Fazia uma semana. Uma semana longe de Konoha, longe de seus pais, longe de seus amigos. Mas fora uma semana de felicidade. Uma semana de alegria. Uma semana de liberdade.

Atualmente Sakura estava em uma pousada, na pequena e pacata cidade de Liscar. Ainda no País do Fogo. Estava no café da manhã, junto dela estava sentada na mesa duas mulheres, que conversavam animadamente, foi quando uma delas virou-se para Sakura.

– Com licença, mas você é daqui da cidade? - perguntou. Sakura reparou que ela até que era bonita.

– Não, mas será que posso ajudar em algo? - perguntou.

– Acho que não. Estamos procurando pela fonte dos desejos, dizem que lá é perfeito. - comentou a outra.

– Espero que encontrem o que desejam. - disse Sakura, levantando-se.

Novamente foi a seu quarto. Lá ela deparou-se com o espelho. E novamente viu aquela imagem. A imagem, da garota de cabelos curtos e roseos, os olhos verdes que sempre precisava ser protegida, que sempre chorava por algo. Essa era a imagem de uma garota fraca, fragil e indefesa que a perseguia e a atormentava frequentemente, no vazio de tudo.

– Merda! - sussurrou.

Ainda era a mesma. Seu corpo não mudara muito. Mas ali ela entendeu. Ela não poderia mais ser Haruno Sakura, ela era uma foragida de Konoha. Ela seria um problema para as vilas. Assim que saísse de Liscar iria tentar se transformar.

Pegando suas coisas ela pagou sua conta na recepção. Durante a semana ela recebera pagamentos em algumas vilas que passara por curar pessoas doentes. Muitos a pediram para ficar. Mas ela recusara.

Usava um kimono roxo. Proprio para o tipo de viagem. Ela andava firmemente pela floresta densa até que escura um barulho estranho, de sua manga desceu uma kunai e ela se pôs em posição de batalha.

Logo da mata saiu um pequeno bichinho. Ela reconheceu como sendo um neko youkai filhote. Ainda era pequeno. Provavelmente havia perdido a mãe. Ela guardou a kunai novamente e se aproximou do bichinho, mas ele recuou. Sakura ajoelhou-se sobre no chão e tirou de sua mochila uma garrafinha com leite e uma vasilhinha.

– Vem, koneko... Eu prometo que não vou te machucar! - disse com a voz doce.

O animal parecia um pouco assustado e desconfiado, mas estava com fome, e deixando-se vencer pela fome aproximou-se e cheirou o leite, ainda desconfiado, em seguida tomou um pouco, e ao constatar que não havia veneno continuou tomando. Sakura pô a mão de leve na cabeça do bichinho que dessa vez não recuou.

– humm... Está bom, neh? - perguntou. O bichinho soltou um murmurio de prazer. E quando acabou o leite deitou-se no colo de Sakura. - Ah! Você é femêa! Você quer vir comigo na minha viajem? - perguntou para a gatinha, que como se entendesse balançou a cabeça positivamente. - e como é que vai ser o seu nome? Hum.... Que tal Ai? - a gatinhja não havia gostado do nome por isso fez uma careta. - Já vi que não... hum.. Kay? - perguntou. Novamente veio a careta de desgosto. - Kirara? - perguntou, em mais uma tentativa. A gatinha em sinal de aprovação abanou os dois rabos que possuia. - Já vi que sim... Kirara!