Eliza No País Das Maravilhas escrita por Avril_Gomez_108


Capítulo 25
A primeira prova e o campo de vaga-lumes


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, o capitulo só ta gigante por causa de duas musicas, se não daria 5000 palavras ok? Não tenham preguiça de ler por favor, eu imploro. Dia 8 de março foi meu niver, espero reviews de presente e algumas recomendações.
Desculpa se tem muito erro, to postando sem corrigir por causa dos meu pais. Depois eu tiro.



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...Era um campo de vaga-lumes. Pode parecer estranho, um campo de vaga-lumes, o que isso tem de mais? Só que ignore as suas opiniões e deixe a mente livre, então imagine uma clareira gigante no meio de uma floresta, onde tem uma árvore enorme e extremamente bela, forte e saudável. No céu, as cores laranja e rosa se misturavam num futuro por do sol, como se tivesse sido pintado por um desenhista habilidoso, dando um efeito elegante á clareira. Agora, se sua mente conseguiu imaginar isso, visualize que nessa clareira, não importa onde você olhe, uma pequena luz verde cintila. Na árvore gigante os galhos são todos infestados dessas luzinhas e o tronco parece mais verde do que marrom. Milhares de vaga-lumes voam pelo céu e alguns até mais baixo, dando a impressão de ser uma enorme cortina brilhante natural. Alguém não concorda que é uma cena linda?

Fiquei maravilhada, tanto que não conseguia desviar o olhar. Os vaga-lumes passavam a impressão de estarem brincando um com outro, pra ver quem brilha mais, ou quem sentiria a melhor brisa do por do sol. Não sei por que, mas aquela situação me fez ter vontade de voltar á ter sete anos, quando eu era inocente e sonhava em ver vaga-lumes, então poderia brincar junto com eles pela eternidade. Talvez de tanto brincar eu virasse um vaga-lume, então abandonaria a terra para viver voando por ai á noite, brilhando e alegrando á todos que me vissem.

–Que vontade de tirar uma foto da sua cara- disse Nico sorrindo

–Como achou esse lugar lindo?- perguntei

–Passeando, eu já disse, enquanto vocês estavam na academia- repetiu- Mas na primeira vez que eu vi não estava assim, só alguns vaga-lumes estavam por ai e não tinha esse efeito no céu.

–Então você deu sorte- traduzi

–Pode se dizer que sim- falou rindo- Vamos, me ajude á arrumar as coisas.

–Mas estou com preguiça.

Ele olhou bem nos meus olhos.

–Eu te trago pra esse lugar lindo, com vaga-lumes e uma arvore gigante, com um céu laranja e rosa. E você não quer estender uma toalha pra comer?

–Ta bom- falei bufando

Peguei a toalha preta sem desenho nenhum (N/A: Em piqueniques todos imaginam toalhas vermelhas e brancas, então eu tinha que fazer ao contrario do que pensavam) e estendi sobre uma parte da grama, Nico se ajoelhou sobre ela e começou a arrumar o prato com seis sanduíches, um de cada sabor. Tirei da sesta as duas garrafas de suco, uva pra mim e caju pra ele, depois os potes que eu achei que eram sorvetes e fiquei com receio de comer e engordar o que perdi, mas na verdade era açaí e eu amo açaí. Além de açaí ser saudável e engordar bem menos que sorvete.

Sentei de um lado e Nico do outro, então peguei um sanduíche e ele também.

–O meu é de requeijão- falei

–O meu é de manteiga- disse

–Quero experimentar o seu de manteiga- comentei

–Quero experimentar o seu de requijão- disse rindo

Trocamos de sanduíche rindo, só dois loucos pra pegar sanduíches e trocar por causa do sabor.

–Valeu á pena- disse Gaspar Zinho se lambuzando com requeijão

Começei a rir da cara dele, pois ele havia se lambuzado tanto que tinha vestígios de requeijão na ponta do seu nariz.

–Seu nariz está branco, Gaspar Zinho- avisei em tom de deboche

Ele limpou o requeijão e riu comigo.

–Ei, Nico, sabe quando você foi à nossa escola?-perguntei

–Sim- respondeu

–No telhado você disse que tinha um incêndio e quando fomos à minha casa minha mãe disse que teve um incêndio... – comecei- O que você fez com a escola?

–Bem, havia mais monstros lá, não professores como Cat, mas alunos- explicou- Então tive que avisar para os alunos correrem e taquei fogo grego nos monstros.

–Mas e a escola?- perguntei comendo o resto do sanduíche e pegando outro, dessa vez de geleia de uva

–Fogo grego é muito poderoso, eu já havia acionado o sinal de incêndio, então os mortais já estavam fora do prédio, mas quando joguei nos monstros algumas faíscas caíram nas cortinas- contou mordendo o sanduíche- Acho que tudo pegou fogo e o prédio foi á baixo.

–Beleza!- comemorei- Uhuuu! Tomou na cara escola, eu disse que ia me vingar.

–Hahahaha, está comemorando?- perguntou rindo

–Claro, eu odeio a escola!

–Então tem que me agradecer- concluiu bebendo um gole do suco

–Nunca.

–Me agradeça- ordenou brincando

–Jamais Nicolas Di Ângelo- falei enfatizando seu nome completo

–Não me chame de Nicolas- disse com raiva

–Você não manda em mim Nicolas- falei rindo de sua cara

Ele me encarou, eu o encarei ambos concluindo o que fariam no segundo seguinte. Levantei e saí correndo para longe dele, Nico me deu alguns instantes de vantagem, então correu para a sombra de uma árvore e viajou para sombra bem na minha frente. Ele me agarrou e começou a fazer cosquinha em minha barriga, mas eu não podia fazer nada porque me descontrolo totalmente quando fazem cosquinha em mim. Ri tanto que caí no chão, mas ele não parou, na verdade usou uma mão pra fazer cosquinha na barriga e a outra no pescoço, enquanto eu ficava imobilizada no chão.

–Para, hahahaha, para, hahahahaha, Nico, hahahaha- eu dizia

Nico parou com as cosquinhas e estendeu a mão para ajudar-me á levantar, foi quando agarrei sua mão, mas ao invés de ele me puxar do chão eu o puxei para o chão. Gaspar Zinho caiu ao meu lado, batendo a cara na grama deixando com que varias folhas ficassem coladas em seu rosto. Levantei com dificuldade e corri novamente, ele cuspiu um pouco de mato e resolveu correr atrás de mim por vingança, como eu havia previsto. Peguei o sanduíche de geleia que eu abandonei e continuei correndo enquanto o comia.

Eu nunca fui muito rápida, afinal odeio correr, já que cansa, ficamos soados, fazemos esforço e outras milhares de razões que eu odeio. Por eu não ser rápida ele me pegou novamente, só que dessa vez não me atacou com cosquinha, Nico arrancou mato do chão e esfregou no meu rosto.

–Pronto- disse sorrindo

Limpei o rosto e sorri com sarcasmo pra ele, em seguida caminhei calmamente até a comida, sentei e terminei o sanduíche de geleia. Quando se sentou ao meu lado eu já havia pegado outro sanduíche, agora de maionese (N/A: Nova Helmans, só 40 calorias!). Ele terminou o dele e pegou outro.

–Pasta de amendoim- disse

–Maionese- falei

–Eu prefiro maionese- comentou

–Azar o seu.

Ele me olhou com surpresa, como se eu devesse dar-lhe o de maionese. Ignorei, eu era boa em ignorar, ignorar é uma arte fantástica que serve para varias situações, por isso a respeito.

–Sabe, tem uma música que estou com muita vontade cantar- comentou

–Então cante, seja feliz Nico!- encorajei

–Não vai começar a tocar a melodia da música assim que eu pensar nela- disse

Então uma melodia doce começou a tocar, eu conhecia essa melodia e a música combinava muito com a situação. Foi quando ele começou a cantar.

Fireflies (Owl City)

You would not believe your eyes

If ten-million fireflies

Lit up the world

As I fell asleep

-

Cause they fill the open air

And leave teardrops everywhere

You'd think me rude

But I would just stand and stare

-

I'd like to make myself believe

That planet earth turns slowly

It's hard to say that I'd rather stay awake

When I'm asleep

Cause everything is never as it seems

-

Cause I'd get a thousand hugs

From ten-thousand lightning bugs

As they try to teach me how to dance

-

A fox trot above my head

A sock hop beneath my bed

A disco ball is just hanging by a thread

-

I'd like to make myself believe

That planet earth turns slowly

It's hard to say that I'd rather stay awake

When I'm asleep

Cause everything is never as it seems

(When I fall asleep)

-

Leave my door open just a crack

(Please take me away from here)

Cause I feel like such an insomniac

(Please take me away from here)

Why do I tire of counting sheep

(Please take me away from here)

When I'm far too tired to fall asleep

-

To ten-million fireflies

I'm weird cause I hate goodbyes

I got misty eyes

As they said farewell

(They said farewell)

-

But I'll know where several are

If my dreams get real bizarre

Cause I'd save a few

And I'd keep them in a jar

-

I'd like to make myself believe

That planet earth turns slowly

It's hard to say that I'd rather stay awake

When I'm asleep

Cause everything is never as it seems

(When I fall asleep)

-

I'd like to make myself believe

That planet earth turns slowly

It's hard to say that I'd rather stay awake

When I'm asleep

Cause everything is never as it seems

(When I fall asleep)

-

I'd like to make myself believe

That planet earth turns slowly

It's hard to say that I'd rather stay awake

When I'm asleep

Because my dreams are bursting at the seems


–Adorei- falei

–Sei que canto bem- disse

–Estou falando da música.

–Você está implicando mais comigo hoje do que o normal- comentou

Sorri com deboche e me espreguicei. Tirei os sanduíches do lugar e deitei sobre a toalha usando as mãos como travesseiro, correr me deixava cansada. Olhei para Nico e este revirou os olhos, sabia que eu estava com preguiça e também sabia que na hora de arrumar as coisas sobraria para ele, mas não reclamou. Ainda deitada, olhei para a cortina de vaga-lumes acima, pareciam mais brilhantes por causa da canção, mas nenhum se quer havia ido embora. No céu, as cores laranja e rosa foram substituídas por roxo e azul, enfatizando ainda mais o brilho dos insetos.

–Sabe... – começou Nico- Loki disse que nós não podemos namorar.

–E daí?- perguntei

–Como assim e daí?- indagou me olhando como se fosse obvio, e era mesmo

–Você está morrendo por dentro aqui né?- conclui

–Sim, não aquento mais, faz tanto tempo, que droga Lia- disse frustrado

Voltei á olhar os vaga-lumes. Os leitores não devem estar entendendo muito bem, então vou explicar. Loki disse que o que não podemos fazer e Nico quer usar a lógica contraria, entendeu a intenção dele, né? Mas eu não tinha certeza se devíamos, poderia ser um truque de Loki, eu tinha que pensar muito no assunto e não decidir em três segundos. Tenho apenas 13 anos, namorar não é a primeira coisa na minha lista, talvez aos quinze funcione, mas no momento não. Nico tem a mesma idade, embora sendo bem mais maduro, o que um casal de 13 anos menos quer é a pressão de um namoro. Quando terminei com ele não foi só porque Loki poderia matá-lo, mas também por sermos muito novos.

Talvez, depois que a missão e o verão acabarem, depois que eu voltar pra escola eu pare de gostar dele. Mas por outro lado, talvez ficar longe de Nico me dê vontade de voltar com ele no próximo verão, quando eu tiver 14 anos e estiver bem mais madura.

–Não agora- falei

Ele suspirou

–Ta bom, mas que tal uma aposta?- sugeriu

Interessei-me na hora. Levantei a cabeça das mãos e olhei-o com suspeita.

–Que tipo de aposta?- perguntei

–Se você vencer o concurso, você me beija- começou- Se perder eu me visto de rosa até o final da missão.

Sorri com desdém. Mas é claro que eu aceitaria, afinal, se eu perder ou se eu ganhar o concurso teria algo bom em troca. Que garota que está lendo isso aqui não adoraria beijar Nico Di Ângelo ou vê-lo de rosa por muitos e muitos dias?

–Feito- estendi a mão e ele a pegou

–Feito.

–Agora arrume isso aqui, temos que ir à abertura do concurso!- ordenei

Levantei-me e fui embora antes que ele pudesse protestar. Passei pelos mesmos galhos e pela mesma trilha de quando estava vindo com Nico, até que cheguei ás ruas de Tenuitate. Arrumei o vestido azul marinho, tirando as folhas e a sujeira por eu ter rolado no chão, me equilibrei no salto prateado e caminhei decidida até o hotel.

Quando cheguei lá, passando pelas portas, já ia chamar o elevador, mas a recepcionista que nunca cumprimento chamou a minha atenção. Fui até o balcão e esperei o que ela tinha á dizer. Pela primeira vez notei sua aparência, ela era asiática, tinha um cabelo extremamente liso que ia até a cintura, vestia uniforme vermelho e usava um crachá no peito com “Diny” escrito.

Diny disse que meus amigos mandaram-na avisar que já estava na sede do concurso e que era para eu encontrá-los lá, também disse que o moço dos olhos verdes falou algo sobre morte á um tal de Nico se eu estiver com ele. Sorri pra ela, agradeci por entregar o recado e saí do saguão. Andei um pouco pela calçada até o que seria a praça central, mas todas as barraquinha estavam vazias, não havia absolutamente ninguém. Estava imaginando o que poderia ter acontecido quando vi uma placa brilhante “concurso de beleza ali” e uma grande seta para um prédio azul escuro estrelar.

Começei á andar na direção do prédio já que obviamente era lá.

Enquanto andava imaginei o quanto poderosa devia ser a magia em volta de Tenuitate, pois nem parecia que se passássemos pela placa na entrada da cidade estaria de dia. Na verdade, pensar em passar pela placa me causaria raiva naquele momento. As pessoas me diziam, quando eu era criança, que era sempre mais bonita à noite (coisa de neta de Nix), mas eu sempre me achei feia e pronto. Ainda me acho feia até que provem o contrario. Mas isso não é o importante, o que é mesmo é que eu estava matando a saudade da noite indo para um concurso de beleza que eu sabia que ia perder.

–Porque me deixou lá sozinho?- perguntou Nico

Olhei para a figura toda vestida de preto que me encarava com falsa raiva ao meu lado. Limitei-me a sorrir sem responder. Se dissesse algo eu o irritaria de brincadeira, então seria a vez dele e esse circulo vicioso nunca acabaria. Bem, eu já estava no circulo vicioso, mas parar por uma noite não faz mal a ninguém. Já estávamos quase na fachada do prédio estrelar quando eu parei lembrando-me de algo.

–Vamos pra festa Lia- disse Nico pegando minha mão

–Não- falei me recuperando- Se entrarmos juntos Percy te mata.

–Então você entra primeiro e eu depois.

–Tanto faz- falei-O importante é que ele não tenha conhecimento da aposta.

Já estamos na frente do prédio estrelar, onde um tapete vermelho começava na ponta da calçada até a entrada. Não entendi a razão do tapete, mas me senti orgulhosa de andar por ele, uma artista famosa. Quando entramos fiquei deslumbrada com a decoração da festa. Ali era um lugar extremamente grande, com paredes roxas e piso de mármore negro polido. Havia várias mesas circulares espalhadas pelo local e em cada uma tinha uma toalha de mesa de seda verde, por cima de uma segunda branca. Havia nelas também vasos de vidro cheios de rosas brancas e talheres de ouro.

Cada pessoa ali estava elegante como em um baile de gala. Homens de terno e mulheres de vestidos longos ou curtos, mas com um cabelo pior que o outro. Foi nesse momento que lembrei que Nico não estava de terno. Fiquei preocupada com Gaspar Zinho, quando ele entrasse passaria vergonha e não dava mais para avisá-lo. Ouvi alguém chamando meu nome e olhei na direção em que vinha. Á um canto mais afastado meus amigos juntaram duas mesas conversavam animadamente. Quem me chamava era Ane, acenando para eu ir lá do modo menos discreto possível. A filha de Afrodite usava um vestido rosa escuro que batia até um palmo antes do joelho, com um cinto preto cheio de stress e um sapato de salto preto maravilhoso.

Caminhei até a mesa onde meus amigos estavam nem um pouco ansiosa, eu sabia o que esse tipo de ocasião causava neles... Loucura. Conforme fui me aproximando fui notando melhor as roupas que cada um vestia. Primeiro os meninos: todos de smoking preto... Mais nada... Só que eu nunca havia visto nenhum deles tão elegante, então era novidade. As meninas já estavam mais sofisticadas. Todas usavam vestido curto, como o meu, mas cada um era diferente do outro com um toque especial de quem o usava. Dava para perceber que elas demoraram realmente muito no shopping.

Annabeth usava um vestido de alçinha amarelo deslumbrante, com um cinto da mesma cor no meio cheio de flores prateadas caindo levemente na parte esquerda de sua cintura, e um salto da mesma cor das flores. Clarisse usava um vermelho (obvio, já que era sua cor predileta) com as mangas cortadas em alguns lugares, era simples, mas ficava lindo nela, sem falar em seus sapatos de salto pretos que lhe davam um ar sofisticado.

Laís exibia um belo vestido roxo e branco, todo repicado nas pontas com uma tesoura sem ponta provavelmente, mas que a deixavam diferentemente bonita, ignorando o fato de que sua sandália preta devia ter custado os olhos da cara (N/A: Como será que um ciclope compraria?).

Pâni se passaria fácil por modelo naquele vestido inteiramente branco, com sua rasteira prata e suas várias pulseiras de argola brilhantes. Meg estava toda de verde, mais era um verde que nem a bandeira do Brasil (a bandeira do Brasil é legal, mas como não falo português não sei o que está escrito naquela faixa estranha), o designer de seu vestido era simples, mas cheio de babados em baixo, e cada uma de suas pulseiras, que estavam colocadas estrategicamente em seu braço, era de uma cor.

Julie era a única que não usava vestido, na verdade, estava com uma blusa de manga curta azul cheia de patinhas de cachorro como desenho e uma calça de moletom. Isso mesmo, MOLETOM! Eu sempre soube que ela odiava vestidos com todas as forças do universo, mas não sabia que pra se rebelar era capaz de usar moletom em uma festa tão chique.

–Oi pessoal, Julie porque diabos você está de moletom?- perguntei

–Porque eu não queria usar vestido e a Ane começou a me irritar, então eu coloquei essa roupa e desafio alguém á me fazer mudar de ideia- explicou- Mas está faltando uma coisa.

Ela tirou de baixo de sua cadeira uma jaqueta de moletom preta com umas coisas escritas em rosa e a cara de um cachorro babão. Então pegou o gorro da jaqueta e o colocou sobre a cabeça sem vestir inteiramente a roupa, mas como ela é bem pequena e sua cabeça também, com o gorro quase não se via seus olhos. Vê-la daquele jeito me deu uma enorme sensação de nostalgia, pois fora mais ou menos com aquela roupa que nós nos conhecemos anos atrás, quando ela sempre usava esse tipo de estilo preguiçoso.

–Não ligo à mínima- comentei depois de encará-la por alguns segundos sem expressão alguma

–Nem eu- disse

Puxei uma cadeira entre Julie e Ane e sentei-me com indiferença.

–Então... Sobre o que estavam falando?- perguntei

–Sobre um tipo de ornitorrinco que... – começou Annabeth, mas Percy a cortou

–Cadê o Nico?

–Não sei, ele não está aqui?- perguntei fingindo

–Você percebeu que ele não está aqui- contradisse

–Pensei que estivesse no banheiro- respondi rapidamente

Percy olhou em volta com um ar contrariado e assentiu com raiva, depois cruzou os braços desconfiado. Foi quando, por alguma razão, todas as meninas do salão suspiraram. Fiquei confusa e tentei entender o porquê de tantas exclamações, mas não foi difícil, bastou olhar para a entrada do salão. Nico estava parado ali, ele usava um smoking preto elegante, seus cabelos estavam completamente bagunçados, mas daquele jeito lindo que só ele sabe fazer, e o filho de Hades olhava aquele bando de garotas com medo.

Gaspar Zinho andou calmamente até nossa mesa, mas durante o trajeto ele jogou um pouco do cabelo para trás, arrancando mais suspiros ainda. Confesso que se mais alguém suspirasse eu matava, quer dizer, se mais alguém se manifestasse com um suspiro eu tiraria Rose da forma de anel e a giraria em seu pescoço. Nico puxou uma cadeira de outra mesa para perto de mim, já que não havia mais nenhuma do meu lado.

–Oi gente- cumprimentou- Por que essas doidas estão suspirando?

–Jura que você não sabe?- perguntei com raiva

–Não... – respondeu com certo medo

–Arg!- grunhi com ódio

–Que foi?

–Senhoras e senhores- disse uma bela voz

Olhei na direção em que vinha a voz. Era uma das mulheres mais lindas que eu já havia visto em minha vida num grande palco no fim do salão, ela usava um vestido cumprido verde claro com o desenho de flores brilhantes por ele todo, seus cabelos eram castanhos encaracolados e possuíam um brilho anormal. Ela exibia um sorriso de tirar o fôlego para todos enquanto recomeçava á falar. Devia ser Helena, a rainha da beleza.

–Está aberto o concurso de Beleza do País das Maravilhas, para eleger a nova rainha da beleza, que terei o prazer de receber como uma irmã- disse- Teremos cinco dias de provas que provarão seu caráter, beleza, inteligência e outros requisitos importantíssimos para uma rainha da beleza. Boa sorte á nossas concorrentes.

Ela sorriu uma ultima vez e desceu do palco. Rei Drédi a substituiu, ele estava exatamente do mesmo jeito, só que sem o uniciclo.

–Queria pedir para que todas as concorrentes vão para os vestiários e uma roupa especifica será lhes dada para completarem a primeira prova- disse

Todas as garotas que participariam do concurso se levantaram e se encaminharam para uma porta de baixo de um letreiro escrito “VESTIÁRIO” em letras brilhantes. Passei pela porta com minhas amigas e fui parar numa grande sala cheia de cubículos para as garotas se trocarem, as paredes eram beges e o piso era de um branco normal. De frente para os cúbicos havia aqueles enormes bancos sem encosto que tem nos vestiários de escola, e foi onde me sentei para esperar a roupa que nos dariam. Helena, a rainha da beleza apareceu na entrada do vestiário com sacolas nas mãos, ela sorriu para todas nós e pediu que fossemos pegar o uniforme quando ela chamasse nosso nome e então poderíamos nos trocar.

Percebi o quanto Helena era boa quando chegou a minha de vez de ir pegar o uniforme com ela. A rainha da beleza sorriu gentilmente para mim, pegou da sacola uma roupa dentro de um saco plástico e colocou-o calmamente em minhas mãos. Em seguida apertou minha mão livre, se apresentou e desejou boa sorte o mais bondosamente possível. Ela fazia isso com todas e não parecia estar forçando sorriso, ele vinha da alma, uma alma bem alegre. Ela era realmente muito sinistra.

Entrei em um cubículo, me troquei rapidamente e olhei-me no espelho. Estava vestindo uma camisa regata cinza, uma calça legue preta e um par de tênis das mesmas cores. Era o mesmo tipo de roupa que usei para malhar nesse mesmo dia mais cedo, ou seja... “Vamos fazer esportes! Ah Não!” pensei. Eu estava cansada de correr, de fazer exercicios, eu já havia emagrecido e não precisava de mais nada para me mexer. Na verdade, eu imaginei que seria algum tipo de desfile e... Foi exatamente por isso que não foi porque eu pensei que fosse, mas não. Então isso era ilógico, uma prova de esportes.

Saí do cubículo e fui até minhas amigas, a única que ainda não havia se trocado ainda era Laís, que tinha acabado de pegar a roupa com Helena. Cheguei perto deles e Ane perguntou:

–Eu sou a única que percebeu que ela muito doce?

–Não esquenta- falei- A prova vai ser de esportes né?

–Nãããããão. Estamos com essa roupa pra comer duende frito- ironizou Julie

Revirei os olhos. Laís saiu de outro cubículo com exatamente a mesma roupa que eu, notando isso, olhei em volta e percebi que todas estavam vestidas do mesmo, talvez para não que houvesse brigas. Mas eu não gostei disso, odeio ser igual á todo mundo.

–Garotas, por favor, me acompanhem- disse Helena

As meninas fizeram fila e a seguiram, mas a rainha da beleza não saiu pela porta na qual entramos, ela abriu uma que ninguém havia notado e passou por ela calmamente. Na minha frente haviam muitas meninas, por tanto demorou um pouco até chegar minha vez de sair e ver onde aquela outra porta daria, e o que teria á ver com a primeira prova.

Sob a luz das estrelas e da lua, nós caminhávamos em uma enorme arena circular com enormes holofotes por todos os cantos iluminando a grama com marcações feitas em tinta branca. Á um canto eu via um campo de vôlei, em outro uma piscina gigantesca como as usadas nas olimpíadas, á outro canto uma quadra de basquete, e em outro um campo de futebol. Tudo dentro da arena.

Como em qualquer arena, lá haviam arquibancadas e todos os cidadãos de Tenuitate nos assistiam com prazer. Alguns levantavam cartazes, outros chamavam a moça do amendoim (uma mulher que passeava pela arquibancada servindo amendoim verde), outros gritavam meu nome e o de minhas amigas. Espera! Esses não são “outros” são Nico, Percy, Travis, Connor e Chris, berrando como lideres de torcida. Eles estavam tão empolgados que se levantaram e voltaram ao lugar, começando uma onda na arquibancada toda. Era hilário. Mais hilário foi quando vi Nico se engasgar com o amendoim, mas ninguém precisa comentar sobre isso.

–Silêncio, por favor- pediu rei Drédi e depois que todos se aquietaram ele continuou- A primeira prova do concurso consiste resumidamente em esportes. Cada garota competirá apenas em um dos quatro esportes que requisitamos: vôlei, natação, basquete e futebol. Nos esportes de equipe formem uma equipe como quiserem, os juízes passarão olhando o desempenho e dando o numero de pontos que quiserem até 100.

Ele deu uma pausa para sorrir para o publico, então disse:

–Os juízes são: Versemos Grunkraut, Dantis Brella e Cormaco Lear- ele foi apontando enquanto dizia o nome dos juízes

Verdesemos por mais incrível que pareça é o cara do cabelo verde, ele é um dos juízes. Quase desmaiei ou saber disso, já que Nico o havia insultado, então o cara bem que poderia se vingar. Dantis Brella era uma senhora gordinha toda de roxo que tinha sérias semelhanças com uma uva seca, não me interessei muito por ela. O terceiro jurado, Cormaco Lear, era um homem de terno branco e pele pálida, um olho era verde e o outro amarelo, e em sua boca havia uma série de cicatrizes se alongando até o pescoço. Encará-lo dava medo, e logo que o vi percebi que era aquele jurado chato que sempre tem nessas ocasiões, ou seja, o jurado que sou obrigada á odiar.

–Vão para a área que quiserem e pratiquem o esporte por alguns minutos quando a corneta soar, enquanto isso os juízes circularão, quando a corneta soar novamente é o fim da primeira prova e a diremos os nomes das finalistas- disse rei Drédi

Uma corneta soou e cada menina foi pra um canto. Eu e mais outras sete fomos para piscina gigante. Como não dava para nadar eu pedi um maiô preto pela lógica contraria e as outras fizeram o mesmo. Posicionei-me e saltei na água com leveza e calma, dei algumas braçadas sem me distrair das outras garotas que poderiam tentar trapacear em algum momento, mas nunca parando o ritmo. Nadei de costas, depois pratiquei o nado borboleta, mais alguns metros e quando me dei conta já havia nadado de um lado pro outro da piscina dez vezes. Filhos de Poseidon não se cansam na água mesmo, para mim eu ainda podia repetir a dose e beber uma enorme garrafa de coca cola sem problemas.

Eu não sabia quanto tempo a prova duraria, mas queria fazer o melhor possível para impressionar os juízes, então fiz todos os tipos de nado, todos os truques de nado e fui e voltei duas vezes por segundo. Aquela prova estava no papo.

Parei de nadar por alguns instantes para ver minhas amigas. Ane, Julie e Pâni estavam no vôlei, Laís, Clarisse e Annabeth no futebol, Meg era a única no basquete. Todas se saíam muito bem. No vôlei Ane dava as sacadas e Julie, baixinha do jeito que é, cuidava da bola quando ela ameaçava cair no chão. Pâni era a mais alta, por tanto os pontos eram por conta dela. Já no futebol a situação se complicava porque as jogadoras do time adversário eram muito boas, mas Annabeth tratava das estratégias, Clarisse da parte agressiva como assustar a jogadora que estiver mais perto e lançar a bola com toda a força pro gol, e Laís sumia nas sombras e aparecia no meio do campo toda hora pra roubar a bola e passá-la para seu time.

Meg, mesmo com sua maça corporal (ela é meio gordinha) arrasava todos no basquete, parece que fazer uma cesta não é nem um pouco difícil nas mãos de Megan Farve. Eu torcia para que todas nós conseguíssemos, já que provavelmente os juízes eliminariam metade das garotas nessa prova, pois havia muitas. Eu sabia que não chegaria á ultima prova, talvez fosse eliminada na terceira ou algo assim, mas queria que uma de nós vencesse pra eu dirigir o carro. Eu não fazia ideia de como era dirigir ou como fazer para não morrermos, mas aprenderia com a lógica contraria. Fácil e rápido.

Voltei á nadar com o mesmo pique de antes, agora sem parar para olhar nada, mas ainda tendo consciência das outras garotas. De relance vi o jurado Cormaco avaliando quem estava na piscina com uma cara de desgosto. Quase me desconcentrei por causa de sua expressão, mas ignorei nadando dessa vez muito mais rápido até a extremidade da enorme piscina. Bati a mão na parede, girei em baixo d’água como os nadadores profissionais fazem e mudei de direção. Passei pelas outras meninas mais uma vez em uma velocidade que as faziam ficar obsoletas e bati a mão na outra parede.

Já ia virar em baixo d’água quando ouvi a corneta soar novamente. Parei na hora de nadar e saí da piscina. Assim que deixei de tocar na água percebi o quanto estava cansada, toda a minha energia havia se esvaído para longe de mim. Fechei os olhos e me sequei usando os poderes de filhos de Poseidon, toda vez que me seco desse jeito me sinto uma esponja, não, me sinto Bob Esponja Calça Quadrada. Pensando bem não é tão ruim.

Senti uma mão tocar meu ombro carinhosamente. Em seguida senti cheiro de chocolate.

–Você foi esplendida, agora uma recompensa- disse Nico

Sorri. Mas não pra ele, pro chocolate.

–Obrigada- falei- Acha que todas nós conseguiremos passar dessa prova?

–Acho, tinha umas meninas que chutavam a bola no futebol como gazelas então caiam no chão, algumas se recusaram a participar dessa prova e outras não sabiam nem o nome do esporte que faziam- contou- Com toda a certeza vocês passam.

Agora sim sorri pra ele, mas já comendo o chocolate.

–Meninas, por favor, todas prestem atenção- disse Rei Drédi- Helena irá dizer os nomes das que passaram desta prova.

–Boa sorte- disse Nico voltando ao seu lugar na torcida

Desejei pela lógica contraria a roupa que estava antes, em seguida corri pra perto de minhas amigas. Ane estava toda empolgada, de acordo com ela a filha de Afrodite fizera vários pontos durante a partida de vôlei, tinha certeza que havia passado. Ela sufocava Julie, abraçando a baixinha filha de Atena com uma alegria sem tamanho, enquanto Julie implorava que eu ajudasse. Eu não ajudei. Annabeth se aproximou mais de mim e passou o braço em volta de meu pescoço como uma irmã faz com a outra, ela sorria, mas não era qualquer sorriso, era o sorriso da vitoria. Outra que tinha certeza que passaríamos de fase. Eu não tinha com o que me preocupar.

Helena disse os nomes em ordem alfabética. Primeiro A (Ane e Annabeth), B, C (Clarisse), D, E (Eliza), F, G, H, I, J (Julie), K, L (Laís), M (Megan), N, O, P (Pâmela), Q, R, S, T, U, V, X, Y, Z. Todas passaram como Annabeth sempre soube. As meninas que haviam conseguido pularam de felicidade e as que não (umas vinte ou trinta) choravam, mas ninguém ligou pra elas.

–Estão dispensadas, vão todas para suas casas dormir e voltem amanha para outro dia do Festival dos 105-disse Helena com aquele sorriso deslumbrante

As meninas e eu corremos para o vestiário, mas dessa vez usamos a lógica contrair para vestirmos os vestidos de antes e ir sair rapidamente daquele lugar. Eu estava com sono, com fome e com dor, não queria colocar o vestido novamente, então pedi só uma calça jeans e uma blusa preta do AC/ DC, e tênis all star pretos para meus pés não ficarem com calos. Assim que passamos pela porta do vestiário para aquele salão, agora vazio, mas que logo enxeria de gente, fomos recebidas pelos garotos.

–Sabia que passariam, estavam incríveis –disse Rafael

–É, vocês fizeram as outras parecem bonecos de pano- disse Percy

–Brigada- agradeci com vergonha

Saímos do prédio estrelar pelo tapete vermelho, os holofotes ainda estavam ligados sem necessidade, mas não contestei. Fomos para a praça central depois viramos na rua do nosso hotel, o cone. Entramos no saguão, todos cumprimentaram a mulher menos eu, chamamos o elevador e o esperamos calmamente. Tudo o que eu pensava era comer miojo e dormir feliz, sem sonhos e acordar com bom humor. A última parte é meio que impossível, a não ser que eu acorde e veja Brad Pitt, mas isso é mais impossível ainda.

O elevador chegou e todos nos esprememos dentro dele, quando ele parou e já se abriu no nosso apartamento brega saí correndo, abri a porta do primeiro quarto que vi, desejei estar de pijama e deitei em uma cama qualquer. Dormi assim que minha cabeça encostou-se no travesseiro, ignorando a fome e deixando as pálpebras cansadas se tornarem uma. Não me preocupei com meus amigos, na verdade nem pensei neles. Não liguei para o fato de quem seria aquela cama, ou que cobertor era, apenas dormi.




No outro dia, quando acordei, me sentia nas nuvens. Havia tido uma ótima noite de sono e graças aos deuses não sonhei exatamente como queria, quer dizer, não tive um sonho ruim. Eu não conseguia lembrar muito bem, só sei que tive vislumbres de chocolate. É nessa hora que você faz o “ahh” de compreensão. Estava meio zonza como sempre fico de manhã, mas arrumei forças para levantar da cama e ir ao banheiro. Ou melhor, procurar o banheiro, já que não lembrava qual porta era. Abri a porta de todos os quartos quando finalmente me recordei que era a do meio, a única que eu ainda não abrira. Isso é uma puta falta de sacanagem.

Depois de tomar um banho e me vestir com uma calça leque preta, uma camisa de alçinha rosa bem folgada e sapatilha também rosa, fui para a cozinha. Desejei três torradas com requeijão e um suco de laranja, depois sentei-me à mesa e comecei a comer.

–Bom dia né?- perguntou Nico

Levantei os olhos e tomei um susto. A mesa estava cheia, todos os meus amigos já estavam sentados e me observavam com diversão.

–Nem vi que vocês estavam ai, que susto!- falei arfando

–Percebemos que não havia nos notado- disse Annabeth rindo

–Então, bom dia e blábláblá- falei

–Vai comer só isso?- perguntou Nico

–Sim, não quero engordar tudo o que perdi ontem até ser eliminada do concurso- expliquei

–Você não vai ser eliminada, vai vencer- disse com um sorriso malicioso

–Pois eu acho que vou perder e alguém vai se vestir de rosa- falei com falsa indiferença

–Do que estão falando?-perguntou Percy

–Nada não- respondemos Nico e eu em uníssono

–O importante é que não vou comer muito, já sou feia, não vou ajudar para que me eliminem- falei rindo

Todos se aquietaram e me olharam como se questionassem minha sanidade.

–Você? Feia?- perguntou Nico

Todos começaram a rir como se aquilo fosse uma piada muito engraçada.

–Mas eu sou feia- falei

–Não é não- disse Rafael

–Você é muito gata Lia- disse Connor

–Só estão dizendo isso para eu me sentir melhor- falei revirando os olhos

–Não acredito que você acha que é feia- disse Nico

–É Lilis, tem pessoa feia nessa sala e não é você- disse Laís- Sou eu.

–Você também não é feia- disse Connor

–Não mesmo, eu sou- disse Julie

-Não, você é bonitinha demais- disse Pâni- Encaremos os fatos, eu sou horrível.

–Você? Eu sou quase uma criatura das trevas - falei

–Não eu sou- disse Ane

–Você é filha de Afrodite, nunca será feia- disse Clarisse- E eu que só luto, nunca serei bonita.

–Clari, você é linda - disse Chris carinhosamente

–Eu sou a inteligente, sei que a feia aqui sou eu- disse Annabeth

–Annabeth Chase nunca diga uma coisa dessas!- disse Percy

Nós continuamos discutindo pra saber quem era a mais feia, enquanto os meninos tentavam nos questionar, mas eram cortados rapidamente. Nico sussurrou algo no ouvido de seus amigos e todos se levantaram, menos Chris, que tentava segurar Clarisse para ela não bater em Ane por a filha de Afrodite se achar mais feia que ela. Gaspar Zinho voltou com meu MP200 nas mãos, ele o colocou no centro da mesa, chamando a atenção de todas as meninas.

–Você vem aqui- disse Nico pegando meu braço e me levando para o sofá

Ele ficou de pé me encarando com uma cara frustrada.

–Você é linda, e pra provar... – ele apontou para Percy e este ligou o MP200- Prestem todas muito bem a atenção nessa música.

What Makes You Beautiful (One Direction)

(O que te torna linda)

[Connor]

You're insecure, don't know what for

You're turning heads when you walk through the door

Don't need make-up, to cover up

Being the way that you are is enough

(Você é insegura, não sei o porquê

Você vira cabeças quando passa pela porta

Não precisa de maquiagem para se cobrir

Sendo da maneira que você é, é o suficiente)

[Nico]

Everyone else in the room can see it

Everyone else but you

(Todo mundo na sala consegue ver

Todo mundo, menos você)

[Todos]

Baby you light up my world like nobody else

The way that you flip your hair gets me overwhelmed

But you when smile at the ground it ain't hard to tell

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful

(Baby, você ilumina o meu mundo como ninguém

A maneira que você joga seu cabelo me deixa perplexo

Mas quando você sorri para o chão, não é difícil dizer

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda)

If only you saw what I can see

You'll understand why I want you so desperately

Right now I'm looking at you and I can't believe

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful oh oh

That's what makes you beautiful

(Se você visse o que eu posso ver

Você entenderia porque eu te quero tão desesperadamente

Agora eu estou olhando para você e eu não posso acreditar

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda oh, oh

É isso que te torna linda)

[Percy]

So c-come on, you got it wrong

To prove I'm right I put it in a song

I don't know why, you're being shy

And turn away when I look into your eyes

(Então vamos lá, você entendeu errado

Para provar que estou certo eu vou colocar em uma canção

Eu não sei porquê, você está sendo tímida

E desviando quando eu olho em seus olhos)

[Nico]

Everyone else in the room can see it

Everyone else but you

(Todo mundo na sala consegue ver

Todo mundo, menos você)

[Todos]

Baby you light up my world like nobody else

The way that you flip your hair gets me overwhelmed

But you when smile at the ground it ain't hard to tell

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful

(Baby, você ilumina o meu mundo como ninguém

A maneira que você joga seu cabelo me deixa perplexo

Mas quando você sorri para o chão, não é difícil dizer

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda)

If only you saw what I can see

You'll understand why I want you so desperately

Right now I'm looking at you and I can't believe

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful oh oh

That's what makes you beautiful

(Se você visse o que eu posso ver

Você entenderia porque eu te quero tão desesperadamente

Agora eu estou olhando para você e eu não posso acreditar

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda oh, oh

É isso que te torna linda)

Nanananana

[Nico pra Lia]

Baby you light up my world like nobody else

The way that you flip your hair gets me overwhelmed

But you when smile at the ground it aint hard to tell

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful

(Baby você ilumina o meu mundo como ninguém

A maneira que você joga seu cabelo me deixa perplexo

Mas quando você sorri para o chão, não é difícil dizer

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda)

[Todos]

Baby you light up my world like nobody else

The way that you flip your hair gets me overwhelmed

But you when smile at the ground it ain't hard to tell

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful

(Baby você ilumina o meu mundo como ninguém

A maneira que você joga seu cabelo me deixa perplexo

Mas quando você sorri para o chão, não é difícil dizer

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda)

If only you saw what I can see

You'll understand why I want you so desperately

Right now I'm looking at you and I can't believe

You don't know oh oh

You don't know you're beautiful oh oh

You don't know you're beautiful oh oh

That's what makes you beautiful

(Se você visse o que eu posso ver

Você entenderia porque eu te quero tão desesperadamente

Agora eu estou olhando para você e eu não posso acreditar

Você não sabe oh, oh

Você não sabe que você é linda oh, oh

Você não sabe que você é linda oh, oh

É isso que te torna linda)


–Entendeu agora?- perguntou Nico

Fiz que sim com a cabeça e todas as outras também. Levantei do sofá e o abracei.

–Sabe, agora to com uma vontade de vencer o concurso- sussurrei em seu ouvido, mas ele entendeu o que eu quis dizer

De repente a porta do elevador se abriu. Pensei que era a recepcionista trazendo algum recado, mas me surpreendi com quem realmente estava ali. Era...



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Notas finais do capítulo

Desculpem o final, aposto que adoraram a musica, principalmente algumas leitoras directioners. E a Lia achando que é feia? Muito loka né?