Sobre A Pele escrita por Selena West


Capítulo 21
Confie em mim!


Notas iniciais do capítulo

Ah estamos no final já, caramba, esse capitulo ficou... Brega, não sou a pessoa mais romantica do mundo, mas achei que esse casal sofreu tanto que merecia. Espero que gostem!



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Alice saiu do quarto da mãe para comer algo. Ela já estava a bom tempo sem se alimentar. A garota cruzou os corredores do hospital até a cafeteria, mas antes de conseguir entrar no lugar, Mattia apareceu. Ele tinha as bochechas coradas por conta do frio que fazia lá fora. Alice esperou o namorado se explicar, ele não dava noticias desde a ultima vez que se viram.

“Ali. Você tem que vir comigo.” Mattia disse a puxando pelo braço.

Alice se soltou e ficou parada olhando para Mattia.

“Não, não tenho. Você sumiu Mattia e ainda tem a minha mãe não posso deixá-la.”

“Eu juro que vou te explicar tudo, e eu trouxe a Soledad para ficar com ela.”

Alice não cedeu.

“Não moverei um dedo, até que você me explique o que está planejando.” Ela cruzou os braços sobre o peito.

“Confie em mim, pode ser?” Ele parecia ofendido.

Alice revirou os olhos.

“Ok vamos.”

Mattia deu um sorriso triunfante e levou Alice até o carro. Alguns flocos de neve começavam a cair cobrindo tudo. O vento gelado fez Alice se agarrar ao braço de Mattia. O garoto tirou o carro da vaga com cuidado, pois o chão estava escorregadio.

Ao contrario do que Alice pensava Mattia não a levou para a casa dele ou a dela. Ele foi para o outro lado da cidade. Ela queria perguntar onde estava indo, porém sabia que Mattia não diria nada.

“Odeio surpresas.” Alice murmurou mal humorada.

Mattia deu uma risadinha.

“Veremos.”


O carro parou na frente de um prédio antigo no centro de. A maioria das luzes estavam acessas. Mattia deixou o carro e deu a volta para abrir a porta para Alice. Quando ela desceu o choque térmico fez com que ela tremesse. Mattia se adiantou e destrancou a porta da portaria. Alice o seguiu sem entender o que ele estava fazendo.

Alice se juntou a Mattia na frente do elevador. Ele sorria com um ar de quem ganhou algo muito importante.

“Já chega! O que você está aprontando?” Alice exigiu respostas.

“Porque você não pode simplesmente esperar?” Mattia perguntou enquanto entrava no elevador.

“Por que você está ficando doido. Uma hora você some e nem sequer me manda uma mensagem e outra você aparece todo misterioso querendo que eu te siga por ai.”

Mattia aperta o botão para o ultimo andar.

“Achei que garotas gostassem de caras misteriosos.” Mattia disse abraçando Alice.

“Assim fica difícil discutir com você.” Ela protestou, mas acabou o beijando.

Mattia a colocou contra a parede do elevador. O beijo não durou muito, uma senhora entrou no elevador. Os dois deram um sorriso sem graça para ela.


Quando o elevador chegou no ultimo andar. Mattia saiu de dentro dele puxando Alice pela mão como uma criança que guia a mãe pelo parque de diversões. Dentro do apartamento do qual Mattia abriu a porta não havia nada além de um imenso espaço vazio. Alice olhou para o namorado sem entender o que eles faziam ali.

“Vem.” Mattia a chamou.

Ele subiu uma escada de madeira que dava no terraço. Na parte de cima do prédio era possível ver quase toda a cidade. As luzes faziam o lugar parecer mágico. No terraço havia uma estrutura feita de aço e vidro, devia ter sido uma estufa. Agora o ambiente estava decorado com luzes presas ao teto e uma mesa com velas em cima.

“Senhorita.”

Mattia estendeu a mão para que Alice a segurasse. Ele levou a namorada até a mesa dentro da estufa e a sentou em uma das extremidades da mesa. Um carrinho de restaurante estava do lado da mesa.

“Está tudo lindo, Matti.”

“Quem disse mesmo que não gostava de surpresas?” Mattia brincou.

“Você fez tudo sozinho?” Alice perguntou olhando toda a decoração.

“Não, o Denis me ajudou. Ele disse que o momento precisava de um toque de classe.” Mattia deu de ombros. “E bem, não sei cozinhar.”

Alice riu. Realmente só alguém com um toque feminino seria capaz de fazer tudo aquilo. Do lado de dentro da estufa era possível ver melhor os detalhes. Flores faziam o caminho da porta da estufa até a mesa, a mesa estava posta com pratos decorados e taças, e a comida cheirava muito bem.

“De quem é esse apartamento Matti?”

“Você faz perguntas demais.”

Mattia serviu a comida para Alice. Nada muito sofisticado, apenas uma massa. Para Alice estava perfeito, seu estomago estava feliz em ver comida. Os dois comeram em silencio.

A neve voltou a cair. O teto da estufa começou a ficar todo branco. Alguns flocos Caim sobrem eles, parte dos vidros da estrutura estavam quebrados. Alice levantou o rosto para sentir os pequenos flocos caírem sobre a sua face. Mattia a observou.

“Então Mattia Balossino. Para que tudo isso?” Alice abaixou o rosto para encará-lo.

Mattia sorriu sem jeito.

“Ainda não.” Ele disse baixinho.

“O que você disse?” Alice não conseguiu ouvir.

Mattia se levantou e saiu da estufa. Alice o seguiu sem entender o que ele queria fazer. Mattia sentou em um banco de ferro que estava virado para a cidade. Alice imitou o gesto.

“Você realmente não está nada bem.” Alice disse tirando alguns flocos de neve do cabelo de Mattia.

“Pelo contrario. Não me lembro de um dia que estivesse tão bem quanto agora, aqui ao seu lado.”

Mattia pegou a mão de Alice que passiava por seus cabelos.

“Alice... Não vejo mais a minha vida sem você. Quando pensei em ir para longe, achei que seria melhor, mas agora eu vejo que não poderia ficar mais do que uns dois meses fora.”

“Eu iria te buscar nos Estados Unidos se fosse preciso.” Alice colocou a cabeça sobre o ombro de Mattia.

“Você não sabe o quão bom é ouvir isso.”

Alice se lembrou da sua pergunta sem resposta.

“De quem é esse apartamento afinal?”

“Seu.” Mattia deu de ombros, como se aquela fosse uma resposta obvia.

Alice arregalou os olhos.

“Meu?”

“Nosso se você preferir.”

Mattia pegou algo de dentro do seu bolso. Uma caixinha de veludo azul. Alice ficou estática sem saber como reagir.

“Meus pais são donos desse apartamento eles moraram aqui antes de se mudarem para a nossa casa. Eles nos deram de presente.”

“Presente?” Alice achava que estava dormindo na cadeira do hospital e tendo um sonho. E ela não queria acordar.

“Alice você quer casar comigo?” Mattia enfim perguntou.

Alice levou alguns segundos para se convencer de que não estava sonhando.

“Sim, sim e mais mil vezes sim!”

Alice pulou nos braços de Mattia e o beijou. Ambos estavam mais felizes do que jamais imaginaram que poderiam estar. Tudo está bem, quando acaba bem. Certo?!


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Notas finais do capítulo

Tentarei postar o final ainda hoje, beijos gatas e gato :*