Viagem Ao Adormecer escrita por Deni Rocha, AnnyAlmeida


Capítulo 8
Ao avesso ( Naten Smith )


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaa õ/ a partir daqui quem narra a história é o Naten *--* espero que vc's gostem ^^ bjiinhuuus ( deixem reviews se gostaarem pleease *--* ) agradecida kkk



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         Olhei a hora. Mas como pode ser? Não tinha se passado nem meia hora! Deve ter ocorrido um erro de conexão, porque nada explica ela ter ido embora  tão rápido. Espera. Será que foi o beijo? E se ela não voltar mais? Ah esquece! Não quero pensar nisso. Só nela. Ali.


             Como uma garota de outro país pode aparecer do nada no meio da noite em seu quarto e te deixar completamente maluco em menos de uma semana? Mas eu me arrependeria se não a tivesse conhecido. Ela é simplesmente a garota mais perfeita do mundo.


               Lembro do primeiro dia que ela apareceu aqui. Foi tão engraçado! Eu podia jurar que ela era um fantasma, com aquela pele extremamente branca. Ainda não entendo como alguém de um país tão quente pode ser branca como a Ali. Mas quando eu comecei a conversar com ela, pelo laptop, aliás, só sendo idéia de uma menina maluquinha mesmo pra conversar pelo google. Dei um sorriso ao pensar nisso. Mas naquela hora algo me disse que ela seria importante para mim. Porque ninguém aparece no seu quarto sem um motivo. Tudo acontece com um propósito. E agora eu entendo o propósito de tê-la encontrado, ou melhor, ela ter me encontrado.


              Deitei na cama e fiquei pensando na música. Eu nunca tinha escrito algo parecido. Mas também nunca havia acontecido o que acontece entre mim e Ali. É literalmente algo mágico, como aquele beijo.


               Nossa! Foi o beijo mais impressionante que alguém pode ter. Acho que é o beijo que dizem, quando você encontra a pessoa certa. Parece que o sentimento ganha vida, e todo o resto vai pro espaço, só importando ela. É diferente de tudo. Não dá pra parar de pensar nisso, e nos olhos dela. Parece que você está olhando dentro do universo. com um monte de coisas a serem descorbetas ainda. O olhar mais doce .

 Ultimamente é só nisso que tenho pensado. No bem-estar que ela me causa, no sorriso contagiante, no cabelo longo e atraente, e na sua voz. Se eu pudesse ficaria escutando o tempo todo.


              O sono já ta chegando. Ótimo. Tomara que o tempo passe bem rápido até a noite seguinte, para enfim eu poder vê-la de novo.




                _Naten! Acorde! São Dez horas e você tem uma entrevista e um show hoje. Vamos Naten. Vou preparar seu café. Sua mãe já esta acordada.


                Acordei com a Jenna me chamando. Ela é quem toma conta da casa. Geralmente é minha mãe que me acorda e faz meu café, mas como ela ainda está em repouso por causa do acidente, a Jenna também cuida de mim e dela.


                Levantei, tomei banho e vesti uma roupa qualquer. Camisa polo azul, calça jeans e  meu tênis preto. Forrei minha cama e fui guardar o violão. Mas quando eu fui procurar a música que tinha feito pra Ali, não estava em parte alguma. Quando foi a última vez que eu vi aquele papel? Ah! estava na mão da Ali. Será que ela levou? Cara, ela vai ter um tremendo susto quando acordar e ver o papel na mão dela. Tomara que ela não jogue fora.


                 Fui dar bom dia a minha mãe. Ela já estava tomando o café. Ela é parecida comigo em vários aspectos. Os mesmos olhos, a mesma cor de cabelo e a mesma teimosia. Dei um beijo nela e desci para tomar meu café.


                 _Seu café já está na mesa. Coma tudo! - A Jenna tinha feito fatias de pão assado, queijo, suco de laranja, bolo e várias frutas que geralmente eu nem toco. Jenna tem quase uns quarenta anos, é baixinha e parece aquelas senhoras mexicanas. Minha mãe gosta dela porque ela nunca desperdiça nada. Eu também gosto dela.


                 _Algum recado pra mim? - Perguntei a ela enquanto pegava um pedaço de bolo.


                 _Tem sim. Tom ligou e disse que em meia hora vem pegar você para a entrevista.


                 _Valeu. - Tom é meu agente e empresário. Ele é muito parceiro e eu peço conselhos a ele pra quase tudo.


                 Terminei meu café e fui assistir TV. Liguei em um canal que estava falando sobre meu relacionamentos com as fãs. Pelo menos eles estavam dizendo coisas boas. É estranho me ver na televisão, mas ao mesmo tempo é empolgante. Me perguntei o que a Ali diria se estivesse vendo. Provavelmente estaria dizendo o quanto eu sou fútil. Seria bem melhor se ela se lembrasse de mim, pelo menos eu poderia ligar pra ela.


                 _E então garanhão? Pronto pra mais interrogatórios e fãs enlouquecidas? - Tom havia me tirado dos meus pensamentos. Ele é bem alto e tem um pouco mais de vinte anos. É legal poder conversar com ele. É como se fosse um irmão mais velho.


                  _Sempre.


                  Desliguei a TV e fui alertar a minha mãe que eu estava saindo. Ela é super protetora e sempre vai comigo a todos os shows e deveres da imprensa, mas como ela está doente por enquanto é só o Tom que me acompanha. É bem engraçado o ciúme dela com minhas fãs.


                   Desci e entrei no carro do Tom, que já estava me esperando lá.


                   _Nate você precisa arranjar uma namorada. A imprensa já ta falando porque você não fica com as meninas em festas. - Ótimo. Mais essa.


                  _ Claro Tom. Vou falar sobre isso na entrevista.


                  _Você ta pegando uma garota e não me disse? Quem é ela? -  Claro que eu to com uma garota. Velho, ela vem todo dia de uma da manhã no meu quarto e mora no Brasil. Já mencionei que ela não sabe que estamos juntos?


                  O que eu iria dizer a ele e à imprensa? Eu quero muito contar pra todo mundo da Ali mas seria maluquice. Tive uma idéia.


                  _É uma garota que eu conheci por acaso. Por enquanto quem ela é, é segredo, eu não posso contar quem é nem pra você. E  eu não to 'pegando' ela.  Ela é a garota mais incrível que eu conheci. - Eu estava falando com a voz mais baixa que de costume. Tom olhou pra mim pasmo. Acho que eu estava parecendo um idiota falando daquele jeito.


                  _ Ela deve ser muito especial mesmo pra você falar desse jeito. - Disse ele surpreso. - Bom, vai em frente garanhão.


                  Tom me fez várias perguntas sobre a Ali, mas eu só mencionei como ela era. Ainda não sabia como iria dizer sobre a Ali pra o mundo. Aliás, nem ela sabia que era ela a minha garota. Acho que vou deixar isso pra depois.


                    Chegamos no Local da entrevista para um programa mexicano. Eles fizeram as mesmas perguntas que todo mundo faz, mas quando eles perguntaram sobre garotas, falei o que eu tinha dito ao Tom mais cedo. Eles ficaram loucos. É engraçado quando você conta uma besteira se quer da sua vida pessoal para repórteres. Mas a Ali não era uma besteira, aliás era muito sério.


                      A  entrevista acabou e Tom e eu fomos pro aeroporto pra pegar um avião para Los Angeles, onde seria o meu show dessa noite. Os sites de fofoca já estavam cheios de notícias sobre o que eu tinha falado na entrevista de hoje e se perguntando quem era a 'sortuda'. Eu ainda fico espantado como isso se espalha quando você é um famoso.


                     Peguei o avião das cinco horas. Quando cheguei em Los Angeles, a multidão de garotas estava lá, como sempre. No começo me dava medo delas. Várias garotas gritando o seu nome desesperadamente e quase se arrancando os cabelos. Me dava vontade de me trancar em um lugar seguro. Mas eu entendi que essa é a forma delas de demonstrar o carinho que tem com seus ídolos.


                     Falei e dei autógrafos para algumas garotas, as que os seguranças me deixaram falar, e fui pra o hotel. No hotel aconteceu a mesma coisa do aeroporto.


                     Fiquei um tempo lá até a hora do meu show.


                     Quando eu entrei no palco, percebi a imensidão de pessoas que estavam lá. Do camarim eu podia escutar os gritos, mas quando eu subi no palco pude perceber a importância desse show. Acho que nunca vou me acostumar.


                      Esse seria meu último show antes de relaxar para a turnê que eu faria no Brasil. Nesse momento Ali me veio à cabeça. Será que ela iria para algum show meu lá? 


                      A apresentação foi um sucesso. Tudo aconteceu como os organizadores esperavam. Fiquei bem feliz por ter feito minha parte. Quando eu saí do palco, Tom veio falar comigo.


                     _Arrebentou, como sempre. Parabéns!- Disse ele dando um tapa nas minhas costas. Falei um 'valeu' entusiasmado. - Foi um show e tanto. E ai, quer ir pra casa ou vai dormir aqui no hotel?


                      A resposta era óbvia.


                     _Vamos pra casa. Quero ver minha mãe. - E a menina do quarto.


                     _Ok então.



                    Cheguei em casa mais ou menos de meia note e meia, e subi para ver minha mãe. Falei a ela do show e das fãs numa conversa que eu resumi em um minuto, para poder ir para o quarto. Quando saí do quarto da mamãe, Jenna me chamou para comer alguma coisa.  Como estava com fome, desci sem inventar nenhuma desculpa. Comi um sanduíche com suco de maçã em dois minutos e subi correndo as escadas. Ali chegaria de uma da manhã, a hora que ela vem toda noite. Jenna ficou gritando lá de baixo que eu ficaria com indigestão. Não importava.


                      Cheguei ao quarto e fui tomar um banho rápido. Escovei os dentes, vesti a minha blusa de jogo que eu mais gosto e uma calça qualquer.  Peguei meu laptop e sentei rapidamente na cama. Faltava um minuto para ela chegar. Já estava ficando nervoso e com as mãos geladas. Por isso eu sei que ela é a garota certa. Isso nunca tinha acontecido comigo.


                       Até que enfim deu uma hora da manhã e eu olhei ansioso para o lugar onde ela aparece toda vez. Mas ela ainda não tinha chegado. Acho que meu relógio está adiantado. Fiquei mais nervoso ainda.


                      Uma e dez. Uma e vinte. Uma e meia. Ali ainda não tinha aparecido. Eram três horas da manhã e ela não tinha vindo me visitar. As dúvidas começaram a tomar conta da minha cabeça. O que tinha acontecido. Se ela voltaria. Se a Ali não era real, se ela era só um sonho. Mas não era um sonho! Eu sei disso porque aquele beijo foi bastante real. Tudo foi real.


                     Resolvi deitar e ir dormir, com essas perguntas e com as lembranças da Ali na minha cabeça. Aos poucos o sono foi chegando e trazendo com ele também uma coisa diferente, uma pequena dor no meu peito. Devia ser a indisgestão que Jenna tinha dito. Finalmente eu dormi, rezando para que Ali viesse na noite seguinte.




                    Na noite seguinte eu estava lá, na minha cama e com o laptop na mão. Ali não aparecera mais uma vez. Fiquei me perguntando se ela viria amanhã. Fui dormir com aquela dor ainda no peito. Teria que pedir um remédio a Jenna.



                      Na outra noite Ali não apareceu. E nem na outra e nem na seguinte. Já se passaram cinco dias. Estava sendo difícil disfarçar minha tristeza das pessoas que conviviam comigo. Fiquei me perguntando se não teria sido culpa minha, por eu tê-la beijado e ter causado algum defeito nesse dom que ela tem.


                      Era a sexta noite que eu estava esperando a Ali. Ela não aparecera de novo. Se eu pudesse voltar no tempo, nunca a teria beijado, apenas para poder vê-la de novo. Deitei na cama para esperar o sono vir. Agora aquela dor não era mais pequena. Tomava conta de todo o meu peito como se o estivesse corroendo. Percebi que não tinha nada a ver com indigestão. A corrosão no meu peito aumenta mais a cada segundo, e trás com ela uma vontade enorme de ficar ali, deitado e nunca mais querer se levantar. Então resolvi permanecer ali, até que a dor terminasse seu trabalho e me levasse com ela.


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Notas finais do capítulo

acho que é o maior Cap. de todos ... Oo
gostaram?? reviews? kk ;*



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