Indecisões escrita por LizCullen


Capítulo 2
Capítulo 1




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As férias passaram tão rápido que chegou até assustar. Mas posso dizer que foram as melhores da minha vida. Infelizmente já tínhamos voltado pra Washignton. Todos, menos Jacob. Que ficou em La Push por causa da sua irmã, Rachel, que foi visitá-los. Ele queria um tempo a mais, já que fazia um tempo que eles não se viam, pelo fato de Jake estar morando conosco. Me senti um pouco culpada por mantê-lo longe do pai e da irmã, mas ele disse que uma coisa não tem nada a ver com a outra, que está aqui porque me ama, e quer estar sempre ao meu lado, e que sua irmã só vai visitá-los com mais freqüência por causa de Paul.

  Já era final de tarde e eu estava na sala, lendo mais um romance. Mamãe, vovó e minhas tias haviam saído. Jane estava no andar de cima, em seu quarto. Já meus tios, papai e Alec estavam se divertindo no play ground, que fica no subsolo. Se divertindo não, eles devem estar destruindo o lugar, pelo barulho. Jacob demorava a dar notícias e isso me deixava agoniada. Sem saber o que ele está fazendo, que horas vai voltar.

  Passadas leves aproximaram-se por trás. O cheiro era de Jane.

 -Tentando me assustar? –perguntei com os olhos ainda fixos no livro.

 -Claro que não, se eu estivesse realmente tentando te assustar, teria sido mais discreta e teria cumprido esse papel perfeitamente bem.  –ela sentou-se no sofá da frente, sem se incomodar com minha falta de atenção. –Não acredito que ainda está lendo esse livro. –ela resmungou e eu a encarei.

 -Por que não?

 -Sabe que o final não é bom. Vai derramar lágrimas à toa.

 -Mesmo assim. Quero saber o que acontece.

 -Vou te dizer o que acontece: ela mor...

 -Não! –a interrompi com um grito e dei um pulo do sofá, cobrindo meus ouvidos e largando o livro no chão. Ela riu.

 -Não seja besta, Nessie. Você sabe o que irá acontecer.

 -Ai, Jane. –peguei o livro do chão e me joguei de volta no sofá –Você precisa acabar com o suspense? Prefiro não saber que ela morre. –ela riu mais uma vez

 -Sério? Porque antes mesmo de ler o livro, você sabia que ela morreria. –joguei nela uma almofada e coloquei o livro na mesinha de centro.

 -Tudo bem, vou deixar pra lê-lo depois. –olhei para o teto

 -Não há de quê. Estou lhe poupando sofrimento. –ela esticou no sofá e também olhou para o teto. Ela parecia inquieta, como se quisesse me dizer algo. Mas eu já sabia o que era.

 -Nervosa com amanhã? –perguntei tentando parecer indiferente. Amanhã seria um novo dia. O dia que seria lembrado por toda a nossa vida. O dia em que Jane e Alec teriam uma vida social estável. Eles finalmente iriam à escola conosco. Eu estava tão nervosa quanto eles. Estava imaginando esse dia a muito tempo. Como ele seria do nascer do sol até o anoitecer.

 -Um pouco. Será que iremos conseguir?

 -É claro que sim. –virei para olhá-la e abri um sorriso –Apenas confie um pouco mais em você, Jane. Imagine que vocês estão seguros e que todos lá são seus amigos. É um pouco estranho no início, todos vão olhá-los com aquele ar de admiração, mas com o tempo acostuma. Vocês já conhecem parte dos meus amigos, então vai ser mais fácil a adaptação. Sem contar com o autocontrole de vocês.

 -Mas faz tão pouco tempo que estamos vivendo à base de sangue animal. Tenho medo que não seja suficiente.

 -Acontece que vocês sempre tiveram um autocontrole incomparável. Vocês tinham de se controlar para andar pelas cidades, quando necessário. Para ficar entre humanos, como um deles. E além do mais, depois que estão conosco, já saíram várias vezes e nada aconteceu. Papai e vovô não deixariam que vocês fossem à escola, se não tivessem certeza de que estão preparados.

 -Obrigada por me acalmar um pouco. Acho que se todos tivessem me dito isso, eu só ficaria confiante, mesmo, se você estivesse dizendo.

 -De nada. É sempre bom ajudar. –abri um sorriso.

 -Já te vejo como a irmã que nunca tive. –ela retribuiu com o rosto radiante de alegria.

 -Mas é isso que somos, não é? –levantei e fui em sua direção, sentando no chão e encostando minhas costas no sofá em que ela estava deitada.

 -Tem razão. É isso que nós somos. –ela beijou o alto de minha cabeça –Só que eu sou a mais velha. –ela riu

 -Saí fora. Nem parece. –a acompanhei e voltei meus olhos para o relógio preto e branco pendurado na parede. Jane percebeu meu movimento.

 -Acha que ele virá ainda hoje?

 -Claro que não. Só que ele não deu nenhum telefonema e não mandou mensagem. –suspirei desanimada.

 -Não se preocupe, ele estará aqui amanhã bem cedo.

 -Ou não. Não é certeza que ele venha amanhã.

 -Por que não vamos caçar? Para você se distrair um pouco.–ela sugeriu

 -Tudo bem. –concordei levantando. Papai, vamos caçar. –avisei rapidamente a ele e seguimos em direção à mata densa.

 -Que tal uma corridazinha, pra levantar o ânimo? –a desafiei, sentindo a adrenalina percorrer minhas veias. Ela concordou com malícia e lançou-se a frente. –Hey, não tão rápido assim! Nunca vou te acompanhar. –acelerei o passo.

 -É uma competição, Nessie. Não tenho culpa se sou mais rápida que você. –seu riso ecoou pela mata. –Vamos ver se me acompanha.

 -Já sei a resposta: não vou! –gritei, sabendo que ela ouviria. Ao mesmo tempo que corria, a procurava com os olhos. Pude ouvir um pequeno grupo de veados a leste e deixei nossa competição de lado, preparando-me para caçar.


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Notas finais do capítulo

Beijos.
#LizCullen



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