A Coletora escrita por GillyM


Capítulo 22
Frenesi


Notas iniciais do capítulo

OLa!!!!
Boa leitura



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“Bill Compton”

Faltavam trinta minutos para que o sol nascesse e Jessica acatou minhas ordens e fora até o escritório na intensão de transferir Roxy para sua cripta, como pedi.  Assim que senti seu chamado corri a seu encontro, sabia que algo havia acontecido, logo imaginei que a coletora tivesse fugido.

Adentrei a sala e vi Jessica abaixada ao lado do corpo de Roxy, que parecia sem vida, mas eu sabia que isso não era possível, pois ainda sentia aquela forte atração entre nós. Jessica deu espaço quando me aproximei, sacudi Roxy até que ela voltasse a consciência, mas nada aconteceu. Sem entender o que se passara, e com a chegada do sol ainda mais próxima, ordenei mesmo assim que Jessica a levasse cripta e a amarrasse, embora sem demonstrar nenhum sinal de consciência, eu não poderia confiar nela, Roxy era uma garota cheia de truques.

Recolhi-me a minha cripta, que ficava separada da de Jessica, meu real desejo era de colocar Roxy ao meu lado, mas Sookie tinha acesso a mim, ela era a única que tinha a permissão para entrar, e eu não poderia correr o risco de ela encontrar Roxy acorrentada junto a mim.

Algumas horas depois.

“Roxy”

Não podia descrever a dor que se alojava em minha cabeça, muito menos a fraqueza que me impedia de mexer até os dedos das mãos. Eu olhei ao redor a procura de algo familiar, mas nada encontrei. Tratava-se de um pequeno quarto de proporções iguais, havia uma intensa luz que vinha de uma lâmpada embutida no centro do teto, meus olhos quase não suportavam a claridade vinda dela. Não havia móveis, apena uma cama no centro, havia um corpo sobre ela, mas sem forças para me levantar do chão, onde eu estava acorrentada, não consegui identificar a pessoa que estava deitada sobre ela.

Deixei o quarto de lado e me concentrei em mim mesma, havia um grande “nada” em minha cabeça, da mesma forma que havia no momento que acordei naquela floresta, minha ultima lembrança era de Dea. As vozes em minha cabeça também estavam tão silenciosas que até me perguntei se ainda estavam mesmo lá, o silencio era conveniente, mas assustador também, pela primeira vez estava com meus próprios pensamentos.

Acorrentada, fraca, e sem possibilidade de fuga, fechei meus olhos e fiquei a espera do melhor, pois a falsa paz que havia naquela pequena sala, me fazia sentir como se houvesse esperança. Logo meus pensamentos se foram e adormeci novamente, um sono profundo.

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No cair da noite.

“Damon”

Enquanto viajava para Bom temps, fiquei a imaginar o que aconteceria ao reencontrá-la, durante muito tempo imaginei todas as coisas loucas e insanas que poderíamos fazer, assim que a avistei soube que ela não era como todas as outras, sua audácia e o certo menosprezo com que ela me tratou, atraiu muito minha atenção, era preciso ser muito confiante de si mesmo para ignorar a mim.

Não posso deixar de dizer que sua beleza me encantou, e que sua natureza desconhecida me deixou impressionado, ela realmente me conquistou ao me rejeitar, ela era um grande desafio, um desafio que merecia minha atenção, e ela o tinha conseguido.

Não me importava qual era a intensão de Bill Compton ao me chamar, deveria ser importante, pois ao quase dormir com sua humana, ele jurou não querer me ver tão cedo, o meu plano já estava traçado, assim que avistasse Roxy, a pegaria e a levaria comigo para qualquer outro lugar, pois as regras de propriedade se restringia apenas aos humanos, quanto as outras criaturas, estas não pertenciam a ninguém.

“Bill Comptom”

Assim que a noite caiu, eu já estava ao lado de Roxy, na cripta de Jessica, ela dormia profundamente sem dar sinais de que iria acordar. Pedi para Jessica nos deixar a sós, a aconselhei a voltar ao trabalho no bar, para não levantar suspeitas de Sookie e deixa-la um pouco ocupada enquanto resolvia meus problemas com Roxy. Eu sabia que ela não viria até mim, não após nossa conversa da noite passada.

A carreguei nos braços e a levei até o quarto de empregada, lá seria o ultimo lugar a me procurarem, deitei-a na cama e fiquei ao seu lado, sem nenhum incomodo, pude apreciar o que nunca pude fazer. Analisei cada parte do seu corpo, bem de perto, ela estava tão perfeita que nem parecia real. Quando ela se virou pude ver os hematomas que se formara quando a joguei contra a parede, naquele momento aquilo pareceu ser um ato de pura grosseria e desnecessário.

Toquei seu rosto com as pontas dos dedos, e logo senti o desejo de toca-la mais intensamente, mas não queria acorda-la, não mesmo, ela estava tão tranquila e não parecia, nem de longe, perigosa. 

Peguei o lençol que estava dobrado aos pés da cama e o puxei para cima, a cobrindo por inteiro, na tentativa de não deixa-la tão avista de meus olhos, que naquele momento queria engoli-la, antes de me afastar toquei novamente sua pele, deixei meus dedos deslizarem lentamente em seus ombros.

“Roxy”

Quando senti seus dedos tocaram meu ombro, fui despertada pelo frio de sua pele que me fez estremecer, abri meus olhos e não me movi, apenas fiquei a sentir sua presença. A cama macia e o calor do quarto me fizeram pensar que havia sido tirada daquele pequeno cativeiro, mas não estava longe dele, pelo menos não longe das presas de Bill.

Ele se afastou, mas meu cérebro continuou a relembrar a sensação que seu toque produzira, e com isso, minha mente ia sendo estimulada, e logo a calmaria que permanecia nela, fora embora trazendo a confusão.

- Olhe para mim.

Bill disse. Seu tom era calmo, mas também era intimidador.

Não esperei que ele repetisse, levantei minha cabeça e o olhei, Bill estava parado na frente da porta e me olhava ternamente, ele trajava um elegante terno risca de giz e sua gravata evidenciava seus olhos, olhos de águia sob sua presa.  Pela primeira vez não vi duvidas em seu olhar, provavelmente ele já sabia tudo ao meu respeito.

Mantive-me em silencio.

- Você é minha coletora?

Simplesmente não conseguia lhe responder, nem mesmo sabia se queria.

- Vou lhe perguntar mais uma vez. Você é minha coletora?

Tentei me mover para ficar numa posição mais agradável, provavelmente aquela seria uma longa conversa, ainda havia resquícios da dor em meu corpo, mas meu cérebro se recusava a relembrar meus últimos momentos com Dea.

“Bill Comptom”

Ela se mostrava perdida e ainda com dor, talvez o sangue de Jessica não fosse o suficiente para sua recuperação, eu poderia por um fim em sua dor, mas seus movimentos limitados era uma vantagem a mim. Esperei muitos anos para tê-la assim, toda minha.

Quando ela me encarou, olhando fundo em meus olhos, o descontrole surgiu, e eu fiquei a brigar com ele todo o tempo.

- Não irei repetir novamente, Roxy. Você é minha coletora?

- Sim. Eu sou sua coletora, mas Sookie já deve ter lhe contado.

- Não interessa o que ela disse a mim. Quero ouvir tudo de seus lábios, o que sei e o que ainda não sei. Então me conte tudo.

Nem com mil palavras eu poderia descrever a tensão que existia naquele momento, pois cada movimento de seus lábio me deixavam completamente louco, e eu sabia que el atinha muito a me dizer.

- O que quer que eu diga?

- Tudo. Se você não o fizer, outros faram, e quando você quiser falar, talvez eu não lhe dê outra oportunidade.

“Roxy”

Respirei fundo e me preparei para contar tudo, tentei organizar a confusão em minha mente, mas naquele momento eu me rendi a tudo, já não me preocupava com o que poderia me acontecer.

- Sou sua coletora, mas eu não escolhi isso, fui escolhida simplesmente. Eu vivo minha vida fugindo, tentando não chamar a atenção de vocês, mas nem sempre isso é possível, e quando não estou tentando sobreviver, eu sigo ordens.

- Que ordens? – Bill perguntou interrompendo meu raciocínio.

- De algo superior, os ceifadores, eles cuidam das almas humanas que devem fazer a travessia e das almas condenadas também. Quando um vampiro nasce, sua alma fica aprisionada em corpos humanos até que sua morte verdadeira chegue, é isso o que sou, sou seu reservatório, minha existência se restringe a abrigar sua alma.

- Voce é humana?

- Sou tão humana quanto Sookie, posso me machucar, posso morrer, mas o sangue dos vampiros me mantem viva, jovem e eterna. Você não pode me farejar, pois precisamos ficar longe de vocês, por isso não podem sentir nosso cheiro, ou ouvir o pulsar de nossas veias. Encontrar você foi uma infelicidade em minha vida, e quase morri por isso.

- Por que veio atrás de Sookie? Bem aqui... Onde moro?

- Não sabia que morava aqui, eu sempre te evitei ao máximo, mas recebi ordens para isso, o ceifador a queria morta, e eu fui incumbido disso. A habilidade de Sookie em ler mentes, nos colocou em risco, revelou nosso segredo, vocês nem deveriam saber de nossa existência, nem sei o porquê isso aconteceu.

- Você sempre esteve com minha alma?

- Não, eu não fui sua primeira coletora, sua alma foi transferida a mim, e isso é tudo o que sei.

- Como posso ter minha alma de volta?

- O único jeito é você me drenar.

- O que aconteceria?

- Eu não sei. Isso nunca aconteceu antes, e os ceifadores não nos permite saber de muita coisa. Somos tão limitados a isso, tudo o que sei é o mesmo que você, o que aconteceu naquele box foi tão novo para mim quanto para você. A verdade é que sou ligada a você e você a mim, eu posso sentir sua alma dentro de mim implorando para ser liberta, e toda vez que nos aproximamos posso senti-la aflorar através de minha pele.

As palavras pularam de minha boca, e de repente a pequena distancia que existia entre nós, se ornou imensa,  e eu não queria ficar longe dele, meus movimentos involuntários estava me levando para perto, muito perto dele.

“Bill Compton”

A cada centímetro que ela avançava em minha direção, aumentava ainda mais o meu querer. Havia um grande desejo em mim, um desejo de tomá-la de forma agressiva, quase animalesca, e quando o lençol que cobria seu corpo caiu a deixando a mostra, não esperei que ela avançasse nem mais um centímetro, me lancei sobre a cama e a virei de costa para mim, eu queria penetrá-la como um animal, de acordo com minha essência vampirescas.

Rasguei sua roupa e segurei seus braços, a deixei de quatro para mim e a penetrei profundamente, ignorei seus gritos que não sabia ser de dor ou de prazer, mas isso não me importava, eu só me interessava em satisfazer aquele desejo insano que era desertado em mim toda vez que me aproximava dela.

Quando captei o cheiro de Sookie, soube que ela estava por perto, eu queria parar, queria muito, mas aquele frenesi era difícil de ser corrompido, e só parei quando seu cheiro indicava que ela já estava dentro de minha casa.


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Notas finais do capítulo

Olá gente, gostaria de agradecer todos os reviews q vcs sempre me mandam. Obrigada mesmo!!!!!
E então????
Bjus