Não É Como Um Conto De Fadas escrita por danny96_chan


Capítulo 5
Capítulo 5




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Acordei com os raios de sol fazendo meus olhos quase ferverem. A claridade preenchia todo o cômodo. E senti uma inesplicavél vontade de falar com Ino, eu não havia tido tal oportunidade na noite anterior e de certo havia muito que eu queria ouvir dela. 

A noite anterior... Olhei para o amarrotado vestido que usara na vespera, em breve alguma empregada  o pegaria para lavar. Eu senti meu coração acelerar em meu peito apenas pela lembrança da voz rouca de Sasuke Uchiha perguntanto-me sobre o que tornaria a dança mais agradavél. Por alguns instantes, nossos olhos se cruzaram e minha mente vagou por inúmeras possibilidade, porém, antes que eu pudesse abrir os lábios a melodia parou. Vi quando ele fez uma reverência e olhou para mim como que convidando-me para mais uma dança, que eu aceitaria com demasiado prazer se não fosse por um dos mordomos dos anfitriões me chamando do lado oposto do salão. Olhei para o relógio supresa em ver que há muito passara da meia noite. Desculpei-me com Sasuke, aflita de tal modo que nem lembrei de perguntar onde quando poderiamos voltar a nos ver. Depois apenas pude dar algumas palavras com os anfitriões e seguir rumo a minha carruagem.

O colcheiro, amigo de minha familia, guiou a carruagem um tanto mais devagar do que eu estava acostumada e sinto que uma hora ou outra eu caí no sono durante o percurso. Não me lembro de como cheguei ao meu quarto, mas de fato lamentei durante toda a viagem antes do sono não ter falado com minha melhor amiga. Ainda haviam muitas coisas que eu queria saber sobre ela e Gaara, e quem sabe até contar algumas sobre Sasuke.

Me remexi na cama ouvindo o ranger da madeira já gasta. Apesar de um tanto velha, minha cama era extremamente confortavél o que reduzia minha vontade de abandoná-la a zero. Apesar de adorar ficar e domir por mais alguns minutos ou quem sabe horas, levantei-me sentido a sensação confortavél dos meus pés em contato com o tapete macio.

Dirigi-me ao banheiro ao banheiro fazendo minha higiene, descendo já direto para o curral procurando o cavalo que melhor suportaria a distância entre minha casa e a de Ino. Por alguma razão a cada segunda crescia a urgência de falar com ela.

Escolhi um corcel malhado que ainda não servira de montaria para ninguém dês de sua compra. Ajeitei meu vestido de modo que ele não atrapalharia nenhum movimento que eu pudesse nescessitar fazer e  rumei a casa de minha amiga, surpresa com a velocidade que o cavalo foi capaz de alcançar. De certo, não gostara de passar tanto tempo parado e aproveitava para correr com total força, chegando a nosso destino bons trinta minutos antes do esperado. 

Ino estava na varanda de sua casa quando cheguei, ela correu com algumas maçãs na mão para meu cavalo. 
- Sakura, - a voz dela falhava um pouco devido ao fôlego perdido com a corrida. - não é educado deixar que as pessoas esperem-te por tão longo tempo. 
- Não lembro-me de ter pedido as pessoas para me esperarem. - Respondi com um sorriso no rosto, diante do semblante de irritação que forçava-se a mostrar.
- Não que isso seja um ponto a seu favor, afinal, que tipo de moça de boa educação aparece por residências alheias sem ao menos avisar de sua vinda. - Ela afastou um pouco do cabelo loiro da frente de seu rosto, jogando-o para trás e levantando o fino nariz como vimos algumas das damas da alta sociedade fazer. Eu olhei para o rosto dela por alguns segundos e não pude mais conter o riso, lembrando-me instantaneamente de nossas conversas sobre as ditas damas no principio do baile. Em pouco tempo Ino estava rindo também.

Levamos meu animal até o celeiro, e logo após fomos em direção a um lago que ficava no limite da residencia dela, e sentamos-nos num pedaço mais iluminado pelos raios de sol, sentindo o fraco calor solar, um verdadeiro luxo em meio ao tipico frio londrino. 
  - Agora que pode falar-me, - disse imediatamente Ino virando-se para mim, - conte-me sobre as danças com Sasuke Uchiha.
- Quem desejaria falar sobre danças? - Respondi sentindo meu rosto arder, provavelmente ele adquiria um tom avermelhado que seria ainda mais evidente por conta de meue cabelo roseo. - O que preciso saber é o que estava em sua mente quando deixou que aquele francês ruivo a beijasse. 
- O que tem demais em um beijo entre noivos? - A menina loira sorriu enquanto levantava tirava um das luvas mostrando um fino anel entre seus dedos. Senti meu queixo cair. 
- Dês de quando..?  - Balbuciei a pergunta.
-De acordo com nossos pais dês de que éramos crianças de colo. Ainda acho que não foi uma decisão decente por parte de meus pais esconder-me tal coisa, porém tratando-se de Gaara não posso dizer que estou frustada. - Enquanto minha amiga divagava os olhos brilhavam, sentia-me preocupada com ela, sem dúvida.

Afinal, eu tinha consiência de quem Gaara realmente era depois de ouvir a conversa dele com a misteriosa garota do jardim. Pensei que seria muito provavel que os pais tivessem arranjado o casamento com Ino a bem menos tempo do que havia sido contando, de certo, o ruivo parecia o tipo de filho causador de problemas que os pais iriam querer ver casado o mais depressa possivél com uma moça de boa familia. Pensei no quanto Ino poderia sofrer caso ele não resolvesse ter juízo após o casamento. Alheia a meus pensamentos, minha amiga continuava a falar com um imenso sorriso em seu rosto.  

- Por minha parte, eu realmente não me importaria de passar o resto de meus dias com alguém tão educado e de beleza tão singular. O que quero dizer é, já pensou em como nossos descendentes serão belos?   

- Já esta a falar sobre filhos? - Impressionei-me com o quão rápido a imaginação de minha amiga podia ir.
- Deveria falar sobre borboletas ao invéz?  - Sua voz sarcástica penetrou meus ovidos enquanto ela olhava para mim como se eu fosse mentalmente atrasada. 
- Realmente não acha que tudo isso é rápido demais? - Tentei abrir-lhe os olhos sabendo mesmo antes que era em vão. - O que quero dizer é, como ele vai largar a vida em Paris para vir aqui cuidar de você? 
- Sobre isso... - Ela fitou por um bom tempo lago, antes que a frase fosse completa eu soube que não seria do meu agrado. - Creio que irei para a França ainda antes do ano novo. 
- O casamento será ainda este ano? - Minha cabeça girava com todo o exeço de informações, ainda não tivera tempo nem para aceitar que minha melhor amiga tornaria-se uma senhora casada, como imaginar que isso aconteceria ainda antes do final desse ano e ainda mudaria de país?
- É, os pais dissem que querem que casemos em roma, mas Gaara recusa-se. - Continuou ela sem ao menos perceber o estado que eu me encontrava. - Ele não quer tão grande cerimonia, disse que prefere que seja aqui mesmo, na Inglaterra. 
- Ino, você mal o conhece...  - Sentia minha boca mover-se contra minha própria vontade, a tontura pelas noticias ainda não passara, mas as palavras simplesmente saiam de mim sem que eu pudesse controlar coisa alguma. - Pode ser apenas um golpe, do mesmo modo que ele pode certamente ser apenas mais um conquistador francês. Como saberá se ele é um homem fiel? Que valoriza a própria honra? Uma pessoa descente?
- E com que direito diz que ele não o é? Até onde sei, não tenho motivo algum para desconfiar de meu noivo. - Ofendida, ela argumentava. 
- Não deveria ficar tão segura sobre as coisas... - Murmurei olhando diretamente para o chão. 
- Se tem algo a dizer Sakura, não precisa de rodeios, sabe de algo sobre Gaara que acha que eu deveria ser informada? - Ela quase gritara esquecendo as boas maneiras que aprendera durante toda a vida, eu sabia que Ino estava bem perto de perder a compostura e eu de fato não queria irritá-la, sabia como ela podia ser cruel em tais sitação.  

Ainda sim, considerei contar-lhe sobre tudo o que havia visto no jardim, sobre a outra menina que ele aparentemente havia iludido e sobre o modo como a voz dele ficou violenta quando ouviu-me entre os galhos. O que seria de Ino se descobrisse isso sozinha mais tarde? De certo ficaria arrasada, ela nunca lidara muito bem com desilusões amorosas. 
- Não... - Foi minha resposta. Por mais que não quisesse que ela decepcionasse algo que impedia de fazer tal coisa, e não era apenas porque a voz de Sasuke ecoava em minha mente elogiando-o e dizendo coisas sobres o amigo que eu jamais poderia acreditar. A minha resposta pareceu irritar Ino ainda mais.  
- Então eu realmente ficaria mais feliz se você parasse de insultar a honra dele. Não é como se eu tivesse outra escolha além de casar-me com ele, afinal, além de tudo o que já foi resolvido, logo não estarei mais na idade.  
- Ino, você ainda tem apenas vinte e um.  - Respondi secamente. 
- E predente que eu me case apenas aos trinta? - Ela parecia indignada por eu ainda discordar dela. - Não quero tal a minha vida. 
- Ainda há tanto para aproveitar antes disso... - Falei enquanto fitava o lago e milhares de coisas que não se podia fazer quando já se tinha um marido invadiram minha mente. 
- Desculpe-me Sakura, mas não são todas as jovens aquelas que gostam de correr e galolpar pelos campos sujando-se como se ainda fossem crianças. - A voz dela estava especialmente dura ao dizer essa frase. - Algumas, são normais.
- O que quer dizer com isso? - Agora eu era quem me sentia ofendida. Considerava-me muito mais centrada do que ela pensando em minha própria vida e minha própria liberdade antes de pensar em envolver-me com alguém que pudesse tirar toda a minha liberdade. 
- Sabe muito bem o que eu quis dizer. - Ino respondeu sem voltar atrás com suas palavras do modo que eu sabia que ela faria.  - E não diga que pensou que havia coisas mais na vida a aproveitar enquanto dançava com o Uchiha, que pelo que tenho condições lembrar-me eu lhe disse que queria. Pelo que me lembro, você não estava tão interessada em minha vida pessoal quando aceitou o pedido dele sem ao menos pensar duas vezes. Eu poderia ficar magoada com você se Gaara não aparecese para salvar minha noite. 
- Ino.. - Eu ansiei poder negar e responder a altura, mas a verdade é que naquele momento senti minha consiência acusar-me, de fato, eu não pensara na hora sobre como minha amiga se sentiria sobre isso. Como eu poderia dizer-me preocupada com ela agora? Que tipo de ser humano eu era? De certo, um que não merecia a amizade de Ino.  
- Peço desculpas. De fato não conheço Gaara, suficientemente bem para falar sobre. De qualquer modo, acho que é melhor eu apenas partir agora. - Falei sentindo lágrimas já começarem a surgir em meus olhos, eu tinha que sair dali o mais rápido possivél para não acabar deixando que elas rolassem na frente dela.  
-  Espera Sakura... Eu sei que você apenas mostrava-se preocupada. - Ino segurou meu braço antes que eu levantasse. Ela parecia ter notado o que me dissera, e de certo sabia como eu me sentia, a verdade é que ela tinha uma sensibilidade aguçada a ponto de saber como eu me sentia sempre. - E com razão, não o conheço mesmo, se eu porém começar a suspeitar dele apenas tornarei as coisas mais complicadas. Eu já havia pensado sobre essas coisas que você falou, só que apenas não desejo ter isso em mente agora.
- Entendo o que quer dizer. - Foi a minha resposta uma vez que minha mente não conseguiu ter nenhum pensamento mais adequado. 
- Você sempre entende. - Ela sorriu em resposta. - De qualquer modo, quando verá Sasuke novamente?
- Não falamos sobre isso. - Lamentei. 
- Como não falaram sobre isso? Quão mentalmente afetada você pode ser? - Ela praticamente gritou puxando dramáticamente os cabelos. 
- Falamos sobre outro tipo de coisa. - Expliquei-me calando-me logo em seguida, senti que sorria mesmo sem saber o motivo de reagir de tal modo. 
- O que quer dizer? - Ino aproximou-se eu podia sentir a curiosidade tomando-a por completo. 
- Como se eu fosse te contar. - Corei virando o rosto para o outro lado, agindo infantilmente, admito.
- Sakura... - Ino murmurou parecendo desolada. - Você tem que me contar...
         Eu sabia que minha amiga passaria todo o tempo livre criando diferentes versões de conversas entre mim e Sasuke, não pude deixar de pensar que seria divertido torturá-la um pouco. - Agora pensando bem, acho que será melhor manter em segredo. - Sorri maliciosamente ao dizer, de certo modo sabia que daria a impressão de que tudo fora ainda mais interessante do que realmente era. 
- Que cruel de sua parte deixar-me aqui com essa curiosidade. 
- Sinto muito. - Dei de ombros. 
- Senhorita Ino, senhorita Sakura, os patrões estão chamando-as para o almoço. - Viramos num pulo simultaneamente. Empregados silenciosos realmente tinham o dom de tirar-me do sério. Ino porém, não parecia incomodada. 
- Com muita fome Sakura? - Ela perguntou-me casualmente em seu tom mais educado. Senti meu estomado clamar por alimento ao ouvir suas palavras.  
- Vim sem ao menos tomar o desejum. - Expliquei. 
- Já estamos indo senhor. - Ela sorriu ao empregado que dirigiu-se na frente até a residência, sem que ele visse ela virou para mim e falou rapidamente num murmurío, - E você não pense que salvou-se apenas por essa interrupção.  


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Notas finais do capítulo

Depois de muuuuuuuuuuuuuuuuuuito tempo, aí estar. Desculpa mesmo a demora, viu? >.
Entãao, um capitulo inteiro sem o Sasuke aparecer, eu pelo menos não gostei. O que vocês acharam?



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