Cold Night escrita por Naomi Santos


Capítulo 9
Veredicto. (P.O.V. Alec)


Notas iniciais do capítulo

A narração é do Alec nesse capítulo...
.
Enjoy!!



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Alec Volturi.

            Não! Não! Não! Isso não podia estar acontecendo! Eu sabia como isso ia acabar. Lógico! Mas eu tive de ser egoísta não é?! Eu tive de ir vê-la. Sem conseguir me controlar! E eu a coloquei nessa história.

            Ninguém sabia como eu me sentia nesse momento. Andando pelo castelo, com toda uma guarda atrás de mim e Melissa. Ela estava com medo de mim... com raiva. E eu não a culpava.

            Jane cumprimentara Gianna como se nada estivesse acontecendo, e então chegamos à câmara de Aro. Quando chegamos à câmara, Aro sorria como se aquilo fosse algo agradável. Um encontro de amigos. Como se a vida dela não estivesse por um fio neste momento.

            -Bem-vinda de volta, Melissa. –Ele disse, ela se encolheu e andou até meu lado. Melissa ainda não olhava para mim,mas acho que o medo deles era maior que o medo de mim.

            -Alec, sabe que seus atos terão uma consequência, não é? –Caius disse de seu trono. Ele era sempre mal-humorado. Seria o maior desafio.

            -Sim, senhor. –Eu olhava para o chão com medo de encarar a verdade. Eu não sabia bem o que eu estava sentindo. Era muito confuso. Em todos os meus séculos eu fui a figura literal de um vampiro. Vivendo no escuro, sendo o pesadelo dos humanos...

            Mas agora... Eu queria ser humano... Queria que as pessoas, na verdade, que Melissa não tivesse medo de mim. Aprendi a ver a maldição nessa vida...

            E pensar que toda essa confusão fora causada por um único sentimento! Aquele que os humanos julgam ser lindo e sempre é o personagem principal de filmes e livros. É tão vergonhoso! Você deixa de ser quem você sempre foi para uma única pessoa.

            O amor é... imcompreensível. Dizem que é algo maravilhoso em se sentir. E todos os mortais sonham em achar o seu amor. Eu achei o meu. Mas isso não foi algo muito bom. Eu... não consigo ficar longe dela! E eu odeio isso.

            Como se eu não soubesse como seria o fim dela. Transformá-la ou matá-la. Como eu odeio esta vida!

            -Espera. –A voz trêmula de Melissa soou por todo o cômodo. Vi  que ela suava frio e mantinha os olhos no chão ao falar. –Que consequencias?!

            Aro a olhou gentilmente e voltou a reponde-la com uma tranquilidade irritante.

            -Ora... você não deveria saber da nossa existencia. –Ela me olhou confusa. – Então... ou você se torna um de nós... ou...bem... não seria muito agradável matá-la.

            Cerrei os punhos para não fazer nenhuma bobagem. A garota ficou ofegante e seu rosto perdeu a cor. Parecia que ia desmaiar. Com alguma força, ela voltou a falar.

            -Me matar?!

            -Espero que não seja preciso. –Respondeu Aro.

            -Mas eu não  quero isso! É loucura! Eu não tenho escolha?! –Ela começou a gritar. Todos a assistiam calados, sem expressão no rosto.

            -Não me importo com o que vocês são! Eu só quero ir para casa... –A medida que ia falando, seu tom foi diminuindo.

            -Acho que não será possível. –Respondeu Caius. Ele levantou-se e veio postar-se a nossa frente.

            -Ora, não seja precipitado, irmão... –Repreendeu Aro.

            Os pensamentos rodavamem minha mente. Eu sabia que para que Melissa ficasse viva, eu teria de deixá-la ir e nunca mais vê-la. Isso doía mais do que eu esperava.

            -Sugiro que votemos em nossa decisão. –Disse Aro. Melissa estava inquieta a meu lado, encarando os três vampiros anciãos. Então eles se reuniram em uma outra sala discutindo o futuro da garota.

            Por quê? Por que me apaixonar por essa menina quando as repercussões seriam terríveis para ambos? Isso é tão estúpido!

            O amor é algo irracional. Algo que eu não conhecia, até vê-la com outros olhos. O amor não anda sozinho. Junto com ele vem medo, desconfiança e a indecisão. Mas nada do que eu passo é fácil. Além de tudo isso, ainda tem a ameaça de nunca mais vê-la.

            Então eles decidiram-se e a meu lado, ela se encolheu. Olhei para frente com uma coragem fingida.

            -Alec... –Chamou Aro. Era agora.

            Eles caminharam dramaticamente até ficarem em uma fila reta. Alguns outros recostaram-se na parede para assistir minha desgraça. Jane sorria triunfante, como se não se importasse com  o que viria a seguir. E acho que não se importava.

            -Melissa. –Chamou Marcus. Era muito estranho ele estar falando, geralmente o veredicto era dado por Aro.

            -S-sim? –Gaguejou ela, tremendo as mãos sem realmente olhar para ele.

            -Você quer ir embora. Porém, isso não está ao nosso alcance. Apenas basta que você se decida. Pode ir. Mas temos alguém aqui que nos fará confiar na sua palavra de nunca mais voltar.

            O que? Do que ele estava falando? Ah não ser... Lembrei-me vagamente de Félix e Demetri acompanhados de um jovem vampiro de sorriso cruel e cabelos cor de areia. Não, impossível.

            -Eu... posso ir? –Indagou ela. Aro assentiu e finalmente falou.

            -Mas você não vai se lembrar de nada. Nada do que aconteceu aqui na Itália. Será mandada de volta a sua casa. –Ela ponderou por um momentoe fitou seus pés.

            -Eu... aceito. –A voz dela soava tão baixa como se ela estivesse doente. Todos na sala sorriram, exceto por Caius, que fincou uma carranca no rosto.

            Então Melissa iria embora, e nem sequer se lembraria de mim. Algo se remexeu dentro de mim e eu tentei não olhá-la. Sem sucesso. Olhei pelo canto do olho para seu rosto e pedi para que o meu não passasse suplicância.

            O garoto, Robin, foi chamado e sorria alegremente para todos. Descobri que ele podia apagar a memória de qualquer um, ou qualquer parte dela. Olhei para Melissa uma ultima vez, antes que ele a levasse a outra sala na companhia de Jane.


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