The Only One escrita por GabanaF


Capítulo 3
Cap. III — Fix You


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, como vocês estão? Estamos aqui com o terceiro capítulo da fic que eu não faço ideia onde vai dar, porém ignoremos. O capítulo de hoje tem uma música que eu acho muito, mas muito faberry, que é Fix You, do Coldplay, e aqui está o link: http://www.youtube.com/watch?v=pY9b6jgbNyc
Espero que gostem!



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Era Rachel.

— Eu contei a verdade — disse a morena timidamente, forçando-se a fitar Quinn.

— Que verdade? — revidou a outra, erguendo a sobrancelha.

— Contei ao Sam que andei mentindo para ele o verão inteiro.

Quinn deu um passo involuntário na direção de Rachel. Ela certamente sabia que Rachel também mentia para o garoto, pois toda vez que ele ligava, perguntava sobre coisas que só elas duas poderiam saber. Quinn conseguia incrivelmente contar as mesmas coisas que Rachel contava, e toda vez que isso acontecia, ela se perguntava como tinham aquela conexão se jamais se falavam nas férias.

— Que intrometida você, Berry — comentou Quinn, sorrindo assassina.

— Quinn, eu menti por você, para seu melhor amigo — começou Rachel, exasperada —, não sei como...

— Eu não pedi para que mentisse para mim! — gritou a punk, jogando a garrafa que ainda segurava no chão com força. O vidro se espatifou, derramando todo o uísque.

Quinn se arrependeria mais tarde pelo Johnny Walker desperdiçado. Como quando estava cantando, a fúria dominou seu corpo. O espírito assassino dentro dela aflorou e ela quis avançar para aquele corpo pequeno na sua frente.

— Eu. Não. Quero. Nada. De. Você — continuou Quinn, usando toda a energia do bem que tinha para controlar seu instinto maligno.

— Quinn, se Sam me mandou cuidar de você, é por que você precisa ser consertada! — exclamou Rachel desesperada. Àquela altura, mais da metade do Hell House encaravam as duas. As Skanks se postavam atrás de Quinn defensivamente.

— EU ESTOU ÓTIMA! — berrou a garota de cabelos róseos, batendo seu coturno no chão, irritada. — NÃO PRECISO DE CONSERTO, ESTÁ TUDO BEM!

— Não, não está!

Quinn viu Rachel crescer. O tom verdadeiro da morena a fez balançar por dentro. Ela abriu a boca, pronta para prosseguir com a gritaria, mas nada saiu. Não conseguia falar nada. Rachel enfim percebera o quanto estava mal. Ela fora a única a notar que nada parecia funcionar para ela.

E mais uma vez, sua barreira sentimental desabou na frente de Rachel Berry.

— Quinn, não está tudo bem — Rachel repetiu num sussurro. — Eu sei que não. Sam me pediu para que eu não deixasse você e eu fiz exatamente o contrário. Foi um erro, admito, vendo tudo o que você se tornou durante essas férias, porém eu prometo que nós ainda podemos nos acertar! Posso cuidar de você, podemos ser amigas, podemos...

Quinn desejou não ter quebrado a garrafa de uísque. Depois da percepção de Rachel sobre serem amigas, suas entranhas deram um salto enorme e seu coração foi parar na boca. Amigas. Só amigas. Não, não era isso que queria, jamais fora. Pelo amor de Deus, Rachel não tinha ouvido a música que acabar de cantar, não?!

— Está me ouvindo? — A voz de Rachel soou distante.

— Como me achou? — indagou Quinn, voltando a terra. Seu tom era seco.

— Puck me disse que viu você aqui na noite em que Sam foi embora — informou Rachel, dando de ombros.

A morena pedia silenciosamente para que Quinn a olhasse. A punk, no entanto, fitava um ponto além de Rachel, forçando seus olhos para que não chorasse. Reassumiria a posição fria de antes. Enrijeceu o corpo, pedindo para que Mack e as Skanks se distanciassem. O bar já voltava à animação normal, embora alguns ainda lançassem olhares de esguelha para as duas.

— Vá embora, Rachel. — Os lábios de Quinn mal se moveram ao dizer tal frase.

— Desculpe? — perguntou Rachel educadamente, aproximando de Quinn para ouvir-lhe.

— Vá embora — repetiu a outra, sua voz dura. Não aturaria mais Rachel Berry, não queria mais ver Rachel em sua vida. Mesmo com o pedido de desculpas; mesmo com ela estando ali, invadindo o único lugar em que não precisava pensar nela. Rachel destruíra o que sobrara de Quinn Fabray, ela não precisaria de nenhuma reafirmação de que estava acabada. — Rachel, não volte mais aqui. Não me procure.

A compreensão do que Quinn acabara de falar invadiu Rachel. Quinn ainda olhava para longe, mantendo a promessa de não encarar a judia. Se o fizesse, desistiria de tudo e lascaria um beijo nela naquele momento. Tudo o que falava causava-lhe uma dor enorme no peito, mas era necessário.

— Quinn, o que está...?

— Rachel, se manda! — gritou Quinn, perdendo novamente o controle. — Eu não quero ver você mais!

O silêncio veio. Torturante, tanto para Quinn quanto para Rachel. Quinn desviou os olhos para o uísque derramado no chão, implorando para que Rachel fosse embora logo. Os minutos passavam, mas a morena não saía do lugar. A respiração de Quinn foi ficando cada vez mais acelerada, e seu espírito maligno estava pronto para colocar Rachel para fora aos chutes quando a outra garota se moveu, virando as costas e partindo do Hell House.


Os vizinhos da mansão Fabray nem se importaram com a adolescente punk descendo a rua fazendo um total estardalhaço junto de suas amigas. Àquela hora da madrugada, a maioria já estaria dormindo, mas as Skanks conseguiam acordar todo mundo com seus rocks pesados liderados pela única pessoa no grupo que realmente sabia cantar: Quinn Fabray.

I’m on a highway to hell! I’m on a highway! — cantaram as quatro, balançando a cabeça violentamente.

Quinn poderia não ser a líder do grupo, mas agia como tal. Caminhava na frente com duas garrafas de uísque, que Jack lhe entregara para que fosse embora logo do seu bar, tomando as duas de uma vez só, sem se importar com a metade do líquido derramando por seu pescoço e descendo até seu tronco. Pela primeira vez em muito tempo, sentia-se zonza. Tropeçava em seus próprios pés, rindo bobamente quando Sheila caiu de cara no chão, como se não estivesse próxima do mesmo final.

— Está entregue, Fabray! — exclamou Mack alto, puxando Quinn para um beijo molhado e quente na frente da casa da garota. Uma das luzes estava ligada no andar de cima, e se podia ver uma pequena silhueta. Judy Fabray estava esperando a filha pela primeira vez.

— Até amanhã, vadia! — gritou Ronnie, voltando a descer a rua, apoiando Sheila em seus braços.

Quinn se afastou de Mack antes que ela começasse a lamber e acariciar seu corpo, obviamente pedindo sexo. Ainda encabulada com o beijo, ela teve dificuldade para encontrar a chave da porta em sua bolsa larga, escondendo as garrafas de Johnny Walker nela. Atrapalhou-se também ao tentar abrir a porta. O mais silenciosamente que pôde, ela trancou a casa e subiu as escadas lentamente, tropeçando aqui e ali, rindo estupidamente de tudo.

Não tinha idéia de que horas eram. Sabia que teria de ir à escola no dia seguinte, mas provavelmente passaria as aulas deitada na enfermaria passando mal ou fumando atrás das arquibancadas com as Skanks, observando as saias minúsculas das Cheerios. Ela imaginou Rachel com uma daquelas saias e riu novamente.

— Gostosa... — murmurou Quinn, passando a língua nos lábios. Sabia que prometera esquecer Rachel Berry, mas não era nenhum crime ter fantasias sobre ela.

— Quem é gostosa? — Uma voz perguntou atrás de Quinn. Ela tentou virar-se rapidamente e bateu a cabeça na parede. Xingando alto, encontrou sua mãe a encarando fixamente, com uma raiva no olhar que ela desconhecia.

— Ninguém — disse a garota num sussurro, tentando recuperar os sentidos e voltando a caminhar para o seu quarto. Judy, no entanto, a segurou.

— É aquela garota que você estava beijando? — insistiu a mãe, apertando o braço da filha com força. — Ela que é gostosa? Quinnie, o que ela está fazendo contigo?

— Nada, mãe, nada! — exclamou Quinn, soltando-se de Judy com um empurrão. — Somos só amigas, e ela não é gostosa.

— Então quem é?! Quinn, o que houve? Por que está assim? Responda-me! — exigiu Judy em voz alta, fazendo Quinn parar de tentar abrir a porta do quarto e fitá-la.

A onda de raiva voltara com força. Engoliu em seco, tentando controlá-la. Judy era sua mãe, acima de tudo. Ela a criara, ela a colocara no mundo, não poderia avançar contra ela. Quinn fechou os olhos e finalmente conseguiu abrir a porta. Contudo, antes de entrar, disse friamente:

— Deveria ter me perguntado isso dois meses atrás.


A dor de cabeça terrível não impediu Quinn de pular a janela de casa às sete horas para ir ao McKinley High. Não conseguira dormir durante as poucas horas que tivera dentro do quarto, pensando constantemente em Judy do outro lado do corredor. A antiga Quinn dentro dela queria pedir desculpas por tudo e explicar o que estava acontecendo, porém a nova Quinn — a Quinn que tomara o resto do Johnny Walker escondido em sua bolsa — não permitiu.

Sendo assim, as duas Quinn Fabray, presas no corpo de cabelos róseos bagunçados e de roupas grunge naquele dia, rumaram para a escola, sem se permitir desviar o caminho para a casa de Mack. A líder das Skanks provavelmente a esperaria para um amasso matinal, porém a garota não estava muito interessada. Andava lentamente, esperando chegar apenas no segundo tempo para não ter uma aula dividindo a mesma mesa com Rachel Berry, quando seu telefone celular tocou.

Quinn prendeu a respiração. O número no visor do celular era o de Sam. Após o choque inicial, não sabia se deveria ou não atendê-lo. O garoto a mataria. Ele não sabia da sua transformação, do seu longo e próspero envolvimento com as Skanks, e tudo fora por água abaixo no dia anterior quando Rachel contara tudo para ele.

— Olá? — disse Quinn temerosa, decidindo por responder a terceira ligação insistente de Sam.

Quinn Fabray... — sussurrou Sam pelo telefone desapontado, porém ao mesmo tempo furioso — O que você fez?

— Nada...

Não adianta mentir. Rachel ligou para mim ontem e contou tudo — Sam atirou. Ele suspirou pesadamente. — Ah, Quinn, eu falei que você tinha que se cuidar...

— Mas eu me cuidei, Sam! — exclamou Quinn, batendo o pé no chão. — Eu estou bem, juro! A única coisa que eu fiz durante o verão foi beber um pouco com as Skanks! Rachel é uma intrometida por ter te contado.

E mentir para o seu melhor amigo não faz de você culpada, não é? — retrucou Sam friamente.

Quinn fechou os olhos, a dor de cabeça a atingindo com mais força agora. Ao contrário do que demonstrara para Rachel na noite anterior, sentia-se péssima por ter mentido para Sam. Estava realmente arrependida por ter feito tal coisa, mas ela não via outra saída senão essa. Sam voltaria à pé para Lima se possível para ajudar Quinn a se livrar das Skanks, quando na verdade ela não queria isso.

As Skanks eram como um Sam com bebidas. Elas ajudavam Quinn a esquecer seus problemas, suas emoções e se concentrar no agora. Ela se divertia durante a noite toda, e embora na outra manhã estivesse cansada e tudo voltasse com força, ela não poderia deixar de agradecê-las, assim como Sam.

O problema era que ninguém entendia isso. Quinn não permitia que nenhuma pessoa atravessasse sua barreira sentimental, à exceção de Sam. Contar para Rachel Berry seus sentimentos mais íntimos, tudo o que sentia em relação àquela baixinha judia — como Sam desejava — era como suicídio para Quinn Fabray. Estaria lhe mostrando sua maior fraqueza.

— Sam... — chamou Quinn após minutos torturantes de silêncio. — Eu sinto muito. Mesmo. Eu não poderia contar por que...

Eu sei — interrompeu o loiro, sua voz mais complacente. — Escuta Quinn, eu não quero ouvir a Rachel chorando por sua causa, entendeu? Então, arranje outra...

O coração de Quinn apertou por um instante, mal ouvindo o que Sam falara depois. Rachel Berry. Chorando. Por sua causa. Rachel estava triste por culpa de Quinn. Lágrimas inevitáveis caíram. Rachel chorara por conta da forma estúpida e bêbada com que a tratara na noite anterior. Ela suspirou, contendo o choro para responder Sam.

— Ok, Sam, eu entendo. Desculpe-me outra vez. Sério.

Ei, Quinn — chamou Sam uma última vez. A garota o imaginou com um sorriso enviesado no rosto e sorriu também.

— O que, Sam?

Deixe Rachel consertar você.

Ele desligou antes de Quinn dissesse algo. A garota ficou parada no meio da calçada, sem notar que estava atrapalhando todos, confusa com o que Sam acabara de falar.


Rachel deitou a cabeça nas teclas do piano, frustrada. Não conseguia escrever ou dedilhar um único verso nele, pois estava preocupada demais com Quinn. Sabia que a ex-loira não merecia seu estresse, mas a dor que viu em seus olhos na noite anterior quando ela a mandara ir embora daquele bar na saída de Lima quase a matou por dentro.

Quinn estava destruída, Rachel conseguia perceber isso agora. De repente, não lhe importava muito as falações de Mr. Schue sobre as Nacionais ou o irritante Finn a pressionando para que fizessem sexo. O que valia agora era trazer aquele antigo brilho no olhar de Quinn, aquela felicidade contida em cada pequeno sorriso que ela dava. Rachel só queria saber como.

Ela levantou a cabeça, olhando fixamente um ponto além daquele auditório, lembrando-se de quando Quinn queria escrever uma canção com ela. Naquele dia, embora estivesse loucamente apaixonada por Finn, Rachel percebera o tom que a outra garota estava usando para lhe dirigir a palavra. Percebera as lágrimas em seu rosto enquanto lhe dizia para tomar seu caminho e desistir de Finn. Quinn a estava protegendo de alguma forma, da sua forma.

Os dedos voaram outra vez pelo piano, formando uma melodia suave. Rachel instantaneamente notou a música estava tocando e começou a cantar baixinho, querendo que ninguém ouvisse.


When you try your best, but you don't succeed,

When you get what you want, but not what you need,

When you feel so tired, but you can't sleep

Stuck in reverse


Ela realmente esperava que, em algum lugar daquela escola maluca, fosse debaixo das arquibancadas fumando maconha ou presa na sala do diretor por furtar algo da sala dos professores, Quinn a ouvisse. Queria ajudá-la, queria quebrar aquela barreira no coração dela. Queria que Quinn se sentisse amada.


And the tears come streaming down your face

When you lose something you can't replace

When you love someone, but it goes to waste

Could it be worse?


Rachel tentou se colocar no lugar de Quinn. Perder o pai, depois Beth, e por fim o amor de todos os garotos que já ficaram com ela. Deveria ser horrível, pensou. Lágrimas involuntárias caíram durante a última frase. “Quinn, você pode ter a mim”, ela pensou desesperada, forçando as mãos andarem mais rápido pelo piano.


Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try, to fix you


Respirou fundo, controlando as lágrimas, ainda cantando em voz baixa. Quinn era talvez uma das mais belas vozes no Glee, não saberia o que sentir se a culpa de ela ter-se silenciado fosse sua. Alguma força a empurrava para perto de Quinn toda vez que ela tinha problemas: a gravidez, contando sobre quem era o verdadeiro pai de Beth para o Finn, o baile... Rachel estivera lá por ela todas essas vezes, por que Quinn não estava aceitando sua ajuda agora?


And high up above or down below

When you're too in love to let it go

But if you never try, you'll never know

Just what you're worth

Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try, to fix you.


A música seguiu num ritmo mais violento que Rachel não conseguiu acompanhar muito bem. Cantando, no entanto, sua voz já se elevara e o eco dela podia ser ouvido do lado de fora do auditório. Sua dor, a dor de Quinn, tudo se misturava e transparecia naquela canção. Queria consertá-la, queria deixar Quinn bem de novo, por que ela não se permitia a isso?


Tears stream down your face,

When you lose something you cannot replace

Tears stream down your face

And I...

And I...

Tears stream down your face

I promise you I will learn from my mistakes

Tears stream down your face

And I...


Rachel não tinha idéia que erros que ela tinha cometido, mas ela queria compensá-los de alguma forma. Quinn poderia ter dito que nunca mais queria vê-la na vida, porém ela era Rachel Berry e uma garota com sonhos tão grandes como ela não desistiria fácil de uma amiga.


Lights will guide you home

And ignite your bones

And I will try, to fix you


Rachel executou a última nota da música perfeitamente no piano, engolindo em seco e limpando as lágrimas com as costas da mão. Ela estremeceu involuntariamente, virando para trás e encontrando alguém batendo palmas de forma sarcástica.


— Ei, Rachel — disse Quinn, o tênis All Star fazendo barulhos irritantes conforme sua dona avançava pelo tablado.

Rachel pigarreou, voltando sua atenção para o piano e ajeitando suas notas.

— Achei que não quisesse me ver mais — disse seca, evitando olhar para Quinn.

— Eu estava bêbada — justificou Quinn, se aproximando mais do piano. — Sinto muito.

A morena fez um ruído, indicando que entendera, continuando a arrumar as partituras em total silêncio. Ela permaneceu fazendo isso por longos minutos, esperando ouvir o tênis de Quinn se arrastar para fora do auditório, até não poder fingir tanto interesse em meros pedaços de papel. Quando se levantou do banquinho do piano para sair do auditório, no entanto, encontrou os olhos verdes de Quinn bem próximos dos seus.

Quinn deu um meio sorriso, avançando um passo minúsculo. Suas mãos estavam livres e formigavam para pegar no quadril de Rachel, mas ela manteve o controle. Em vez disso, passou a língua pelos lábios e sussurrou:

— Sam me ligou hoje.

— Ah — fez Rachel após um tempo, hipnotizada com a voz e a proximidade de Quinn. Ela sacudiu a cabeça e se desviou do caminho da ex-Cheerio. — O que você disse?

— Nada. Ele falou que não há problema nenhum em ficar com as Skanks...

— Ótimo — murmurou Rachel, um tanto amarga.

—... contanto que eu passe um tempo com você.

Rachel levantou os olhos, assustada. Parou no meio do palco, pronta para ir embora, e girou seu corpo na direção de Quinn novamente. Estava indiferente por fora, mas por dentro gritava de emoção.

— E o que vai fazer? — perguntou desinteressada.

— Ficar por perto... — disse Quinn, se aproximando cada vez mais de Rachel, deixando-a tonta com seu hálito ainda cheirando a uísque — de quem eu amo.

A morena arfou, esquecendo-se da sua postura impassível. Se Quinn Fabray amava alguém, por que simplesmente não iria atrás dessa pessoa e a conquistava? Não precisaria de ajuda ou de bebida para curar a solidão.

— E quem você ama? — indagou, se embebedando da respiração muito próxima de Quinn. Engoliu em seco, tentando ignorar os desejos insanos do seu corpo e do seu cérebro pela garota na sua frente.

Quinn levantou a sobrancelha num sinal óbvio, dando um meio sorriso após. Rachel piscou algumas vezes, tentando entender aqueles sinais, contudo, antes que percebesse o que estava acontecendo ali, Quinn a puxou para mais perto o possível de si, unindo seus lábios num beijo suave.



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