The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 8
A Vida e os problemas de Piper Mclean


Notas iniciais do capítulo

Vamos falar um pouco sobre Piper Mclean.



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Piper Mclean

Eu não imaginava que meu pai ferraria ainda mais com a minha vida.

Simplesmente não acreditei quando minha avó entrou no meu quarto com um celular na mão, uma ligação da China – é. Meu pai foi pra China filmar uma parte do filme novo, acho que o próximo lugar é a Austrália – dizendo que papai queira muito falar comigo.

–Como assim pai?!

–Piper querida...

–Ah não me venha com essa de Piper querida! Você esta me mandando pro inferno e ainda é educado! Que saco, pai!

–Piper Mclean não fale assim com seu pai!

–Ah, agora eu tenho pai? - me arrependi meio milésimo de segundo depois, sim, é claro que eu tenho pai, e ele me ama. Acha que está fazendo o certo, só que esta ferrando comigo.

–É para o seu bem.

–Que coisa mais clichê pai! Você é ator! Inventa uma desculpa melhor do que “é para o seu bem” e eu vejo se acredito. Eu não vou pro acampamento pai!

–Piper Mclean! Você. Vai. Sim. E não discuta comigo!

–Mas...

Ele já tinha desligado.

Só não joguei o telefone na parede por que minha avó ainda estava pagando ele.

–Piper querida, eu ouvi você gritar, aconteceu alguma coisa com seu pai ou com Silena? – perguntou vovó entrando no quarto.

–Sim vovó, aconteceu com meu pai. – vi a expressão de minha avó ficar cada vez mais preocupada – ele esta perdendo uma filha.

Dizendo isso, peguei a minha mochila que estava no canta da minha cama, dei um beijo na bochecha da minha avó e segui para o Brooklyn, na minha mochila, existiam varias latas de spray de cores multicoloridas. Iria pichar qualquer coisa.

Nem que seja a casa de uma velha aposentada que mora com 24 gatos.

(...)

Annabeth estava de castigo, Thalia tinha perdido o celular, Bianca sumiu.

Não tinha ninguém para conversar no ultimo dia antes do inferno começar.

Tinha acabado com todas as minhas latas de spray anteontem pichando o muro de uma empresa que explorava os animais.

Então, sem chance de conseguir mais latas em um dia, nada de sair de casa.

Varei aquela droga de TV a cabo centenas de vezes procurando alguma coisa que me interessasse, sem chance.

Quando começou a passar Hanna Montana eu desisti do meu dia e me tranquei no quarto ouvindo rock.

Vovó estava indo ao bingo naquela noite.

–Vovó, eu não entendo por que a senhora ainda vai no bingo. Você não precisa de nenhuns dos prêmios que ele oferece.

–Eu não quero desistir da minha normalidade só por que agora meu filho tem dinheiro.

–Fale isso pro meu pai. – disse procurando alguma coisa na geladeira enquanto vovó pegava seu casaco na cadeira.

–O que você vai querer pro jantar?

–Qualquer coisa que tenha na lista telefônica. - disse indo pro balcão.

–Tudo bem u-we-tsi-a-ge-ya. [Quer dizer filha em cherokee.] A maioria dos meu descendestes são cherokee, minha avó foi criada no meio disso tudo, meu pai morava em Oklahoma até ir para a faculdade, onde conheceu minha mãe, ai eles se mudaram de um lugar pro outro, da Geórgia (eu nasci lá, Atlanta pra ser mais exata) para o Arizona, do Arizona para a Virginia, até que mamãe morreu quando visitávamos a família do meu pai em Oklahoma, depois papai se mudou finalmente para Los Angeles, onde sua carreira de ator decolou muito rápido (ele já era ator antes da mamãe morrer, mais não era tão famoso). Depois nos viemos para Nova York, onde meu pai foi pra África, e eu fiquei com a minha avó (que também tinha se mudado para Nova York).

É bem complicado, eu sei.

Mais eu gosto muito mais de Nova York do que de Phoenix, era sempre calor e insuportável, meu pai gostava, mas era um desagrado completo.

Depois que vovó se despediu, eu liguei pro restaurante chinês, e voltei pra TV pra ver se passava alguma coisa de interessante.

Dormi ali mesmo, mas vovó me acordou meia noite pra eu voltar pra cama.

Ela demorou hoje no bingo. Geralmente ela fica pouco tempo fora.

Deve ter ficado mais tempo conversando com a Silvia, a única mulher que é Cherokee que ela conhece em Nova York, vovó não é de fazer amizade, desconfio que ela tem um lado meio místico. Ela sempre sabe quando uma pessoa é má.

O que me anima um pouco, por que eu moro com ela, e até agora ela não me expulsou de casa. Significa que eu não sou tão ruim assim.

Ah, pai.

Eu estava pensando muito nele ultimamente. Pensando nos dias em que eramos só eu e ele, quando minha mãe viajava e levava Silena com ela por que ela já tinha idade. Eu ficava com meu pai, sempre fui mais próxima dele, decidia não ir viajar com Afrodite só para não me separar dele. Eu tinha só 5 anos.

Ele montava uma barraca com cobertores e dizia ser um teatro, onde ele se apresentava todas as noites para mim, contando minhas história preferida, interpretando todos os personagens. As vezes, ele corria atrás de mim por toda a casa, até que eu me cansasse e fosse me deitar, outras vezes ele me jogava na cama como um saco de farinha, o que eu simplesmente amava e pedia para que fizesse de novo.

Fazia muito tempo agora.

Ele chorou quando disse que não iria com ele viajar pelo mundo. Realmente não pensei que ele fosse fazer isso, mas ele me abraçou e afagou meu cabelo.

–Você pode ficar, Piper. Se isso te faz feliz meu amor.

E eu fiquei para trás. Vez ou outra entrando na internet para ver o que as pessoas diziam sobre meu pai. Para rir das suas fãs, ver fotos da gravação.

As vezes quando tinha vontade, ia até seu perfil da wikipédia e lia tudo, tentando ver se alguém sabia mais sobre ele do que eu.

Mas isso até agora nunca aconteceu. Eu ainda sou a dona daqueles sorrisos, dos segredos e dos seus verdadeiros gostos.

"Tristan se casou com Afrodite Olympus em 1993, adotando a filha dela Silena como sua. O casal tem uma segunda filha juntos, Piper Mclean mora com a avó em Nova York atualmente, depois que Tristan perdeu sua esposa para o câncer". Era a unica vez que e eu era mencionada na wikipédia. Não haviam datas do falecimento da minha mãe nem do ano do meu nascimento, foram coisas que meu pai não disse para a mídia. Se procurar meu nome no google, vai achar muitas fotos da Silena, as pessoas nos confundem, não existem muitas fotos realmente minhas, é como se meu pai me escondesse da mídia. Eles poderiam me procurar que nunca me encontrariam.

Tentei realmente dormir aquela noite, deu certo por um tempo.

Acordei cedo na manhã do inicio do inferno.

Vovó abriu bem as janelas pra deixar a luz entrar.

–Ah não! – gritei. A voz abafada pelo travesseiro.

–Vamos Piper. Você vai viajar por um bom tempo.

Peguei minhas malas.

–Quem vai me levar?

–Bom, tem o ônibus da escola... – arregalei os olhos – mas eu sei que você não ia querer ir, então, procurei na sua agenda o telefone de suas amigas. Você vai com a Bianca di Angelo e Thalia Grace. Não me atrevi a ligar para a senhora Chase. Uma mulher muito antipática ora se é.

–Concordo. – disse vestindo minhas jeans.

–vamos logo u-we-tsi-a-ge-ya. – já disse como adoro quando vovó me chama de filha em Cherokee? Me faz me sentir mas aliviada, mais feliz. – logo Hades estará aqui para te buscar.

Olhei pra ela com “aquela cara”

–Hades?! Quem vem nos buscar é o Hades?!

–Maria esta muito ocupada no momento querida. E se bem que o Sr. Hades sabe controlar muito bem vocês.

Claro né. O cara me da medo.

Peguei todas as minha malas e esperei na sala pela buzina do carro do pai da Bia.

Provavelmente ele iria buscar Thalia primeiro, por que ficava mais perto.

–Piper, antes de ir quero falar com você.

–Pode falar vovó.

–Eu quero voltar para Oklahoma.

–vovó?! Como assim?

–Eu nunca vou gostar de Nova York. Eu disse para seu pai, ele acha que você deve superar o que aconteceu lá, e voltar para casa.

–Minha casa é aqui, vovó! Minha casa é Nova York! Geórgia, Virginia, Arizona, qualquer um deles eu topo voltar. Oklahoma não. Eu não quero voltar para Cherokee.

–Minha querida, você tem o sangue dos Cherokees nas suas veias. Não pode negar isso.

–vovó eu não quero voltar pra lá! Foi lá que tudo aconteceu! Eu não vou aguentar pisar no estado muito menos nas cidades de Oklahoma!

–Piper...

–Desculpa vovó, mas prefiro ir com meu pai pro seilaondequistão do que voltar para Oklahoma.

–E se nos mudássemos para Tulsa? Você adorava lá quando era pequena...

–Eu era pequena e não sabia que minha mãe ia morrer e me deixar sozinha! – estava começando a chorar.

Voltar para Oklahoma é pior que a morte. Eu gostada da cidade de Cherokee quando era pequena, e também adorava Oklahoma City e Tulsa, também gostava de visitar minha tia avó Karen no Condado Love, na cidade de Marietta. Era meu lugar preferido no mundo.

Mas... agora não posso mais suportar.

Ouvi o som da buzina.

–É o Hades. – disse abrindo a porta.

Vovó se despediu de mim meio triste.

Sabia que tinha magoado dizendo que nunca mais voltaria para Oklahoma. Minha avó morou lá a vida toda, mas quando meu pai virou ator ela veio para Nova York.

–Oi, preparadas para serem trancafiadas numa masmorra pelo resto do verão ? – perguntei quando entrei no carro.

Thalia estava de mal humor, fingiu não me ouvir enquanto ouvia seu Rock tão alto que dava para ouvir cada nota enquanto ela apertava cada vez mais seu fone contra o ouvido.

Bianca não olhava para seu pai.

Pareciam que tinham brigado.

Quem tem sorte é Annabeth, pelo menos ela vai de motorista. Toda espaçosa, com aquele carrão só pra ela.

E com um motorista particular, com comida dentro do carro.

Sem precisar parar a cada meia hora num barzinho no meio da estrada pra comer uma comida horrível e ir num banheiro imundo.

O sonho de qualquer garota adolescente.

Ir pra o lugar onde você menos quer no mundo, onde tem gente que você menos gosta no mundo, e por acaso você já é obrigado ver essas pessoas que você odeia todo o dia durante o ano letivo.

E agora estão te obrigaram a ver essas mesmas “pessoas que você odeia” por um verão inteiro.

O Hades nos deixou bem na porta do acampamento half-blood.

Era uma colina alta e bem cuidada, a entrada era quase impossível de se enxergar.

Eu, Thalia e Piper carregamos nossas malas colina acima.

Quando chegamos ao fim, parei ao ver o acampamento.

–Hei meninas! Me esperem! – disse Annabeth, seu motorista trazendo as malas.

Ela estava ficando vermelha de subir a colina correndo.

–Hei por que vocês estão com essas caras... – ela disse olhando para baixo e perdendo completamente a fala.

–Parece que o acampamento mudou bastante desde os últimos 6 anos. comentou Bia.

–Ai credo. Isso parece uma vila dos Smurfs. - disse Thalia repleta de nojo.

–Não parece tão ruim assim - disse Annabeth descendo a colina com o motorista arfando levando todas as suas malas atrás.

E juntas, atravessamos os portões para o inferno.







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Notas finais do capítulo

Lindo não acham? Se eu receber um review dentro de uma hora, eu posto outro capitulo. Eu não sou boazinha? Claro que sou, mas ninguém vai ler isso aqui, triste.



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