Intrigas Amorosas escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 7
Capítulo 7




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Saiu de cima dela, que estava com a toalha toda amarrotada e ficou de pé de costas para ela. Elesis ajeitou a toalha e se levantou aproveitando a oportunidade.

_Tudo bem. Esqueçe isso, tá ruivinha? Finge que nada aconteceu e que… -Sieghart.

Ele parou ao sentir ser envolvido, por braços longos e macios, que o fizeram avermelhar. Tentou virar o rosto para ve-la, mas não precisou, Elesis pousou o rosto em seu ombro e inesperadamente o beijou.

_Hm, Elesis? –Sieghart tentando se controlar.

A ruiva levou suas mãos num passeio pelo tórax de Sieghart e foi puxando o rapaz lentamente de volta para a cama. Sieghart já estava sacando o que ela queria, esperou ela ficar na sua frente.

_Deita. –Elesis mandando.

Ela fazia com que ele se sentasse enquanto se inclinava sobre seu corpo até ele se deitar completamente. O moreno sorriu com uma conhecida expressão divertida esperando ela.

_Você é mal comigo. Quero saber porque ao mesmo tempo que me irrita, me beija. Sabe que não é justo fazer isso comigo sendo que você é mais experiente. –Elesis falava junto aos labios do moreno.

_Ah, então é por isso que você está brava. Não precisa se preocupar Elesis, esse sou eu e é o meu jeito de gostar de alguém. –Sieghart respondeu mordendo de leve um dos lábiods dela.

A justiceira começou a se aproximar, Sieghart crente que ela o beijaria, mas não exatamente. Elesis beijou o seu pescoço, esquentando os sentidos do avatar.

_Sua traiçoeira. Só queria me fazer de brinquedo. –Sieghart.

 _Você adora brincar, então é o que faremos. –Elesis lambendo o lóbulo da orelha dele.

Sieghart suspirou derrotado. Sentia a excitação, sua orelha esquerda queimava como fogo. Abraçou Elesis, acariciando os cabelos ruivos, que tinham crescido com o tempo e agora estavam bem longos.

_Sieghart, você gosta de mim, de verdade? –Elesis contra seu ouvido.

Sieghart se assustou com a pergunta e pareceu pensar. Elesis o fitou esperando a resposta.

_Acredito que sim, ruivinha. –Sieghart.

Ela suspirou e deu um sorriso aliviado. Beijou os lábios úmidos do imortal e estendeu-o pelo pescoço dando leves mordidas em sua extensão, fazendo Sieghart gemer quase imperceptivelmente.

O moreno sentia o calor dos corpos se misturando, igualmente ao cheiro e a sensação surreal que estavam tendo. Elesis encostava suas coxas nas laterais do companheiro, o que não passou despercebido.

_Hmm, ruivinha, talvez nós devessemos dar um tempinho antes de fazer alguma idiotice… -Sieghart.

Inutilmente tentava arranjar uma desculpa para não fazer algo que loucamente desejava. Elesis não dava ouvidos, simplesmente o calou com os lábios e continuaram com sua brincadeira surreal.

Obvio, não demorou para que os sentidos do rapaz despertassem e ele começassse a toca-la despudoradamente, começando pelas costas e descendo pelas laterais do quadril e pousando nas coxas delinedas.

A ruiva se incomodou com o toque, já que não era acostumada com esse tipo de coisa. Gemeu com a boca grudada na dele, esperando que ele entendesse.

O avatar com certeza entendeu tudo errado, pois o que fez quase a fez perder a razão de tudo: Começou a subir as mãos pelo quadril da garota levando a toalha junto, até chegar no meio das costas.

_Sieghart… -Elesis.

_Han?? –Sieghart.

Elesis espreitou os olhos incomodada com a sua nudez dorsal, mostrando o rosto completamente envergonhado. O rapaz, sabendo disso se separou dela, sentando na beirada da cama.

_Desculpa. Achei que não ia se importar. –Sieghart juntando as mãos ao colchão.

Elesis segurava a toalha com medo de que ela pudesse cair. Olhou bem o avatar, ficando um pouco surpresa, ele se mostrava bem abalado com o que fizeram: apertava o colchão, respirava descompassadamente e mordia o lábio inferior de tempos em tempos.

_Você tá bem? –Elesis.

A ruiva recebeu um aceno de cabeça. Elesis sabia perfeitamente que ele havia gostado e até ela mesma. No entanto, ele continuava sendo Sieghart, a pessoa mais odiada por ela, o seu rival pra eternidade. Não entendia porque ao mesmo tempo queria ficar e não ficar com ele.

O que tinha de errado?

Ele era um idiota.

Qual o problema em se divertir um pouco?

Ela estaria se enganando e arriscaria seus sentimentos só por um jogo.

Talvez ela não soubesse que podia ser mais do que diversão.

_E-eu acho melhor a gente esqueçer, tá? –Elesis.

_Hun. Pode tentar, mas já sabe que não vai conseguir. –Sieghart esboçando seu típico sorriso de escárnio.

Elesis ficou pasmada. Como aquela criatura conseguia mudar de atitude tão rápido?! Há poucos segundos parecia que tinha feito algo errado e agora vinha com um sorrisinho travesso provocando-a?!

_S-seu… maldito… -Elesis tremendo de raiva.

_Ruivinha, tem algo que quer me dizer? –Sieghart.

_Hum?! Do que esta falando, fóssil? –Elesis.

Ele suspirou.

_Vou dar uma volta. Fique pensando até eu voltar. –Sieghart.

Ele se dirigiu a mochila pegando sua camisa. Elesis balançou a cabeça tentando clarear os pensamentos. Devia arriscar?

_Não. –Elesis.

_Hun? –Sieghart olhando pra ela.

_Ah, é que está muito tarde. E pra lembrar…aqui só tem um cartão. –Elesis mostrando-o entre os dedos.

Sieghart suou.

_Que merda… -Sieghart indignado.

_Escuta, quero te fazer umas perguntas e se você responder, talvez eu destranque a porta. –Elesis na maior calma.

_Chantagem? Ok. Nesse jogo podem jogar dois. Manda. –Sieghart.

_Primeiro: Por  que me irrita tanto? –Elesis franzindo a testa.

_Porque é óbvio que eu gosto de irritar voçê. –Sieghart.

_Hunf! Não é essa a pergunta. –Elesis.

_Ora, eu gosto. –Sieghart começando a sorrir.

_Sei…Dá pra me dizer o motivo desse seu ego? –Elesis.

_Não. É coisa de família. –Sieghart.

_Han?! Ah, esqueçe! –Elesis.

Sieghart observou-a naquela toalha curta e suspirou fundo, tentando reservar esses tipos de pensamentos para momentos como aquele que se passou a algum tempinho atrás.

_Mais alguma coisa, darling? –Sieghart com olhar de tarado.

_N-não, eu acho. Espera…Me responda, sério agora. Fica na Grand Chase por qual motivo? –Elesis.

Sieghart surpreendeu-se. Ela tinha batido na trave, quase entrou. Relaxou na cama olhando para o teto.

_Vários. Porque eu quero ver o quanto vocês são fortes. Porque eu me apeguei a vocês, crianças. Fazia tempo que não sentia a companhia de alguém, chegava a ser torturante a falta de sentimento dentro daqui. –Disse apontando o coração.

Elesis prestava atenção em tudo o que dizia. Talvez ele não fosse a criatura dos diabretes que achava que era.

_Eu… sempre amei a batalha. Mas quando começei a amar de verdade, notei o quanto fui idiota, achando que não valia a pena sentir emoções humanas. Agora eu entendo tudo, ainda assim sei que fiz certo. –Sieghart.

_Não entendo. Se você diz que era tão idiota, mais que agora, como você fez a escolha certa? –Elesis.

_Se não o fizesse, nunca teria te conhecido, ruivinha esquentadinha. – Sieghart sorrindo bobamente.

Elesis sentiu as palavras irem fundo na mente lembrando-se, vagamente, de certa vez há 9 anos atrás, quando era uma garotinha muito valente e destemida.

Flash Back  

_Que droga! –ouviu-se da parte da pessoa no rio.

_Aí, se olhasse por onde anda não teria caido. –uma garota ruiva de sete anos, baixa e rubros cabelos longos.

_Pirralhinha sem-vergonha. Não teve educação não? –a pessoa levantando e saindo da água.

_Quem é você hein? –a garota.

_Não preciso te dizer. E com essa idade não acha que tá se achando muito não? Falando desse jeito com os mais velhos.

_Bah.  Que idiota. –A garota virando-se e voltando a caminhar.

_Ei! Ei, ruivinha! –a pessoa que descrevo como um belo rapaz de dezoito anos, cabelos negros e olhos prateados.

A ruiva virou-se com uma vermelhidão incomum no rosto. O rapaz não entendeu.

_Que que foi, ruivinha? –o rapaz.

_Eu tenho nome! E eu me chamo Elesis, idiota. Então nunca mais repita isso pra mim. –Elesis.

Ele riu. A garota grunhiu e rispidamente falou.

_E você? Tenho o direito de saber seu nome. –Elesis cruzando os braços.

_Ah, sinto muito garota. Eu não posso lhe dizer meu nome, mas, posso te dizer que sou muito forte. –Sieghart.

_Ah tá. Acredito. –Elesis sarcástica.

Ele se encantou com a pose dela, parecia ser diferente de outras crianças. Observou melhor e pode ver uma espada de treino na bainha  pendurada nas costas. Arregalou os olhos com interesse.

_Ei, ruivinha, não acha que é muito nova para essas coisas? –Sieghart.

_H-Hã?! C-como assim? –Elesis vermelha.

_Ai, ai, sua espada, criança. –Sieghart.

_Qual o problema?! Ah, que droga estou perdendo tempo aqui, e e e…NUNCA MAIS ME CHAME DE RUIVINHA ESTÁ ME  IRRITANDO. Preciso ir, preciso ir… -Elesis afobada se virando pra correr.

Sieghart segurou o pulso dela impedindo-a.

_Nossa! É uma ruivinha esquentadinha mesmo. –Sieghart.

_I-Idiota! Me solta antes que seja tarde. –Elesis.

_Tarde pra quê? –Sieghart.

_Isso! –Elesis.

A garota pegou a bainha com a espada e deu um certeiro golpe entre as pernas do rapaz que mesmo com muita dor segurou-a com força.

_Ah sua! Não era preciso sabia? –Sieghart.

_Ô se era. Agora preciso ir, alguma hora a gente se vê e eu te desafio aí. –Elesis pegando a trilha e sumindo na mata.

Flash Back off

_Elesis? –Sieghart.


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