The True Forks (com nova autora) escrita por Tainá Mosch
Notas iniciais do capítulo
O capítulo demorou para chegar, não é mesmo? ME PERDOEM, ME PERDOEM!!! Tive que trabalhar bem nesse cap para que saísse no mínimo QUASE perfeito KKKKKK. Irei começar o próximo cap agora mesmo aqui, e farei o possível e o impossível pra que ele seja publicado mais rápido do que nunca, ok? Comentem!!! Depois dos 2 ou 3 reviews eu sempre irei publicar um cap novo. Fiquem atentos :) BOA LEITURA ♥
NARRAÇÃO POR WILLIAM.
Eu a observava a todo o momento. Seus grandes olhos estavam atentos a tudo ao seu redor, mas seus braços permaneciam cruzados na tentativa de se proteger de algo. Ela não parecia com medo, mas seu olhar entregava o quão assustada estava. Quando soltou seus braços no ar, Dean segurou sua mão puxando-a para perto dele e de Brad, que não conseguia permanecer parado em um só lugar nem por poucos minutos.
Emily estava ao meu lado. Sua expressão era calma, mas só eu sabia o quanto ela estava desesperada para atravessar aquele monte de pessoas a nossa frente, e enfim falar com Brad para ter certeza do que realmente aconteceu.
– Will, você está me ouvindo?
– Repita.
– Está tudo bem com você? - ela perguntou, tentando olhar em meus olhos que permaneciam fixos em Catherine.
– Está tudo bem. - eu disse.
– Parece pensativo.
– E estou.
– Por que Marcus pediu que eu saísse? - ela disse, quase sussurrando.
– Queria me dizer uma coisa em particular.
Não me preocupei em sussurrar.
– E o que era?
– Nada de mais.
Ela seguiu meu olhar e percebeu para onde eu estava olhando.
– É sobre Catherine, não é? Eu vi a expressão dele quando você contou seu plano. - ela voltou a sussurrar.
– Ele pediu que eu não dissesse sobre o que se tratava para ninguém.
– Nem mesmo para mim?
– Para ninguém, Emily. - reforcei.
[FLASHBACK]
– Esqueça esse plano, Will.
A expressão de Marcus era séria e superior. Eu o admirava como ninguém, mas naquele momento minha vontade era de atacá-lo. Eu nunca tive tanta certeza de algo, e sua tentativa de fazer-me mudar de idéia acabou me irritando. Eu iria matá-la, estava tudo pensado, e em breve estaria feito.
– Estou decidido, me desculpe.
– Você não conseguirá matar Catherine, Will.
– O que está dizendo? Eu já matei milhares de pessoas, é claro que posso fazer isso!
Meu corpo foi se tornando pedra enquanto o ódio tomava conta de mim.
– Está bem, mate-a. Mas faça isso logo. Antes que se apaixone...
Bufei, achando graça.
– Eu não irei me apaixonar por Catherine, não seja tolo.
– Morgan não permitiria que a transformasse. Ele iria matá-la.
– Eu irei matá-la, ele não precisa fazer isso.
– Ah, mesmo?
– Você nem a viu, então como...?
– Eu a vi. - ele me interrompeu. – Bem aí.
Ele apontou discretamente em minha direção, então o encarei confuso.
– Entenda William, o problema não está em Catherine, mas em você.
– Qual o problema comigo?
– Se lembra do nome de alguma das pessoas que matou?
Ficamos em silencio por alguns minutos enquanto eu tentava me lembrar dos nomes. Eu havia matado muitas pessoas naquele colégio, e em outros lugares fora de Forks. Era impossível lembrar-me de algo, ao não ser pelos rostos das vítimas, os quais ficaram marcados vagamente em minha memória.
Havia um rosto em particular do qual eu me lembrava claramente.
Ela era linda, e acho que possuía a mesma idade que eu – tirando o acréscimo bônus que nós vampiros recebemos assim que nos transformamos. Seus cabelos eram negros e seus olhos tinham cor de mel. Sua expressão estava serena quando a matei. Lembro de seus olhos se fechando, e de seu corpo se entregando aos meus braços rígidos. Não hesitei em matá-la, mas aquele momento jamais saiu de minha cabeça. Ela apenas se entregou à morte como se eu estivesse-lhe fazendo um favor, como se estivesse salvando-a.
Naquele momento só houve uma coisa que desejei mais do que seu sangue. Desejei ter o prazer de esperar pela morte, mas eu sabia que ela nunca chegaria.
Não me lembrava de seu nome.
– Não. – respondi enfim.
– As coisas são diferentes com Catherine. Veja... Até mesmo a chama pelo seu nome. E isso não é um bom sinal, rapaz. Depois que matá-la, a lembrança não será enterrada junto a seu corpo. Ela permanecerá com você.
Permaneci em silencio.
– Você pode possuir o dom de manipular as pessoas, de fazê-las confiar em você, mas não possui força o suficiente para manipular seus próprios sentimentos.
– Isso é ridículo. Eu estou morto, sou apenas um monstro. Como teria sentimentos?
– Você e eu somos os únicos a chamarmos isso de monstruosidade. – ele sorriu levemente. – Apenas não se arrisque, está bem?
– Como posso provar que isso tudo é uma grande loucura?
– Mate-a.
[/FLASHBACK]
Nossa conversa estava acabada, e as pessoas começaram a se afastar. Dean e Brad foram para outro corredor ao lado de um médico, e Catherine permaneceu onde estava. Em passos firmes, fui rapidamente a sua direção e ela me viu.
– Ei garoto, você não pode passar. - um dos enfermeiros me barrou.
Emily apareceu ao meu lado.
– Tudo bem, eles estão comigo. - Catherine disse ao enfermeiro, que assentiu nos deixando passar.
Ela e eu trocamos um olhar enquanto me aproximava.
– Onde está Brad? - Emily perguntou.
– Ele está ali. - ela apontou com o olhar para um dos corredores, onde era possível ver Brad exaltando-se com um médico, que agora tentava acalmá-lo enquanto ele continuava gritando.
– Eu vou entrar nessa sala nem que eu tenha que passar por cima de quem quer que seja, entendeu? - Brad gritava.
Emily foi em direção a confusão, e eu a segui fazendo um sinal para que Catherine permanecesse ali.
– Ele só quer vê-lo, por que tanta confusão? - Emily perguntou ao médico.
– O hospital não permitiu que ninguém visitasse o corpo.
– Eu o conheço a mais de dez anos! - Brad continuava exaltado. - Josh é como um irmão. Eu tenho o direito de entrar nessa sala!
Dean tentou acalmá-lo, afastando-o dali.
Joguei um olhar para Emily enquanto ela fazia mais perguntas ao médico. Dean estava distraído com Brad, e Catherine havia saído de onde estava para beber uma água. Era a situação perfeita.
Sem cerimônia, abri a porta da sala onde estava o corpo de Josh. O médico percebeu minha ação e tentou me impedir, mas já era tarde demais.
Brad correu na frente do médico e apareceu ao meu lado.
– O que é isso? – ele perguntou.
– Uma... - Dean tentou dizer algo, mas não teve sucesso.
– Afastem-se! - o médico alertou.
Emily apareceu logo depois com os olhos arregalados.
– São marcas de dente. - eu confirmei o que todos desacreditavam.
O assassino era um vampiro.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!