The True Forks (com nova autora) escrita por Tainá Mosch


Capítulo 9
Confusão. - Part 2


Notas iniciais do capítulo

O capítulo demorou para chegar, não é mesmo? ME PERDOEM, ME PERDOEM!!! Tive que trabalhar bem nesse cap para que saísse no mínimo QUASE perfeito KKKKKK. Irei começar o próximo cap agora mesmo aqui, e farei o possível e o impossível pra que ele seja publicado mais rápido do que nunca, ok? Comentem!!! Depois dos 2 ou 3 reviews eu sempre irei publicar um cap novo. Fiquem atentos :) BOA LEITURA ♥



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NARRAÇÃO POR WILLIAM.


Eu a observava a todo o momento. Seus grandes olhos estavam atentos a tudo ao seu redor, mas seus braços permaneciam cruzados na tentativa de se proteger de algo. Ela não parecia com medo, mas seu olhar entregava o quão assustada estava. Quando soltou seus braços no ar, Dean segurou sua mão puxando-a para perto dele e de Brad, que não conseguia permanecer parado em um só lugar nem por poucos minutos.

Emily estava ao meu lado. Sua expressão era calma, mas só eu sabia o quanto ela estava desesperada para atravessar aquele monte de pessoas a nossa frente, e enfim falar com Brad para ter certeza do que realmente aconteceu.

– Will, você está me ouvindo?

– Repita.

– Está tudo bem com você? - ela perguntou, tentando olhar em meus olhos que permaneciam fixos em Catherine.

– Está tudo bem. - eu disse.

– Parece pensativo.

– E estou.

– Por que Marcus pediu que eu saísse? - ela disse, quase sussurrando.

– Queria me dizer uma coisa em particular.

Não me preocupei em sussurrar.

– E o que era?

– Nada de mais.

Ela seguiu meu olhar e percebeu para onde eu estava olhando.

– É sobre Catherine, não é? Eu vi a expressão dele quando você contou seu plano. - ela voltou a sussurrar.

– Ele pediu que eu não dissesse sobre o que se tratava para ninguém.

– Nem mesmo para mim?

– Para ninguém, Emily. - reforcei.


[FLASHBACK]


– Esqueça esse plano, Will.

A expressão de Marcus era séria e superior. Eu o admirava como ninguém, mas naquele momento minha vontade era de atacá-lo. Eu nunca tive tanta certeza de algo, e sua tentativa de fazer-me mudar de idéia acabou me irritando. Eu iria matá-la, estava tudo pensado, e em breve estaria feito.

– Estou decidido, me desculpe.

– Você não conseguirá matar Catherine, Will.

– O que está dizendo? Eu já matei milhares de pessoas, é claro que posso fazer isso!

Meu corpo foi se tornando pedra enquanto o ódio tomava conta de mim.

– Está bem, mate-a. Mas faça isso logo. Antes que se apaixone...

Bufei, achando graça.

– Eu não irei me apaixonar por Catherine, não seja tolo.

– Morgan não permitiria que a transformasse. Ele iria matá-la.

– Eu irei matá-la, ele não precisa fazer isso.

– Ah, mesmo?

– Você nem a viu, então como...?

– Eu a vi. - ele me interrompeu. – Bem aí.

Ele apontou discretamente em minha direção, então o encarei confuso.

– Entenda William, o problema não está em Catherine, mas em você.

– Qual o problema comigo?

– Se lembra do nome de alguma das pessoas que matou?

Ficamos em silencio por alguns minutos enquanto eu tentava me lembrar dos nomes. Eu havia matado muitas pessoas naquele colégio, e em outros lugares fora de Forks. Era impossível lembrar-me de algo, ao não ser pelos rostos das vítimas, os quais ficaram marcados vagamente em minha memória.

Havia um rosto em particular do qual eu me lembrava claramente.

Ela era linda, e acho que possuía a mesma idade que eu – tirando o acréscimo bônus que nós vampiros recebemos assim que nos transformamos. Seus cabelos eram negros e seus olhos tinham cor de mel. Sua expressão estava serena quando a matei. Lembro de seus olhos se fechando, e de seu corpo se entregando aos meus braços rígidos. Não hesitei em matá-la, mas aquele momento jamais saiu de minha cabeça. Ela apenas se entregou à morte como se eu estivesse-lhe fazendo um favor, como se estivesse salvando-a.

Naquele momento só houve uma coisa que desejei mais do que seu sangue. Desejei ter o prazer de esperar pela morte, mas eu sabia que ela nunca chegaria.

Não me lembrava de seu nome.

– Não. – respondi enfim.

– As coisas são diferentes com Catherine. Veja... Até mesmo a chama pelo seu nome. E isso não é um bom sinal, rapaz. Depois que matá-la, a lembrança não será enterrada junto a seu corpo. Ela permanecerá com você.

Permaneci em silencio.

– Você pode possuir o dom de manipular as pessoas, de fazê-las confiar em você, mas não possui força o suficiente para manipular seus próprios sentimentos.

– Isso é ridículo. Eu estou morto, sou apenas um monstro. Como teria sentimentos?

– Você e eu somos os únicos a chamarmos isso de monstruosidade. – ele sorriu levemente. – Apenas não se arrisque, está bem?

– Como posso provar que isso tudo é uma grande loucura?

– Mate-a.


[/FLASHBACK]


Nossa conversa estava acabada, e as pessoas começaram a se afastar. Dean e Brad foram para outro corredor ao lado de um médico, e Catherine permaneceu onde estava. Em passos firmes, fui rapidamente a sua direção e ela me viu.

– Ei garoto, você não pode passar. - um dos enfermeiros me barrou.

Emily apareceu ao meu lado.

– Tudo bem, eles estão comigo. - Catherine disse ao enfermeiro, que assentiu nos deixando passar.

Ela e eu trocamos um olhar enquanto me aproximava.

– Onde está Brad? - Emily perguntou.

– Ele está ali. - ela apontou com o olhar para um dos corredores, onde era possível ver Brad exaltando-se com um médico, que agora tentava acalmá-lo enquanto ele continuava gritando.

– Eu vou entrar nessa sala nem que eu tenha que passar por cima de quem quer que seja, entendeu? - Brad gritava.

Emily foi em direção a confusão, e eu a segui fazendo um sinal para que Catherine permanecesse ali.

– Ele só quer vê-lo, por que tanta confusão? - Emily perguntou ao médico.

– O hospital não permitiu que ninguém visitasse o corpo.

– Eu o conheço a mais de dez anos! - Brad continuava exaltado. - Josh é como um irmão. Eu tenho o direito de entrar nessa sala!

Dean tentou acalmá-lo, afastando-o dali.

Joguei um olhar para Emily enquanto ela fazia mais perguntas ao médico. Dean estava distraído com Brad, e Catherine havia saído de onde estava para beber uma água. Era a situação perfeita.

Sem cerimônia, abri a porta da sala onde estava o corpo de Josh. O médico percebeu minha ação e tentou me impedir, mas já era tarde demais.

Brad correu na frente do médico e apareceu ao meu lado.

– O que é isso? – ele perguntou.

– Uma... - Dean tentou dizer algo, mas não teve sucesso.

– Afastem-se! - o médico alertou.

Emily apareceu logo depois com os olhos arregalados.

– São marcas de dente. - eu confirmei o que todos desacreditavam.

O assassino era um vampiro.


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