Não É Como Um Conto De Fadas escrita por danny96_chan


Capítulo 3
Capítulo 3




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"Sobre o que falaram?", "Ele foi gentil?", "Ele é mesmo tão agradavél quanto parece?". Ino perguntava-me tão rápido que eu mal podia pensar nas respostas. Na verdade, nem ao menos gostaria. Prometia a Ino que lhe contaria tudo no dia seguinte e avisei-lhe que sairia um pouco para tomar um ar. Mesmo desapontada ela pareceu conformar-se.

Tentei não perambular pelo salão atravessando-o por fora, de modo que passava pelo jardim caprichadamente decorado para aquela noite. Sentei-me no gramado. Eu precisava descançar.

Não que a dança tivesse me desgatado fisicamente, ou que a caminhada até o lado de fora tivesse esgotado minhas energias, era minha mente que não parava por um só instante. Tinha a sensação de que minha cabeça explodiria, a qualquer momento. O que era aquilo? O que eram todas aquelas sensações misturadas? Por que meu coração ainda estava acelerado dês de que o rosto de Sasuke estivera a poucos centimetros do meu? Eu tentei respirar fundo. Dizia a mim mesma que esse era o normal. Eu nunca havia estado tão perto de um homem antes. Ao menos não de um que não fosse de minha própria familia. Deveria ser algum tipo de susto ou algo do gênero. Porém, se era apenas isso - um susto - por que eu continuava com um sorriso débil em meu rosto? Dês de quando sustos causavam-me tal agradavél sensação?   Pensei em sair e perguntar a Ino se é sempre assim que se sente quando se dança, porém assim que pensei em me levantar ouvi passos. Abaixei-me por impulso. Não sentia vontade alguma de explicar o que me levara ao jardim para quem quer que fosse.

 - Sshhhhhiiii. - Fazia calmamente uma voz masculina.

Éramos separados apenas pelos arbustos que ocutavam-me. Era uma voz jovem, provavelmente um rapaz de minha idade ou talvez mais novo. Cogitei sair porém concluí que seria mais simples apenas continuar onde estava e não me deixar notar, ele não ficaria ali a festa inteira.  

- Ninguém nos achará aqui. 

- Eu não penso que seja prudente estar em um lugar tão... Desabitado, e ainda com um homem... Quero dizer, o que pensariam se vissem-nos? - Uma suave voz feminina falava receosamente. 

- Certamente sentiriam pontadas de inveja.  - O homem riu. Pude notar um sotaque diferente em sua voz. Franceis, talvez, eu não estava muito certa.  - Não ocupe sua mente com tolices, minha cara. Pense apenas em mim.

- Como se eu tivesse a capacidade de pensar em outra coisa nos últimos meses. - A menina replicou em tom acusador, - me fazendo de boba esperando-te, enquanto simplesmente esquece-mes aqui.

Não nescessitava de extraordinária inteligência para concluir que eram um casal. Eu torcia para que voltassem ao salão para que eu mesma tivesse condições de fazê-lo. Minha coluna começava a doer como resultado da posição em que eu me encontrava, ainda sim não ousava me mover, nem o mais leve movimento. Tentei ver algo atravéz dos arbustos mas a folhagem era densa, de modo que tudo o que eu podia ver eram dois vultos. Um mais alto que vestia um terno marrom escuro e outro mais delicado que trajava um vestido verde bem claro.  

 - Eu jamais esqueço você. - Respondeu o jovem em tom definitivo. - Ao contrário, seu rosto está gravado em minha memória. Seu nome é o único em meu coração.

- Então porque razão se opõe de forma tão incontestavél a fazer de nosso compromisso algo publico? -  a menina queixava-se. 

- É complicado. - Foi a resposta. Percebi um certo desconforto na voz, vi o vulto que concluí ser o do rapaz soltá-la e andar circulos. O casal que eu observava de certo era formado por membros da nobreza, apesar de jovens. Logo o  segredo, assim como tudo que envolvia a nobreza, era algo sério. Perguntei-me o que fariam se descobrissem que eu os observava.  Fez-se algum silêncio. Eu mesma, não ousava respirar.  Agora tinha ainda mais certeza de que não seria seguro deixar-los saber de minha presença.

 - Acaso... - A menina começou com a voz embargada interrompida pelo que concluí ser um soluço. - Acaso não queres casar comigo?

- Outra vez esse assunto? - O rapaz respondeu friamente enquanto virava-se para ela - Não tinhamos esclarecido tudo na última vez? Eu já não havia explicado-lhe todos os porquês..?

-  Sim, porém... - Um som de galhos os interrompeu. Eu havia caído, o peso de meu corpo havia quebrado uma das raízes próximas. Parei de respirar. Meu coração batia tão rápido e parecia tão estridentemente alto que temi que este denunciasse minha localização. 

- Há alguém aí? - A voz perguntava primeiro quase num sussuro. E então repetiu dessa vez quase gritando, com certa agressividade.

- Deve ser apenas o vento. - A menina murmurou.

- Acredita mesmo nisso? - O rapaz virou-se para ela, sua voz deixava transparecer algum medo. 

- Prefiro acreditar. - Foi a resposta da menina.  Os dois também estavam apavorados, certamente. Não tanto quanto eu, porém mesmo assim. Eu vi o menino a abraçar sussurando apenas para ela palavras que não fui capaz de identificar. Ouvi o sons de seus beijos que duraram por um longo tempo e observei quando partiam em lados opostos. 

Depois de um certo tempo levantei-me e fiz o meu melhor para tirar os vestigios de terra de meu vestido. Voltei ao baile alegre por ver novamente luzes e pessoas. Nem tive tempo para pensar no que acabara de ouvir, e não pretendia fazê-lo até sentir um par de mãos segurarem meus ombros. 

- Haruno Sakura. - Ouvi a voz de Sasuke sibilar. - Parece que além de não se deixar guiar também posso lembrar-me da senhoria como a que não se deixa encontrar.

A voz de Sasuke me fez arrepiar e eu percebi o quanto havia sentido falta da mesma, por mais que a tivesse ouvido pouco durante a dança. 

- Estava apenas caminhando pelo salão. - Respondi inocentemente enquanto fingia achar os detalhes do piso algo que merecesse meu olhar. 

- Eu quase cheguei a pensar que não queria tornar a dançar comigo. - Ouvi-o dizer.

- Quer dançar comigo... Outra vez? - Não pude evitar franzir a testa. Eu não compreendia. 

- Parece surpresa. - Sasuke comentou. - Achei nossa conversa interessante, gostaria de ter mais um pouco de tempo em sua agradavél companhia já que não estarei na cidade por mais muito tempo.

Limitei-me a acenar com a cabeça. Ele me estendeu o braço e eu o segurei, então fomos juntos ao centro do salão onde novos casais começavam a se formar para uma nova dança.

Meus olhos caçavam Ino, que já não estava em seu lugar habitual e qual não foi minha surpresa de vê-la há alguns metros adiante sorrindo para um rapaz alto, de belos olhos verdes, cabelos vermelho alaranjados encaracolados  e que trajava um terno marrom escuro. Meu esptanto não era devido apenas ao fato de aquele cavalheiro tratava-se de Sabaku no Gaara, filho do conde de Veneza, mas porque trava-se do mesmo jovem que eu vira próximo aos arbustos instantes atrás. Tinha vontade de avisar a Ino que ele já era comprometido enquanto via os olhos azuis de minha melhor amiga brilharem ao olhar para o rosto dele. Mas a minha surpresa maior foi quando o vi, na frente de todos os presentes, inclinar-se e encostar suavemente seus lábios nos de Ino. Os mesmos lábios que ele havia usado para beijar outra menina a pouco menos de dez minutos. 


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Notas finais do capítulo

Gomeeeeen, esse capitulo demorou muito a sair. A verdade é que eu não fazia ideia do que aconteceria nele. Ficou meio misterioso e complicadinho de entender por enquanto, mas tudo vai se esclarecer mais para frente, ok? Continuem comentando e obrigado por acompanharem até aqui. Ja ne.



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