Eliza No País Das Maravilhas escrita por Avril_Gomez_108


Capítulo 6
Meu passaporte pro tártaro manda um presente


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora,eu tinha que comprar o presente da minha amiga e muita lição de casa, espero que gostem do cap



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Treinei o resto do dia com as meninas, pois Quíron deu o aviso que teríamos caça a bandeira hoje, nunca havia participado desse jogo tão tradicional para os meio sangues, então dei duro e me esforcei em todas as armas para descobrir qual era perfeita pra mim, percebi que me dava melhor com espadas, mas sentia a necessidade de ter uma que só eu usasse como contracorrente, a caneta que vira espada de Percy ou a de ferro estígio de Nico.

Acho que deuses lêem mentes, pois nosso centauro diretor de atividades se aproximou de mim e disse:

-Minha criança, Lady Atena e Lady Afrodite mandaram Hermes lhe trazer este embrulho.

Ele me entregou uma caixa verde água e eu a abri, dentro tinha um anel azul com a pedra rosa e um bilhete

Esse anel é muito especial, foi forjado pelos ciclopes no fundo do mar com perolas turquesa, ouro celestial e um dos diamantes constantemente usado por Afrodite (Atena que está escrevendo enquanto a deusa do amor retoca a maquiagem), perceberá o efeito porque suas unhas sempre mostrarão seus sentimentos, gire o tal diamante no sentido horário e terá uma surpresa, gire no anti horário e vai ter outra.

PS: Um presente para a única filha de Poseidon pelo qual gosto e admiro, jamais siga o exemplo de seu pai ou seu irmão, senão virará uma desequilibrada completamente sem futuro.

PSS: Agora eu, a linda, maravilhosa, fabulosa, chiquitosa e perfeita Afrodite que está escrevendo, não perco meu glorioso tempo com coisas Alá Atena tipo escrever, então sinta-se lisonjeada (é assim que escreve?) porque te notei na reunião. Tenho grandes planos para você e te quero como minha amiga, tinha certeza que uma semideusa iria merecer esse anel por isso doei minha Rose (esse era o nome do diamante), use bem e arrase geral.

-Legal, Atena e Afrodite gostam de mim- eu disse feliz

-Se mata- disse Percy- A senhorita perfeição também gosta de mim e sempre faz minha vida um inferno para se divertir com histórias românticas.

-Então é um inferno ela lutar para ficarmos juntos e nos fazendo amar mais?- perguntou Annabeth em tom de desafio

-Não é isso que eu quis dizer- respondeu meu mano

-Sei bem o que queria dizer Perseu.

-Viu? Deve ser Afrodite fazendo um efeito na gente- disse Percy

-Quer dizer que não tenho moral pra brigar com você?- perguntou minha nora ou quase

-Dá onde se tirou isso?- ele estava inconformado

-Agora disse que imagino coisas.

-Eu. Não. Disse. Nada- falou bem divagar

-Está me chamando de burra?- ela encarou de outro jeito o modo como Percy disse

-NÃO!

-Agora está gritando comigo. VAI SE FERRAR!- que garota mais neurótica

-Por acaso você está de TPM?- não acreditei que ele perguntou isso

-O QUE?! COMO OUSA DIZER ISSO SEU IMBECIL!

Ela foi embora pisando forte com Percy em seus calcanhares pedindo desculpas. Se Afrodite fizera tudo aquilo, minha vida já tinha passaporte de ida para o tártaro, olhei para meu novo anel e virei o diamante em sentido horário, ele se transformou em uma linda espada com a lâmina azul com detalhes rosa e o cabo Pink com pequenas flores turquesa, passei o dedo na maior e retornou ao normal.

Girei no anti horário e em um segundo tinha nas mãos um belo escudo de ouro, com um dragão azul marinho cuspindo fogo rosa, nas bordas havia correntezas emolduradas em prata e finíssimas perolas por todos os cantos. Adorei ambas as maneiras e resolvi continuar com o nome original:

-Rose, vou estrear você no caça a bandeira e colocar sorte vencendo- disse para o anel colocado em meu dedo do meio

-A única coisa que conseguira botar é azar, pois meu time que irá ganhar- falou Gaspar Zinho

-VOCÊ é capitão?- perguntei para o Di Ângelo

Tenho que admitir que naquela hora imaginei o quão difícil seria derrotar Nico, pois o cara tinha incontáveis anos de experiência e treino, enquanto eu apenas três dias, mas nunca admitiria isso para o mesmo e nem para ninguém, nem sei o que deu em minha cabeça para falar isso a vocês.

Quíron apareceu com uma garota nova do nosso lado, tinha cabelos castanhos longos e crespos até a cintura, olhos da mesma cor, estatura média, sua pele mudava estranhamente de tom (quando a vi estava super morena, mas depois foi clareando) e seu sorriso era estonteante.

-Essa é Megan Farve, mostrem o acampamento para ela, depois vão pro pavilhão onde Meg será destinada e logo em seguida teremos o jogo.

-O que é ser destinada?

-Temos tanto a lhe dizer- falou Pâni

Apresentamos tudo bem a tempo, pois logo soou a corneta de concha e fomos para o refeitório, assim que entramos um cálice dourado, que é o símbolo de Íris (aprendi em tão pouco tempo) apareceu sobre a nova campista e fez jatos coloridos se firmarem por todo o salão, eram parecidos com fogos no fim de ano com todas essas luzes brilhantes e explosivas, mas o entusiasmo dos semideuses foi a melhor parte, pois ficaram com a carinha de criancinhas de cinco anos admirando um brinquedo super legal.

Quando tudo desapareceu Meg se encaminhou para a mesa de sua mãe e levou alguns minutos para conversar com seus irmãos e irmãs, ela parecia feliz no meio de tudo aquilo e realmente não tinha cara de guerreira, mas eu estava absolutamente enganada sobre isso e a prova foi o que aconteceu depois de todos jantarem, de jogarem comida no fogo e até de conversar sobre o porquê de os pratos estarem com gosto melhor.

Raquel ficou em um canto conversando com umas piruas filhas de Hécate, ela apontava para Meg e ria, mas o que me surpreendeu foi a mesma saber e não fazer nada, alguém tinha que tomar uma providencia e esse alguém era eu. Levantei da mesa de Poseidon no meio de uma conversa com Percy e andei até as Heras (entenderam o trocadilho?), olhei bem pra expreção de cada uma e todas eram de desafio, tipo “está fazendo o que aqui Crazier? Deixa de ser panaca e vai embora, sua intrometida”

Agora vou dizer uma coisa que deixará todos chocados, a queridinha do parreirinha falou mesmo aquela frase, levou alguns segundos para eu entender que ela havia me chamado de panaca e intrometida, ainda por cima com toda a ignorância do mundo, mas depois de processar as ideias fiquei com raiva, com MUITA raiva.

-Olha aqui sua filha de bêbado, você não pode sair por aí falando mal das pessoas, muito menos da novata, então que tal eu te arremessar para a lua e... – Meg me interrompeu praguejando, pois eu já gritava em alto e bom som para até os deuses me escutarem

-Tudo bem Lia, daqui eu sei me defender- ela disse calmamente

-Cala a boca que a conversa ainda não chegou ao chiqueiro- falou Raquel

-Sério? Ainda não chegou na sua casa?- perguntou inocentemente

-Nem tente me vencer, porque neste quesito eu sou e sempre serei a melhor- disse a parreirinha 2

-Não tento vencer quem eu tenho certeza que está a baixo de mim- todos bateram palmas, mas quando digo todos é literalmente, até Quíron

A Herazinha voltou pra sua mesa de cabeça baixa, em outras situações eu ficaria com pena e iria me desculpar, mas essa (N/A: Mulher quando chama mulher de “essa” é porque a coisa ta mais feia que estábulo sem limpar por um ano) não merecia nem a meia que o Harry deu para o Dobby e olha que aquela coisa tava suja.

-Bom crianças, todos vocês terão que fazer uma coisa por um campista- Quíron chamou a atenção de todos pra falar- Certo deus nórdico tem o plano de sequestrar um meio sangue, os deuses fizeram uma reunião de manhã no qual já temos todo o plano de batalha, mas Atena descobriu um fato importante que nos ajudará e muito.

Ele dizia cada palavra bem devagar, dando todo o efeito que a frase merecia.

-Ela achou uma fonte concreta de que esse deus vai atacar no halloween (N/A: Em outras palavras ela ameaçou alguém), por tanto nós faremos uma festa nesse dia para, além de confundi-lo com as fantasias, todos terão uma arma disfarçada e estarão prontos ao ataque.

-Mas o halloween é só daqui a um mês, esse cara pode mudar de ideia e atacar antes- disse um moleque no fundo, ele nem é muito importante nesta parte da história

-Não, pois isso seria a coisa certa de ele fazer, por tanto não fará já que é esperado agir assim- disse Quíron

-Tudo que é não será a não ser que seja- eu sussurrei, pois havia visto essa frase no livro da Alice

-Atena projetou todas as roupas com a ajuda em estilismo de Afrodite em- Quíron olhou no céu, provavelmente chutando uma hora- 5 horas. Todos os deuses, olimpianos e inferiores, se tele transportarão pra cá para entregar as coisas de seus respectivos filhos daqui a três minutos.

Os semideuses fizeram algazarra, conversando sobre a primeira vinda de seus pais ao acampamento, sobre como impressionar eles no caça a bandeira (já que vão ser obrigados a ver), sobre as fantasias que cada um deverá usar e sobre quem era o meio sangue tão protegido. De repente fumaça verde se espalha e figuras brancas surgem do céu, indo parar bem de frente das mesas, a coisa estranha que eu acho que era névoa verde se dissipou e todos puderam ver o rosto dos deuses.   

-Viemos aqui para, como Quíron já deve ter explicado, entregar suas vestes para a festa de halloween- disse Atena

O mesmo cara que tinha falado antes levantou a mão, como se estivesse na escola (N/A: Prefiro mil vezes o acampamento que a Escola, cruz credo!).

-Por que temos que proteger esse meio sangue?

-Acho melhor eu dizer quem é assim vocês não contestam e farão de bom grado- disse ela, dando uma pausa dramática- É a Lia.

Todas as cabeças se viraram pra mim com mais surpresa do que eu imaginava que fariam, até meus amigos, todos menos Nico. Ele ficou com a maior indiferença possível no mundo, o que me deu raiva, já que a primeira coisa que se passou na minha cabeça foi que Gaspar Zinho não se importava, pensei que estava fazendo coisas muito ruins pra ele e não podia culpá-lo, mas depois de 6 segundos esse pensamento idiota e sem noção foi embora, o projeto de capeta me odeia e eu o odeio, se o idiotinha não quiser olhar não olhe, estou pouco me lixando.

-Se é pela Lia, eu luto- disse o carinha lá do fundo

-Eu também- disse outro

-Contem comigo- falou um no canto

-Lia é bonita e legal de mais pra morrer- gritou outro

Poseidon e Percy fulminavam cada um que falava com o olhar, mas acho que o que meu pai queria mesmo era ver churrasquinho de semideus, depois jogar tudo no tártaro pra Cronos lanchar. Atena ficou feliz em ver que estava certa, como sempre. Ouvi passos de pessoas correndo e um bando de garotas entrou no pavilhão, todas com roupas simples menos uma, a menina da frente que parecia ter 13 anos e usava uma camisa preta com os dizeres “morte aos homens” com a imagem de um cara com uma faca na cabeça.

-São as caçadoras que eu falei- disse Percy á mim

Prestei mais atenção na da camisa do mal e vi que ela era punk, com mechas vermelhas e amarelas no cabelo (N/A: Sei que Thalia é conhecida por seus cabelos roxos, mas quando sonhei era assim que eles estavam), tinha um físico bem atlético e parecia ameaçadora, era o tipo que você jamais mexeria e perceber isso me fez ficar com muita vontade de conhecê-la.

-Bom, por que vocês não nos mostram como se joga o caça a bandeira, as caçadoras não vão jogar, mas estão aqui, pois vão ir para a festa e tenho certeza que todos podem aceitar elas por um mês, não é?- perguntou Atena

Nós fizemos que sim com a cabeça e Percy me puxou juntou com os outros para conhecer a punk.

-Oi Percy, Annie!- ela abraçou os dois- NICO!- ela pulou no colo dele e o abraçou forte, mas o que me deixou surpresa foi Nico corresponder

-Olha se não é a pára-raios- disse Gaspar Zinho brincando

-Cala a boca!- ela deu um tapa nele e eles começaram a brigar, mas uma briga amigável se é que isso é possível

 -Nossa, eles sempre brigam assim?- Laís perguntou com uma cara estranha, cara que reconheci como desgosto, pelo visto ela não simpatizou com a punk

-Sim, mas as brigas Nico e Lia são muito mais divertidas- disse Percy

-Quem é Lia?- perguntou a menina

-Eu, Eliza Letter Crazier filha de Poseidon- estendi minha mão e ela a apertou

-Thalia Grace, filha de Zeus.

Não sei por que não fui com a cara dela, mas logo, logo descobriria.

 -Então quer dizer que suas brigas são melhores?- perguntou

-Sei lá, isso é o que Percy diz, mas ninguém liga pra opinião dele- respondi e ela riu “droga, não queria a fazer rir” pensei

-Nossa esculachou o cabeça de alga- “ela não pode ter dito o apelido que Annie inventou, que merda é essa?”- Mas sem dúvida a minha é melhor, eu conheço Nico a mais tempo, tenho coisas para usar contra ele- quando falou isso senti uma pontada de deboche em sua voz, como se eu não fosse capaz de superar suas brigas

-Vamos, equipes se reúnam para discutir a estratégia- disse Quíron, nós fomos para longe de Thalia e as outras caçadoras seguir a ordem dele, enquanto a equipe se juntava Ane disse:

-Não gostei dela.

-Por que Hades ela agarrou meu irmão?- perguntou Laís e assim que o fez meu olhar se voltou para o deus dos mortos, que tinha virado a cabeça para nós como se soubesse que seu nome fora mencionado

-Não sei, mas essa garota zoou com a minha cara e não vai sair barato, vou provar o quanto posso irritar Gaspar Zinho- eu disse

Os times ficaram assim: os chalés de Poseidon, Atena, Afrodite, Hermes, Eólo, Niké (deusa da vitória), Hécate e Dionisio são o time azul comandado por Percy. Os chalés de Hades, Apolo, Hefesto, Deméter, Ares, Íris, Hipnos (deus dos sonhos), Tique (deusa da sorte e da fortuna), Perséfone, Hebe (deusa da juventude) e o resto dos deuses menores são o time preto comandado por Nico, eles têm mais porque os chalés dos azuis têm mais meio sangues que os outros.

Annabeth começou a falar o plano de batalha, enquanto ela dizia a cada um qual era sua posição tive uma ideia, era brilhante e me senti como um daqueles gênios tipo Steve Jobs, o cara construiu todo um mundo de tecnologia, sabiam que ele é filho de Atena e que ela dava sua opinião em todos os novos lançamentos? Pois é, devem estar pensando “então é por isso!”.

Toquei no ombro de minha cunhada e perguntei:

-Posso ficar na defesa?

-Defesa? Pensei que iria querer ir para o ataque!- respondeu

-Olha isso- eu disse e caminhei calmamente pelo refeitório, passei pelos deuses que me seguiam com o olhar e cheguei até onde o time do alma morta (N/A: Apelidinho novo!) estava, Nico falou algo sobre rios e armadilhas depois disse:

-Eu fico na defesa, pois provavelmente Lia estará no ataque e quero surpreende-la.

-QUE LEGAL!- gritei em seu ouvido

-O que você está fazendo? Não pode ouvir nossa estratégia- ele falou alarmado

-Vai fazer o que?- perguntei com o meu melhor tom de “te deixo no chinelo”

Eu era boa em manipular pessoas, na verdade sempre fui conhecida por esse grande talento, pois fazia até os professores agirem como eu queria, uma vez tirei dez em uma prova que minha nota real seria cinco, considero isso uma arte que devia ser ensinada aos jovens de hoje para terem um futuro mais fácil e com dinheiro sem se esforçarem, depois quando houver o fim do mundo vão ter mais energia pra gastar correndo do apocalipse.

Só que o interessante mesmo era a cara de Nico, seu rosto ficou vermelho e ele fechou os olhos provavelmente mentalizando uma coisa feliz (deve ser um bando de almas ou outra coisa de filhos de Hades), quando os abriu de novo estava bem mais calmo e sua cor voltou ao normal, como não queria se irritar (acho que se isso acontecesse Gaspar Zinho viraria um balão e explodiria) disse:

-Tudo bem, pode ouvir o quanto quiser.

Pensei em trilhares de coisas legais e gentis para dizer, desde “obrigado, agora serei boa com você daqui pra frente” até “vou dar todo o meu chocolate á você de agradecimento”, mas essas ideias eram ridículas, principalmente a segunda. Mas mesmo assim disse uma frase muito gentil...

-Perdi a vontade, mas se quiser ouve a nossa, já que é a única chance de vocês vencerem.

...Que podia ser entendida de várias maneiras. O gótico/emo fez uma cara de espanto que valia mais de um milhão de dracmas, ele perdeu toda a calma que tinha conseguido na meditação e começou a gritar:

-AGORA VOCÊ VAI OUVIR! VAI OUVIR NOSSA ESTRATÉGIA E VAI CONTA PRA TODO MUNDO!

-QUEM VAI ME FORÇAR? VOCÊ? POUPE-ME!- eu só gritava para distraí-lo

-VOLTA AQUI!- ele berrou me seguindo, pois eu já caminhava em direção a minha equipe- QUER SABER? FAZ O QUE VOCÊ QUISER!

-VOU FAZER MESMO.

-Ta- ele disse

-Ta.

-Bom.

-Bom.

-Então ta bom?-perguntou

-Ta muito bom- respondi e cada um saiu para um lado

Atena me olhava como se achasse que eu era um gênio, então concluí que a deusa da sabedoria tinha entendido meu plano e o apoiava, depois focou seu olhar em Nico e sorriu voltando a me observar, claramente dizendo “deu certo”, sorri de volta mostrando que percebi a mensagem.

-Nico disse que ficaria na defesa, mas agora que sabe que eu ouvi vai mudar pra ataque para me pegar desprevenida em uma luta, então ficarei esperando ele enquanto guardo a bandeira- expliquei a todos

-Um plano digno de Atena- disse Julie

Em dez minutos os meio sangues já vestiram as armaduras e empunharam as armas, andamos até a floresta no flanco direito, no qual era nosso campo e cravamos a bandeira no pé de uma árvore de cerejeira, ela ficava no centro de uma clareira onde havia Ipês (rosa, amarelo, roxo),  Pinheiros (N/A: Cadê a Thalia nessas horas?), Eucaliptos e muitas outras. É a parte mais colorida do acampamento (fora o chalé de Íris) e em minha opinião a mais bela.

Fiquei por ali com Ane e Raquel (para meu desgosto), Travis ficou de guarda na copa de um Ipê para o caso de Nico ter planejado uma armadilha, Connor se escondeu em um arbusto de madressilvas para fazer uma emboscada, Annie sabia planejar muito bem (o Percy nem opinou) e tive a incrível sensação de que nós venceríamos, mas ainda estava nervosa pelo fato de ser meu primeiro jogo depois de apenas três dias de treinamento, eu podia fazer besteira e prejudicar a todos. Mas uma coisa eu tinha certeza, se eu estragasse o plano, Ane e Laís, até mesmo Julie, fariam um desastre em proporções estupendas, isso me reconfortava.

 Ouvi a corneta simbolizando o inicio do caça a bandeira e já me preparei, pois Gaspar Zinho viajava nas sombras e podia aparecer ali a qualquer hora, Percy me contou que o ponto fraco de Nico era o seu jogo de pés, ele havia treinado com um fantasma o que não ajuda muito e tem certo bloqueio para aprender agora, mas o meu é bom de acordo com Clarisse, que me disse que fora sua parte favorita de minha luta contra Caio, também falou que o truque do tornozelo é inteligente e, se feito do jeito correto, pode levar alguém a vitória em uma batalha.

Passaram-se dez minutos e nada, era muito chato aguardar na defesa, que tipo de protetor espera que o ataquem? Quase exatamente depois de pensar isso o verde das árvores que cercavam a clareira se mexeu e de lá saiu uma horrível assombração que alguns costumam chamar de Nico Di Ângelo, quando me viu fez cara de quem tinha visto Cronos (N/A: Os mortais normalmente dizem fantasma, mas o filho de Hades convive com isso, então achei mais engraçado colocar Cronos), mas logo se recuperou do susto.

Ele sorriu pra mim de um jeito tão perverso que era a copia do meu, não sei como conseguiu, talvez tenha treinado na frente do espelho (se é que ele tem reflexo, pois uma das minhas conclusões sobre ele era de que fosse um vampiro) ou algo do tipo. Encaramos-nos por algum tempo e Nico disse:

-Finalmente iremos lutar, estava torcendo por este momento.

-É. Acho que uma hora isso tinha que acontecer, mas se eu fosse você não almejaria tanto- eu falei, deixando um clima tenso no ar

Raquel saiu de seu posto e foi lutar contra Gaspar Zinho, ele a olhou como se fosse uma meleca no chão e não teve dificuldades para sacar a arma, logo depois girar e quase enfiar Stygian (a espada dele) no estomago dela, mas a chatinha desviou tentando acertar sua cabeça, Nico se abaixou a finalizou a luta com sua espada na parte de trás do pescoço dela enquanto segurava a faca (que tipo de idiota luta com facas sem ter talento pra isso?) que acabara de tirar das mãos da filha do parreirinha.

Raquel sorriu maliciosa e disse:

-Ta quente aqui?- depois puxou ele pela gola da camisa pra um beijo

Di Ângelo se desesperou e a empurrou, mas ela agarrou suas pernas e ele caiu, Raquel se ajoelhou e o prendeu juntando as mãos de Nico junto ao corpo, inclinou-se e chegou a raspar nariz com nariz, mas uma coisa a atingiu e ela desmaiou. Rafael surgiu do mesmo lugar que Gaspar Zinho havia aparecido com um arco em uma mão e alguns dardos tranquilizantes na outra (reconheço a diferença entre dardos normais e esses á quilômetros de distancia, pois quando ficava entediada na aula costumava jogar na professora).

-Valeu cara, acho que poderia ter morrido intoxicado- agradeceu o gótico/emo

Rafael concordou e os dois olharam pra mim e Ane, a mesma sussurrou:

-Eu contra o Rafa e você contra Nico, beleza?

-Beleza- respondi

Corri até me adversário e destravei Rose, Ane fez o mesmo e de acordo com Annabeth tínhamos que virar de modo que Nico e Rafael ficassem de costas para a bandeira, na hora pensei que era maluquice, mas como loucura é comigo fiz exatamente o que ela mandou e entendi que isso deixava agente ainda de guarda, se alguém se aproximasse poderíamos gritar pelos Stoll.

Acertei meu primo no braço o que o fez sangrar, mas Nico nem sentiu do mesmo jeito que eu não senti quando me cortou no rosto, bati com o cabo da espada em sua barriga e ele me deu uma rasteira, consegui me manter em pé e chutei sua cara com o único golpe que aprendi na aula de Karate (desisti dela 72 horas depois que entrei), Gaspar Zinho se curvou para o que eu pensei que era de dor, mas na verdade foi só pra ter tempo de conjurar soldados mortos, fiquei me protegendo deles e Nico pegou a bandeira e correu para a sombra de uma árvore.

Percebi que tudo estava perdido, mas notei que era o Ipê em que Travis se encontrava e gritei:

-TRAAAVIIIIIIIS!- ele se jogou no filho de Hades quando o mesmo passou e o impediu de adentrar nas sombras

-COONNOOOOR!- berrei a plenos pulmões e este saiu do esconderijo para me substituir na luta contra os mortos

Corri mais do que em toda a minha vida para chegar até Nico, mas o mesmo estava longe, então olhei para o céu e lá vi uma nuvem, lembrei sobre o que Quíron disse quando o tridente apareceu sobre minha cabeça: “Filha do deus dos mares, portador das tempestades e criador dos cavalos...”. Se meu pai controla tempestades posso fazer o mesmo, pensei e focalizei meu poder naquela pequena nuvem, solitária no meio de um céu azul. Logo tudo estava coberto de cinza e começou a chover, primeiro pingos fracos que foram mudando para grossos, que alagaram o chão em segundos.

Uma vez perguntei a Percy como se controlava a água e ele respondeu que era só canalizar o poder nas mãos, depois imaginar o que queria que a água fizesse, sentiria um repuxo no abdome provando que tinha dado certo. Fiz o que ele descreveu e as poças que estavam no chão se moveram até onde Nico estava caído por causa de Travis, que agarrava as pernas dele como se dependesse da própria vida. A força da água sugou Nico como um ralo e foi se formando um redemoinho em volta dele, que não tentava, mas não conseguia sair.

O trapaceiro conjurou mais mortos e estes o ajudaram, Rafael pegou a bandeira esquecida no chão e correu com Nico, agora livre, para a direção que vieram, mas não havia sombra, então foram correndo de volta para a sua área da floresta. Eu e Ane os seguimos, pois os gêmeos estavam ocupados batalhando com os novos mortos, chegamos até o riacho que marcava o limite das áreas e vi Percy segurando a bandeira preta vindo do outro lado.

Naquela hora venceria o mais rápido, a bandeira que invadisse o campo adversário seria a vitoriosa e Nico estava a poucos passos de alcançar isso, mas ninguém se mete com uma Crazier, muito menos com um Jackson. Eu e meu irmão forçamos a água do riacho se espalhar pra todos os lados, fazendo Gaspar Zinho escorregar, Percy se jogou para nosso lado e a corneta soou, aos poucos semideuses foram aparecendo e minha equipe explodiu em gritos.

-Percy, Percy, Percy- depois pegaram meu mano e o carregaram

-Gente, se não fosse a Lia ter me atrasado, eu teria conseguido roubar a bandeira- disse, para minha enorme surpresa, Nico

-Lia, Lia, Lia!- berraram e me carregaram junto

Olhei pra meu primo e vi sua expressão um pouco triste, mas sorrindo me vendo corada.

Virei para onde Ane se encontrava e tive a visão de uma coisa que me fez desequilibrar, na verdade quase desmaiar, Laís e Julie procuraram o que eu focalizava com tanto espanto e minha priminha quase teve um troço. Ouvi uma risadinha suave no meio da baderneira que pertencia a uma linda moça deusa do amor, “é, parece que não sou a única que tem um passaporte pro tártaro”

Sabem o que vi? Devem estar morrendo de curiosidade. Pois é, acho que não irei contar agora, MUAHAHAHA!!!


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Notas finais do capítulo

Devem estar querendo me matar po terminar assim, mas é necessário MUAHAHAHAHA!!!!!
Mandem recomendações se não nem digo o que aconteceu de tão espantoso!!