Bonds escrita por frozenWings


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Capítulo meio curtinho, mas tá valendo. :)



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Esperar que tudo saia como desejado sem abalar outras pessoas que não sejam você mesmo é um pensamento presunçoso e, quem sabe, ingênuo.

Eu percebi que uma ilusão dessas não me levaria pra muito longe. Infelizmente, as nossas vidas não são como em alguns filmes de romance, onde tudo acaba bem, com peças perfeitamente encaixadas, sem qualquer espaço não preenchido.

Até então, eu não sabia que escolhas desempenhavam um papel tão importante em nossas vidas e que mais cedo ou mais tarde seríamos obrigados a realizar essas escolhas que mudariam, para sempre, o curso de nossas vidas.

Sabe, às vezes me pego pensando nisso... Será que eu escolhi bem, Ichigo?

Os corpos de Ichigo e Rukia continuaram entrelaçados mesmo sob a chuva forte.

Era quase como se alguma força maior os unisse.

Ambos não conseguiam, não queriam parar. Despejaram todo o desejo trancafiado, transformando-o em uma sequência de beijos apaixonados.

— V-Vamos entrar? — balbuciou Ichigo, tendo dificuldade em formar as palavras. — Não há ninguém em casa. Eles foram visitar um parente distante... — complementou como se já soubesse que Rukia ressaltaria aquilo.

A morena separou os lábios dos dele, não emitindo qualquer palavra.

Seus olhos seguiram os de Ichigo com ternura, conservando o silêncio. Ela estava tão entregue que acabou por somente assentir.

O garoto abriu um sorriso de satisfação, tomando a pequena por cima de seus braços. Rukia tão flexível... Era uma situação até que rara.

Tudo estava tão surpreendentemente perfeito que nem mesmo o frio da chuva pôde destruir aqueles sorrisos bobos estampados na cara de cada um.

Ichigo caminhou até em frente de sua casa, buscando controlar os batimentos cardíacos que se mantiveram instáveis desde a hora em que saíra de casa.

— Ichigo! A bicicleta! — lembrou Rukia, escapando momentaneamente do transe que houvera se imposto entre eles.

— É verdade... Que droga. — sibilou o ruivo, pousando-a no chão. — Você pode ir subindo enquanto arranjo um lugar pra ela.

— Desculpe incomodar...

— Apenas suba. — mandou o rapaz em um suspiro, encerrando a costumeira sessão de desculpas.

 — Certo. Eu permito que você a guarde e também enxugue. Quando terminar, suba. — retrucou ela num tom de voz totalmente diferente de segundos atrás. Era quase como uma ponta de autoritarismo e cinismo.

— Maldita... Rukia consegue acabar com qualquer romantismo. — bufou Ichigo, vendo-a subir nas escadas.

Ele suspirou, voltando-se para a bicicleta caída em meio a calçada.   

— Droga de Byakuya. Sempre empacando a minha vida.

            — Atchim! — espirrou o Kuchiki ao finalmente ter adentrado no hospital onde trabalhava.

— Oh, Kuchiki-dono, está resfriado? — questionou Ukitake que recentemente retomara suas atividades medicinais.

Byakuya esfregou o nariz distraidamente, só depois notando que o médico se dirigira a ele.

— Boa noite, Ukitake-senpai. Não estou. — respondeu, curvando-se ligeiramente em sinal de respeito. — Enquanto eu vinha até o hospital, o temporal me alcançou. — sibilou sem acrescentar maiores detalhes.

— Ah, compreendo. — sussurrou o grisalho, depositando algumas pastas em cima do balcão da recepção. — Está animado para mais um plantão? — sorriu com a habitual cordialidade.

— Eu darei o meu melhor. — falou com o semblante sério, retirando seu casaco encharcado.

— Não seja tão sério, Kuchiki. Até mesmo os médicos sorriem de vez em quando. — se intrometeu outro médico tão simpático quanto o primeiro, surgindo por um dos corredores do hospital.

— Kyouraku. Por onde andou durante todas essas horas? — perguntou Ukitake, encaixando as mãos nos bolsos de seu jaleco. — Cortejando a Nanao-chan de novo?

— Você deve saber. Hoje ela estava deslumbrante, não pude deixar de contemplar. — respondeu com um breve sorriso, aproximando-se de ambos.

Kyouraku Shunsui era um sujeito de feições rústicas com olhos levemente semicerrados, de maneira que aparentasse sempre estar com sono ou sob efeito de alguma bebida alcoólica. O que não era um completo equívoco.

A barba e os cabelos eram sinais claros do tamanho de seu desleixe já que ele permitia que seus fios ondulados chegassem a altura das costas, sendo devidamente presos.

— Você não desiste, não é? — riu Ukitake, balançando a cabeça.

— Uma coisa dessas pode levá-lo a um processo por assédio sexual. — comentou Byakuya, achando aquele comportamento um tanto simplório.

— Por uma nutricionista como a Nanao-chan, meu caro, eu até enfrento dez processos desse. — brincou ele, passando o braço por cima dos ombros do Kuchiki. — E então, hoje aconteceu algo de interessante na vida de nosso ilustre estagiário?

Byakuya pensou por alguns momentos, relembrando da ladra que o abordara.

Provavelmente, aquelas lembranças não seriam compartilhadas com outras pessoas.

— Honestamente, já faz algum tempo que nada de interessante ocorre em minha vida.  Murmurou, seguindo por um longo corredor na companhia de Ukitake e Kyouraku.

— Ah não? Olha só! O seu cabelo está ficando muito longo... Logo irá se juntar a nós dois como os solteirões mais cobiçados de todo o hospital. — falou Kyouraku, curvando os lábios carnudos.

— Que tolice. Não conte com isso, Kyouraku-senpai.    

            A chuva começara a enfraquecer quando os anarquistas do bar tinham sido praticamente expulsos pelo dono do estabelecimento.

As gotas caiam aos poucos, formando um leve chuvisco que pareceu não oferecer obstáculos enquanto eles caminhavam de volta para casa. 

Tatsuki e Orihime seguiram por um caminho oposto, deixando-os aliviados por não correrem o risco de haver mais uma briga entre Grimmjow e Tatsuki.

— Definitivamente, essa foi uma das piores noites da minha vida. O que há com vocês pra se comportarem que nem macacos? — resmungou Kaien, com a bochecha arroxeada. — O dono do bar sugou quase todo o meu dinheiro por causa da bagunça de vocês.

— Isso não teria começado se você não tivesse chamado aquela problemática! — exclamou Grimmjow, sendo obrigado a arrastar Hisagi que não tinha condições de andar por si só.

 — Foi tudo culpa do Renji! Ele disse que elas eram amigas da Rukia! — protestou Kaien, na tentativa de se defender.

— Mesmo se fossem amigas, que tipo de idiota se levanta gritando pra que desconhecidas se sentem conosco? — grunhiu Hitsugaya, talvez sendo o mais mal-humorado.

— É por isso que não gosto de ir a bares com quem não sabe beber. No fim sempre temos de carregá-los pra casa... Isso é tão inconveniente. — suspirou Renji que levava Matsumoto desacordada em suas costas.

Hisagi ampliou as orbes oculares, avistando a bochecha inchada de Kaien.

Uma gargalhada tomou conta da troca de reclamações.

— Ah Kaien, você está tão ridículo com essa bochecha! — riu Hisagi, se contorcendo.

Mesmo que a escuridão da avenida dificultasse a visão, fora possível enxergar as têmporas nascerem ao alto da testa de Kaien. Ele estava realmente irritado.

— Cale a boca, bêbado estúpido! Foi você que fez a minha bochecha ficar assim, e! — ele subitamente parou de falar, fazendo uma careta dolorida. — Droga, dói quando eu falo. — gemeu, pondo a ponta dos dedos ao redor da bochecha.

— Como você é florzinha! — gargalhou Grimmjow, provocativo. — Só levou um soco e parece que foi todo pisoteado.

— Desculpe, é que eu não costumo apanhar como você, então não estou habituado a dor, já que só batia nos outros. — retrucou Kaien, com uma ponta de sarcasmo. — E qual é?! O soco do Hisagi dói porque ele só tem osso.

— E pensar que temos de começar a ensaiar amanhã... — murmurou Renji, num timbre exausto.

— Bem, aqui nos separamos. — falou Ulquiorra, rumando para uma entrada à direita.

— Lembre-se de aparecer no estúdio amanhã, Ulquiorra. — avisou Kaien, quase esquecendo de que o tecladista não morava com eles.     

O rapaz fez qualquer sinal, adentrando à rua.

— Tão simpático... — murmurou Grimmjow.

— Ele parece melhor que você. — falou Toushirou, indiferente enquanto caminhava na frente.

O pequeno pausou os passos ao ter visto — subitamente — um senhor a se aproximar aos cambaleados. Era como se estivesse bêbado ou algo do tipo.

Hitsugaya estreitou os olhos, esperando que o estranho saísse do alcance da pouca luminosidade para assim ver com maior nitidez a sua aparência.  

O homem deu uma longa passada, revelando a sua face em um tropeço. Toushirou arregalou os olhos, permanecendo estático.

“Por que ele está aqui?!” questionou-se em pensamentos conturbados.

O estranho ergueu o olhar, reconhecendo aquela expressão confusa.

— Oh, Toushirou-kun! Quanto tempo! — iniciou, abrindo um enorme sorriso. — Que coincidência nos esbarrarmos aqui... e — ele notou que logo atrás Kaien e os outros vinham, deixando os cumprimentos para com o grisalho de lado.

— Kaien...? — murmurou, focando no líder da banda.

O rapaz seguiu o chamado, se deparando com a imagem daquele homem.

Ele teve uma reação semelhante a de Toushirou, embora parecesse estar muito mais abalado.

As palavras fugiram de sua garganta, elas não queriam ser emitidas.

Os outros integrantes direcionaram os olhares para o curioso estranho, não compreendendo a atmosfera pesada que tinha se formado.

— Kaien! É você mesmo! Eu estive procurando por você por tanto tempo. Por que sumiu assim tão de repente? — ele avançou, pressionando o corpo do moreno contra o seu, o que pareceu ser um abraço unilateral. — Ouvi falar que você está criando novos projetos para a banda. Fico muito contente! — acrescentou em uma felicidade exagerada.

— O que está acontecendo? Quem é esse senhor? — indagou Grimmjow, intrigado.

— Que indelicadeza a minha. Eu sou Shiba Takeshi. O pai do Kaien. — revelou ainda aos sorrisos.

Os outros se mostraram surpresos com o que Takeshi dissera, afinal, Kaien sempre mencionara que passou praticamente toda a infância em um orfanato... A aparição repentina do senhor, decerto, os pegou desprevenidos.

Takeshi proferiu algumas palavras simpáticas com Renji e Grimmjow, enquanto que Toushirou e Kaien se entreolharam com uma expressão apática.

— Então, pai... Por que não conversamos a sós? Deixe que os outros continuem o trajeto deles. Estão todos muito cansados. — disse Kaien ainda desnorteado, finalmente tomando coragem para dizer qualquer coisa.

— Certo, certo. Foi um prazer conhecer vocês, garotos. Tenham uma boa noite. — desejou o senhor.

— Vamos. — chamou Hitsugaya em um timbre seco.

Eles trataram de segui-lo, deixando Kaien e Takeshi sozinhos.

O grisalho os fitou de esguelha, parecendo um tanto preocupado com toda aquela situação. Ele manteve uma distância medial do resto do grupo, refletindo solitariamente.

— O que está acontecendo, Hitsugaya? — perguntou Renji, demonstrando alguma desconfiança relativa aquela surgimento inesperado.

Toushirou juntou as sobrancelhas. Era verdade que Renji partilhou da infância e adolescência com ambos, mas ele nunca conheceu Kaien como Hitsugaya conhecia.

— Apenas o que você presenciou. O pai dele topou conosco e fim. — sibilou o grisalho, preferindo não comentar sobre o assunto.

— O pai do Kaien parece ser um sujeito muito simpático! — comentou Hisagi, leigo ao que realmente estava acontecendo.

— Falar esse tipo de estupidez só prova o quanto você ainda está bêbado. — pronunciou o garoto entredentes. — Aquele homem é uma das criaturas mais repugnantes que eu conheço. — acrescentou, ainda de costas aos demais.

“Eu só espero que você fique bem, Kaien.”

            Enquanto isso, Rukia subira ao quarto de Ichigo, contemplando-o.

Tudo parecia tão arrumado, tão calmo, tão padronizado. As coisas estavam onde deveriam estar. A morena se perdeu no que fazia enquanto tocava em cada objeto pertencente àquele local.

O cheiro do ruivo impregnou suas narinas. Ele estava presente em cada centímetro daquele cômodo. Mesmo se não lhe dissessem que aquele era o quarto do rapaz, ela saberia.

A morena sorriu. Era algo a se suspeitar, vindo de Ichigo. Talvez a sua irmã mais nova limpasse e organizasse o quarto.  

Ela sentou-se por cima da cama do rapaz, olhando ao redor.

— O que está fazendo? — indagou ele ao chegar no quarto.

— Guardando memórias. — respondeu a pequena.

Ichigo arqueou uma das sobrancelhas, não entendendo o que ela quis dizer.

— Como eu sempre estive me mudando, frequentemente as minhas memórias também mudam. — falou em um murmúrio, direcionando os olhos aos dele. — Eu não quero esquecer da imagem do seu quarto.

O ruivo a fitou de um modo triste, encarando aquilo como algo sério.

— Do que você está falando? Eu não vou permitir que você me esqueça. — ele disse, se aproximando da garota, até que sentasse ao seu lado. O ruivo ergueu uma das mãos até o rosto da mesma, sondando-a profundamente. — Nunca.

Ela ficou em silêncio por alguns instantes.

— Eu não falava de você, Ichigo. E também, você deve saber, eu jamais o esqueceria. Nenhum detalhe seu escaparia de minha memória, mesmo que não o visse por uma vida inteira. — ela guiou suas pequenas mãos a dele, levando-a até o seu peito. — Porque essas lembranças estão guardadas aqui.

Ichigo limpou a garganta. Ele não ousou pronunciar qualquer palavra. Seus lábios falariam por ele.

Sua boca roçou na dela, acariciando-a carinhosamente.

 — Rukia... — sussurrou ele, enquanto a beijava. — Hoje, quando seu irmão voltar, eu anunciarei a ele que namorarei você.

A garota arregalou os olhos, sem acreditar.

— O-O quê?! — gaguejou, surpresa. — Mas meu irmão só volta amanhã de manhã.

— Não há problema, você passará a noite aqui.

— E o que pensarão sobre mim? — indagou, achando divertido o modo como ele estava sendo autoritário.

— Deixem que pensem o que quiserem, isso não fará o seu real caráter. — bufou de mau humor.

— Então você quer mesmo que sejamos namorados?

— Claro! Não vou perder mais tempo. — falou ele, extremamente confiante. — Ah, o que é isso? Você molhou toda a minha cama! — voltou aos resmungos.

— Ichigo, posso fazer uma pergunta?

— O que é? Faça de uma vez. — disse, desconfiado.

— Você é bipolar?

Duas horas tinham se passado desde então. Os Thunders já haviam retornado à residência dos Kuchiki.

Hitsugaya, em especial, permanecera na primeira varanda da casa que possuía uma vista direcionada a toda vizinhança. Ele estava debruçado em cima da sacada, como se esperasse algo.

Os demais resolveram ir para a cama, alegando estarem com dor de cabeça por conta de toda a bebedeira.

Ele avistou uma pessoa cabisbaixa surgir em meio a penumbra da noite, caminhando vagarosamente pela calçada. Ela vinha de encontro a casa dos Kuchiki, lerdeando os passos curtos quase que sem aceleração.

A pessoa ergueu os olhos, enxergando o grisalho no alto da varanda.

— Bem-vindo, Kaien. — falou Toushirou.

O moreno repuxou um vago sorriso, adentrando à residência.

Momentos depois, ele se direcionou até a varanda onde o grisalho estava. De súbito, o pequeno jogou-lhe uma latinha de refrigerante. Ele a pegou ainda no ar.

— O que ele queria? — perguntou ele, sem rodeios.

Kaien abriu a latinha, pondo uma das mãos no bolso até que esta retirasse a sua carteira.

Ele a jogou por cima de um centro posicionado no meio da varanda, mostrando o vazio da mesma.

— O de sempre. Dessa vez ele levou tudo. — retrucou em um tom amargo, enquanto recostava na barra de ferro da sacada. — Ele disse que estava doente e que precisava de dinheiro para fazer alguns exames. — acrescentou, olhando para o céu ainda nublado.

— Maldito...! Por que você ainda continua a ceder a esse pilantra?! Você sabe que ele gasta tudo em bebidas! Ele só veio atrás de você porque sabe que você conseguiu uma boa quantia de dinheiro! — rosnou Toushirou, irritado com as atitudes de Takeshi.

O grisalho sabia o quão doloroso era para o rapaz saber que o pai só o procurava em busca de dinheiro... Fingindo ser uma droga de pai que nunca foi.  

Alguém que nunca recebeu amor ou o devido valor pelos pais... E mesmo assim os chamava e tratava como sendo honrosos. Aquilo deprimia o pequeno.

Uma brisa transpassou por ambos, bagunçando seus cabelos.

Kaien curvou os lábios, criando uma espécie de sorriso torto.

— Eu sei. Sou um completo idiota, não é, Toushirou? — suspirou ele, desviando os olhos para a varanda de Ichigo, onde escutou alguns sorrisos provenientes de Rukia. Hitsugaya percebeu que ele demorara os olhos naquela varanda.  

— Por que... Por que diabos... — o grisalho balbuciou as palavras, tremendo a voz. — Por que diabos você entregou a sua felicidade tão rápido a outra pessoa?! — cuspiu a pergunta.

— Do que está falando, Toushirou?

— Não se faça de desentendido, não pra mim, Kaien. Eu sei que você é o grande responsável por Rukia... — ele não conseguiu completar. — Por que você faz isso?

Kaien o fitou, percebendo sua aflição. Ele entreabriu os lábios, pronunciando lentamente:

— Porque mais do que qualquer um nesse mundo, eu quero que a Rukia tenha reais motivos para sorrir. — murmurou, repuxando um breve sorriso enquanto o vento esvoaçava seus cabelos. — Independente desse desejo me despedaçar... Essa é a força do meu amor.   

Eu ainda continuo a sonhar com você, Rukia. Mesmo com o passar dos anos, eu sonho com você todas as noites.

E como o habitual, a garota de anos atrás ressurge. Ela é alguém determinada, tem um sorriso quente nos lábios. Acha que pode mandar em tudo.

Ela sempre está de pés descalços, me perguntando qual o caminho de casa.

Esses sonhos são nostálgicos e calorosos, mas, sinto uma ponta de tristeza.

Ainda que aquela garota tenha o mais belo dos sorrisos, ela não é real...  Dizem que é muito doloroso quando você não pode fazer algo ser real, no entanto, ultimamente, a pior das dores para mim têm sido não conseguir fazer com que você volte a ser real.


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Notas finais do capítulo

Comentários sempre são bons. Lembrem-se: Sem comentários os autores morrem, então, consequentemente as histórias também morrem. ):