2035 - My Future escrita por Anna B4nana


Capítulo 6
Capítulo 6




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Acordei no meio da noite, sem sono nenhum. A luz do Lago Verde perturbava meus olhos. Decidi ler a carta que minha mãe me escreveu quando me abandonou. Sabe, as cartas agora são lidas como se fosse num Ipad, mas é próprio para escrever cartas e ler elas. Você pode deletar o que escreveu, escrever uma nova e depois mandar pra quem quiser, mas tem de mandar o aparelhinho. Carlos disse que se quiséssemos escrever cartas era com papel e caneta, usamos raramente isso. Economizamos árvores, mas é uma pena que começamos tarde demais a fazer isso. A carta de mamãe, que explica o porque de me deixar, de não ficar comigo, a carta que nunca tive coragem de ler, agora temo que nunca tenha outra chance. Abro e me surpreendo.

“Minha pequenina, meu anjinho, Lamento não poder te ver crescer, lamento não poder te abraçar, lamento não podermos ter conversas de meninas sobre meninos, lamento não poder pentear seus cabelos dourados, secar suas lágrimas que caem dos seus magníficos olhos verdes. Mas a mamãe tem um problema, na verdade, mamãe nem podia ter filhos, entende? Sua mãe teve problemas por causa da radioatividade de tudo. Morávamos na grande cidade, onde foi muito atingida pela guerra da água. Uma grande guerra começou entre todos os países, para conseguir água. Não havia aliados nenhum, estávamos por conta própria. Eu e seu pai, decidimos, no dia do bombardeio, ir embora antes que algo acontecesse, eu era nova e ele também, era no ano de 2017, eu tinha 21 anos e estava casada com seu pai, nos amávamos demais e queria mos isso, além de estarmos com medo de perdermos um ao outro por conta disso tudo. Seu pai tinha 23 e o nome dele era Julio. Quando a bomba caiu, estava longe, mas perto o suficiente para um grande impacto na gente, a nossa pequena casa caiu e estávamos na varanda, arrumando o carro. Fomos lançado pra longe e acabei quebrando um braço, e seu pai bateu a cabeça, mas não foi tão grave, pois ele estava dentro do carro já. O carro andou para trás como se estivesse ligado, casas ao nosso redor caíram, prédios desmoronaram, pessoas que estavam mais perto da explosão viraram pó! Foi tudo horrível, mas o pior ainda estava por vir. No ano seguinte, fomos ao médico, estava tendo sangramentos horríveis e não sabia o porque. O médico disse que era a radioatividade da bomba, que eu recebi uma boa quantidade. Seu pai pegou também, mas não tanto quanto eu, pois estava um pouco protegido por causa do carro. Fizemos um check-up completo e meus exames apontavam que eu havia ficado estéril e que não tinha muito tempo de vida, que meus órgão estavam parando de funcionar, começou com os ovários. Então, tristes por não podermos ter filhos, que era uma coisas que queríamos muito, voltamos para casa, nossa nova casinha debaixo da terra, que era para evitar mais ataques como aconteceu no dia 15 de maio de 2017. Um tempo depois, fui me sentido estranha de novo, voltamos ao médico e ele me disse que eu estava grávida. Todos disseram que isso era um milagre! Eu e seu pai ficamos muito felizes, mas preocupados ao mesmo tempo. Estávamos doentes demais para tomar conta de você, iríamos morrer antes que você pudesse começar a falar. Seu pai aparentava ter mais de 30 anos, ele estava envelhecendo rapidamente e seu corpo todo respondia como se ele tivesse uns 45 anos. Apesar de ele só ter 23 anos. E eu, meus órgãos começaram a falhar durante a gravidez. Finalmente, temendo ter um aborto instantâneo, a bolsa estourou. Estava de 7 meses, mas os médicos disseram que você parecia ter nove meses certinhos. Ocorreu tudo bem, até que, depois de uma semana, seu pai morreu, com uma aparecia de alguém de 90 anos, e eu estava perto do meu limite também. Voltei para casa e não sabia o que fazer. Decidi fazer o que era melhor pra você. Te deixar com outra pessoas, alguém saudável. Achei esse cara. Parecia tão jovem, achei ele saudável e vi onde ele morava, te arrumei, fiz sua malinha e escrevi essa carta. Você vai ficar com ele e te peço uma coisa... Perdoa a mamãe, linda? A mamãe não queria fazer isso, mas infelizmente não podia ficar com você. Um beijo, da sua mãe. July”

Meu Deus! Eu não paro de chorar, caramba, não sabia disso, mas achei bom esperar, mas a duvida está de pé... Será que minha mãe morreu?


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