Seduzindo O Sr. Perfeito escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 4
Encontros Desagradáveis


Notas iniciais do capítulo

E então, o que estão achando da história?
Achei esse capitulo um tanto parado, mas enfim srsrsrs
Bjss
espero comentarios com as opiniões de vcs xD



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Daniel chegou em casa, olhou para o seu apartamento vazio e suspirou. Retirou o paletó, a gravata, abriu os dois primeiros botões de sua camisa e olhou pela janela. A vista era incrível. As luzes da cidade faziam um belo espetáculo. Aos vinte e oito anos ele tinha tudo que qualquer homem bem sucedido gostaria, mas sentia-se vazio por algum motivo desconhecido. Estava ficando cansado de sair com as mesmas mulheres e terminar da mesma forma. Foi para o seu quarto, pegou alguns papeis e começou a trabalhar adentrando a madrugada. A ultima coisa que pretendia era dormir.

A empresa de advogados associados encontrava-se em histeria. Todos andavam de um lado para o outro. O dia da reunião com o novo chefe executivo havia chegado e todos o temiam. Os boatos eram inúmeros desde uma demissão em massa ate novas promoções e contratações, apenas uma pessoa não se mostrava ansiosa para isso: Molly Jones. Ela ainda tinha alguns resquícios de sua noite depressiva. Seus olhos estavam um pouco inchados e avermelhados. Ela foi uma das ultimas a entrar na sala de reunião. Ficou em pé ao lado da porta tentando não olhar para Daniel Heiden, por alguma razão ele estava deslumbrante aquela manhã. Molly suspirou pesadamente ao escutá-lo.

-É muito bom estar trabalhando com todos você. – Daniel disse sério – como devem saber eu vim transferido de Londres. Espero que tenhamos um bom convívio. Sei que muitos devem estar se perguntando sobre as demissões e contratações. Ate o atual momento, não há nada definido. Será marcada uma festa de socialização com todos vocês e uma reunião com o responsável por cada setor, a partir daí tomarei minhas decisões. Vamos começar pela primeira pauta.

A reunião ocorreu sem grandes novidades apenas algumas mulheres que jogavam sorrisos para Daniel, e ele fingia não ver. Ao final todos saíram sorrindo e aliviados. Molly já estava indo embora quando escutou a voz de seu chefe chamá-la. Virou-se e o encarou.

-Como anda a organização de tudo? – Daniel perguntou parado ao seu lado.

-Muito bem – como ele consegue ser tão alto? Pensou o encarando. – enviarei o comunicado da reunião hoje ainda para todo o pessoal. Não se preocupe.

-Muito bom. E a festa?

-Já está tudo pronto. O local é o mesmo usado nas antigas festas da empresa. É bem localizado e com ótima infra-estrutura.

-Iremos ver o local hoje. – falou dando as costas para ela indo em direção a porta.

-Hoje? Agora?
         -Não. Quando eu estiver saindo, umas 19h.

-Não posso.

-Como?

-Eu tenho um compromisso Sr. Heiden. Não posso faltar.

-Srta. Jones o seu único compromisso é com a empresa. Aconselho a remarcar este compromisso tão importante.

-Posso passar o endereço para o Sr. É fácil localizá-lo.

-Srta Jones, acho que não entendeu ainda. – esboçou um sorriso e a encarou – sou o chefe executivo e como tal devo ser obedecido. Estarei esperando em frente ao prédio às 19h. Espero que esteja lá. – disse dando as costas e indo embora.

-Estava bom demais para ser verdade – murmurou ao vê-lo sair. Saiu da sala e foi em direção a sua providenciar algumas coisas. Ficou tão consumida pelo trabalho que se esqueceu de ligar o seu celular. Ela havia o desligado antes de entrar na reunião. Passou a tarde trabalhando sem parar para o almoço. Ao olhar para o computador percebeu estar atrasada. Pegou a sua bolsa e saiu da sala correndo. Já eram sete e quinze da noite e provavelmente Daniel Heiden já estava a esperando. Andou apressada pelo corredor e próxima ao elevador esbarrou-se em alguém, já ia pedir desculpas quando viu o culpado por tudo aquilo.

-Você! – Molly o fitou – não deveria estar me esperando?
         -A Srta já deveria estar lá embaixo. – a olhou de cima a baixo – presumo que esqueceu, correto?
          -Não. Apenas me atrasei. Desculpa.

-É melhor irmos. Já estamos atrasados o suficiente – disse caminhando ate o elevador. Molly o seguiu em silencio. Entraram no elevador e ela tentou não encará-lo – sinto muito por perder o seu compromisso. Mas prometo que será rápido. – Molly assentiu. As pesadas portas do elevador se abriram. Saíram juntos e encaminharam-se para o carro estacionado em frente ao prédio. Um porsche Cayman preto. – Entre – Daniel disse abrindo a porta para ela.

Daniel esboçou um leve sorriso ao vê-la sentar-se ao seu lado no carro. Trocou a marcha e logo ganhavam as ruas de Manhattan.

-Para onde devo ir?

-É só seguir direto e na próxima entrada vire à esquerda – Molly disse tirando o celular da bolsa. O ligou e viu cinco ligações perdidas.  – Droga – murmurou antes de retornar. – Marc? Sim, sinto, mas não poderei ir hoje. Aconteceu um imprevisto. Sim, eu também. Marcamos para uma próxima vez e desculpe-me novamente – falou antes de desligar.

-Então seu compromisso era um encontro? – Daniel perguntou despreocupado.

-Não acho que seja de sua conta Sr Heiden. – disse alto – afinal já perdi mesmo e duvido muito que eu vá sair com ele – sussurrou.

-Mulheres não deveriam correr atrás dos homens. Deixe que ele corra atrás de você, Srta Jones.

-Falar é fácil. Vire à direita e siga em frente. O Sr não me parece ser a pessoa mais indicada para me dar conselhos.

-Por quê? – sorriu encantadoramente.

-Quantos relacionamentos sérios teve?

-O que entende por “relacionamentos sérios” Srta Jones?

-Que durem mais de três meses. E que aja exclusividade.

-Não falou nada sobre sentimentos. – sorriu – não tive nenhum relacionamento tão serio, mas como homem sei dar bons conselhos e deveria me escutar. Não ligue para este homem marcando nada. Espere ele ligar. Se ele quiser, ele irá atrás de você.

-Pode parar ali em frente. É aqui – falou apontando para um galpão.

-Vocês faziam festas em um galpão? – perguntou incrédulo.

-Não é tão ruim por dentro. Vamos – saiu do carro e caminhou ate o galpão. Pegou a chave em sua bolsa, abriu a porta, acendeu as luzes e sorriu ao ver a expressão de surpresa dele – eu disse que não era tão ruim.

Daniel surpreendeu-se ao ver o interior do galpão. Tudo era luxuoso e organizado. Em seu centro havia um espaço reservado aos barmans e as bebidas. O espaço era amplo e ainda havia um segundo andar.

-Isso é impressionante. – voltou-se para ela e disse sério –tem a minha permissão para continuar. – virou-se e logo escutou um barulho estranho.Algo como um estomago pedindo por comida. Olhou para Molly – escutou esse barulho?

-Hã? Não – disse um pouco vermelha – deve ter sido algum rato. Odeio ratos.

-Me pareceu o estomago de alguém, na verdade.

-Sério? Pode ter sido o seu.

-Vamos – falou encaminhando-se para a saída – acho que devo um jantar a você, considerando que por minha causa não saiu para jantar.

-Não precisa.

-Um pequeno jantar não vai me fazer ficar pobre, então aproveite – sorriu.

Entraram no carro e logo se dirigiam para um restaurante italiano próximo. Assim que entraram foram levados a uma mesa pelo maitre. Daniel pediu vinho tinto enquanto Molly optou por suco.

-Não bebe? – Daniel perguntou indiferente olhando ao redor.

-Não. Costumo ser muito fraca pra bebida. Uma vez bebi com uns amigos. Estava em um bar e quando acordei estava do outro lado da cidade fantasiada de pato Donald. Não gostei muito da experiência, prefiro não beber mais nada. Por segurança, não quero acordar vestida do gato de botas, afinal ele anda nu. Só usa um par de botas e um chapéu. Não quero ser presa nem nada similar – ao ver o olhar dele, sorriu nervosa e pegou o menu – Hum tantas opções, nem sei qual escolher – droga, porque tive que falar essas coisas a ele? Agora vai pensar que sou uma doida. Se bem que a verdade não esta longe disso, pensou enquanto tentava não encará-lo.

-Molly Jones? – uma voz masculina a chamou.

Molly virou e na mesma hora o sangue sumiu de sua face.

-Marc. O que está fazendo aqui? – levantou-se e o encarou.

-Bem, vim jantar – sorriu para a mulher ao seu lado – Molly está é Briana, Briana esta é Molly, uma amiga minha.

-Amiga? – Molly disse perplexa – é um prazer Briana.

-Então o seu compromisso era sair com ele? – Marc falou olhando para Daniel, que permanecia impassível sentado, indiferente ao casal recém chegado – espero que aproveitem o jantar.

-O compromisso não era exatamente esse... – Molly começou a falar, mas foi interrompida por Daniel.

-Sim. Ela iria jantar comigo hoje. Sinto muito, mas estão atrapalhando a nossa refeição – falou bebendo um gole de vinho.

-Desculpem, é melhor irmos – Marc despediu-se e seguiu para uma mesa com Briana.

-Como pode fazer isso? – Molly indagou furiosa.

-Deveria me agradecer. Ele tinha marcado algo com você e logo depois apareceu com outra mulher? Não precisa me agradecer. Não queria ver a minha funcionaria mal nesta situação.

-Ela pode ser uma amiga.

-Claro que é – olhou para o casal na outra mesa – vou começar a achar amigas como ela. É a primeira vez que vejo amigos tão íntimos assim. Será que se eu disser que quero ser amigo dela, ela vai enfiar a língua daquele jeito em minha garganta?

-Você é desprezível – falou ao olhar para a cena – mas não tinha o direito de se intrometer.

-Concordo. Sinto por ter lhe ajudado. Porque não pedimos? – sorriu para o garçom em pé ao lado deles. – vou querer de entrada canapés de salmão, salada de pepino com vinagre de arroz e para o prato principal ravióli de provolone ao molho de primavera. E para a Srta uma porção de salada?

-Não. Quero a mesma entrada e salada, mas o prato principal capellete com mozarrela e tomate seco.

-Não vai querer apenas uma salada? - indagou logo após a saida do garçom.

-Está me chamando de gorda? Alem de acabar com o meu encontro, me chama de gorda e ainda faz parecer que eu cancelei o meu encontro porque estava saindo com outro. Realmente deve me odiar, não é?

-Não te chamei de gorda, só... Esqueça – disse dando-se por vencido – se quiser eu vou ate a mesa dele e esclareço tudo. Quer mesmo se passar por esse tipo de mulher?

-Que tipo?

-Desesperada por homem. Mesmo sem conhecê-la imagino que mereça mais que isso. Aquele homem é um galinha. Eu sei disso.

-E como sabe?

-Eu também sou um – disse a encarando.

-Que bela noite – tornou irônica. – Está noite não pode piorar – murmurou para si mesma. – Na verdade pode – sussurrou para si mesma ao ver o seu antigo namorado caminhar em sua direção com uma mulher ao seu lado – que droga, todo mundo resolveu vir a esse restaurante hoje?


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