Eliza No País Das Maravilhas escrita por Avril_Gomez_108


Capítulo 16
A armação de Loki tira algo de mim


Notas iniciais do capítulo

Olha, eu não sei se todos os meus leitores ouvem as músicas que eu coloco. Mas os que não ouvem por favor ouçam essa para sentirem o impacto certo, blz?



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POV Lia

Eu não planejei mudar o nome de Percy para Keitlyn assim que nasci e tornei esse o meu objetivo de vida secreto para acabar com a vida de meu irmão. Foi uma ideia brilhante e repentina que o fez ser zoado por um urso de nome estranho. Ser maligna ajuda nessas lindas horas em se pode irritar pessoas, esse dom ajuda a perceber uma oportunidade maravilhosa que não pode ser desperdiçada. Eu também não planejei entrar no País das Maravilhas e participar do Jogo dos Grifos, mas mesmo assim aceitei competir por que parecia legal, divertido e perigoso. Bom, eu estava certa sobre o perigoso e depende do ponto de vista de cada um sobre o legal e o divertido.

Naquele momento estávamos em uma sala feita de espuma para bichos de pelúcia. Ali todos os competidores esperavam pacientemente até poderem se encaminhar para a arena arriscar suas vidas. Josefino estava sentado no chão conosco explicando o jogo e dando as instruções necessárias.

–Vocês saem por ali quando o coelho disser seu nome e depois de todos os participantes entrarem na arena o jogo começa- disse Josefino apontando para um buraco redondo na parede

O objetivo era simples, as regras também e os desafios bem... Aceitáveis. O difícil era cumprir a meta sem morrer além de seguir as normas, que só dariam mais chances de morte. Os desafios eram assustadores o bastante para Ane se esconder atrás de mim e chorar em silencio. Mas tudo o que eu pensava era: Como será que esse estádio ficaria em forma de bolinho de chocolate, com todas essas coisas na arquibancada servindo de granulado?

–Entenderam tudo?- perguntou o urso e todos assentiram- Procurei não morrer queimados, cortados, afogados, explodidos, amassados, destroçados, picados, mordidos, quebrados ou surrados. Boa sorte!

Tudo o que ele citou podia mesmo acontecer com nós naquela arena.

–Obrigado- agradeci. Em seguida Josefino foi embora para se juntar aos telespectadores

Os competidores teriam de voar em grifos, animais com corpo de leão com asas e cabeça de águia, sobre certo de limite de altitude em cima do campo. Pequenos rubis azuis estavam escondidos dentro dos desafios, literalmente, e quem pegasse mais diamantes em cinco minutos seria o vencedor. Os desafios eram cobras gigantes, facas amaldiçoadas, isqueiros imensos á uma distancia perigosa de grandes baldes cheios de gasolina, bombas do tamanho de um sofá que seriam acionadas caso alguém pisasse na coisa errada, guerreiros de ferro com ordens para matar, piranhas que de alguma forma eram venenosas e não necessitavam de água e canos que liberariam mais água do que havia no mar a cada vinte segundos.

Mas isso não era a pior parte. O verdadeiro problema é que o limite de altitude não era mais que dois metros, onde havia uma tenda transparente cobrindo todo o espaço para nenhum competidor quebrar as regras. Se a cobra laranja se esticasse um pouco já teria um belo jantar. A única coisa a favor era que a arena é muito, muito grande, dando vários refúgios. Mas mesmo assim achar pequenos rubis no meio daquilo tudo sem morrer parecia tarefa do Super Homem, e ter coragem de enfrentar essas criaturas á meus olhos era coisa de doido. Então obviamente eu conseguiria.

–Eu tenho um plano- falei para meus amigos. Todos me dirigiram um olhar de descrença, por isso continuei- Estamos em quatorze, então temos de formar duplas sem os juízes perceberem. Assim fica mais fácil para derrotar ou distrair os monstros e pegar mais rubis, sem falar que um protege a vida do outro.

–Pode funcionar, quer dizer, isso garante pelo menos que ninguém morra- disse Annabeth

–O que você acha Ate... – interrompi a fala no meio da frase assim que percebi que a deusa não estava conosco- Cadê Atena?

–Não a vejo desde que saímos correndo seguindo você- respondeu Nico- Será que ela fugiu?

–Mas é claro que não- falei com raiva- Atena nunca faria isso. Talvez o tempo dela aqui tenha se esgotado ou algo assim. De qualquer jeito temos que enfrentar o Jogo dos Grifos sozinhos.

Annabeth franziu a testa provavelmente fazendo estratégias, mas pela sua cara de fechada ela não estava tendo muito sucesso. Todos menos eu pareciam preocupados e assustados, tentando ver alguma esperança de não fracassarmos. Para mim parecia realmente que conseguiríamos vencer sem nenhuma morte e eu queria saber qual seria o premio, talvez me estimulasse. Fiquei imaginando milhares de recompensas possíveis até que o silencio que se estabelecera foi interrompido por um grito de Annie.

–Já sei! Uma das coisas que pode nos impossibilitar são os canos que despejam água a cada vinte segundos, não é? Percy e Lia podem controlar essa água e virar contra os monstros- disse Annabeth enquanto andava de um lado para o outro- Com a sugestão de Lia, enquanto os monstros são distraídos, um membro da dupla os elimina e o outro trata de achar os rubis.

–Perfeito! Essa é minha namorada- falou Percy dando um beijo em Annie

Com o plano estabelecido relaxamos um pouco na sala de espuma até uma raposa amarela, funcionária dali, chamar os competidores. Entramos no buraco que Josefino apontou e caminhamos em fila por alguns corredores verdes mal iluminados. Paramos de frente para uma enorme porta quadrada de vidro. Por ela dava para ver a arena imensa com o chão de areia, buracos por toda a parede cinza e os desafios que tanto temíamos.

–Sou sua dupla- sussurrou Ane em meu ouvido

Assenti para ela e esperei a voz do coelho soar por grandes caixas de som. Ele dizia os nomes em ordem alfabética e vários participantes foram saindo pela porta quadrada. Um animal com cabeça de cachorro e corpo de avestruz, um ganso bailarino, uma foca gripada e muitos outros. Finalmente chamaram Ane, em seguida Annabeth, depois uma cacatua jogadora de futebol, Clarisse, Connor, uma coisa meio guaxinim meio panda, Cris e eu. Assim que ouvi meu nome andei, cautelosamente, para o meio da arena onde mais alguns competidores esperavam com os grifos. Olhei assustada para os milhões de telespectadores nas arquibancadas. Com toda a certeza dariam ótimos granulados no bolinho gigante.

–Erectra- disse o coelho e uma fada toda roxa do meu tamanho foi andando até parar ao meu lado. Ela usava vestido curto com meia calça e tiara de flores violeta, tinha cabelo encaracolado, cintura fina, pernas magrelas e asas pontudas- Julie- minha amiga veio e parou do meu outro lado. Julie sempre foi baixinha, mas perder para uma fada devia ser vergonhoso- Keitlyn- meu irmão demorou um pouco para descobrir que se referiam á ele. Quando percebeu, andou de cabeça baixa enquanto muitas risadas ecoavam em zombaria. Assim que chegou perto o bastante para que eu o ouvisse, Percy sussurrou “Eu me vingarei!”

Quando os nomes acabaram o estádio inteiro ficou em silencio e uma corneta tocou. Montei no primeiro grifo que vi, um todo marrom chocolate, e saí voando ao lado de Ane para o desafio mais perto, a cobra laranja que resolvi apelidar de Mexiricana. Seguindo o plano eu distrai Mexiricana enquanto Ane procurava o rubi. Fiquei voando de um lado para outro em volta da cabeça da cobra para não ser acertada por suas investidas, enquanto Mexiricana abocanhava o espaço em que eu estava antes cada vez com mais rapidez. Mas de repente senti que um grande fluxo de água estava vindo de todas as direções e percebi que já se passara vinte segundos.

Voei para trás o mais distante possível de Mexiricana e estiquei os braços canalizando o meu poder no fluxo que logo sairia dos canos. Uma pontada em meu abdômen sinalizou que estava funcionando, então continuei com mais vontade, imaginando o som das ondas nos ouvidos e o poder do mar á meu controle. Quando a água finalmente saiu pude forçá-la a ir pelas paredes para não acertar meus amigos e formei uma grande barreira gotejante em todos os lados do estádio. Olhei mais adiante no campo e vi Percy fazendo exatamente a mesma coisa, só que com mais facilidade do que eu.

Continuando com a estratégia de Annabeth, eu e Percy lançamos jatos nos monstros para distraí-los o máximo que conseguíamos. As aberrações por sua vez tentavam combater a água e, quando percebiam que não adiantava, fugiam dela. Focalizei mais um jato em Mexiricana, pois se não ela iria morder Ane enquanto esta achava vários rubis. De repente o fluxo de água parou e tive de voltar a distrair a cobra laranja sozinha. Desta vez peguei Rose e girei seu diamante no sentido horário fazendo o anel se transformar em minha habitual espada azul e rosa.

Cravei Rose no olho esquerdo de Mexiricana, em seguida no direito, depois fiquei fazendo vários cortes em sua pele escamosa. Quando vi Ane passando para o próximo desafio voei com ela ignorando completamente a antiga adversária. A filha de Afrodite correu para uma área infestada de piranhas venenosas, então comecei a tentar abater essas. Consegui matar uma (eu acho) e dei uma bancada forte com o cabo da espada em outra, mas eram centenas. Não, eram centenas de milhares. Só Ane para me ferrar tão legal enquanto a tarefa dela é a mais fácil.

Em um canto Erectra, a fada roxa, carregava alguns rubis enquanto era seguida por várias piranhas. Olhei Ane que estava dando golpes de Karate nos peixes venenosos á sua volta e voei para ajudar Erectra, minha amiga estava muito bem sozinha. Você deve estar se perguntando por que eu fui ajudar aquela fada desconhecida se eu não ajudo nem quem eu conheço, não é? Bem, uma coisa dentro de mim dizia para eu ir até lá ajudar Erectra, como se fosse a missão da minha vida. Ir contra aquele sentimento seria arrasador demais. Quando cheguei perto da fada ouvi seus berros, que me deram ainda mais de ajudá-la. Voei ao seu lado e taquei Rose algumas vezes nas piranhas, chutei a boca delas quando tentavam me morder e matei todas em poucos segundos.

–Brigada- agradeceu Erectra em uma voz de sinos ao vento- Eu poderia ter morrido.

–De na... – senti novamente o fluxo de água e levantei as mãos formando a barreira pelas paredes. A pontada em meu abdômen estava mais aguda do antes, já que eu havia me cansado bastante nos últimos vinte segundos com a cobra e as piranhas.

–Nossa! Isso que você faz é muito legal!- disse Erectra- Como você tem esse poder? É uma fada da água disfarçada?

–Não- falei com muito esforço. Falar enquanto controla tamanha quantidade de água exigia muito de mim, mas eu não queria ser mal educada (N/A: Isso é novidade!)- Sou filha de Poseidon, o deus dos mares. Herdei a maioria dos poderes dele.

–Que legal! Eu queria ser como você em vez de ser uma patética fada de violeta. Não tenho poder nenhum- reclamou ela- Se eu fosse promovida á fada da cor roxa do Conselho Arco Íris, mas não- parecia que ela queria muito que eu dissesse algo legal

–Bom- falei em um suspiro pesado- Você tem a beleza das fadas e tem asas muito bonitas. Deve ter vários talentos para um dia ser promovida- cada palavra me dava mais dor, me cansava mais. Eu quase abaixei a mão, mas me esforcei para continuar até o fluxo acabar

–Você é muito gentil, pena que... – ela resolveu parar como se não quisesse que eu soubesse de algo, mas queria que o que acontecesse não me prejudicasse

Minha visão ficou um pouco turva, mas fiquei firme até sentir que a água não saia mais pelos canos. Só que mesmo depois de o fluxo parar eu continuei meio tonta, tão tonta que não vi a cobra Mexiricana rastejando para perto de mim e abrindo boca á meio metro de minha cabeça. Tudo que aconteceu em seguida foi um flash, nem tive muita consciência dos fatos. Nico veio voando para se por entre mim e Mexiricana, mas a cobra tinha dado o bote muito rápido e não parou. Ela mordeu com sua boca enorme o corpo de Nico e o segurou entre os dentes como um lobo segura sua presa.

Erectra assistia tudo sem mexer um dedo para ajudar, apenas se mantinha parada em seu grifo longe de Mexiricana. De novo o fluxo de água voltou, mas dessa vez não consegui erguer a mão, meu irmão teve de controlar sozinho. Com o resto de força que tinha, lancei Rose na cobra laranja e esta largou Nico quando foi acertada na garganta. O corpo dele bateu no chão com um baque surdo. Pousei com o grifo perto de Nico e corri até me ajoelhar ao lado dele, completamente desesperada.

–Nico! Porque fez isso?- perguntei á ele

Analisei seu estado decadente. Sua pele estava mais pálida do que já era, os olhos ficaram avermelhados. Marcas de dentes do tamanho e grossura de tijolos se estendiam em meia lua de um braço á outro. As costas, embora eu não o tivesse virado para conferir, tinham provavelmente as mesmas marcas. Demorei um pouco para notar que, em volta do molde dos dentes, fumegava levemente e percebi que aquela merda de cobra era venenosa também. Nico respirava com dificuldade e tremia como um liquidificador, ele devia saber mais ou menos como estava e parecia não sentir o desejo de olhar.

–Seria você aqui no chão se eu não tivesse feito- disse ele em uma voz fraca que quase me fez chorar

–O que importo eu? Curo-me facilmente na água, mas você não!- invoquei um pouco d’água para limpar seus ferimentos

–Você não se cura aqui. Lembra? Nós estamos no País das Maravilhas. Aqui nada é como é lá no mundo real. Você teria morrido- falou ele sorrindo apesar de tudo

Concordei. Mas um pensamento horrível veio á minha cabeça.

–Se eu não me curo com água, você também não vai poder se curar com ambrosia ou néctar- falei tremendo mais que ele. Nico não fez cara de surpresa, na verdade, parecia já saber disso faz tempo

–Ouvi Annabeth pensando nessa possibilidade antes de virmos para cá. Ela não quis dizer para não assustar nenhum de nós.

Ele entendia isso, mas não devia ter se dado conta do que ele não se curar levava. Ou assim pensava eu.

–Nico, você vai morrer- falei

Minhas palavras só causaram impacto á mim por finalmente ouvi-las, mesmo sendo eu. Nico já devia saber disso. Devia ter feito sua escolha quando decidiu me salvar de Mexiricana. Olhei para os lados tentando descobrir algo sobre o jogo. Percy sustentava a água toda sem mim repetidamente, Annabeth abatia as facas amaldiçoadas, Ane ainda lutava com as piranhas, Erectra me olhava como se soubesse que Nico morreria desde o inicio, Laís... “Espera um pouco aí!” Erectra sabia. O alvo era eu, mas quando Nico se meteu no meio o plano ficou melhor ainda. Mas o plano não era dela.

Levantei com raiva e andei até Erectra.

–Você trabalha para Loki não é?- perguntei em tom ameaçador

–Trabalho. Era para eu arrumar um jeito de te matar e seria promovida- respondeu ela de cabeça baixa, como se estivesse arrependida

–Você fez isso mesmo depois de eu ter te ajudado. Só que agora ele está morrendo não eu. Vai tentar me matar de novo?- eu tranquei o maxilar e fechei os punhos

–Eu desisti de te matar quando me ajudou, eu juro. Desculpe-me, eu não queria que seu amigo... – não aguentei aquele fingimento todo

Meti um soco no olho direito de Erectra. A fada caiu no chão com, em vez de apenas o olho, toda sua face direita roxa. Mas mesmo depois disso minha raiva não passou, eu ainda tinha contas á acertar com a cobra. Andei até Mexiricana, peguei Rose do chão (ela caiu da garganta da cobra) e com só um gesto, só um, eu á matei. Poderia ter feito isso antes, mas antes eu não estava dominada por ódio. Eu apenas girei a espada em seu longo pescoço e a cabeça de Mexiricana saiu rolando até o lado oposto do estádio.

–Vai embora se não quiser levar outro soco- falei á Erectra

A fada montou seu grifo e voou para longe de mim. Tudo isso aconteceu em cinco minutos. Uma corneta soou simbolizando o fim do Jogo dos Grifos. Vi paramédicos animais levantarem Nico em uma maca e corri para acompanhá-los sem nem ouvir quem havia vencido. Andei com os médicos até estar de volta á sala de espuma para bichos de pelúcia. Poucos minutos depois meus amigos entraram felizes na sala.

–Lia, eu ganhei!- disse Ane

De repente todos pararam mortificados com a imagem de Nico. Laís correu para tocar o rosto frio de seu irmão e ele sorriu para ela. Percy franziu a testa e ficou do meu lado. Logo tive de pedir para eles se afastarem para dar um pouco de ar á Nico. Contei para meus amigos o que aconteceu longe deles no estádio.

–Aquela fada da fanta uva idiota- disse Laís

–Calma. Eu dei um soco nela e matei a droga da cobra- falei

–Isso aí- tocamos as mãos por cima da cabeça de Nico

Ninguém disse mais nada. Eu esclareci que Nico estava morrendo enquanto contava a história, mesmo querendo que fosse apenas mais uma de minhas mentiras deslavadas. A equipe de paramédicos estava muito ocupada para vir ajudar e todos ali presentes sabiam que os olhos de Nico só estariam abertos por mais alguns segundos. O clima da sala era tão fúnebre que Laís não suportou e saiu pela porta com lágrimas escorrendo pela face. Ela não queria esperar para ver a vida sair dos olhos de seu irmão. Ane foi logo atrás, depois Julie para confortar as duas.

Depois de vinte minutos eu estava sozinha com Nico. Ele me olhava sorrindo, com as pálpebras cada vez mais pesadas. Eu sabia que quando elas se fechassem seria para sempre. Pus minha mão sobre a dele e falei:

–Vou sentir sua falta.

–Também vou sentir a sua- disse ele- Talvez demore muitos anos. Mas eu vou te esperar no mundo inferior mesmo que se case e forme uma família sem mim.

–Não vou formar uma... – Nico me interrompeu

–É claro que vai. Não te quero esperando sozinha pela morte.

Uma lágrima escorreu até minhas bochechas e Nico a limpou com o dedo.

–Canta só mais uma música pra mim. Eu gosto da sua voz- pediu ele

–Tudo que quiser.

Por mais incrível que pareça uma melodia começou a tocar assim que pensei na música que cantaria. O País das Maravilhas finalmente me ajudou.

Keep Holding On (Avril Lavigne)

Continue aguentando


You're not alone

Together we stand

I'll be by your side

You know I'll take your hand

(Você não está sozinho

Juntos nós ficamos de pé

Estarei ao seu lado

Você sabe que segurarei sua mão)

_

When it gets cold

And it feels like the end

There's no place to go

You know I won't give in

No, I won't give in

(Quando fizer frio

E parecer ser o fim

E não tiver para onde ir

Você sabe que não desistirei

Não, eu não desistirei)

_

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

Just stay strong

Cause you know I'm here for you,

I'm here for you

(Continue aguentando

Porque você sabe que conseguiremos,

Conseguiremos

Apenas seja forte

Pois você sabe que estou aqui por você,

Estou aqui por você)

_

There's nothing you can say

Nothing you can do

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

(Não há nada que possa dizer

Nada que possa fazer

Não há outro jeito em se tratando da verdade

Então continue aguentando

Porque você sabe que conseguiremos,

Nós conseguiremos)

_

So far away

I wish you were here

Before it's too late

This could all disappear

(Tão longe

Eu gostaria que estivesse aqui

Antes que seja tarde demais

Isso tudo poderá desaparecer)

_

Before the doors close

And it comes to an end

With you by my side

I will fight and defend

I'll fight and defend

Yeah, yeah

(Antes que as portas se fechem

E chegue ao fim

Com você ao meu lado

Eu lutarei e defenderei

Eu lutarei e defenderei

Yeah, yeah)

_

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

Just stay strong

Cause you know I'm here for you,

I'm here for you

(Continue aguentando

Porque você sabe que conseguiremos,

Conseguiremos

Apenas seja forte

Pois você sabe que estou aqui por você,

Estou aqui por você)

_

There's nothing you can say

Nothing you can do

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

(Não há nada que possa dizer

Nada que possa fazer

Não há outro jeito em se tratando da verdade

Então continue aguentando

Porque você sabe que conseguiremos,

Nós conseguiremos)

_

Hear me when I say,

When I say I believe

Nothing's gonna change

Nothing's gonna change,

Destiny

Whatever is meant to be

We'll work out perfectly

Yeah, yeah, yeah, yeah-ah

(Escute quando eu digo

Quando digo que acredito

Nada irá mudar

Nada irá mudar,

O destino

O que quer que seja

Nós resolveremos perfeitamente

Yeah, yeah, yeah, yeah-ah)

_

La ra ra ra ra

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

Just stay strong

Cause you know I'm here for you,

I'm here for you

(La ra ra ra ra

Continue aguentando

Porque você sabe que conseguiremos,

Conseguiremos

Apenas seja forte

Porque você sabe que estou aqui por você,

Estou aqui por você)

_

There's nothing you can say (nothing you can say)

Nothing you can do (nothing you can do)

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

(Não há nada que possa dizer (nada que possa dizer)

Nada que possa fazer (nada que possa fazer)

Não há outro jeito em se tratando da verdade

Então continue aguentando

Porque você sabe que conseguiremos,

Nós conseguiremos)

_

Ah ah ah

Keep holding on

Ah ah ah

Keep holding on

(ah ah ah

Continue aguentando

Ah ah ah

Continue aguentando)

_

There's nothing you can say (nothing you can say)

Nothing you can do (nothing you can do)

There's no other way when it comes to the true

So keep holding on (keep holding on)

Cause you know we'll make it through,

We’ll make it through

(Não há nada que possa dizer (nada que possa dizer)

Nada que possa fazer (nada que possa fazer)

Não há outro jeito em se tratando da verdade

Então continue aguentando (continue aguentando)

Porque você sabe que conseguiremos,

Nós conseguiremos)

Quando a música acabou os olhos de Nico se fecharam. Toquei seu rosto frio, uma lágrima escorreu. Toquei novamente sua mão fria, outra lágrima escorreu. Pus o ouvido em seu peito e não ouvi o coração batendo, mais uma lágrima escorreu. Com tristeza, me dei conta do inevitável e comecei a chorar como nunca antes havia feito. Ele nunca mais implicaria comigo nem eu á ele. Eu nunca mais poderia abraçá-lo nem seria abraçada. Eu não tinha coragem para abrir seus olhos, então nunca mais veria a imensidão negra deles. Nunca mais ouviria sua risada. Não o veria correndo ou lutando. Eu não o veria nunca mais.


Nico estava morto.


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Notas finais do capítulo

Vocês querem me matar, não é? *medo*