Sábado finalmente havia chegado, e eu rezava pras horas passarem voando. Algo ainda cheirava mal, mas eu fui até a festa na casa de Melina, mesmo assim.

Era exatamente meia-noite, e a festa já estava lotada. Ana Paula não dera atenção pra mim até então, e eu estava feliz com isso. Eu dançava com Mel, quase que tranquilo, quando sua irmãzinha chegou, pra acabar com a nossa felicidade. E eu, já comecei a me irritar, mandando minha tranquilidade para o inferno.

- Meeeeeeeeel, a Isa quer falar com você! - ela estava bêbada.

- Quem? - Melina sequer conhecia a tal garota.

- A Isa, lembra dela?

- Não faço a menor ideia de quem seja...

- Vai lá, ela está te esperando!

Praticamente empurrando Melina pra longe, Ana Paula começou com seu joguinho.

- Pronto, ela já foi. E aí, vai parar de dançar só porque ela não está mais aqui? Fica aqui comigo. - eu acabei por dançar com ela, mas sem muitos toques.

(...)

- Cadê a Mel? - vinte minutos haviam se passado, e nada dela.

- Ah, sei lá... Relax Fê, vamos dançar! Toma uma bebidinha pra passar o tempo. - nervoso, tomei um copo de vodca em poucos goles.

Ana começava a se insinuar mais, e eu, só procurava por Melina.

- Toma outro. Vamos tomar juntos essa, tudo bem? - ela me deu outro copo de vodca, e sem pensar muito, bebi.

Depois de terminar com a bebida, observei mais um pouco e vi Mel com o Vítor. Meu olhar extremamente irritado foi percebido por Ana Paula, que tentava me empurrar mais vodca.

- Eles só estão conversando. Ele está pedindo perdão por tudo o que já fez. - ela tentava parecer séria, o que era impossível graças às doses de tequila e muitas outras bebidas.

- Eu vou até lá. - eu lhe disse, nervoso.

- Naaaaaaão, fica aqui comigo! Você está os vendo, não está? Eles não vão sair daqui. O Vítor está se comportando, está arrependido. Ele me disse. Com certeza apenas quer conversar com ela, e se você ver algo de errado, eu deixo você correr até lá. Enquanto isso, toma aí. - ela pegou seu próprio copo e me deu.

Por fim, depois de todas as doses de vodca que Ana Paula me dera, acabei ficando bêbado, chegando ao ponto de não me importar mais com as insinuações dela. Eu estava até gostando.

Ela dançava, se esfregando em mim, e como estava com um vestido curto, preto e agarrado, acabei que por notar suas curvas - ainda mais. - Passava a mão pelo seu corpo, me esquecendo totalmente que tinha namorada, e retomando as épocas de pegação antes da...

- Me beija. - Ana Paula me pediu, antes de eu raciocinar quem era minha namorada.

Cheguei bem perto dela. O suficiente para um beijo acontecer, mas nada. A malícia estava em seus olhos, e eu não parecia me importar.

Nossas testas se colaram, e eu a apertava pra perto de mim cada vez mais, passando minha mão por todo seu corpo. Comecei a ficar mais 'animado', pois ela estava suficientemente perto de mim. Então ela se soltou, e me puxou escada acima.

Ana Paula olhou pra baixo, e pareceu não notar ninguém nos observando. Logo, abriu a porta do primeiro cômodo que viu.

Entramos, e ela pareceu trancar a porta. Ana Paula se deitou na cama - era um quarto - e eu, antes de me deitar também, passei rapidamente meus olhos pelo lugar. Era cheio de pelúcias, desenhos, presos a um mural enorme, e um ursinho de pelúcia na cama. Pensava naquele urso, eu o conhecia de algum lugar, mas antes da memória vir, Ana o empurrou da cama e me chamou.

Subi em cima dela e a beijei. Ela tirou minha camiseta, e eu puxei pra baixo seu micro-vestido. Logo, tirei minha calça, e apenas de cueca, me preparava para tirar o sutiã de Ana Paula, quando a porta do quarto se abriu.

E não, ela não trancou a maldita porta.