Uchiha, Com Orgulho. escrita por Cari-chan


Capítulo 2
Uchiha Mikoto.


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai o próximo ..
Espero sinceramente que gostem.
Um grande e sincero OBRIGADA a quem comentou a fanfic. ♥



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 Estava cansado de correr e pequenas gotas começavam a formar-se na testa. Sentia os olhos pesarem. A exaustão começava a ser sentida. Os passos estalavam no silêncio da noite. Não sabia para onde ia. Aliás, sabia. Um lugar onde ninguém o conhecesse. Um local onde ninguém soubesse o que era ser um Uchiha.

Olhou para cima e viu como a lua se estendia no céu. Parou. Deixou o corpo balançar e sentiu a cabeça rodopiar. A esfera branca que brilhava começava a ter uma forma informe.

A escuridão foi o que se seguiu.

*

Abriu os olhos lentamente, enquanto os piscava, tentando assimilar onde estava. A mesma lua encontrava-se no céu. As mesmas estrelas. Só que…

Olhou para o lado e viu uma parede enorme. A lua como se fosse um projector reflectia-se, mostrando-lhe um enorme leque vermelho e branco. Tal como tinha na camiseta que costumava usar. Onde estaria? Como tinha ido ali parar?!

- Estás bem, pequenino?

Acabou por se voltar para a voz assustado levando o corpo a recuar. Não pela voz ser maldosa, mas, por estar distraído. O rosto daquela mulher era terno e mostrava-lhe segurança.

- Sim, estou. – tapou com as mãos a boca. – Oh, a mamãe disse que não posso falar com estranhos, desculpe.

Levantou-se desajeitadamente e sentiu os joelhos arderem. Um fio de sangue escorria dos dois. Encostou-os um ao outro e tentou reprimir as lágrimas infantis. A mulher aproximou-se baixando-se á sua altura.

- Tens os joelhos esfolados. – constatou. – Anda, eu faço-te um curativo.

- Mas a mamãe…

- Não te preocupes, eu cuido dos teus joelhos, e depois, podes ir-te embora. Está bem assim?

Aqueles olhos não lhe eram estranhos. Deixou de parte isso, e pensou que se fosse por um instante, não faria mal, afinal, ela só iria tratar dele.

*

Estava agora num pátio, e para ter acesso a ele, teve de correr uma das portas. A sua casa era moderna, comparada com esta, que era tipicamente japonesa. Apesar disso, achava-a bonita, e no seu peito, um sentimento estranhamente familiar, invadia-o. Olhou para o pátio e achou que seria divertido brincar ou até mesmo trepar às árvores. Acabou por se sentar á espera que a mulher viesse. Quando a ouviu abrir a porta o seu rosto acabou por corar e sentiu-se repentinamente tímido.

- A tua mamãe sabe onde estás?

- Bem, hum, eu… eu…

- Ela deve estar preocupada contigo.

- Como é que se sabe que fugi de casa?!

Exclamou sem pensar. Após reflectir, percebera que se tinha denunciado. Voltou o rosto para não ter de a encarar. Certamente que iria pregar-lhe uma descompostura.

- Os meninos da tua idade não costumam andar na rua a estas horas. – passou uma compressa pela ferida. – Está a arder muito?

A criança inclinou a cabeça para um lado. Esperou que ela fosse enchê-lo de perguntas, e ao invés disso, continuou a falar-lhe como se nada tivesse acontecido ou dito.

- Fugi de casa porque não quero ser um Uchiha. Sabe quem são?

- Sim, sei. – colocou um penso rápido no joelho. - E porque não queres ser um?

- O meu pai era mau. Ninguém gosta dele.

- E você, não gosta dele?

Ficou a pensar por momentos naquela pergunta. Era verdade que sentia raiva muitas vezes por ser olhado de lado devido ao nome que carregava, mas, agora que pensava bem nisso, nunca odiou verdadeiramente o pai.

- Quer dizer… eu gosto. Não gosto muito, mas, gosto um pouquinho. – não queria revelar-lhe os seus verdadeiros sentimentos. - Só que os outros não gostam dos Uchiha’s. – estreitou os dedos. – Nem esse pouquinho.

- Isso incomoda-te, não é?

Parou de respirar por uns segundos. Por vezes, a compreensão, faz-nos sentir de uma maneira absurda, um mal-estar. Encolheu os ombros. Não gostava que alguém dissesse o que lhe doía em voz alta. Parecia que ganharia vida, ao invés de permanecer com ele, uma dor que devia lidar sozinho, mas infelizmente, já não conseguia.

- Você sabia que os Uchiha eram excelentes alunos?

-Está a falar a sério?!

- Sim é verdade, os Uchiha eram muito bons na escola. Toda a gente os admirava.

- Infelizmente, agora, já não é assim.

- Nem tudo está perdido.

- O que quer dizer com isso?

O seu estômago pronunciou-se ao pedir por comida. Pousou a mão na barriga mas esta não cessava de fazer barulho. Corou outra vez inutilmente. A mulher sorriu, e sentiu por momentos, que aquele levantar de lábios, era algo que ela estava a reviver, um passado tão presente, algo nostálgico.

- Acho melhor vires comer qualquer coisa.

*

Comia calmamente a taça de arroz que ela lhe preparara. Viu-a sentada ao lado dele, enquanto, vez ou outra sorria-lhe, enquanto perguntava se não queria nada para acompanhar o arroz. Ele abanava a cabeça. Estava demasiado confuso com toda aquela situação.

- Não vai muitas vezes á Vila pois não? É que nunca vi a senhora antes.

- Sim, anteriormente, ia muitas vezes.

- E, conhece a minha mamãe? O nome dela é Haruno Sakura.

- Sim, conhecia-a, ainda era muito pequenina.

A pergunta estava na ponta da língua. A dúvida tomava conta da criança com receio de ouvir o que todos os outros diziam. Ela tinha falado bem dos Uchiha em geral, mas, isso não significa no seu pai especificamente. Acabou de comer, saltou da cadeira, e colocou a tigela para lavar. Voltou-se novamente para a mulher. Ela tinha uma expressão tão generosa, honesta e acolhedora.

- Obrigado, por ter cuidado de mim. E obrigado pela comida.

- És como ele.

- Ele quem?!

- O teu pai. – o sorriso desta vez chegou-lhe aos olhos de tão brilhante que era.

- Você conheceu o meu papai?! – ele sentou-se rapidamente. – Pode falar-me sobre ele?!

- Conheci o teu papai como ninguém. – o riso que veio depois fez o seu coração aquecer. Era como o riso da sua mãe. - Ele foi um óptimo aluno! Era um menino que se esforçava bastante para ser o melhor. – parecia perdida em recordações. – Ele armava-se em durão muitas vezes, mas sempre foi muito doce, adorava que lhe déssemos atenção. Tinha uma grande admiração pelo seu irmão mais velho e pelo pai. Queria ser tão forte como eles. Ele adorava a comida que lhe preparava. Tratei-lhe de muitas feridas depois de ele treinar. O seu sorriso. O meu pequeno Sasuke.

Sentiu o ato inesperado daquela mulher. Os braços a lhe envolverem, onde depois pousou o rosto contra o peito sentido o cheiro inebriante de flores de laranjeira do seu cabelo comprido que lhe cobria os ombros. Fechou os olhos inconscientemente, ao sentir o calor da palma delicada da mão a afagar as suas costas encostando-o mais contra o peito.

- Seja um menino doce e meigo como o seu pai foi.

Quando abriu os olhos, ela inesperadamente tinha desaparecido, deixando para trás, um rasto de uma lágrima.

Continua…


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Notas finais do capítulo

Olá meus amores! ♥
Aii agora eu estou nervosa....
Porque não sei se alcancei a satisfação dos leitores. .-.
Alguém que me diga o que achoooou! ç____ç
Se não for pedir muito ...
Quem é que acham que vai ser o próximo? ;-P
Espero sinceramente que tenham gostado. ♥
Mais uma vez obrigada a todos.
Até ao próximo capítulo. ;-)
Beijinhos,
Cari.