Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 7
Capítulo 6




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- Tu é estranho, Ichigo. – Ikkaku comentou gargalhando –
- E como. – disseram os outros dois -
- Idiotas. – falei ainda rindo enquanto tentava me proteger da água –
Depois de muitos minutos eles enfim pararam de avacalhar comigo, resolveram avacalhar com Hitsugaya que não queria entrar na piscina, péssima idéia, Renji, Hisagi e Ikkaku não vão descansar até conseguir joga-lo na água, e sim, eles três agora estão correndo atrás do Toushirou.
Eu nadei de volta á borda e me apoiei nos meus ante-braços para poder olhar para a frente. Rukia e Byakuya estavam sentados lado a lado nas cadeiras de sol, eles poderiam não perceber, mas a maneira de sentar dos dois era praticamente idêntica, pra falar a verdade, os dois eram muito mais que parecidos, se Byakuya não fosse mais velho que Rukia, com certeza não haveria dúvidas quanto a eles serem irmãos gêmeos.
Eu saí da piscina e parei em frente a eles, Rukia sorriu levemente, enquanto Byakuya cruzava os braços, os dois se olharam por poucos instantes, em seguida Byakuya voltou a me olhar, visivelmente contrariado.
- ...Sente-se... – ele murmurou –
Eu fiquei um pouco surpreso, mas em seguida me sentei em uma cadeira ao lado de Rukia.
- Você quer... – Byakuya começou olhando para Rukia –
- Sim, obrigada. – ela falou sem ele ao menos terminar –
Ele se levantou e saiu, minutos depois voltou trazendo uma latinha de coca-cola e deu a Rukia que agradeceu novamente, eu abri a boca levemente, ok, como eles fizeram isso?

Byakuya olhou para outro lugar e em seguida voltou a olhar para Rukia.
- Eu vou... – ele começou –
- Tudo bem. – ela falou o interrompendo novamente – Diga a ela que eu...
- Digo sim. – ele falou agora a interrompendo –
Eu olhava de um a outro cada vez mais confuso, eu nunca tinha ouvido uma conversa dos dois, já que sempre que eu chegava os dois estavam se despedindo, então era assim que conversavam? Eu estava assombrado, eles são normais?
- Eu posso...? – Rukia falou –
- Não. – Byakuya respondeu imediatamente, pareceu ter ficado nervoso ou foi impressão minha? -
- Ok. – ela falou sorrindo divertida –
- Até...
- Até.
Ele beijou a testa dela e se afastou.
- Desculpe a indiscrição...mas...poderia traduzir o que conversaram a pouco?
Ela sorriu para mim e eu senti minha face voltar a corar.
- Primeiro ele perguntou se eu queria algo pra beber e eu disse que sim. – eu concordei com a cabeça, atento – Depois ele disse que iria falar com a Retsu-san que estava sentada na lanchonete no momento que ele foi comprar o refrigerante e eu concordei. – eu senti minha boca se abrir novamente – Então eu disse a ele que falasse para a Retsu-san que mandei um oi, e ele concordou. – eu concordei, totalmente perplexo – E por fim, perguntei a ele se eu poderia tirar minha saída de banho. – ela sorriu – Você ouviu a resposta.
Então era isso? Maldito Byakuya...er...quer dizer...cof cof...interessante.
- Desculpa dizer...mas...vocês me assustam. – eu falei –
Ela sorriu novamente.

[...]

- Oi, Ichigo.
Eu sorri pra ela.
- Oi, Rukia. – estava ficando menos difícil falar com ela, apesar de eu ainda corar e sentir um pouco daquela vontade de correr –
Eu me afastei para que ela pudesse passar, ela estava linda, vestia um vestido rodado branco com a gola azul e mangas compridas, trazia sua mochila nas mãos e eu rapidamente me ofereci para carregá-la, ela sorriu e me entregou.
- Podemos fazer na mesa da sala de jantar? – perguntei –
- Claro.

Nós caminhamos pela casa e ela observava a tudo com calma, ao menos parecia estar gostando, chegamos ao outro cômodo e eu coloquei a mochila dela sobre uma cadeira, puxei a outra para que ela sentasse e me sentei ao lado dela.
- E seu pai? – ela estava mesmo querendo conhecê-lo –
- Foi ao supermercado, mas não deve demorar já que faz mais de meia hora que saiu.
Ela concordou e no instante seguinte eu ouvi a porta sendo aberta, droga, eu tinha esperanças de que ele fosse demorar mais.
Depois de alguns instantes ele chegou onde estávamos, trazia algumas sacolas nas mãos, mas bastou ver Rukia para largá-las no chão, droga, eu fechei os olhos por instantes...
- Então você é Kuchiki Rukia?
Eu voltei a abrir os olhos e me surpreendi com o tom calmo que meu pai acabara de usar. Rukia se levantou e fez uma rápida reverencia a ele que sorriu gentilmente.
- É um prazer conhece-lo, senhor Kurosaki.
- Igualmente, mas pode me chamar somente de Isshin.
- Como quiser, Isshin-san. Espero que não se importe, estamos utilizando a mesa para fazermos um trabalho de história.
- De modo algum, sinta-se em casa. Se precisarem de mim, estarei na sala assistindo á TV.
Ela concordou e eu permanecia olhando-o surpreso, eu nunca o vi agir dessa maneira. Ele sorriu pra mim e foi pra sala em seguida. Ok, ele endoidou.
Depois que terminamos nosso trabalho de história, guardamos nossos materiais e continuamos sentados.
- Você...conseguiu resolver o exercício de física? – indaguei cauteloso enquanto cruzava as mãos sobre a mesa –
- Sim. – ela respondeu – Estava fácil. – pra você, pensei. – Por que? – ela continuou – Não está conseguindo?
- Bem...eu até entendi como fazer, mas...
- Eu posso te explicar, se quiser.
- Eu agradeceria.

Eu rapidamente peguei meu caderno e coloquei em frente a nós sobre a mesa, abrindo na matéria desejada. Rukia observou-o por instantes.
- Sua letra é bonita.
Eu corei, ela estava mentindo, eu sabia.
- Estou falando a verdade. – ela continuou, sorrindo -
Eu me surpreendi. Por acaso ela leu meus pensamentos?
- E não se preocupe, não li seus pensamentos. – ela disse –
Eu voltei a encará-la surpreso, ok, ela estava começando a me assustar.
- Não se assuste, eu realmente não estou lendo seus pensamentos.
Eu engoli em seco, tentando esconder minha expressão surpresa, aquela possibilidade passou como um raio por minha mente, e se ela fosse capaz mesmo de ler o que eu pensava? Então ela já sabia de tudo e provavelmente só estava brincando comigo. Mas que idiota. Isso é impossível, não há como ela ler meus pensamentos. Eu suavisei minha expressão.
- Viu? Isso é mesmo impossível. – ela falou novamente –
Ótimo. Agora eu estava ficando mais doido que o normal e achava que Rukia era capaz de ler minha mente. Tentei não parecer novamente surpreso e mudei de assunto.
- Então... – eu comecei, olhando pro meu caderno –
Ela também voltou sua atenção pro assunto inicial e começou a me explicar a questão que eu não consegui entender. Incrível como logo na primeira explicação eu consegui compreender tudo, esqueci de dizer que Rukia é uma das melhores alunas da sala, acho até que é a melhor, já que ela sempre tira “10”. Certa vez ela tirou um “9,0”, em química. Todos ficaram surpresos, mas ela não ficou nem surpresa, nem decepcionada, ela somente sorriu e disse dando de ombros: “Erros acontecem”.
Devo confessar que foi depois disso que admiti a mim mesmo que a amava.

- Entendeu?
Eu balancei a cabeça negativamente para voltar a realidade.
- Sim. – respondi –
- Que bom. – ela sorriu –
- Obrigado.
Nós nos olhamos imóveis, estávamos ambos com os braços cruzados sobre a mesa, perto o suficiente para ouvir a respiração um do outro. Permanecemos estáticos, algo não permitia que eu me movesse para longe e novamente aquela louca vontade de beijá-la me invadiu. Eu me aproximei um pouco dela, ainda a olhando nos olhos, ela pareceu surpresa com minha ação, mas não se moveu, parecia prender a respiração, assim como eu. Me aproximei ainda mais e apenas um centímetro nos separava, eu a vi fechar os olhos e em seguida eu fechei os meus, eu conseguia sentir a respiração dela um pouco alterada, eu conseguia ouvir meu coração bater a mil por minuto, eu estava prestes a sentir os lábios dela nos meus...eu...
- Ichig...
Rukia afastou-se bruscamente, quase se desequilibrando na cadeira, eu permaneci parado, olhando atordoado para a frente, olhei em direção a porta da cozinha.
- Desculpem...eu...realmente... – era o velho tentando falsamente dar uma de inocente – Desculpem...
Eu o olhei quase espumando de raiva, ele não viveria depois dessa pra contar história.


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