The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 29
Cronicas Alheias de The Best Shit - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro especial da fic ♥
Desculpa não postar ontem, foi muito corrido.

No proximo eu volto com capítulos normais



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1 mês e 2 semanas sem Annabeth Chase

9 meses e 15 dias até ela se apaixonar

parte 1 - NOTHING LEFT TO SAY NOW (nada a dizer agora)

Annabeth

Da janela do meu quarto parecia tudo bem. Não haviam brigas, problemas e gritos.

Então por que todos não podiam ser assim, como a vista da janela do meu quarto?

Eu ri de mim com o pensamento.

Luzes piscavam a minha volta sem cessar por um segundo, o som era absurdamente alto.

Eu não sabia o nome do cara que estava dando a festa, não sei se fui convidada.

Mas estou aqui a mais horas do que minha mente bêbada pode lembrar.

Todas as pessoas que ela tentou ser simplesmente não combinavam com ela. Será que ele ainda gostaria dela sendo esse mostro que ela estava vestindo?

Annabeth Chase não poderia mais narrar por si mesma, pois sua mente ia sumindo aos poucos, sua consciência.

Como sempre acontecia em festas, ela perdia tudo a sua volta e se entregava a sensação de estar viva.

Ela ouvia gritos, não sabia se de felicidade ou pânico. Nem sabia quem estava gritando. Mas ecoava como um pandemônio pelo grande apartamento. A poluição sonora era obvia, ruídos estranhos ecoavam e não faziam menção de cessar em algum futuro próximo.

Alguém caiu em cima dela. Um homem a considerar o cheiro.

Ela só o empurrou pra longe com o cotovelo, quase tropeçando nos sapatos de salto.

Anubis tinha sumido de novo. Ela odiava quando aquele desgraçado fazia isso com ela.

Ele sabia o quanto, depois de um tempo, ela passava mal em festas. Principalmente quando a festas dura tantas horas a fim.

Anúbis era seu amigo gay.

Ela nunca perguntou se ele tinha um sobrenome, assim como ele também não fez quando se conheceram.

Ela podia tentar se lembrar dos detalhes se quisesse, foi em uma festa de Adam, devia ter bebido mais do que nunca. O que não era a intenção, ela não ia para passar mal e vomitar em boieiros, ela ia pela diversão imensa das festas e frequentava.

Anúbis estava do outro lado do que devia ser uma sala de apartamento, ela o avistou de longe, por ser absurdamente bonito. Tinha cabelos um pouco longos demais, negros e desgrenhados de maneira familiar, tinha uma olheira ou outra embaixo dos abismos negros que eram seus olhos.

Era mais familiar ainda.

Isso seria ótimo não? Um belo menino, do outro lado da sala, pedindo para que se aproximasse de maneira sensual. Eles ficariam e fim.

Mas não foi isso. Anubis já estava ficando.

Ela poderia facilmente mandar a garota com ele ir pastar. Mas não era tão fácil.

Anúbis estava beijando.

Beijando outro homem. 

O homem que beijava o garoto bonito e gay se afastou finalmente, era muitas vezes maior que o outro, mas Annabeth não olhava pra ele.

Encarava enquanto o garoto se sentou ao lado dela no bar.

Ele parecia vir dançando, completamente bêbado e insano.

—Uhhhhh. – ele fez ao se aproximar. Annabeth não sabia se esse ruído estranho foi uma tentativa de cantar.

—Cara. Você é gay. Eu te achei lindo. Seria um desperdício para as mulheres? – ela despejou na cara dele quando ele se sentou no banco de madeira, desajeitado, o traseiro caindo para fora enquanto ele se apoiava com os braços no balcão.

Ele nem sequer pareceu notar que era um xingamento. O garoto se levantou e olhar para ela, apontando o dedo.

Tudo bem, ele notou que era um xingamento.

—Gay não. Bissexual liberal.

Ele riu da própria piada, mostrando que a fala não era dele, ele estava mencionando palavras de outra pessoa.

—Bissexual liberal nerd.

Ele sorriu para ela, quase caiu quando tentou andar para mais perto.

—Então você reconhece? O que uma fã de instrumentos mortais faz em uma festa dessas¿

—Não sou mais fã dessas coisas.

Depois dai, eles ficaram melhores amigos. Ele parecia tão detonado ao final da festa que ela o levou embora junto, jogou roupas de cama no sofá de seu próprio apartamento e deixou que dormisse lá.

Ele dormiu na casa dela várias vezes depois disso, e nos meses seguintes era nele que ela se apoiava para os pequenos problemas.

Mas agora ele tinha sumido no meio da multidão de novo. Annabeth queria bater nele.

Mal conseguia se manter em pé.

Não tinha sequer começado a contar quantas vezes ela caiu ou vomitou.

Tentou chegar a conclusão se alguém havia drogado sua bebida, era bem provável.

Ela duvidava que pessoas fossem verde neon.

Se arrependeu de pensar nisso no segundo seguinte, quando se lembrou de Thalia e a menina verde ex namorada de Frank, um amigo de Thalia. Lembrou dela rindo aos berros quando contava que a menina a atacou no parque, e se lembra dela corar de maneira fofa quando falava que foi quando conheceu Luke.

Qual foi a ultima vez que pensou nela?

Qual foi a ultima palavra que disse?

Antes de ir embora, ela se lembrava de ter ignorado e gritado com Thalia. Ela foi péssima com ela.

Não. Gente péssima chuta gatinhos sem querer e não faz carinho deles depois. Gente péssima pede mordida de biz e diz que você está chato hoje.

Ela foi um monstro com Thalia.

Já tinha ligado pra ela e só percebeu isso quando o telefone começou a chamar.

Seu coração deu um salto e ela passou ainda mais mal. O que estava fazendo?

Thalia não pode atender, ela pode...

—Não me liga nunca mais. Eu te odeio Annabeth. - ela foi breve e desligou sem esperar resposta.

Ela podia te odiar.

O Celular foi o chão e os gritos eram tantos que ela não ouviu o baralho da tela quebrar.

Os gritos pareciam mais vivos agora. Ela os ouvia pela primeira vez na noite. Pareciam todos estar querendo sair de uma vez, ela podia ver uma centelha de sangue em algum lugar, mas ela não conseguia raciocinar a onde.

Suas pernas cederam e o salto quebrou com o baque.

Onde estavam todos? Onde estavam aqueles que podiam salvá-la agora?

Ah é. Ela mandou todos embora.

Demorou demais pra voltar pra casa. Agora não tinha mais ninguém lá.

Estavam pisoteando sua perna, saltos agulha perfuravam sua carne e pés gigantes quebravam sua perna.

Pra onde todos estavam indo¿?

Por que todo mundo vai embora?

Eu não sinto meu sangue.

Mas eles não estão fugindo do meu.

—Annabeth.

Por que você foi embora?

—Annabeth levante!

Pai, onde você foi¿? Você não vai mais voltar para casa?

—Não!

Por que eu ainda te odeio?

—Se levante por favor!

Eu não deveria pensar em você.

—Annabeth. – uma mão segurou seu braço e a puxou pra cima, abraçando sua cintura e ombros, levantando suas pernas quebradas do chão.

—Você me achou.

—Sempre vou achar você.

Os cabelos negros caiam pelos olhos, que brilhavam a imagem dela.

Por que ele não veio antes?

—Eu estava esperando você chegar. Onde você foi?

—Eu nunca fui.

—Vai cuidar de mim agora?

Ele riu. Não pensou que ele podia rir assim.

—Como eu não poderia fazer isso?

—Só me leve pra casa.

Ela queria estar com ele.

Ela não pensava mais em sua antiga vida. Ele era o que ela precisava agora. Um sentimento tão recente.

—Não consigo andar.

—Esse não é um dos problemas. – Puxou suas pernas com cuidado e a arrumou em seu colo, Annabeth pôs as mãos em volta de seu pescoço. E ele andou com ela por ruas desertas. As luzes voavam.

Por que luzes voariam?

E chegou em casa antes que conseguir contar todas elas.

Ele tentou coloca-la no chão, mas ela apertou seu pescoço.

Não. Não vou perdê-lo agora.

Isso não é boa ideia.

—Você sabe que eu quero. – ela olhou em seus olhos. Eles brilhavam como as luzes lá fora.

Ele os fechou, e ela desejou que ele não tivesse feito isso. Mas como poderia reclamar quando já estava beijando ele¿

Não carinhoso, ele não parecia notar que ela estava machucada, e ela não sentia a dor.

A mão dele entrou por debaixo de sua blusa, tocando suas costas, Annabeth lhe arranhava as costas quando ele beijou seu pescoço, sugando e mordendo. Ela não sentia dor ai também.

Sentiu-se sentando no sofá, com ele por cima, abrindo suas pernas de vagar, para ficar no meio delas.

Annabeth lhe agarrou o colarinho da blusa e o trouxe pra perto.

Por que parecia tão certo?

Não pensou mais em Thalia dizendo que odiava, na perna pisoteada o no sangue nas paredes.

—Não me solte.

—Não vou mais te deixar sozinha. Relaxe. Você parece louca.

—Eu sou louca.

—É por isso que está sonhando comigo?

—Anúbis! – Annabeth Chase acordou gritando, as costas pingando de suor. Estava deitada em uma cama mal feita, todos os travesseiros estavam ao chão. Era obvio que Anubis não estava lá. Estava em sua própria casa, do outro lado da cidade. Dormindo sem se preocupar com uma louca gritando seu nome.

Afastou as cobertas e pulou da cama, abrindo a janela.

“Por que tudo não é como a vista da minha janela”.

Antes poderia ser uma vista bonita. Agora ela só via prédio velhos descaídos e a poluição sonora e visual.

Não era bonito, e ela não queria que o mundo fosse assim.

Parando para pensar, o sonho não fazia sentido. Como ela ligaria pra Thalia, e a mesma saberia que era Annabeth ligando, se ela tinha mudado de celular?

Como poderia ter sangue nas paredes e mesmo com a perna quebrada ela não estaria sentindo dor por que estava... excitada.

Se Anubis descobrisse riria anos dela.

Mesmo vestida com seu pijama de calor, short e regata azul, ela parecia estar perto de um forno. Saltou para dentro do quarto procurando o celular.

Que decisão idiota tinha acabado de tomar.

Não. Era muito mais que uma decisão idiota. Era completamente fora de contesto.

Encontrou o celular enrolado em um lençol no chão.

Como ela ligaria pra ele se não tinha seu numero?

A pior parte foi perceber que tinha decorado.

Ela estava ligando para contar da vida.

Para contar o que estava acontecendo, e principalmente, por que precisava falar com ele. Precisa ouvir sua voz.

Ela tinha sonhado com ele, tinha desejado estar com ele. Ainda estava.

Percy Jackson atendeu no terceiro toque.

—Alô? - eram 3 da manhã. Como esperar que ele não estivesse dormindo¿ Sua voz soava cansada e abafada.

Silencio.

—Alô? Quem é?

Sua voz era como se lembrava.

Ela nem sequer pensou em responder.

Estava contando sobre sua vida agora. Não haviam mais nada a dizer.

Ela era um livro vazio.

Ele suspirou.

—Eu sei que é você. Conheço essa respiração. Só não sei por que ligou justo pra mim.

—Boa noite Percy.

—Boa noite Annabeth Chase.


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