Projeto Divindade E O Filho Dos 3 Deuses escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

olha, eu sempre irei informar o nome do narrador no início do Capítulo, ou quando ele mudar no decorrer do capítulo também será avisado



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THALES

            Bom, tudo começou como um dia normal, eu estava na sala de aula, uma imensa sala de aula, tinha no mínimo o tamanho de duas, as carteiras eram aquelas grudadas, resumindo, tinha apenas 4 carteiras que se esticavam de um canto a outro da sala, a maioria se sentava aproximadamente 30 centímetros de distâncias de seus vizinhos, só alguns estavam ainda mais distantes, todos pareciam se odiar naquela sala, eu sentava na última carteira, contra a parede esquerda, ao meu lado se sentava um garoto, vestido meio como um gângster, com jaqueta de couro aberta, jeans preta e uma camisa da Bad Boy, usava diversos colares a maioria dourados, que poderiam fazer especialista não saber se eram legítimas ou não, também usava um óculos escuros, se sentava com as pernas em cima da mesa e escutava música em fones de ouvido, tão alto que até eu poderia ouvir.

            Era uma espécie de valentão rico, comparado comigo, que usava apenas uma camisa branca em baixo de um casaco azul, uma jeans azul normal, tênis sem marca. Eu não era rico, bem pelo contrário, eu não tinha parentes, bom, pelo menos se tinha, não haviam se apresentado ainda, eu tinha poucas roupas, mas eu ganhava comida de alguns vizinhos sempre e meu trabalho de meio-turno durante a tarde era o suficiente só para me manter vivo.

            A aula começou, o professor Ants, sei que o nome é ridículo mas era esse seu nome, ensinava matemática, era um senhor de meia idade, um pouco de cabelo grisalho saía de baixo de seu boné alaranjado, usava uma regata branca com um grande “5” no meio, e uma bermuda de exército, tênis Nike, não parecia ser um professor de matemática, mais um instrutor do exército, ao contrário de muitos naquela sala, eu não o odiava, eu não tinha sentimentos por nenhum professor ou pessoa que entrasse naquela sala, eu ao contrário de muitos, apenas prestava atenção nas aulas, graças a isso sempre ia bem em testes e provas.

Bom a aula acabou, eu saí da escola, a escola também era gigante, era um internato, eu morava ali, mas também, eu não tinha amigos nem fora da sala, não sei por que, mas eu não conseguia fazer amigos, eu estava ali apenas por causa de uma bolsa, afinal, como disse antes eu não tinha pais, avós, tios, nada. Andei um pouco pelo imenso pátio da escola, ele era todo feito de cimento, não havia uma planta nem nada, se estendia do início até o fim do colégio, mas mais a frente tinha um rio, eu apenas sentei no muro que dava para o rio, e ali fiquei, perdi a noção do tempo, eu não teria mais aulas aquele dia, então poderia ficar ali. E assim foi, acho que já haviam se passado horas, quando percebi que muitos a minha volta me olhavam assustados. Um deles não parecia assustado, era o meu colega valentão rico, podia ter se passado horas desde que eu tinha sentado ali, mas para ele não fazia diferença, ele foi atrás de mim e me chutou para dentro do rio.

            Sinceramente eu não sabia se devia me irritar com aquilo, eu apenas fiquei ali no rio, um tempo, de novo, eu era muito ruim com o tempo e não sabia a quanto tempo estava ali, mas eu conseguia respirar e não tinha dificuldade de me mover, eu só pensava, no por que de eu existir, ninguém me queria por perto, não tinha parentes, a minha vida era só esse colégio.

            Resolvi sair, quando saí, alguns mergulhadores já se aproximavam, fazia tanto tempo que eu estava ali em baixo? Um deles ao me ver gritou

-ELE ESTÁ VIVO – disse o mergulhador

            Então diretores, professores e alunos se aproximaram de mim, eu tinha acabado de sair da água, mas não estava molhado. Todos pareciam pasmos com aquilo, também percebi que meu colega valentão não estava ali, um dos diretores agarrou meus ombros e começou a me balançar

-Como você está vivo? – ele perguntou – Faz meia hora desde que você caiu!

-E-Eu não sei – falei, não sabia mesmo, não queria falar que conseguia respirar, por que iriam me tratar como um mutante, talvez eu fosse um, mas não me importava.

                Eles me levaram para a direção, lá alguns dos diretores, sim eram mais de um, ficavam me perguntando sobre como eu agüentava ficar tanto tempo sem respirar ou se eu era filho de baleias e um monte de perguntas assim. Depois de um tempo me liberaram e eu fui para o dormitório masculino, o dormitório era apenas um grande corredor, que se dividia em portas que eram os quartos. Ao entrar no meu, putz, se o fato de ser chutado para dentro do rio não me irritou aquilo tinha, meu quarto estava todo desarrumado, muitas das minhas coisas estavam quebradas, e o pior, a única foto que eu tinha de meus pais estava rasgada, e ao lado dela tinha um bilhete, que dizia o seguinte “Isso é para você querido mutante pobre”.

                Eu até podia agüentar as ofensas, mas junto do bilhete veio uma foto, ou melhor, uma impressão da foto de meus pais, mas estava editada, meu pai parecia um mendigo de rua, o terno que usava em sua foto estava todo rasgado e com pedaços de jornal, minha mãe parecia uma prostituta, tinha um pirulito na boca, lotada de maquiagem mal feita, com um top branco e as pontas do seio marcando a roupa.

                Em baixo da foto estava assinado, Billy Bou, era o apelido do meu colega valentão, sabia que não era esse seu nome, mas não me importava, eu saí do meu dormitório e segui o corredor, sabia que no final tinha uma sala onde os garotos se reuniam. Ao chegar lá, vi a foto de meus pais  editada, espalhada pelo chão, colada nas paredes, sem as fotos de meus pais aquele seria um lugar agradável, tinha uma TV de 29 polegadas, daquelas grandonas ainda, 3 sofás virados para ela, e mais ao fundo da sala uma mesa de sinuca, os garotos estavam todos rindo das fotos juntos, até que um deles me viu

-Olha só quem veio Billy – ele falou

O valentão olhou para mim e abriu um grande sorriso, se levantou e veio até mim, me deu um soco na cara que me deitou no chão

-O que está fazendo aqui em mutante? – ele falou – Saía daqui, nós ainda estamos fazendo montagens da foto

                Aquele foi o limite, me levantei e dei um soco tão forte em Billy que ele se chocou contra a parede do outro lado, abriu uma enorme rachadura, mas ele se levantou, eu estava muito furioso, me senti quente, e derrepente me vi rodeado de raios, mas ignorei, fui para cima de Billy, ele estava fraco, mal conseguia se manter em pé, eu o peguei pelo pescoço e o bati contra parede, que por sua vez quebrou, ele caiu no rio em que eu estava, mas não saiu de lá. Olhei para os outros garotos, que olhavam assustados eu rodeado de raios, eu estava mesmo furioso, mas os ignorei, peguei um pouco de fita adesiva que estava em cima da mesa de sinuca e voltei para o meu quarto.

                Estando lá, peguei a fita e colei a foto de meus pais novamente, minha fúria, nossa, era muita, eu estava me controlando, mas não era fácil. Depois de colar a foto eu só me deitei.

                Tive um sonho bem estranho, eu estava frente a frente com 3 homens, um deles aparentava ter uns 40 ou 50 anos, usava uma barba comprida que caía até o pescoço e olhos azuis profundos, se vestia como um Romano ou Grego, não me lembrava ao certo qual era, segurava um raio, sim você leu certo, um raio, ao seu lado esquerdo, havia outro homem, mas esta segurava um helmo, ele já parecia mais novo, uns 30 anos quem sabe, cabelo escuro, olhos castanhos, e se vestia igual ao do meio, em seu lado direito, outro homem que parecia o oposto do anterior, cabelo meio loiro, olhos verdes mas também se vestia como um Grego ou Romano, segurava um tridente

-Garoto – o do meio falou – Pensávamos que estivesse morto

-O que? – perguntei – Pensaram que eu estava morto? Quem são vocês afinal?

O homem balançou a cabeça, como se eu estivesse brincando, mas então viu que eu realmente não fazia idéia de quem ele era

-Eu sou Zeus – ele disse – Deus dos céus, a minha esquerda está Hades, Deus dos mortos e a direita Poseidon, Deus do mar

-Espera – falei – Deuses?  Realmente quer que eu acredite nisso?

-Não o obrigo a acreditar – ele disse – Mas você viu o que fez hoje

Então me lembrei, de conseguir respirar em baixo da água, então dos raios me cobrindo

-Você é uma experiência dos humanos – ele continuou – Uma experiência falha de criar um ser mais poderoso que um Deus

-E-Eu sou uma experiência? – perguntei

-Sim – ele disse – Mas, eu lhe dou a chance de se tornar nosso aliado.

-A-Aliado? – Perguntei, eu estava muito confuso com aquilo, quer dizer que eu era uma experiência falha? Eu não queria que fosse verdade, mas parte de mim sabia que era

-Exato – Zeus continou – Você inicialmente foi criado para nos enfrentar, não apenas nós, mas todos os Deuses

-Existem mais? – perguntei

-Sim – Zeus falou – Bom, eles também são nossos inimigos, mas existem os Deuses Egípcios e Nórdicos

-Nórdicos e Egípcios? – perguntei

-Nós somos conhecidos como os Deuses Gregos – Podeidon falou – Somos assim pois nascemos na Grécia, os Nórdicos nasceram separadamente na parte norte da Europa, ninguém sabe exatamente onde, e os Egípcios nasceram no Egito

-Entendo – falei – Então, como eu me alio a vocês

-Garoto – Zeus falou – Você tem poderes de um semideus, mas contém poderes meus, de Poseidon e de Hades, com todo esse poder, você atrairá a atenção dos Security

-Security? – perguntei

-Essa foi a organização que criou você e todos os outros iguais – Hades falou – Security é uma organização criada pelos humanos, que cuidam da segurança do mundo, eles antigamente tinha um pacto com os Deuses, nós nunca os atacaríamos ou nos intrometeríamos em assuntos humanos e eles nos nossos, mas claro, eles quebraram o pacto, começaram a perseguir nossos filhos, retiravam os poderes deles e tentavam juntar todos em um bebê, no caso você, isso era conhecido como “Projeto Divindade” ou apenas “Mexmon”

-Garoto – Zeus falou – Existem muitos locais onde os semideuses se refugiam, um deles fica ai perto de Nova York, saía de Nova York pela saída leste e espere lá, iremos mandar um semideus para lhe pegar, agora acorde, ou você será morto

-O que? – perguntei assustado, mas o sonho se dissolveu e eu acordei

                Não havia ninguém no meu quarto, mas eu ouvia barulho de passos, botas, eram botas, o barulho era pesado e parecia que um robô vinha pra cá, então eu fiz o que Zeus disse para mim fazer, botei tudo que eu precisava na minha mochila, a foto de meus pais colada no bolso, e saltei a janela de meu quarto, eu caí fora do colégio já, agora eu precisava apenas sair da cidade. Certo? Errado. Logo minha dúvida se concretizou, um homem, bem, não sei se era um homem, tinha uns 2 metros e meio de altura, era um armário de músculos sem dúvida alguma, seus olhos brilhavam vermelho, usava roupa camuflada como se estivesse se escondendo de uma guerra, e eu era seu inimigo, por que assim que ele me viu do lado de fora, também saltou a janela e quando caiu no chão, foi tipo UAAU! O chão fez uma enorme rachadura, aquela coisa devia pesar toneladas, mesmo, então ignorei ele e saí correndo


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do 1° Capítulo? Postem em suas reviews, gosto muito de ler as reviews de vocês e descobrir no que posso melhorar, obrigado



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