Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 10
Capítulo 9




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Eu voltei a olhá-la nos olhos e não vi medo em sua expressão, parecia que ela estava nervosa, assim como eu. Eu lentamente inclinei meu rosto na direção dela, ainda sem deixar de olhá-la, suspiramos com a proximidade e ela fechou os olhos após prender a respiração, eu a admirei por um curto período de tempo e em seguida meus lábios tocaram levemente os dela, e quando eu ia finalmente beija-la, Rukia me empurrou bruscamente. 
Eu a olhei atordoado e ofegante, ela estava da mesma maneira, encarei-a confuso, mas ela pareceu não se importar com meu olhar indagativo, ela virou-se com rapidez e ficou ao meu lado após dar dois passos para trás, e olhou pra porta.
Eu segui seu olhar e só então percebi o motivo daquilo, Byakuya estava parado na porta, o olhar estático, a expressão de desagrado e um frio olhar assassino em minha direção. Agora eu tinha duas perguntas pendentes que gritavam em minha cabeça:
1 – Qual seria a maneira que eu seria morto por Byakuya? Seria de maneira lenta e dolorosa ou ele seria piedoso e me mataria tão rapidamente que eu nem sentiria a dor?
2 – Como foi que a Rukia conseguiu perceber que Byakuya estava nos olhando? Ela estava de costas, e Byakuya, quando anda, parece estar levitando, seu andar é silencioso, parece até não pisar no chão, não faz barulho algum e eu já até tentei ouvi-lo, em vão. Então como ela conseguiu saber quando ele chegou?
Eu soltei um suspiro de frustração enquanto Rukia baixava a cabeça, Byakuya caminhou até nós, os passos como sempre silenciosos, a expressão fria e os olhos voltados para mim, eu instintivamente dei um passo para trás quando ele parou a nossa frente e enfim olhou para Rukia.

- Posso... – ele começou –
- Pode, já...terminamos. – Rukia falou - 
- Eu acho que... – ele falou novamente –
- Não piore... – ela falou interrompendo-o –
- O que eu...? – ele continuou –
- Ainda tem dúvidas? – ela replicou –
- Tenho sim... – ele falou -
- Quer que eu...? – ela o interrompeu arqueando uma sobrancelha –
Ele meneou a cabeça e beijou-lhe a testa.
- Tente não... – ela tornou a falar ao voltar a olhá-lo –
- Vou...tentar... – ele murmurou –
Rukia lhe lançou um olhar sarcástico, o abraçou e após dizer um “até mais” para mim, saiu da sala, provavelmente o esperaria no carro.
Ok. Agora quem vai traduzir a conversa dos dois pra mim? E não, eu ainda não sou tão doido para pedir uma tradução ao Byakuya. E mais uma coisa: Será que esses dois não poderiam conversar de maneira normal como todo mundo?
E o que foi aquilo de “vou tentar”? Sei lá, apesar de eu não ter entendido bem, eu não gostei muito disso.
Byakuya voltou a me olhar, suas sobrancelhas franzidas mais que o normal, eu engoli em seco e sem me mover, dei uma olhada em volta para ver se havia algo que ele poderia usar como arma...e algo que eu pudesse usar como defesa. Bom, só havia cadeiras...nada pontiagudo, suspirei aliviado.
Ele andou em minha direção com calma, nem parecia que cometeria um assassinato em instantes, que cínico. Ele parou de frente pra mim e me observou em silêncio.
Eu estava me preparando para entrar em desespero, me fazer de vítima e ficar falando nervoso coisas do tipo: “FOI ELA QUEM ME ATACOU!” ou “O que? Você ta ficando cego? Nós não estávamos fazendo NADA, você tem a mente muito poluída”, ou eu deveria apelar pro melodrama?: “Eu não tive culpa, ELA ME OBRIGOU!”
Ok. Depois dessas idiotices passarem pela minha cabeça, se Byakuya não me matar...eu me mato.

- Kurosaki...Ichigo, não? – ele indagou –
Eu voltei a mim ao ouvir ele se pronunciar. E ainda nem conseguia lembrar meu nome, ótimo.
- Sim, Kuchiki Byakuya. Rukia me disse...
- Rukia? – ele franziu mais ainda as sobrancelhas, mas que cara perseguidor psicótico, eu nem podia chamar a Rukia pelo primeiro nome? – 
- Sim, Rukia. – falei confiante e pareceu que ele não gostou –
- Continue...
- Rukia me disse que você queria falar algo comigo, o que é?
- Rukia lhe convidou para a festa de encerramento do ano... – ele começou – E eu vim aqui para lhe dizer algumas condições para que tudo ocorra bem.
- Condições?
Condições? To dizendo que esse cara é psicótico.
- Sim. Condições. – ele repetiu impaciente, eu acho, já que é difícil decifrar as emoções desse psicótico – E se não segui-las, isso pode vir a lhe causar um pouco de dor.
Agora o psicótico tava me ameaçando abertamente, cadê um gravador quando se precisa dele?
- E quais são...essas condições? – eu não queria me dar por vencido, mas não queria...me machucar –


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