um encontro? Eu estava seriamente sendo chamado para sair? Pode me chamar de louco, insano, e sem amor à própria vida, mas naquele momento não soube dizer não. Não queria dizer não, percebi.

            -C-c-c-claro, seria ótimo!

            -Eu saio às 7. Me dá um tempo para tomar um lanche e um banho.

            Fiz que sim. Ela deu um aceno de despedida com o chapéu de caubói e foi até o caixa para registrar as nozes da mestra irritadiça. Voltei-me para a prateleira sem realmente ver as garrafas que me chamaram anteriormente. Eu tinha um encontro! O pequeno, indefeso e solitário Jamie tinha um encontro! Ah não! Eu tinha um encontro! O pequeno, indefeso e solitário Jamie tinha um encontro com uma alma!

            Mel estava emburrada comigo. Eu não esperava por isso, esperava que ela gritasse comigo uma bronca longa e me mandasse para a cama sem jantar. Mas na verdade ela falou comigo em uma voz baixa e tão fria que se ela discutisse com uma estalactite de gelo, ela logo se tornaria uma coluna inteira. Depois de escutar o quão irresponsável e estúpido eu fora, eu ganhei um tratamento de silêncio seguido de olhares irritados e ameaças sobre o que o tio Jeb ia fazer.

            Aquilo era só um dos meus problemas. E Ryden? Ficaria aquela menina engraçada esperando em baixo de um pessegueiro suspirando enquanto folhas cor de rosa caiam sobre ela e lágrimas riscavam sua face? Não, isso era estupidez. Não havia pessegueiros em Tucson, e não era outono. Era o meio da primavera! Outra coisa, daonde eu tirara a ideia de que uma garota que eu nem conhecia choraria por mim. Ela parecia uma garota forte, saberia lidar com rejeição.

            Porém a verdade era que eu não queria rejeitá-la. De jeito nenhum. Eu queria conhecê-la melhor. Era engraçada, era bonita, e odiava nozes. Tínhamos alguma coisa em comum. Nozes não eram algo que eu apreciava. Talvez com sorvete de chocolate belga, mas só. O que eu iria fazer? Esperar todos dormirem, deixar um dublê de travesseiros no meu lugar e ir encontrar uma Alma que podia me denunciar sem uma única hesitação ao meu fim perpétuo?

            Bom, eram exatamente 9 horas da noite, todos estavam exaustos e dormindo para se preparar para o segundo dia de compras, e eu deixara um dublê de travesseiros no meu lugar e estava indo encontrar uma Alma que podia me denunciar sem uma única hesitação ao meu fim perpétuo. Não tinha como aquilo dar errado. Sorri confiante e caminhei mais rápido, ajustando meus ray-ban de lentes neutras que felizmente Peg me deixado ficar. Na escuridão, ficaria ainda mais difícil de ver meus olhos principalmente com aquela armação forte, mas essa não era a parte que estava fazendo minhas mãos transpirarem litros ao lado do meu corpo.

            Era o fato de que eu nunca havia ido a um encontro. Eu devia beijá-la? Ou em um primeiro encontro só se falava? Eu devia levá-la para jantar? Não, ela já havia comido um lanche, me disse mais cedo que ia. E se eu fizesse um comentário errado? Aquelas coisas que os caras falam com boas intenções, as garotas levam a mal, o que leva a uma discussão e um fim de relação trágico e com lágrimas? Senhor, o que havia comigo naquele dia que eu estava imaginando tantas coisas estúpidas? O parque era ladeado por um muro de pedras de arenito por toda a sua extensão, e havia vários portais nas principais ruas.

            Lá dentro haviam churrasqueiras e áreas de piqueniques, um ou dois lagos, e algumas lâmpadas que ajudavam a luz da lua a espalhar uma luminescência branca a prateada que fazia parecer que a Terra toda era o olho de uma Alma. Bancos brancos de madeira ladeavam a pista de corrida e estavam quase todos vazios. Duas Almas idosas namoravam em um banco e em outro, uma mulher acariciava um cachorrinho adormecido em seu colo. Ao lado do lago, sob uma árvore, uma figura solitária brincava de bem-me-quer-mal-me-quer em uma margarida. O cabelo castanho preso em uma cascata ondulada castanha que parecia negra à luz do luar e das lâmpadas prateadas.

            Caminhei até lá, onde Ryden arrancava distraidamente as pétalas de as jogava no lago, balançando as pernas, fazendo esvoaçar o vestido branco.

             Estive esperando que você aparecesse

            -Está atrasado.

            Ela disse fria, mas não tanto quanto Mel.

            -Você não combinou horário. Disse que saía as 7 e que lhe desse um tempo. Meninas demoram para se arrumar, não é?

            Ela jogou a flor despedaçada na água e esta flutuou até um peixe bicá-la e ela afundar devagar. Ela olhou para mim com os olhos azuis que pareciam brancos à luz da luz refletida no extenso lago.

            -Talvez eu tenha uma Hospedeira diferente, está bem?

            -Está bem, Carrie.

            Eu disse me referindo sem querer a Carrie, a Estranha. Ela me olhou mais brava do que antes. Até agora eu não dera uma dentro naquele encontro. As coisas iam de mal a pior. Talvez eu devesse ter ficado no trailer e dado o bolo nela.

            -Meu nome é Ryden.

            -E... Eu sei, esqueça. Agora estou aqui.

            -E agora eu tenho que ir.

            Ela disse.

            Linda, qual é a pressa?

            -Novamente?

            -Estou em treinamento. Tenho que dormir cedo e estar bem descansada.

            -Então porque esperou por mim?

            Sentei-me ao seu lado no banco. Ela descaradamente escorregou mais para longe, parecendo desconfortável, e mexeu no mesmo chapéu que usava hoje a tarde como se formulasse uma resposta, como se o couro pudesse lhe sussurrar uma resposta inteligente para me deixar sem palavras. Não que ela precisasse, mas a minha pergunta realmente pareceu pegá-la de surpresa.

            Se importa se eu chegar um pouco mais perto

            Pelo menos eu vou dizer que tentei

            -N-n-não sei. Você pareceu uma Alma... Singular.

            Colocasse singular naquilo! Nem uma Alma eu era.

            Essas boas vindas foram tão legais e quentes

            Tenho sorte de você ter entrado

            -E agora não pareço mais?

            Ela me olhou sem querer dizer nada. O reflexo em seus olhos pareceu tomá-los todos. Pareceu que ela era quem iluminava todo o parque, todo o mundo, todo o céu, todo o infinito.

             Seus olhos são como estrelas agora

            Eu queria saber como

            Para quebrar esse feitiço

           

            -Tenho mesmo que ir.

            Eu não posso mesmo ficar

            Eu simplesmente tenho que ir

           

            -Não sem o seu chapéu.

            Roubei-o de sua cabeça e levantei-me até o lado do banco. Ela me olhou, não entendendo a brincadeira. Jura? Almas não brincavam disso? Isso era clássico!

            Vou tirar seu chapéu, seu cabelo está bagunçado

            Felizmente, ela sorriu e começou a correr atrás de mim. Logo, corríamos arfantes por todo o parque, rolávamos na grama e molhávamos os pés no lago. Quando Ryden gargalhava era lindo, como se 32 pérolas se mostrasse sorrindo, cada uma com mais e mais pérolas e o som que só podia ter sido tirado de uma harpa rolava pela noite afora. E ao fim da noite, nos despedimos no portão, mas eu não ganhei sequer um beijo na bochecha. Ganhei uma “foi divertido” e um aceno de chapéu.

            Tinha valido a pena.


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