Sempre Ao Seu Lado escrita por Marina


Capítulo 7
Apesar de tudo


Notas iniciais do capítulo

ooi!! voltei! demorei muito? Ficaram muito ansiosas pra saber o que vai acontecer??
Mas antes, recadinhos da autora: (se não tiver muita paciência pula isso haha)
*Então, tem uma música que me motivou a escrever a cada capítulo, é calminha e romântica, e eu escrevi mais de metade da história a ouvindo. Aí está o link, caso alguém queira ler ouvindo também:
http://www.youtube.com/watch?v=gFM1aHHUXJo
Me digam o que acharam da música, ok?
*Queria agradecer a recomendação lindaaa que a Kelly_Aguiar enviou *-------*
muito obrigada!
* Outra coisa. Eu encontrei alguns erros de digitação quando fui ver uns capítulos, depois de postados... Então, se encontrarem algum, avisem ok?
*E - já to acabando - eu terminei de escrever a fic, finalmente!! 28 páginas ao todo, e o número de capítulos é surpresa /o/ uhuuul
E enfim, aí vai o capítulo, finalmente!



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Apesar de tudo, eu continuei a lhe amar. Independentemente se ficaríamos juntos ou não, eu ainda a amava.

Provavelmente não daria o braço a torcer, e estava disposto a não voltar atrás. Mas algo ainda batia como um martelo em minha cabeça. Por que ela não me amou? Foi tudo fingimento? Ou talvez ela tenha se esforçado...

Mas, o fato é que, em pleno mês de abril, Melina se mudou pra minha escola. - um ano a menos, obviamente.

A vi pelos corredores, falando com um garoto. Não tinha a mínima ideia de como ele se chamava, mas eu fiquei com uma pontada de ciúmes dele. Passei ao seu lado e senti seu perfume, depois de quase três semanas desde o dia da festa. Ela me viu, e abaixou ainda mais o olhar, que me parecia ainda mais triste do que antes.

No fim da aula, fui até ela. Como eu disse, não voltaria atrás, mas queria ao menos ouvir sua voz. Queria saber se ela e Vítor tinham ficado juntos, se ela estava muito machucada, e se o garoto que estava conversando era apenas seu amigo.

Quando finalmente a encontrei, andei com passos largos até finalmente encostar minha mão em seu ombro. Logo, ela se virou e olhou-me inexpressivamente. Voltou a caminhar até o portão, me deixando lá, sozinho. Fui atrás dela, fiquei parado em sua frente, impedindo-a de continuar.

- O que você quer? - sua voz estava tão triste quanto seu olhar.

- Melina, eu... - não sabia o que dizer, em meio a tantas coisas.

Ela abaixou a cabeça e começou a chorar. Com meus dedos em seu queixo, a fiz olhar em meus olhos.

- O que aconteceu? É por causa do Vítor?

- Por que você quer saber? Não é da sua conta... Lembra do que você me disse? - lágrimas escorriam por seu rosto.

- Me entenda, por favor. Mas eu me preocupo com você, sim! O que houve desde aquele dia?

- Eu não vi mais o Vítor. Não quero nunca mais vê-lo, depois de tudo que ele me disse.

- E esse é o motivo de tanta tristeza? - tentava compreender a garota em minha frente. Ela era tão frágil, que eu não desconfiava nada que isso tinha a ver com o Vítor.

- Não tente me entender, agora. - ríspida, Melina soltou minha mão do rosto dela.

- Ei, Melina! - não tinha outra saída, a não ser dizer que estava arrependido de tê-la deixado, mesmo depois de sua traição. Iria deixar meu orgulho de lado, pra saber o que acontecia com ela, pois minha preocupação era maior que tudo naquele momento. - Eu...

Antes de eu ter a chance de fazer o que estava disposto, ela saiu correndo, ainda em meio a lágrimas. E no meio de todos naquela escola, a perdi de vista.

Mas eu precisava conversar com ela. Não poderia deixá-la naquela situação. E foi naquele momento em que percebi que meu amor nunca morreria. Nunca! Apesar de tudo.

(...)

No outro dia, quando cheguei à escola, esperei-a num banco, ao lado do portão. Quando ela finalmente chegou, chamei-a, em vão.

Ela estava estranha. Ainda mais triste do que quando a conheci. Seu olhar me assustava, pois transbordava angústia, pavor, e tristeza.

No intervalo, conversei com o tal garoto que a vi falando no dia anterior.

- Ela se mostra fechada, quase não falou com ninguém... Ela só veio falar comigo pra saber da matéria.

O deixei falando sozinho, e fui atrás dela. Melina não estava em lugar algum do pátio, e a minha última tentativa de encontrá-la foi atrás do prédio da escola, onde tinha um pequeno jardim, com algumas árvores. Era um lugar tranquilo, pois ninguém costumava ir até lá. Só eu, quando queria dar um tempo de tudo, da popularidade, e até mesmo das garotas.

Enfim, quando cheguei lá, a vi, finalmente. Ela estava sentada debaixo de uma das árvores, segurando uma flor, enquanto a girava com os dedos. Era visível que sua mente estava longe dali.

Aproximei-me dela e sentei ao seu lado, quieto.

Ela me observou pegar também uma flor, que estava caída no chão, e girá-la com os dedos, assim como ela fazia, quando eu resolvi quebrar o silêncio, que só não era maior por causa de alguns pássaros cantando por lá.

- Melina, me conta. O que está acontecendo com você?

- Não te interessa. - de novo, Melina foi ríspida.

- Mel, é sério. Eu ainda te amo, e muito... Não quero te ver triste assim. - tirei a flor que segurava de suas mãos, e as segurei com firmeza.

- Eu... Eu... Estou sozinha. - aquelas palavras não me faziam sentido completo. Não sabia do que ela estava falando.

- Como assim? É o Vítor? Ele te deixou, não é? Eu sabia, aquele...

- Não! Não é por causa dele! É por causa de meus pais. Eles se separaram de vez. Minha mãe foi pra Espanha, e está morando lá com os meus avós. E meu pai... Ele chamou a namorada dele pra morar em casa.

- Foi por isso que seus pais se separaram? Por causa dessa mulher?

- Foi sim. Meu pai traía minha mãe, descobri faz pouquíssimo tempo. E agora, eu tenho que conviver com a Débora, a mulher que destruiu a minha família, e o pior: ela não parece gostar de mim. Até fez meu pai me trocar de escola! Agora, por esses dias, os dois filhos dela vão se mudar pra minha casa, também. - Melina, há essa hora, estava chorando.

- Fica calma. Eu estou aqui com você agora. Vai ficar tudo bem... - agora eu a abraçava.

- Felipe, eu não posso! - ela se preparava pra se levantar, mas eu a puxei de volta para os meus braços.

- Por que não? Eu sei que tenho que te pedir desculpas por ter te deixado lá, naquele dia e...

- Não! EU que devo te pedir perdão, por ter traído a sua confiança. Depois de tudo o que você fez por mim, eu fui uma estúpida! Mas o Vítor ainda era uma ferida que não tinha cicatrizado por completo, mas depois das palavras dele, eu não tive outra opção a não ser esquecê-lo de vez.

Fiquei calado. Aquilo era tudo o que eu queria ouvir, e embora tenha dito que nunca mais ficaria com ela, não conseguia deixá-la.

- Eu já te disse que te amo? Então... - Abracei-a mais forte ainda. - Nunca vou te deixar. Quando eu disse pra você me esquecer, foi da boca pra fora. Eu fiquei muito magoado com o que vi.

- Eu posso imaginar, e por isso eu te peço perdão.

- Vamos esquecer esse babaca?

Ela assentiu, sorrindo, e logo enxugou suas últimas lágrimas.

- E eu? Já te disse que te amo? - ela disse.

Ri, e logo em seguida, a beijei. Que saudades de seu beijo!

- Felipe, obrigada por me desculpar. Acho que se você não aparecesse agora, eu não aguentaria tudo isso.

- Não precisa falar nada. Eu vou te ajudar com tudo isso. Só saiba que não está sozinha, ok? Eu estarei sempre ao seu lado. - penso que me precipitei ao usar a palavra sempre.

Antes de ela responder, o sinal bateu, e tivemos de voltar pra nossas salas.

De novo, estávamos juntos.

(...)

Nos dias que se passaram, todos poderiam perceber que estávamos apaixonados. Ela me contava tudo o que acontecia com ela, naquela casa. Aquela tal de Débora era realmente uma cobra!

Mas foi no dia em que ela me contou quem era seu novo 'irmãozinho' que a situação ficou insustentável.

- É o Vítor!

- Como assim? Ele está morando com você? - é claro que estava, ela acabou de dizer isso, acontece que eu simplesmente não conseguia acreditar.

- Sim! E eu nunca, NUNCA mesmo iria ligar o sobrenome da Débora com o do Vítor. Débora e Vítor Moraes...

- Acho então que já sei de onde vem essa personalidade terrível do Vítor. Canalha... E o outro filho dela?

- É uma garota. Aquela que você ficou na festa no dia em que nos conhecemos, se lembra dela? - pensei que ela já havia se esquecido disso.

- Não me recordo do rosto, muito menos do nome... Mas, eu não sabia que o Vítor tinha uma irmã!

- Nem eu. Só espero que não seja como o resto da família.

Mel me abraçou, ainda com medo do que iria acontecer. Se sua casa já estava um inferno antes daquele imbecil se mudar, poder-se-ia imaginar o que ela poderia aguardar.


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Notas finais do capítulo

Vish... E agora em?
Gente, eu sempre esqueço de colocar algumas coisas nas notinhas, por maiores que elas sejam... Enfim, vo parando por aqui =D
até o próximo capítulo! espero seus reviews *---*
bjs!