Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 15
Capítulo 14




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Eu a ajudei a levantar, me despedi com rapidez e saí correndo, atrás de mim ela já começava a me ameaçacar. Como deixam uma pessoa dessas dar aulas pra adolescentes e jovens? E se ela resolver matar alguém?

[...]

Eu cheguei cedo á escola, mas como era dia de prova de física, muitos alunos também haviam chegado cedo, provavelmente para repassarem a matéria. Depois de alguns minutos Rukia e Byakuya chegaram, eu os cumprimentei, apesar de eu ainda me sentir ameaçado por Byakuya e Rukia, após colocar seus materiais em sua cadeira, me pediu para acompanhá-los até a sala do irmão.
Eu coloquei as mãos nos bolsos da minha calça e me postei ao lado de Rukia, Byakuya passou o braço esquerdo pelos ombros dela enquanto lançava um olhar desconfiado em minha direção e em seguida estávamos caminhando pelo corredor, praticamente todos que estavam ali nos olharam, eu baixei um pouco a cabeça, não sei como esses dois não se incomodam com tantas pessoas olhando-os a todo momento. Pois é, depois de um contato maior com Rukia, descobri que Byakuya é quase tão “popular” quanto ela, alguns dizem que ele é legal as vezes e eu acho que nunca vi esse lado dele.
Paramos quando chegamos á frente da sala do 3º ano, atravessamos a porta e eu olhei em volta, provavelmente já estavam quase todos presentes.
Byakuya se separou de Rukia e caminhou até uma cadeira atrás da sala, a última, encostada na parede, próxima a última janela da sala. Ele era mesmo excluso.
- Byakuya-sama chegou. – uma garota de cabelos castanhos e pele clara falou um pouco alto ao saltar de sua cadeira – Olá, Kuchiki-san. – ela cumprimentou Rukia com rapidez e foi em direção a Byakuya, eu acabei de ser ignorado? –
Quando ela falou isso, todas as garotas, isso mesmo, todas as garotas viraram-se na direção dele, levantando-se com uma agilidade tremenda, e em seguida Byakuya estava completamente cercado.

- Bom dia. – Byakuya as cumprimentou com seu tom indiferente, as sobrancelhas mais franzidas que o normal, eu tive vontade de rir –
As garotas, ao ouvirem o que ele disse, literalmente caíram aos pés dele, mas o que era aquilo? Algumas se abanavam, outras soltavam risinhos e outras estavam quase caindo desmaiadas no chão. Rukia cruzou os braços, e quando a olhei, pensei que a veria rindo, mas ela tinha a expressão séria que Byakuya costumava ter. Não podia ser...ela estava...com ciúmes? Então era por isso que ela estava tão incomodada em falar sobre isso ontem? Por isso aquele sorriso que ela dera parecia não ter tanta naturalidade quanto os outros?
Pode parecer anormal, mas eu achei aquela cena bonita. Byakuya cercado de garotas e Rukia emburrada observando-o. Eu quase ri, mas tive que me conter.
- Você ouviu? Ele falou “bom dia” pra mim. – uma garota falou quando se recuperou –
- Que voz perfeita. – outra disse –
- E quem disse que foi pra você? – outra reclamou – Foi pra mim.
- Foi pra mim.
- Pra mim.
E o restante entrou na briga de quem ficaria com o “bom dia” do Byakuya, será que elas não perceberam que foi um “bom dia” geral? Elas tão achando que o Byakuya é como a Rukia que diz “bom dia” pra CADA pessoa? 
- Bom dia.
Eu olhei pra porta e vi Unohana chegar, Rukia sorriu levemente, não eliminando completamente sua expressão de desagrado.
- Bom dia Retsu-san.
- Bom dia. – a cumprimentei timidamente –
Ela sorriu calmamente para mim e eu senti como se não houvesse problemas ao meu redor, ela me transmitia paz e eu me surpreendi com isso.
- É melhor se apressar. – Rukia brincou – Elas estão fazendo novamente.
Unohana olhou pela sala até avistar o tumulto no fundo da mesma.
- Deixe comigo. – ela falou sorrindo para Rukia que retribuiu, e se encaminhou para lá –

- Tem certeza que está tudo bem? – perguntei pensando se ocorreia pancadaria, e eu riria muito, e não, eu não separaria ninguém, a não ser que uma das loucas atacasse a Rukia por engano –
- Não se preocupe, apenas observe. – Rukia falou estranhamente satisfeita com algo –
Unohana chegou próxima a Byakuya, e ele rapidamente suavizou sua expressão, assim como fazia quando estava com Rukia, as garotas em volta dele tiveram ataques novamente devido à mudança na expressão dele, mas a alegria delas durou pouco, já que já adivinhavam o motivo daquilo. Só havia dois motivos: 1 – Rukia, 2 – Unohana. E como Rukia estava junto com ele quando ele chegou, só restava a segunda opção.
- Bom dia. – Unohana falou calmamente para as garotas –
Elas fecharam os sorrisos escandalosos.
- Bom dia. – murmuraram –
- Espero que não estejam incomodando o Byakuya. – ela falou sorrindo, meu Deus, que assustadora, eu consegui até ouvir uma música de fundo de filme de terror, acho que hoje eu não vou conseguir dormir –
Todas deram passos para trás inseguras.
- Não. – murmuraram –
Unohana se sentou ao lado de Byakuya, mas ele permanecia sério, quando ele vai sorrir? Peraí? Ele vai sorrir algum dia?
Byakuya estendeu a mão para ela, peraí, ele estendeu a MÃO pra Unohana? E ela ACEITOU? E agora eles estão...tipo...de MÃOS DADAS? Ok, eu estou enlouquecendo, eu sabia que não devia ter ficado acordado até tarde ontem a noite. Rukia riu ao meu lado, eu a olhei e vi que ela ria de mim.
- Do que ta rindo? – indaguei –
- Desculpe a direta...mas... – ela riu ainda mais – Estou rindo da sua cara... – ela falou gargalhando –
Eu não tive outra saída a não ser rir também.
- Ok, você me venceu nessa. – eu disse rindo –

Byakuya falou algo para as garotas que o cercavam, seja lá o que for, elas olharam pra Unohana e rapidamente se afastaram.
- Primeiro exemplo de que não conseguimos conversar “normalmente” – eu sorri quando ela fez aspas com os dedos, ela achava a conversa dos dois normal? –
Eu concordei com um aceno e ela olhou pra Byakuya ao longe.
- NII-SAMA...
Byakuya, Unohana e as garotas que ainda não havia se dispersado viraram-se pra nós.
- Eu vou... – ela começou –
- Tudo bem. – ele confirmou -
- Então...
- Ok.
- Até...
- Até...
As garotas apesar de surpresas, pareciam já estar acostumadas, assim como Unohana que simplesmente sorriu e acenou de volta quando Rukia o fez e saímos da sala em seguida.
- Poderia traduzir? – indaguei enquanto caminhávamos pelo corredor –
- Eu disse que iria pra minha sala e ele concordou, depois disse que nos veríamos ou no intervalo ou na saída e ele novamente concordou.
- É mesmo impressionante. – murmurei – E sobre aquelas garotas, acontece todo dia? – eu perguntei quando já estávamos em nossa sala –
- Sim. – ela ficou emburrada de novo –
- E elas não...se cansam de levar foras dos dois?
- Não. – ela estava mesmo com raiva –
- E isso te incomoda, né?
- Não. – ela disfarçou olhando pro lado –
- Incomoda sim. – eu ri – Está com ciúmes dele.
- Não to não. – ela replicou irritada –
- Ta sim. – provoquei –
- Não to. – ela falou olhando-me ameaçadoramente, o que significava claramente “cale a boca ou sofra muito” –
- Ok, não está. – murmurei rindo –


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